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Abdominais
Os órgãos abdominais são principalmente derivados da endoderme, que forma o
tubo intestinal primitivo. O tubo intestinal é dividido em 3 regiões: intestino ante-
rior, intestino médio e intestino posterior. O intestino anterior dá origem ao reves-
timento do trato GI do esófago ao duodeno superior, bem como ao fígado, vesí-
cula biliar e pâncreas. O intestino médio dá origem ao revestimento do trato GI
entre o duodeno e o cólon transverso médio. O intestino posterior dá origem ao
revestimento do trato GI do cólon transverso médio até ao canal anal superior. A
mesoderme dá origem aos músculos da parede do trato GI, tecido conjuntivo (in-
cluindo o mesentério e o omento) e a vasculatura. A ectoderme dá origem ao te-
cido nervoso e ao revestimento do canal anal inferior.
CONTEÚDO
Referências
Revisão do Desenvolvimento Embriológico
Inicial
Blastocisto e disco bilaminar
A mórula (bola de células) passa por um processo chamado blastulação, no qual se
começa a formar uma cavidade. As células começam, então, a diferenciar-se em
massa celular externa e interna.
Epiblasto
Hipoblasto
Saco amniótico: cavidade de fluido que se desenvolve “acima” do epiblasto (en-
tre o epiblasto e o trofoblasto)
Saco vitelino primitivo:
Cavidade que se forma “abaixo” do hipoblasto
Importante no desenvolvimento GI
Relação entre o disco bilaminar, o saco vitelino e a cavidade amniótica no embrião inicial
Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0
Disco trilaminar
O disco bilaminar sofre um processo denominado gastrulação para formar o disco
trilaminar. Existem 3 camadas do disco trilaminar:
Mesoderme paraxial
Mesoderme intermediária
Mesoderme extraembrionária:
Circunda a cavidade amniótica → contínua com a LPM somática
Envolve o saco vitelino → contínua com a LPM esplâncnica
Endoderme
Endoderme embrionária (geralmente chamado apenas de endoderme) →
torna-se o tubo intestinal primitivo
Endoderme extraembrionária → reveste o saco vitelino
Dobra crânio-caudal:
Dá origem a uma extremidade cranial e uma extremidade caudal (o
embrião adquire “forma de feijão”)
Força o saco vitelino para longe do corpo. → A haste alongada que conecta o saco
vitelino ao tubo intestinal é o ducto vitelino.
Obliteração do ducto vitelino e do saco vitelino
À medida que o embrião se dobra, o saco vitelino é empurrado cada vez mais
para longe do corpo.
Ducto vitelino: haste alongada que conecta o intestino médio ao saco vitelino à
medida que este é empurrado
Crescimento da cavidade amniótica por volta das semanas 4-6:
Esófago
Estômago
Pâncreas
Íleo
Cego
Apêndice
Cólon ascendente
⅔ proximais do cólon transverso
Intestino posterior: derivados supridos pela artéria mesentérica inferior (AMI)
Cólon sigmoide
Reto
Tecido conjuntivo
Vasculatura
Peritoneu visceral
Mesentérios:
Células da crista neural: plexo nervoso entérico (ou seja, plexos mioentérico e
submucoso)
Nervos: inervam os órgãos abdominais
Membranas:
Relevância clínica:
Fístula traqueoesofágica (FTE): ocorre quando os sulcos traqueoesofágicos
não fecham completamente na linha média
Crescimento e descida:
Estômago
O desenvolvimento começa por volta da 4ª semana
Mesogástro dorsal:
Cria um espaço posterior ao estômago denominado saco menor (ou seja, bolsa
omental)
Forma várias estruturas importantes:
Baço
Pâncreas
Mesogástro ventral:
Fígado
Vesícula biliar
Ductos biliares
Rotação do estômago e mesentérios gástricos
Imagem por Lecturio.
Duodeno
O desenvolvimento começa na 4ª semana
Ductos intra-hepáticos
Semanas 5–9:
Pâncreas
O desenvolvimento começa na 4ª semana
Desenvolve-se principalmente a partir de um broto pancreático dorsal fora do
intestino anterior:
Corpo
Cauda do pâncreas
Processo uncinado
Na semana 13: nas ilhotas estão presentes células alfa, beta e delta
Baço
O desenvolvimento começa na 5ª semana
Rotação:
O intestino médio gira 270 graus no sentido anti-horário em torno da
AMS.
Puxa o intestino delgado para a posição anatómica madura: o jejuno
começa no QSE
Puxa o intestino grosso para sua a posição anatómica madura: forma
de U invertido em redor do intestino delgado
Cloaca:
Alantoide:
Orifício anal:
Invaginação da ectoderme
Linha pectínea:
O ponto onde a endoderme (proximal) e a ectoderme (distal) do canal
anal se encontram
Marca a localização precedente da membrana cloacal
Relevância clínica:
Ânus imperfurado: falha na rutura da membrana cloacal
Atrésia anal: falha da fossa anal em formar/encontrar o reto; repara-
ção mais complicada porque não existem músculos de esfíncter
Entre as semanas 4 e 7, o septo urorretal começa a crescer na cloaca, começando na sua extre-
midade proximal e crescendo distalmente até atingir a parte externa do embrião, separando to-
talmente a cloaca em seio urogenital e em canal anal.
Imagem por Lecturio.
Relevância Clínica
Gastrosquise (ver Gastrosquise): defeito causado pela dobra lateral incompleta
do embrião trilaminar, resultando num “tubo” incompleto. Este tubo incompleto
resulta num defeito na parede abdominal; os intestinos encontram-se a flutuar
livremente no saco amniótico, não cobertos por peritoneu.
Onfalocelo: falha no retorno ao abdómen do intestino médio após a herniação
fisiológica. Esta falha resulta num defeito congénito da parede abdominal anteri-
or, onde os intestinos estão cobertos por peritoneu e pelas membranas
amnióticas.
Baço acessório (ver Baço): numerosas massas esplénicas, com tecido esplénico
funcional, que podem ocorrer quando os brotos esplénicos não se fundem com-
pletamente. Geralmente existe um baço acessório perto do hilo do baço ou da
cauda do pâncreas.
Volvo: torção ou rotação axial de uma porção do intestino em torno do seu me-
sentério. O local mais comum do volvo em adultos é o cólon. A apresentação é
tipicamente com sintomas de obstrução intestinal, como dor abdominal, disten-
são, vómitos e obstipação.
Referências
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