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Anatomia
Cabeça:
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A cabeça do pâncreas é a parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura
em forma de C do duodeno
A face anterior da cabeça é coberta por peritônio e está relacionada com a origem do
mesocolo transverso
A cabeça do pâncreas está apoiada posteriormente na VCI (veia cava inferior), artéria e
veia renais direitas, e veia renal esquerda
Próximo da linha média, a cabeça é contínua com o colo. O limite entre a cabeça e o
colo é com frequência demarcado anteriormente pelo sulco da artéria gastroduodenal e
posteriormente por um sulco similar, porém mais profundo, o qual contém a união das
veias mesentérica superior e esplênica onde formam a veia porta.
Colo:
A face anterior do colo, coberta por peritônio, está situada adjacente ao piloro do
estômago
A VMS une-se à veia esplênica posteriormente ao colo para formar a veia porta
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Corpo:
É a parte mais longa da glândula e estende-se do lado esquerdo do colo até a cauda
A face anterior do corpo do pâncreas é coberta por peritônio, está situada no assoalho da
bolsa omental e forma parte do leito do estômago.
A face posterior do corpo do pâncreas não tem peritônio e está em contato com a aorta,
AMS, glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais esquerdos
Cauda:
É a parte mais estreita e mais lateral da glândula; é contínua medialmente com o corpo.
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A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal
junto com os vasos esplênicos
Ducto pancreático:
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Histologia
Porção exócrina
Uma cápsula delgada de tecido conjuntivo reveste o pâncreas e envia septos para o
seu interior, separando-o em lóbulos
Os ácinos são circundados por uma lâmina basal, que é sustentada por uma bainha
delicada de fibras reticulares.
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O sistema de ductos do pâncreas inicia-se no centro de cada ácino, com o
surgimento dos ductos intercalares, cujas porções iniciais são constituídas de
células centroacinosas claras cubóides baixas.
Células:
Porção endócrina
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As ilhotas são constituídas por células poligonais, dispostas em cordões, em volta
dos quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células
endoteliais fenestradas. Há uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve a
ilhota e a separa do tecido pancreático restante.
Células:
Fisiologia
Porção exócrina
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A liberação das enzimas pancreáticas é induzida pelo hormônio colecistoquinina
(CCK), secretada pela mucosa duodenal e do jejuno superior quando o alimento entra
no intestino delgado, assim como pela acetilcolina liberada pelas fibras parassimpáticas
pós ganglionares.
O mecanismo admitido para a secreção de íons bicarbonato é que ele seja facilitado
pela enzima anidrase carbônica, que catalisa a formação do ácido carbônico
(H2CO3) a partir da água (H2O) e do dióxido de carbono (CO2). No meio aquoso
do citossol, o H2CO3 se dissocia formando H+ e HCO3−; o HCO3− é ativamente
transportado para o lúmen do ducto, enquanto o íon hidrogênio (H+) é transportado
para os elementos do tecido conjuntivo.
Fase cefálica
Essa sinalização faz com que quantidade moderada de enzimas seja secretada nos
ácinos pancreáticos, respondendo por cerca de
20% da secreção total de enzimas pancreáticas, após refeição
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A pancreática, na fase cefálica, é predominantemente enzimática.
Fase gástrica
Fase intestinal
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Os produtos de hidrólise lipídica e proteica ativam as células I, secretoras da
CCK do delgado, que elevam a secreção enzimática das células acinares
Porção endócrina
Glucagon
Síntese
O glucagon circula de uma forma livre e possui uma meia-vida curta de cerca
de 6 minutos. O sítio predominante de degradação de glucagon é o fígado, que
degrada até 80% do glucagon circulante em uma passagem.
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Pelo fato de o glucagon (seja do pâncreas ou do intestino) entrar na veia
porta hepática e ser levado ao fígado antes de atingir a circulação
sistêmica, grande parte do hormônio nunca atinge a circulação sistêmica
Regulação
Efeitos
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Os aminoácidos são utilizados para a gliconeogênese, e os grupos
amino resultantes são incorporados à ureia.
Esses ácidos graxos são oxidados para fornecer ATP à célula hepática. Se
a taxa de transporte de ácidos graxos para a mitocôndria ultrapassa a
necessidade do fígado para fosforilar ADP, os ácidos graxos são apenas
parcialmente oxidados, e os cetoácidos (ou “corpos cetônicos”) ácido b-
hidroxibutírico e acetoacético se acumularão.
