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APG 20; Embriologia do


sistema digestório
Tags Aspectos sociais Embriologia Sistema digestório

Data @24 de outubro de 2023 → 27 de outubro de 2023

Objetivos
1. Compreender a formação embriogênica do sistema digestório

2. Analisar as malformações do sistema digestório

a. Lábio leporino + variações…

3. Descrever a influencia das malformações na vida social dos indivíduos

Embriogênese do sistema digestório


O Sistema digestório se estende da boca ao anus com todas as glândulas e órgãos
associados

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O intestino primordial (ou primitivo,
estagio mais inicial do
desenvolvimento) se forma a partir da
quarta semana à medida que a cabeça,
a eminencia caudal e as dobras laterais
incorporam a porção dorsal da vesícula
umbilical (saco vitelínico )
Inicialmente ele é fechado nas duas
extremidade; na parte cranial cranial
pela Membrana orofaríngea e na
caudal pela Membrana cloacal

Formado por duas camadas

Endométrio; dará origem a


maior parte do epitélio e
glândulas associadas

Mesoderma —> Mesênquima


esplênico —> o musculo liso
associado e parte do epitélio

O intestino primordial para fins


descritivos é dividido em 3 parte

ANTERIOR;

Faringe, esôfago,
estomago, parte proximal do
duodeno, fígado, aparelho
biliar, sistema respiratório
inferior

Membrana orofaríngea —>


Divertículo hepático

MEDIO

Parte distal do duodeno,


jejuno, íleo, parte do grosso

Divertículo hepático—>
2/3 ou metade do Colón
transverso

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POSTERIOR

Restante do grosso,

1/3 esquerdo ou metade


do cólon transverso —>
Membrana cloacal

Intestino anterior
Desenvolvimento do esôfago
Inicialmente curto, atinge seu
comprimento final na sétima semana

Desenvolve-se imediatamente a faringe


O corre uma separação do sistema
respiratório -Divertículo respiratório-

O desenvolvimento do epitélio
(Endoderma) mantem o lúmen
esofágico fechado ate a oitava semana,
o musculo liso a partir do mesênquima
esplênico circundante, principalmente
no terço inferior
O músculo estriado que forma a
camada muscular externa do terço
superior do esôfago deriva do

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mesênquima no quarto e no sexto
arcos faríngeos.

Desenvolvimento do estomago
Quarta semana inicia-se uma discreta
dilatação do intestino anterior

Cresce e se alarga ventro-dorsalmente


abaixo do esôfago por meio de uma
proliferação epitelial; por isso sua
rotação é descritas como rotação
passiva

Borda dorsal (”costas”) cresce mais


rápido que a ventral (”frente”), o que
determina a curvatura do estomago

Rotação do estomago

gira 90° no sentido horário em


torno de seu eixo longitudinal

Mesogástrio dorsal;
desloca-se para a esquerda

Esse deslocamento
forma a Bursa omental
(saco peritoneal menor)
que se comunica com a
cavidade peritoneal por
meio do forame
omental

mesogástrio ventral;
Desloca-se para a direita.

Rotação anteroposterior

mesogástrio ventral; é
tracionado para cima

O estômago está suspenso da parede


dorsal da cavidade abdominal por um
mesentério dorsal, o mesogástrio dorsal

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primitivo. Esse mesentério,
originalmente no plano mediano, é
levado para a esquerda durante a
rotação do estômago e a formação da
bolsa omental

O mesogástrio ventral primitivo une-se


ao estômago; ele também une o
duodeno ao fígado e à parede anterior
do abdome

Desenvolvimento do duodeno
Vem de duas porções do intestino; dupla irrigação

Inicio da quarta semana


O duodeno se a longa ventralmente e forma uma alça em formato de C

Entre a 5 e 6 semanas o lúmen do duodeno é obliterado, devido a proliferação das


células do epitélio (Endoderma) e volta-se a abrir na 8 semana

Desenvolvimento do fígado e aparelho biliar


Surgem como uma protuberância
endodérmica ventral- Divertículo
hepático- no inicio da quarta semana

Divide-se em em duas porções

porção cefálica —> Fígado

Porção caudal —> Vias biliares


e parte do pâncreas

Crescimento muito rápido entes a


semana 5 e 10, o que preenche
rapidamente o espaço interno que já é
muito reduzido

O fígado possui uma fase


hematopoiética (a partir da 6
semana ate a 9 semana) por isso é
necessário esse crescimento rápido

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OBS área nua do fígado

A veia umbilical passa pela margem


livre do ligamento falciforme no seu
caminho do cordão umbilical para o
fígado.

