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MORTALIDADE

MATERNA E
INFANTIL E SUAS
PRINCIPAIS
CAUSAS
Helena Dutra de Oliveira
Mortalidade materna e infantil
e suas principais causas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
„„ Reconhecer as principais relações entre a nutrição materna, o de-
senvolvimento do bebê e as medidas públicas para redução da
taxa de mortalidade materna e infantil.
„„ Arguir sobre as principais causas de mortalidade materna.
„„ Relacionar as principais causas de mortalidade infantil.

Introdução
Como você já sabe, a nutrição materna desempenha um papel m ­ uito
relevante no desenvolvimento do bebê. Já está bem estabelecido
que condições inadequadas de saúde materna podem acarretar for-
tes prejuízos a ela e ao concepto. Por isso, políticas públicas são cada
vez mais importantes para garantir que a saúde seja preponderante
e que as altas taxas de mortalidade materna e infantil fiquem no pas-
sado.
Neste capítulo, você vai estudar as relações entre nutrição materna
e o desenvolvimento do bebê e como o governo atua para melhorar
os indicadores de mortalidade desse grupo populacional. Verá tam-
bém as principais causas de mortalidade materna e infantil.

Nutrição materna, desenvolvimento do


bebê e políticas públicas
Já faz certo tempo que a relação entre o estado nutricional materno e o resul­tado
da gestação chama a atenção dos pesquisadores nacionais e ­internacionais. O
estado nutricional inadequado das mães tem impacto sobre a saúde do bebê ao
nascer, pois a gestação é um período no qual as exigências nutricionais estão
Mortalidade materna e infantil e suas principais causas 15

elevadas, a fim de garantir todos os ajustes fisiológicos no organismo da mãe


e proporcionar condições de saúde.
Você sabia que crianças com boas condições de saúde intrauterina têm
maior chance de iniciar suas vidas em melhores condições de saúde física e
mental?
O prognóstico da gestação é influenciado pelo estado em que a mãe ­iniciou
a gestação e como se manteve ao longo dos nove meses. O estado nutricional
inadequado (baixo peso, sobrepeso ou obesidade) pode ter associação com
maior risco de problemas durante a gestação, parto prematuro ou baixo peso
ao nascer, confirmando os índices de mortalidade materna, neonatal e in-
fantil.
A subnutrição materna e o estresse metabólico sobre o resultado obstétri­co
(visualizado em populações antes bem nutridas e assoladas por guerras no
mundo) são aspectos aos quais você deve dar atenção, pois eles têm demons-
trado efeitos sobre o bebê. Estudos apontam que mulheres subnutridas so-
freram com amenorreia, o que serviu como contraceptivo, e constatou-se
maior incidência de abortamentos, natimortos, mortes neonatais e malforma­
ções congênitas durante os períodos de fome. Os bebês que conseguiram so-
breviver apresentaram peso e comprimento significativamente menores, se
comparados a outros bebês. Quando as mulheres conseguiram recuperar seu
estado nutricional, observou-se nas gestações futuras melhora nos indica-
dores de peso e comprimento ao nascer.
Estudos de revisão da literatura sobre associação entre índice de massa
corporal (IMC), ingestão de micronutrientes e resultado da gestação sugerem
que o baixo IMC pré-gestacional é considerado um indicador de pouca re-
serva nutricional materna e associa-se a maior risco de parto prematuro e de
restrição de crescimento intrauterino.
Quando se aponta a associação entre o estado nutricional antropométrico
materno e o peso ao nascer, constata-se que o peso médio em países desenvol-
vidos é de 3,3 kg e, nos países em desenvolvimento — nos quais a desnutrição
materna, sobretudo a proteica, é mais comum —, a média de peso ao nasci-
mento varia de 2,7 a 2,9 kg.
Deficiências de micronutrientes no período da concepção e nas fases ini-
ciais da gestação estão relacionadas com resultados indesejados. As deficiên-
cias iniciais de ácido fólico e vitamina B12 podem comprometer o desenvol-
vimento do bebê na divisão celular. É por isso, caro aluno, que estratégias de
atenção nutricional na idade reprodutiva das mulheres são fundamentais para
redução das taxas de mortalidade no Brasil.
16 Nutrição materno infantil

