Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Conceituar os termos
Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período
reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico no ano considerado.
A taxa é estimada para um ano calendário determinado, a partir de informações retrospectivas
obtidas em censos e inquéritos demográficos.
Esse indicador é determinante na dinâmica demográfica.
Taxas inferiores a 2,1 são sugestivas de fecundidade insuficiente para assegurar a reposição
populacional.
O décrescimo da taxa pode estar associado a vários fatores, como: urbanização crescente,
redução de mortalidade infantil, melhoria do nível educacional, ampliação do uso de métodos
contraceptivos, maior participação da mulher na força de trabalho e instabilidade de emprego.
É usado para avaliar as tendências da dinâmica demográfica e realizar estudos comparativos
entre áreas geográficas e grupos sociais; realizar projeções de população, levando em conta
hipóteses de tendências de comportamento futuro da fecundidade; subsidiar processos de
planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, trabalho e
previdência social, com projeções demográficas que orientam o redimensionamento da oferta de
serviços, etc.
Fertilidade:
Infertilidade:
Incapacidade de se obter uma gestação bem sucedida após doze meses ou mais de intercurso
sexual regular sem uso de métodos contraceptivos
A infertilidade está presente em 15% a 20% dos casais.
Subfertilidade: casos em que há possibilidade de reversão do quadro (oligoastenozoospermia,
anovulação, entre outros); subfertilidade
é uma condição em que um casal tem menos probabilidade de engravidar em comparação com
Natalidade
Número de nascidos vivos, por mil habitantes, na população residente em determinado espaço
geográfico, no ano considerado.
Em geral, taxas elevadas estão associadas a condições socioeconômicas precárias e a aspectos
culturais da população.
2. Entender a taxa de gravidez comulativa e por ciclo e os motivos pelos quais eles caem a
partir dos 30
A pior qualidade oocitária parece ser o fator preponderante para esta redução da fertilidade
observada com o avançar da idade, contrapondo outros fatores como a receptividade
endometrial. Esta afirmativa é reforçada por estudos em reprodução assistida usando programas
de doação de oócitos, os quais mostraram que mulheres com mais de 40 anos que receberam
oócitos de mulheres jovens apresentaram a mesma taxa de gestação clínica e de parto que as
doadoras de oócitos.
Nas décadas de 1950 e 1960, o descenso da mortalidade combinado com a manutenção de níveis
elevados de natalidade e fecundidade, acima de 40 nascimentos por mil habitantes e mais de 6
filhos por mulher ao final da vida reprodutiva, resultaram nas taxas de crescimento populacional
mais elevadas na história do país: 3,1 e 2,9 % ao ano, respectivamente.
Em 1980, o número de habitantes alcançou os 120 milhões, mas a taxa de crescimento anual
começou a reduzir (sendo 2,5% entre 1970 e 1980); a idade mediana se elevou a 20 anos.
Entre 1991 e 2010, a esperança de vida ao nascer ultrapassou 70 anos, chegando a 73,5 anos em
2010. A taxa bruta de natallidade caiu para 16 nascimetnos por mil habitantes e a taxa de
fecundidade total para 1,9 filhos por mulher, valor abaixo da reposição de 2,1.
Além disso, entre 2000 e 2010 o ritmo de crescimento caiu para 1,2%
Em 2010, a idade mediana aumentou para 27 anos, apenas 1 em cada 4 habitantes tinham idade
inferior a 15 anos e 10,8% tinham 60 anos ou mais de idade.
Por volta de 2030, deve ser alcançado o patamar de 1,5 que permanecerá estável até 2050.
Queda de fecundidade:
Antigamente, a perpetuação da família era a mior grantia de amparo para a velhice, ou seja,
quando os pais estivessem impossibilitados de trabalhar, a única maneira de sustento é pelo
auxílio dos filhos, os quais começam a contribuir enconomicamente logo quando crianças.
Porém, o declícinio da fecundidade, por sua vez, comçea justamente com a transição desta
cultura familiar para um novo ideal de família, urbana e de menor tamanho.
Em 2001, mulheres com 0 a 4 anos de estudos tinham 3,4 filhos que declinou para 2,9 em
2015.
As mulheres com ensino superior completo têm seus filhos, em média, 5,5 anos após as
mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto: 30,9 anos, no primeiro
caso, contra 25,4 anos, no segundo.
Além disso, há uma relação entre idade reprodutiva, instrução e fecundidade. Isso se dá
porque o número de mulheres com ensino superior compeleto representa apenas 11,2% das
mulheres em idade reprodutiva enquanto o número de mulheres sem instrução corresponde a
33,7% delas.
Domícilio: no Brasil rural de 1970, as mulheres tinham, em média, 7,7 filhos, ou seja, três filhos
a mais do que aquelas que viviam nas cidades (4,6 filhos). Em 2002, estava num valor de 1,3
Emprego: A entrada da mulher no mercado de trabalho tem contribuido para redução do número
de filhos tidos por elas, uma vez que elas, muitas vezes, adiam seus projetos pessoas, como a
maternidade, para consolidar seus projetos profissionais. Além disso, numa sociedade onde o
trabalho doméstico e a criação de filhos ainda são de responsabilidade prioritária da mulher, um
número menor de filhos representa uma menor carga de trabalho doméstico levando ao
consequente aumento da disponibilidade da mulher para o mercado de trabalho. Outrossim, a
inserção no mercado de trabalho possibilita um maior controle no número de filho porque as
mulheres passam a adquirir uma renda que permite o acesso aos métodos de contracepção.