Desenvolvimento do pâncreas
Surge a partir de dois brotamentos; dorsal e ventral, que se origina da região caudal
do intestino anterior

Eles surgem de lados opostos, mas a rotação do duodeno os deslocam para o


mesmo lado, onde eles se anastomosam

Broto Ventral; é preso pelo mesogástrio mesentérico dorsal (o que impede sua
rotação )

Broto Dorsal

Cada broto possui um ducto próprio, que vão desembocar no duodeno

O ventral se juntará com parte do dorsal e formaram o ducto principal e o


restante do dorsal formará o ducto acessório

A secreção de insulina a partir da 10 semana

O parênquima (tecido celular básico) do pâncreas é derivado do endoderma dos


brotos pancreáticos, que formam uma rede de túbulos.

As ilhotas pancreáticas desenvolvem-se a partir de grupos de células que se


separam dos túbulos e ficam entre os ácinos.

Desenvolvimento do baço
O baço deriva de massa de células mesenquimais localizadas entre as camadas do
mesogástrio posterior

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começa a desenvolver-se durante a 5a semana, mas não adquire seu formato
característico até o início do período fetal.

Intestino médio
Ligado a parede dorsal por um
mesentério alongado

Crescimento muito acelerado


O intestino médio se alonga e forma
uma alça em formato de U que se
estende para dentro da região proximal
do cordão umbilical
Alça cranial; superior

Órgãos do intestino delgado


Alça caudal; inferior
Parte do intestino grosso

Herniação fisiológica ocorre no inicio


da sexta semana; falta de espaço na
cavidade, não esta presa pelo
mesentério ventral. Momentâneo (fim
na 10 semana)
A alça se comunica com a vesícula
umbilical através do ducto
onfaloentérico ate a 10 semana
Essa alça ocorre pelo rápido
crescimento do intestino, que não é
acompanhado pelo aumento da
cavidade
Nao se sabe o que provoca seu
retorno, mas o aumento da cavidade e
reducao do tamanho proporcional do
figado é o mais provavel

Rotação da alça do intestino


médio

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270 graus no sentido anti-
horário, de maneira
FRACINADA

PRIMEIRA “durante a ida” 90


graus

Alça cranial mais a direita e


caudal mais a esquerda

SEGUNDA “durante a volta”


180 graus

A porção cranial retorna


primeiro

A alça caudal retorna


depois e sofre duas
rotações de 90

Ceco e apêndice vermiforme


Surge na 6 semana

Inicialmente, o apêndice é um pequeno


divertículo (bolsa) do ceco.

Subsequentemente, aumenta de
comprimento rapidamente, de modo
que, ao nascimento, é um tubo
relativamente longo que se origina da
extremidade distal do ceco.
Após o nascimento, o crescimento
desigual das paredes do ceco faz com
que o apêndice entre em seu lado
medial.

Intestino posterior

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supridos pela artéria mesentérica
inferior

Cloaca
Câmara revestida por endoderme
No início da vida embrionária, a cloaca
é uma câmara na qual o intestino
posterior e a alantoide se esvaziam.
A cloaca é dividida em partes dorsal e
ventral por uma cunha de mesênquima,
o septo urorretal
À medida que o septo cresce em
direção à membrana cloacal, ele
desenvolve extensões semelhantes a
forquilhas que produzem dobramentos
das paredes laterais da cloaca. Essas
dobras crescem uma em direção à
outra e se unem, formando a divisória
que separa a cloaca em três partes: o
reto, a parte cranial do canal anal e o
seio urogenital

Canal anal
Os dois terços superiores do canal anal
adulto derivam do intestino posterior; o
terço inferior desenvolve-se a partir da
fosseta anal

Malformações do sistema digestório

Face
Essas anomalias craniofaciais se dão durante o primeiro trimestre do
desenvolvimento embrionário, devido à não migração de células e falhas na fusão

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que dá origem aos palatos primário e secundário, envolvendo lábio, processo
alveolar, palato duro e palato mole, ocasionando fissuras labiais e fissuras palatinas