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O glucagon em concentrações elevadas também (1) aumenta a força do
coração; (2) aumenta o fluxo do sangue para alguns tecidos, especialmente os
rins; (3) aumenta a secreção de bile; e (4) inibe a secreção de ácido gástrico.
Somatostatina
Efeitos inibitórios
Guyton:
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Polipeptídeo pancreático
Adicionalmente, o VIP controla a secreção dos íons e água pelas células epiteliais
intestinais
Gastrina
Amilina
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As concentrações plasmáticas de amilina aumentam após uma refeição ou a infusão
de glicose.
Síntese
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A molécula de insulina consiste em duas cadeias peptídicas ligadas por duas ligações
dissulfeto.
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Durante o transporte dessa molécula através do complexo de Golgi para ser empacotada na
forma de grânulo, a proinsulina dá origem à insulina e ao peptídio conector (peptídio C).
A molécula de insulina resultante tem duas cadeias peptídicas, A e B, que são unidas
por duas ligações dissulfeto
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Nos grânulos prontos para a secreção, as moléculas de insulina se agregam e se estabilizam
por íons zinco. Além da insulina e peptídio C, o grânulo contém várias outras proteínas e
peptídios.
Como ocorre com outros hormônios peptídicos, a insulina permanece armazenada até que
um estímulo deflagre sua exocitose do grânulo
Os rins retiram aproximadamente 40% da quantidade total da insulina que atinge o órgão em
uma primeira circulação.
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💡 A importância do peptídeo C é que, de modo diferente da insulina, ele não é
prontamente degradado no fígado. Por conseguinte, a meia-vida relativamente longa
do peptídeo (35 minutos) faz sua liberação ser utilizada como índice de capacidade
secretora do pâncreas endócrino. O peptídeo C pode ter alguma ação biológica, visto
que evidências recentes indicam que sua reposição melhora a função renal e a
disfunção nervosa em pacientes com diabetes tipo 1. O receptor e os mecanismos de
sinalização envolvidos nessas respostas ainda estão em fase de pesquisa
Secreção
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2. A glicose absorvida no intestino delgado chega às células beta do pâncreas
3. A glicose entra na célula b através do transportador de glicose GLUT2 por difusão facilitada
Uma vez no interior das células B, ela é rapidamente metabolizada, dando inicialmente
origem à glicose-6-fosfato, pela ação da hexoquinase, quando a concentração de glicose
no meio é baixa. Na presença de altas concentrações do açúcar, a enzima mais
importante passa a ser a glicoquinase, visto que o fator limitante para a metabolização
da glicose é a sua fosforilação. Assim, a glicoquinase, que dispõe de baixa afinidade,
porém alta capacidade enzimática, funciona como um sensor da concentração desse
carboidrato nas células B, regulando a secreção de insulina de acordo com a demanda.
5. Esse aumento causa o encerramento dos canais de potássio sensíveis ao ATP na membrana
celular, diminuindo o efluxo de potássio
6. Isto resulta na despolarização da membrana da célula beta, que abre os canais de Ca2+
8. O acúmulo do Ca2+ desencadeia a exocitose dos grânulos secretores de insulina, bem como
a liberação do hormônio no espaço extracelular e na circulação.
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Regulação da insulina
Existem diferentes tipos de estímulo para a secreção insulínica, os quais podemos classificar em
três grandes grupos: nutrientes, neurotransmissores e hormônios. Cada um destes grupos
estimula a secreção de insulina através de um mecanismo receptor da célula beta. No caso dos
nutrientes o receptor será um produto intermediário do seu próprio metabolismo. No caso dos
hormônios será o sistema adenilciclase-AMPc e para os neurotransmissores será a fosfolipase
C.
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as células B expressam adenilciclase (AC) e fosfolipase C (PLC) que são enzimas,
ancoradas à membrana, ativadas por estímulos via receptores acoplados às proteínas G e por
aumento da concentração do Ca2+ citosólico
Nutrientes
Hormônios
Este sistema transforma ATP em AMPc, o qual ativa a proteina quinase A (PKA) e,
como consequência, estimula a liberação de insulina
Receptor Gs
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Entretanto, estes agentes não aumentam a secreção de insulina na ausência
de glicose.