Rendimento: Em 40% dos domicílios mais pobres as mulheres ainda têm filhos acima do nível
de reposição (mais de 2). Enquanto, nos 20% dos domicílios com maior renda a taxa de
fecundidade está abaixo de 1,3 filho.
Raça\Cor: em 2001, só as mulheres declaradas brancas tinham uma taxa de 2,1 filhos. Em 2015,
caiu para 1,7 filho; mulheres pretas tinha, em 2001, uma taza de 2,7 filhos e mulheres pardas de
2,6, mas em 2015 caiu, respectivamente para 1,9 e 2 em ambos; a taxa de fecundidade das
indígenas é mais alta do que todos os outros grupos de raça\cor com 3,9 filhos, subindo para 5
considerando apenas as que residiam na zona rural, em 2010.
O Brasil tem atualmente uma taxa de prevalência de uso de contraceptivos equivalente a 77%.
Há 25 anos, em 1969, apenas 35% das mulheres casadas ou em algum tipo de união utilizavam
algum método para postergar ou evitar a gravidez, o que comprova, na prática, as mudanças
vistas nas configurações familiares de todo o país.
Consequências
Transição epidemiológica
“A era da fome e das pestilências” que durou desde o início dos tempos históricos até o fim da
idade média e foi caracterizada por alta natalidade, alta mortalidade por doenças infecciosas
“Era do declínio das pandamia” que vai da Renasceça até o inicio da Revolução industrial e foi
caracterizado por uma melhora na qualidade de vida e redução das pandemias. A expectativa de
vida alcançou os 40 anos.
“Era das doenças degenerativas e das causadas pelo homem” da Revolução Industrial até os
tempos modernos e se caracteriza pelo declínio das doenças infecciosas devido ao avanço da
medicina. Popularização das vacinas e antibioticos. Além de melhores condições de habitação,
alimentação, educação. A expectativa de vida aumenta para 70 anos e as principais causas de
mortalidade passam a ser doenças cardiovasculares e neoplasias malignas.
As estatísticas de mortalidade no Brasil mostram que, até 1940 havia um nítido predomínio das
doenças infecciosas e parasitárias (DIP) como principal causa de morte, representando 43,5% do
total de óbitos.
As doenças do aparelho circulatório correspondiam, em 1930, a 11,8% e as
neoplasias malignas a apenas 2,7% dos óbitos com causa definida. Em 1970, as doenças do
aparelho circulatório já surgiam como a primeira causa de mortalidade (24,8%); as doenças
infecciosas e parasitárias como a segunda (15,7%); e as neoplasias malignas como a terceira
(9,7%) . Dados de 1990 mostraram que as doenças do aparelho circulatório já eram
responsáveis por 34,34% dos óbitos, causas externas com 15,05% e, em seguida as neoplasias
malignas com 12,42%.
O rápido aumento da população idosa brasileira apresenta, como consequência, uma previsão
com maior pressão sobre os sistemas públicos de saúde e previdência, gerando mais demanda de
serviços de saúde, que ocasionará, por vez, aumento em gastos com cuidados médicos e de
internações hospitalares.
Causas:
inicio precoce da vida sexual: A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015
já apontava para a realidade de que 27,5% dos escolares brasileiros do 9º ano do ensino
família: além de os pais não oferecem as devidas informações sobre o assunto, muitas vezes,
casos de gravidez em outras mulheres adolescentes da família, também influenciam o
comportamento dos jovens.
Impacto biológicos
A mãe poderá apresentar anemia, principalmente, se possuir baixa renda, fato ligado diretamente
a má alimentação e maior incidência de verminososes, menor ganho de peso, maior risco de
desenvolver doenças e morte durante o parto, abortos e partos prematuros.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), filhos de mães adolescentes têm maior
probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer . Entre os fatores destacam-se o baixo peso
materno anterior à gestação, as intercorrências gestacionais associadas aos conflitos familiares, o
que interfere no autocuidado com a saúde; o incompleto crescimento físico (composição
corporal, órgãos da reprodução), podendo interferir na transferência de nutrientes para o feto;
Além disso o ingresso tardio ou ausência ao pré-natal entre adolescentes, por razões, como:
dificuldades de assumir a gestação, desconhecimento da importância dessa assistência, situação
Para a adolescente que passa pela experiência da gravidez não planejada, é comum o sentimento
de perda, seja da própria identidade ou de expectativas sobre o futuro, perda da confiabilidade e
proteção da família. Além disso, cerca de 60% das meninas grávidas são abandonadas pelos
parceiros ainda durante a gravidez, e 20% são deixadas após o parto. Ao mesmo tempo em que
há um ganho de responsabilidade que a adolescente ainda não está preparada para assumir. Tudo
isso gera problemas psicológicos como a baixa autoestima, vivência de alto nível de estresse,
sintomas depressivos e até mesmo sucidio.
Desigualdade social
Dados também elaborados pelo CIDACS (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para
Saúde) apontam que entre os nascidos vivos de mães adolescentes, em 2020, a maior
concentração está nas regiões Norte (21,3%) e Nordeste (16,9%), seguido por Centro-Oeste
(13,5%), Sudeste (11%) e Sul (10,5%).