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Estudo dirigido II- Histologia

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes


Departamento de Histologia e Embriologia

Alunos: Andrew Souza , Cléber da Silva Teixeira, Rafaela Mendes Tobias, Susana
Saldanha, Thaís da Silva Muzitano.

Embriologia do Sistema Digestório.

1- Os derivados do intestino médio são:

* O intestino delgado, incluindo o duodeno distal até a abertura do ducto biliar.


* O ceco, o apêndice, o colo ascendente e a metade a dois terços do colo transverso.

O desenvolvimento do intestino médio é caracterizado pelo alongamento do intestino e seu


mesentério resultando na formação de uma alça intestinal ventral com a forma de U — a
alça do intestino médio, também chamada de alça intestinal primária ou alça intestinal
média. O ramo cefálico desta alça dará origem a porção distal do duodeno, jejuno e em
parte do íleo, e o ramo caudal dará origem à porção inferior do íleo, ceco, apêndice, cólon
ascendente e os dois terços proximais do cólon transverso.
Com o aumento do tamanho do fígado e rins, a cavidade abdominal embrionária torna-se
pequena para abrigar estes e todas as alças intestinais, levando-as a se projetarem para a
cavidade extraembrionária, no cordão umbilical, dando origem à hérnia umbilical fisiológica.
Enquanto está no interior do cordão umbilical, a alça intestinal média roda 90 graus no
sentido anti-horário, em torno do eixo formado pela artéria mesentérica superior. Outras
rotações ocorrem totalizando 270° quando se completa. Isso leva o ramo cranial (intestino
delgado) da alça para a direita e o ramo caudal (intestino grosso) para a esquerda. Durante
a rotação, o intestino médio se alonga e forma as alças intestinais (por exemplo, jejuno e
íleo).
O retorno do intestino médio para o abdome, ocorre durante a 10ª semana, e acredita-se
que este fato se deva a diminuição do tamanho do fígado e dos rins e o aumento da
cavidade abdominal. O intestino delgado (formado pelo ramo cranial) retorna primeiro,
passando por trás da artéria mesentérica superior, e ocupa a parte central do abdome.
Quando o intestino grosso retorna, ele sofre uma rotação adicional no sentido anti-horário
de 180 graus. Mais tarde, ele vai ocupar o lado direito do abdome (Fig. 6-E). O colo
ascendente se torna reconhecível à medida que a parede abdominal posterior cresce
progressivamente.

2- Tanto a gastrosquise, quanto a onfalocele, correspondem a defeitos na parede abdominal


durante o seu desenvolvimento embrionário, esses defeitos ocorrem devido o fechamento
incompleto dos músculos dessa região permitindo assim o aparecimento de orifícios e
consequentemente resultar em hérnia do conteúdo abdominal

Gastrosquise é uma malformação decorrente de um defeito no fechamento da parede


abdominal associado à exteriorização das estruturas intra-abdominais, como estômago,
bexiga, útero, e principalmente o intestino fetal. Além disso, essas estruturas
intra-abdominais ficam flutuando no líquido amniótico, pois não são revestidas pela
membrana. Localizam-se lateral ao cordão umbilical.

Onfalocele é uma patologia que decorre da má-formação da parede abdominal no bebê, e


que se caracteriza pela presença de órgãos, como intestino e/ou fígado (sendo esse último
de maior frequência) na parte exterior do abdômen, ficam localizado na base do cordão
umbilical, e são recobertos por uma fina membrana composta de peritônio, âmnio e geleia
de Wharton e com presença de vasos umbilicais, além disso o cordão umbilical fica inserido
no defeito.

Dessa forma, uma das principais características que diferencia essas duas patologias
corresponde à presença ou não de uma membrana que recobre as vísceras.
Recém-nascidos portadores de onfalocele apresentam uma membrana composta de
peritônio e âmnio que recobre as estruturas/órgãos intra-abdominais, enquanto os que
apresentam gastrosquise o intestino fica descoberto e flutuando no líquido amniótico.

A onfalocele costuma ocorrer juntamente com outros defeitos congênitos (como defeitos
cardíacos e defeitos renais) e com síndromes genéticas específicas (como síndrome de
Down, trissomia 18, trissomia 13 e síndrome de Beckwith-Wiedemann).

Na gastrosquise, uma vez que não há uma membrana fina recobrindo o intestino, o
indivíduo pode sofrer danos devido à exposição ao líquido amniótico, levando a um cenário
de inflamação, que irritação no intestino, o que pode dar origem a complicações, como
problemas no trânsito do sistema digestivo, formação de tecido cicatricial e obstrução
intestinal.

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