Receptor Gs
Neurotransmissores
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Mecanismo de ação
A ação da insulina nas células-alvo começa quando o hormônio se liga a seu receptor na
membrana da célula.
Receptor de insulina
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2. A tirosinocinase ativada fosforila diversas outras proteínas ou enzimas, envolvidas nas
ações fisiológicas da insulina, como proteinocinases, fosfatases, fosfolipases e proteínas
G. A fosforilação ativa ou inibe essas proteínas, produzindo as várias ações metabólicas da
insulina.
5. A seguir, o receptor pode ser reciclado na superfície celular, onde se torna novamente
disponível para a ligação da insulina, além disso pode ser armazenado ou degradado
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O número de receptores de insulina disponíveis é modulado pelo exercício, pela dieta, pela
insulina e por outros hormônios. A exposição crônica a níveis elevados de insulina, a
obesidade e o excesso de hormônio do crescimento levam a um downregulation (regulação
para baixo) dos receptores de insulina.
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O número de receptores de insulina presentes em uma célula-alvo é determinado pelo
equilíbrio entre três fatores: (1) síntese do receptor (2), a endocitose de receptores
seguida de reciclagem dos receptores de volta para a superfície celular, e (3) a
endocitose seguida por degradação de receptores
Efeitos
Efeitos precoces:
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muscular aumenta a translocação da molécula transportadora de glicose 4
(GLUT 4)
Efeitos intermediários
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No tecido adiposo
Parte dessa glicose é, então, utilizada para sintetizar ácidos graxos, porém, o
mais importante é que ela também induz a formação de glicerol que se associa
aos ácidos graxos para formar os triglicerídeos, que são a forma de
armazenamento da gordura nas células adiposas.
No fígado
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A insulina estimula a expressão gênica das enzimas envolvidas na utilização da glicose
(p. ex., glicoquinase, piruvato-quinase) e das enzimas lipogênicas e inibe a expressão
gênica das enzimas que atuam na produção da glicose (p. ex., fosfoenolpiruvato
carboxiquinase e glicose-6-fosfatase)
No músculo
Tipos de diabetes
Tipo 1
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circunstâncias, pode existir tendência hereditária para a degeneração das células
beta
Acomete com mais frequência indivíduos mais jovens, daí seu outro nome, diabetes
de início juvenil. Usualmente afeta pessoas antes dos 20 anos de idade.
Pelo fato de as pessoas com diabetes tipo 1 serem deficientes em insulina, o único
tratamento são injeções regulares desse hormônio.
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quantidade de glicose no sistema circulatório, a hiperglicemia aumenta
significativamente.
Tipo 2
Na maioria dos casos, o início do diabetes tipo 2 ocorre depois dos 30 anos de idade,
geralmente entre os 50 e 60 anos, e a evolução da doença é gradual.
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Existe uma significativa predisposição genética para desenvolver a doença em
certos grupos étnicos. Por exemplo, aproximadamente 25% dos hispânicos com
mais de 45 anos têm diabetes
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obesidade.
A prática regular de exercícios físicos e uma dieta equilibrada para perda de peso e
gordura corporal contribuem para o tratamento.
Uso de fármacos:
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Muitos dos fármacos antidiabetes mais novos imitam hormônios
endógenos. Por exemplo, o pramlintide é um análogo da amilina, um
hormônio peptídico que é cossecretado com a insulina. A amilina ajuda a
regular a homeostasia da glicose após uma refeição por retardar a digestão
e a absorção de carboidratos.
Síndrome metabólica
As pessoas com síndrome metabólica apresentam pelo menos três destes cinco
critérios: obesidade (visceral) central, pressão arterial de 130/85 mmHg, glicose
plasmática de jejum de 110 mg/dL, níveis elevados de triacilgliceróis no plasma em
jejum e baixos níveis de C-HDL.
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Diabetes mellitus gestacional
Outros
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Se inicia no adulto jovem, com grande associação familiar, e em geral é
consequência de mutações na enzima glicoquinase ou em fatores de
transcrição nas células beta
Características
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As lipodistrofias podem ser congênitas ou adquiridas, parciais ou
generalizadas.
Diabetes mitocondrial
Diagnóstico
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