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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIENCIAS DE SAUDE

Embriologia do Tubo Digestivo e


seus derivados.

Manacque Mapotere, MSc.,BSc.


 O intestino primitivo é o primórdio do sistema
digestivo

 O endoderma do intestino primitivo dá origem à


maior parte do epitélio do tubo digestivo e ao
parenquima de suas glândulas anexas

 Extremidades superior e inferior deriva do


ectoderma do estomódio(boca primitiva) e do
proctódio (fóvea anal)
O intestino anterior
 A faringe e seus derivados

 O sistema respiratório inferior

 Esôfago; estômago; o duedeno, cranial ao orificio do


ducto bilifero;

 O figado e o pâncreas;

 Vesicula biliar e as vias biliferas


Desenvolvimento do esôfago
 Inicialmente curto, mas alonga como resultado do
crescimento cranial do corpo, e atinge seu
comprimento na 7 semana

 O epitelio e as glandulas esofágicas derivam da


endoderme

 Atresia esofágica associada à fistula


esofagotraqueal, resulta do desvio anormal do
septo esofagotraqueal numa direcção postreior
Desenvolvimento de estômago
 Estômago primitivo é fusiforme e orientado no
plano mediano; suspenso na parede dorsal do
abdomen pelo mesentério

 Da 5 a 6 semana, o aspecto e a posição muda


muito, devido a ritmos de crescimento das paredes
e ao crescimento do figado

 Aumenta de volume e alarga-se ventrodorsalmente-


demarcando a curvatura do estômago
Rotação do estômago

 O nervo vago, que inicialmente inervava a face


esquerda do estomago, o faz agora à parede
gástrica anterior.

 O nervo vago direito passa a inervar a parede


posterior do estômago
Mesentérios do estômago

 Mesogástrio dorsal prende o estomago à parede


dorsal da cavidade abdominal

 Mesogástrio ventral prende o estomago e a parte


cranial do duedeno ao fígado e à parede ventral do
abdomen

 Apos a rotação e o crescimento do estomago-


omento maior
Formação da bolsa omental
 Resultado da rotação do estomago

 A medida em que o estomago cresce, a bolsa omental


espande-se e adquire um recesso inferior entre as
camadas do omento maior

 Recesso desaparece, quando as camadas do omento


maior se fundem

 A bolsa omental, comunica-se com a porção


principal da cavidade peritoneal, atraves de uma
abertura-forame epiplóico
Estenose pilórica hipertrófica congênita
 Hipertrofia envolve a camada circular e, em menor
grau as fibras muscular longitudinais do piloro

 Estenose pilórica-severo estreitamento da parte


pilórica do estômago

 Causa obstrução à passagem de alimento do


estômago para o duodeno
Desenvolvimento do duodeno

 Deriva da parte caudal do intestino anterior e da


parte cranial do intestino médio

 Outras estruturas de sua parede surgem do


mesenquima adjacente

 A junção das partes-ducto bilifero

 Estomago roda, o duedeno desenvolve-se como alça


em forma de C e roda para a direita
 Pelo facto de originar-se dos intestinos anterior e
médio, o duodeno é suprido por ramos do tronco
celiaco (arteria do intestino) e pela arteria
mesenterica superior ( arteria do intestino médio)

 Durante a 5 a6 semanas, a luz do duodeno enconta-


se ocluida, devido a proliferação de suas cels
epiteliais de revestimento

 Recanaliza-se no final da 8 semana

 A falha parcial ou completa resulta em estenose do


duodeno
Desenvolvimento do pâncreas

 O pâncreas desenvolve-se por dois brotamentos do


epitélio de revestimento endodérmico, que reveste
a parte da cauda do intestino anterior

 Brotos pancreáticos ventral e dorsal, situam-se nas


superficies ventral e dorsal do intestino anterior

 O broto pancreático ventral funde-se com o broto


pancreático dorsal
 Os ductos dos dois brotos pancreáticos-ducto
pancreático principal

 A parte proxima do ducto do broto pancreático


dorsal pode persitir como ducto pancreático
acessorio, abre no duodeno, acima do ducto
principal

 O broto pancreático ventral forma a maior parte da


cabeça do pâncreas; e o dorsal forma o resto do
pâncreas
Desenvolvimento do baço

 Desenvolve-se de um grupo de cels mesênquimais,


situadas entre as lâminas do mesentério dorsal do
estômago

 O Baço é lobulado no feto, desaparecendo antes do


nascimento

 Os sulcos na borda superior do baço adulto são


reminiscências de fissuras que separavam os
lóbulos fetais
Desenvolvimento do fígado e das vias bilíferas
 São originarios de um broto ventral da endoderme da
parte caudal do intestino anterior logo na 4 semana

 Divertículo hepático-cordão de cels endodérmicas


que se proliferam rapidamente e entram no interior do
septo transverso

 A parte cranial-grnd e constitui o primordio do


parenquima hepático
 As cels hemopoeticas, as de Kupfer e do tecido
conjuntivo derivam do mesenquima do septo
transverso
 A parte caudal é pequena e dá origem à vesícula
biliar e ao ducto cístico