As inadequações mais comuns são anemia, deficiência de vitamina A,


síndromes hipertensivas da gestação e diabetes gestacional. Por isso, prezado
leitor, o atendimento nutricional a ser feito deve ser um dos pontos básicos do
pré-natal para melhorar os resultados obstétricos.
Ao longo dos anos, o Governo Federal tem trabalhado para reduzir as
taxas de mortalidade materna e infantil. Mesmo com a redução da taxa de
mortalidade materna — de 68,9 óbitos para 100 mil nascidos vivos em 1980
contra 45 óbitos em 1996 —, o Brasil ainda permanecia com taxas considera-
velmente elevadas quando comparado a outros países (nos quais ocorriam 10
mortes para cada 100 mil nascidos vivos).
Após mais de 30 anos da implantação do Programa de Assistência I­ ntegral
à Saúde da Mulher (PAISM), as condições das mulheres e crianças ainda estão
muito aquém dos objetivos iniciais propostos, tendo em vista a permanência
dos elevados indicadores de morbimortalidade materna e infantil (BRASIL,
1984).
Apesar de bem estruturada, a PAISM não foi implantada com efetividade
no Brasil, pois há desigualdades entre as diversas regiões do País. Em virtude
disso, em junho de 2000, o Governo Federal lançou o Programa de Humani-
zação no Pré-natal e Nascimento (PHPN), pela Portaria nº 569, que teve como
elementos estruturadores a humanização e o respeito aos direitos reprodu-
tivos (BRASIL, 2000).
Você sabe quais eram os principais objetivos do PHPN? Eram a redução
das taxas de morbimortalidade materna e neonatal e a busca pelo atendimento
humanizado, além de melhora no acesso, na cobertura e na qualidade do pré-
-natal e melhora da assistência ao parto e puerpério das gestantes e do recém-
-nascido.
O tempo passou e, em março de 2004, com a consciência de que a re-
dução da mortalidade ainda era um desafio para o Brasil, foi lançado o Pacto
Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, que tem como
objetivo a redução de 5% dessas mortes por ano (BRASIL, 2004).
Com o apoio do governo e da sociedade, conseguiu-se uma melhora no
atendimento à mulher e à criança, e, entre 1990 e 2010, houve redução da
ra­zão de mortalidade materna (RMM) de 141 para 68 óbitos por 100 mil nas-
cidos vivos, representando redução de 51%. A mortalidade infantil apresentou
decréscimo de cerca de 40% dos óbitos nas últimas décadas. Em 1990, a mor-
talidade infantil era de 26,6 óbitos por 1.000 nascidos vivos, e, em 2010, 16,2
óbitos por 1.000 nascidos vivos. Apesar da redução, o Brasil ainda mantém
Mortalidade materna e infantil e suas principais causas 17

elevadas taxas de mortalidade quando comparado a outros países de seme-


lhante desenvolvimento econômico.
Você deve sempre lembrar-se de que a morbimortalidade é um processo
complexo e multifatorial, tendo muitos desafios pela frente, como melhorar
a assistência pré-natal e as ações educativas na saúde, além de fortalecer o
atendimento à mulher e à criança, pelo menos no nascimento e durante seu
desenvolvimento.

Assistência Pré-natal
No ano 2000, o Ministério da Saúde instituiu o Programa de Humanização no Pré-natal
e Nascimento (PHPN). Até então, não havia um modelo que normatizasse a assistência
às gestantes no Brasil. Esse programa estabeleceu não apenas o número de consultas
e a idade gestacional de ingresso, mas elencou, também, exames laboratoriais e ações
de educação em saúde, além de trazer à discussão as práticas em saúde e suas bases
conceituais, em conformidade com os modelos empregados em todo o mundo (CRUZ;
CAMINHA; BATISTA FILHO, 2014).