Fenda labial de fenda palatina

Principias mas formações que acometem a face


São relativamente comuns, são classificados de
acordo o critério de desenvolvimento, com a
fossa incisiva e a papila usadas como referência
São especialmente visuais, visto que acometem
a face, causando uma aparência facial anormal
e uma fala comprometida

Fenda anterior

Fenda labial com ou sem a fenda na parte


alveolar do maxilar

Fenda anormal completa; do lábio ate a


fossa incisiva, separando a parte anterior e
posterior do palato

Resulta em uma deficiência do mesênquima

Fenda posterior

Fenda no palato posterior (ou secundário) se


estendendo pelas partes moles e duras ate a
fossa incisiva
São causados pelo desenvolvimento
defeituoso do palato secundário e resultam
em distorções do crescimento do processo
palatino

Fendas que envolvem o lábio superior


ocorrem em aproximadamente 1 em 1.000
nascimentos, acometendo mais Homens

As fendas variam em gravidade, desde


pequenos entalhes na borda vermelha do
lábio até fendas maiores que se estendem
até o assoalho da narina e através da parte
alveolar da maxila

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A fenda labial unilateral
resulta da falha na união da proeminência
maxilar no lado afetado com as
proeminências nasais mediais fusionadas, o
que causa um sulco labial persistente. Os
tecidos do assoalho do sulco persistente se
rompem. Como resultado, o lábio é dividido
nas partes medial e lateral. Algumas vezes,
uma ponte de tecido, banda de Simonart,
une as partes da fenda labial incompleta.

A fenda labial bilateral


é um defeito extremamente raro.

falha parcial ou completa das proeminências


nasais mediais em se fusionar e formar o
segmento intermaxilar.

A fenda mediana do lábio inferior também é


muito rara e é causada pela falha na fusão
completa das proeminências mandibulares
OBS! Os defeitos da fenda anterior e
posterior são embriologicamente distintos.
A fenda palatina,

com ou sem fenda labial, ocorre em


aproximadamente 1 em 2.500 nascimentos e
é mais comum no sexo feminino.
Pode envolver apenas a úvula – fenda da
úvula –, conferindo uma aparência de cauda
de peixe ou se estender através das regiões
moles e duras do palato

Em casos graves associados à fenda labial,


a fenda no palato se estende através da
parte alveolar da maxila e dos lábios em
ambos os lados
As fendas unilaterais e bilaterais no palato
são classificadas em três grupos:

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As fendas do palato anterior resultam
da falha dos processos palatinos laterais
em se encontrar e se fundir com o palato
primário

As fendas do palato posterior resultam


da falha dos processos palatinos laterais
em se encontrar e se fusionar uns aos
outros e ao septo nasal

As fendas das partes anterior e


posterior do palato resultam da falha
dos processos palatinos laterais em se
encontrar e se fusionar ao palato
primário, entre si e ao septo nasal.

A maioria das fendas labiais e palatinas


resulta de múltiplos fatores; Fatores
genéticos, associados ou não a alguma
síndrome, erros de transcrição, agentes
teratogênicos

Uma fenda do lábio e o processo alveolar da


maxila que continua através do palato são
geralmente transmitidos por um gene
masculino ligado ao sexo.

Outras malformaçõe
Intestino anterior

Desenvolvimento do esôfago

Atresia esofágica; Bloqueio do lumen

resulta do desvio do septo traqueoesofágico no sentido posterior e


da separação incompleta do esôfago do tubo laringotraqueal

Feto incapas de absorver liquido amniótico; aumento do volume


dentro da placenta

Estenose esofágica

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Recanalização incompleta do lúmen

Desenvolvimento do estômago

Estenose pilórica hipertrófica

Desenvolvimento do duodeno

Estenose duodenal

Atresia duodenal; oclusão completa

O bloqueio geralmente ocorre na junção do ducto biliar com o ducto


pancreático, ou ampola hepatopancreática

Desenvolvimento do fígado e do aparelho biliar

Anomalias do fígado

Em alguns casos, o ducto cístico abre no ducto acessório hepático e


não no ducto hepático comum

Atresia biliar extra-hepática

obliteração dos ductos biliares na ou superior à porta do fígado,


uma profunda fissura transversa na superfície visceral do fígado.