 O figado cresce rapidamente e se intermesclam com


as veias vitelinas e umbilicais; enche a maior parte da
cavidade abdominal

 A hemocitopoese começa na 6semana de


desenvolvimento fetal

 A formação da bile pelas cels hepáticas tem inicio na


12 semana
 Atresia biliar extra-hepática – falta da vascularização
O intestino médio
 O intestino delgado
 O ceco e o apêndice vermiforme
 O cólon ascendente
 Cólon transverso

 Todos sao vascularizados pela arterias


mesentéricas superior

 O intestino medio suspensivo da parede abdominal


por um mesentério dorsal alongado-pedúnculo
vitelino
Formação e herniação da alça do intestino
médio
 Forma uma alça ventral em forma de U, se projecta
no interior do celoma extra-embrionário da parte
proximal do funículo umbilical

 Herniação umbilical fisiológica-passagem para o


interior do funículo umbilical

 A porção caudal-facil de reconhecer

 A porção cranial-alonga-se rapidamente, formando


alças do intestino delgado
Rotação da alça do intestino médio
 Movimento leva a porção cranial da alça intestinal
primaria para direita e a caudal, para a esquerda

 Durante a 10 semana-redução da hérnia do intestino


médio

 O intestino delgado retorna e vai ocupar o centro da


cavidade abdominal

 O ceco retorna e vai ocupar o lado direito do


abdomen, logo caudal ao lobo direito do fígado, na
região lombar inferior
Fixação dos intestinos
 Como os intestinos se desenvolvem, aumentam em
comprimento e assumem suas posições finais

 Os mesentérios são pressionados contra a parede


posterior do abdomen

 O mesentério dos cólons ascendente e descendente


funde-se com o peritôneo parietal da parede
posterior do abdomen e desaparece

 Tornam-se retroperitoneais-extraperitonealmente
 O cólon pressiona o duodeno contra a parede
posterior do abdomen; como resultado, o duodeno
é absorvido e grande porção do duodeno torna-se
retroperitoneal

 Intestino delgado estende-se desde3 onde o


duodeno se torna retroperitoneal ate a junção
ileocecal

 O cólon sigmóide retém seu mesentério, mas é


mais curto que o do periodo inicial do feto
O ceco e o apêndice vermiforme
 Aparece durante a 6semana, como uma expressão
na borda antimesentérica da parte cranial da porção
caudal da alça primária do intestino médio

 Após o nascimento, as paredes do ceco crescem


desigualmt, fazendo com que AV se situe na face
medial deste orgão e retrocecalmente

 O AV é longo no nascimento do feto, mas é mais


curto durante a infância
Malformações do intestino médio

 Divertículo ileal-residuo da parte proximal do


pedúnculo vitelino(não se degenera e desaparece
durante o periodo fetal precoce)

 Onfalocele – intestino medio permanece no celoma


extra-embrionário

 Rotação anormal do intestino medio-obstrução


intestinal-cruza a parte descendente do duodeno
Estenose e atresia do intestino delgado

 No duodeno e no ileo ocorre com muita frequencia


estreitamento-estenose e

 Obstrução completa-atresia

 Causadas por infarto de alça fetal


O intestino posterior
Os derivados do intestino posterior são:
 A parte do cólon transverso;

 O cólon descendente;

 O cólon sigmóide;

 A porção do canal; e

 O epitélio da bexiga urinária e a maior parte da uretra


 São supridos pela artéria mesentérica inferior

 artéria mesentérica superior

 artéria mesentérica inferior


 Divisão da cloaca-cavidade revestida pela
endoderma e fechada pela membrana cloacal

 Depressão-proctódio

 Septo uro-retal cresce em direcção caudal e divide


a cloaca em uma porção ventral-seio urogenital
primitivo, e

 Dorsal, o canal ano-retal, que se desenvolve para


constituir o reto e canal anal
 Na 7semana, o septo uro-retal alcança a membrana
da cloaca e divide em uma membrana urogenital,
ventral, e

 Dorsal, a membrana anal


O canal anal
 A parte superior do canal anal deriva da endoderme
do intestino;

 A inferior desenvolve-se da ectoderme do


proctódio

 A junção dos epitelios-linha pectinada, que rompe


na 8 semana
 Veias retais superiores, tributária da veia
mesentérica inferior

 A drenagem superiores do canal anal é feita para os


linfonodos mesentéricos inferiores
Malformações ano-retais
 Resultam do crescimento e desenvolvimento
anormais do septo uro-retal

 Malformações ano-retais altas, estão associadas à


fistulas e reto termina acima alça pubo-retal

 Em masculinos, as fistulas estao entre o reto e a


bexiga urinaria-fístula retovesical ou a uretra-fístula
reto-uretral
 No sexo feminino, as fistulas encontram-se entre o
reto e a vagina-fístula retovaginal ou o vestibulo da
vagina-fístula retovestibular
 Malformações ano-retais baixas-resultam do não
rompimento da membrana anal, na 8a semana

 Proctódio é persistente e não permite a


comunicação da parte do canal anal derivado do
intestino posterior com o exterior-ânus
imperfurado

 A abertura anormal da fístula maior-ânus ectópico

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