Causas de mortalidade materna


Todos os anos, imagina-se que mais de 500 mil mulheres morram por compli­
cações da gestação e do parto. Muitas que sobrevivem sofrem com graves
problemas de saúde, e a maioria vive em países em desenvolvimento.
Saiba que, no Brasil, a mortalidade materna ainda é um problema de saúde
pública. Essa situação pode ser considerada um excelente indicador da saúde
da mulher e, por consequência, do nível de saúde da população em geral,
além de nortear ações de atenção à saúde. Entretanto, em países em desenvol-
vimento, como o Brasil, ainda existem muitas dificuldades na identificação
dos casos de morte materna, por preenchimento incorreto das declarações de
óbito e por números de sub-registros.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece a morte materna na
Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e a define como morte de
uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após
o término da gravidez, independentemente da duração ou da localização da
18 Nutrição materno infantil

gravidez, devida a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou


por medidas tomadas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais
ou incidentais. (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1993).
Confira a seguir as causas da mortalidade materna de acordo com a defi-
nição da CID-10 (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1993).
Causas obstétricas diretas: resultantes de complicações da gravidez, do
parto ou do puerpério, devidas a intervenções, omissões, tratamento incorre­to
ou à cadeia de eventos resultante de qualquer uma dessas situações mencio­
nadas. As causas mais frequentes são doenças hipertensivas (incluindo
eclampsia e síndrome HELLP), hemorragias e infecção puerperal.
É muito importante você saber que as causas obstétricas diretas tem pre-
venção possível.
Causas obstétricas indiretas: resultantes de doença prévia da mãe ou de-
senvolvida durante a gravidez, não devidas a causas obstétricas diretas, mas
agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. As causas mais frequentes
são diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Quando falamos das causas obstétricas indiretas, devemos considerar mu-
lheres acometidas por agravos prévios e, por isso, precisamos considerá-las
gestantes de alto risco.
As causas obstétricas diretas são mais evitáveis do que as causas indiretas,
pois dependem da qualidade da assistência durante o ciclo gravídico e puer-
peral. Nos países em desenvolvimento, as principais causas de morte materna
são hemorragia pós-parto, transtornos hipertensivos, sepse, partos obstruídos
e complicações relacionadas a abortos clandestinos. Em países desenvolvidos
e em desenvolvimento, as síndromes hipertensivas são a principal causa de
morte.
A OMS, em seu último relatório sobre mortalidade materna, colocou o
Brasil abaixo da meta do milênio: nos últimos 18 anos, alcançou redução de
52% (120/100 mil nascidos vivos em 1990; 64/100 mil nascidos vivos em
2005; 58/100 mil nascidos vivos em 2008), tendo velocidade de queda anual
de 4%, quando o recomendado é 5,5% (SAY et al., 2014).
Comparando o ano 2000 com 2009, houve aumento de 11,92% no número
absoluto de mortes maternas. Essa elevação foi distinta entre as diversas
regiões brasileiras: o Norte apresentou crescimento de 15,46%; Nordeste,
18,53%; Sudeste, 10,31%; Centro-oeste, 50,54%. A região Sul apresentou re-
dução percentual de 15,76%.
Confira agora as principais causas dos óbitos maternos no Brasil nos anos
de 2000 a 2009: outras doenças da mãe que complicaram a gravidez, o parto e
Mortalidade materna e infantil e suas principais causas 19