Desenvolvimento do pâncreas

Pâncreas ectópico

posição anormal do pâncreas

Pâncreas anular

se “enrola” ao redor do duodeno

Desenvolvimento do baço

Baços acessórios

Uma ou mais pequenas massas esplênicas (cerca de 1 cm de


diâmetro) de tecido esplênico totalmente funcional podem existir
além do corpo principal do baço.

Intestino médio

Anomalias do intestino médio

Herniação da alça do intestino médio

Hérnia umbilical

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Rotação da alça do intestino médio

Retração das alças intestinais

Ceco e apêndice vermiforme

Intestino posterior

Cloaca

Canal anal

Impactos sociais das malformações


O indivíduo acometido tende a desenvolver certas características negativas como
exemplo, o autoconceito baixo, a dependência dos pais, dificuldade de
comunicação, isolamento, insegurança, vergonha e dificuldade de aprendizagem,
fatores esses, que podem induzir quadros depressivos, mesmo que tais portadores
não apresentem alterações de personalidade e intelecto. Assim, considerando a
população submetida a estudo, parece que o estigma físico é um aspecto que
prejudica e interfere negativamente na constituição da identidade e na realização de
um pressuposto básico da condição humana: a relação com o outro. A solidão, o
isolamento, a discriminação, a dificuldade de comunicação, a timidez e a identidade
negativa, foram marcas que caracterizaram o grupo por nós estudado.
O tratamento das fissuras labiopalatinas se dá por via cirúrgica com o objetivo de
restabelecer a anatomia, a funcionalidade e a estética do local comprometido. No
Brasil, as técnicas de queiloplastia e palatoplastia são feitas em determinados
períodos do desenvolvimento do indivíduo acometido, tendo início nos primeiros
meses de vida, o que tem proporcionado bons resultados estéticos e funcionais,
como na produção da fala, audição e deglutição, além de restabelecer a anatomia
do palato
Fissura labiopalatina durante o desenvolvimento
Comprometido da alimentação, sucção do leite, engasgos recorrentes, causando
falta de ar
Ansiedade materna, pelas dificuldades do cuidado e em relação ao desenvolvimento
do filho
As crianças com fissuras no lábio possuem uma dificuldade em questão da sua
nutrição, pela circunstância de uma alimentação precária, pelo medo em relação a
in-segurança da mãe de amamentar

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A ocorrência da disfagia em crianças com fissuras labiopalatinas, após procedi-
mento cirúrgico, é comum. A correção cirúrgica ainda é a melhor intervenção nestes
casos. A idade média para a realização da palatoplastia é antes dos 2 anos de
idade, visto que, é nesta idade que diminui as chances de o indivíduo apresentar
alterações na fala.
Consequências na qualidade de vida dos indivíduos com fissura labiopalatina
As crianças com fissura labiopalatina (FLP) podem desenvolver alterações no
desenvolvimento da linguagem, como na fala e comunicação. algumas alterações
auditivas são comuns nessas crianças, podendo ser temporárias, porém, com a
capacidade de interferir em suas habilidades expressivas e receptivas, como no seu
comportamento e construção de conhecimento.
Os adolescentes com fissura labiopalatina lida com problemas em relação a sua
qualidade de vida devido á malformação, que inclui cicatrizes e a dificuldade na voz.

Essas e outras características interferem na autoestima desses indivíduos, acar-


retando até discriminação na sociedade. Somado a isso, ocorrem alguns problemas
psicológicos em relação ao bem estar, pois a fissura labiopalatina faz parte da sua
identidade e a reabilitação é extensa e complexa, interferindo na sua aceitação e
inte-ração com a sociedade.
Algumas dificuldades mais expostas em pacientes com fenda labial palatina, são,
deformidades faciais e alteração na fala

REFERENCIAS
MOORE, Keith L.; PERSAUD, T.V.N; TORCHIA, Mark G. Embriologia Básica.
LIRA et al. QUALIDADE DE VIDA DOS INDIVÍDUOS COM FISSURA
LABIOPALATINA. Ciências Biológicas e de Saúde Unit, Alagoas, v. 7, n. 2, p. 87-
98, Abril 2022
PEREIRA, Ana C. M. M., MOTA, Suely A. dos Santos. Análise da influência do
estigma físico nas relações interpessoais em indivíduos com malformações crânio
faciais: fissura lábio palatina. Mimesis, Bauru, v. 18, n. 1, p. 143-154, 1997.

Apêndice

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Parte alveolar da Maxila

Camadas Embrionarias

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