o puerpério (17,1%), eclampsia (11,88%), hipertensão gestacional com protei-


núria significativa (6,22%), hemorragia pós-parto (5,86%), infecção puerperal
(5,18%) e deslocamento prematuro de placenta (4,28%).
Durante o mesmo período — 2000 a 2009 —, a maior prevalência de
óbitos maternos foi na faixa etária de 20 a 29 anos (41,85%), seguida pela
faixa entre 30 e 39 anos. Na faixa de idade considerada adolescente pela OMS
(10 a 19 anos), a taxa de mortalidade foi de 15,25%.
A variável da escolaridade sempre deve ser observada na atenção à saúde
da mulher, pois órgãos internacionais apontam que mulheres com menos es-
colaridade são mais vítimas da mortalidade.
Quando discutimos saúde reprodutiva e planejamento familiar, o aborta-
mento é uma questão polêmica e recorrente, e o acesso a ele, de forma segura,
continua sendo negligenciado. Estima-se que sejam realizados mais de 43 mi-
lhões de abortamentos anuais, sendo que 49% são clandestinos.

Abortamento
Em 2012 houve aumento na quantidade de abortamentos clandestinos de 1995 (44%)
para 2008 (49%). Apesar das tentativas de redução das taxas de mortalidade materna,
em relação ao abortamento clandestino, as taxas permanecem as mesmas: 47 mil
mortes por ano. Das mulheres sobreviventes, muitas padecem com sequelas desses
procedimentos. Assim, sem o acesso ao abortamento legal e seguro, milhares de
mortes maternas continuarão ocorrendo todos os anos por falta de assistência.

Causas de mortalidade infantil


Muitos compromissos foram e ainda vêm sendo firmados entre os mais altos
chefes de estado, ao longo das últimas décadas, com o objetivo de proteger a
infância. Em 1990, em Nova Iorque, houve a formulação de um planejamento
para que, até o ano 2000, os seguintes objetivos fossem atingidos: redução
das taxas de mortalidade infantil em crianças menores de 5 anos, redução da
desnutrição entre crianças menores de 5 anos, acesso universal à água limpa
e ao saneamento básico e proteção da criança que vive em circunstâncias
especialmente difíceis.
20 Nutrição materno infantil

Na Assembleia Geral das Nações Unidas, em maio de 2002, em uma


sessão especial dedicada às crianças, foi redigido o documento “Um mundo
para as crianças”, que constituiu uma agenda do milênio para proteger a in-
fância nos primeiros anos do século XXI (NAÇÕES UNIDAS, 2002).
Você sabia que a taxa de mortalidade infantil (mortalidade de crianças
menores de 1 ano) é um dos indicadores mais eficazes para apontar a qua-
lidade de vida de uma população? No Brasil, esforços coletivos estão sendo
traçados para seja possível melhorar as taxas desse indicador. A notícia boa
é que já podemos observar queda na taxa de mortalidade infantil! De acordo
com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1980, eram
82,8 mortes por mil nascidos vivos; em 1990, 46,9 mortes por mil nascidos
vivos, e, em 2006, 24,9 por mil nascidos vivos. Portanto, houve redução de
cerca de 45% na mortalidade infantil. A queda está associada a melhorias nas
condições de vida e na atenção à saúde da criança: segurança alimentar e nu-
tricional, saneamento básico, vacinação e modelo de atenção à saúde.

A região Sul exibe as menores taxas de mortalidade infantil, ao contrário das regiões
Norte e Nordeste, que dividem os piores desempenhos.

Conforme dados do IBGE, 66% dos óbitos de menores de 1 ano ocorrem


no primeiro mês de vida, sendo que 51% acontecem nos primeiros seis dias.
Ao longo das últimas décadas, ao mesmo tempo em que diminuem os
índices de doenças infecciosas e parasitárias, desnutrição e doenças respi-
ratórias, ganham destaque como causa de mortalidade infantil e de menores
de 5 anos as afecções perinatais (ligadas à primeira semana de vida): prema-
turidade, asfixia durante o parto e infecções. Esses novos dados reforçam a
importância dos cuidados na gestação, no parto e no puerpério. É necessário
o adequado acompanhamento pré-natal e o reforço nos cuidados com o parto
e o pós-parto. Você pode perceber, então, como a qualidade no atendimento
do binômio volta a ser pauta das discussões.
Malformações congênitas, doenças infecciosas e parasitárias e doenças
respiratórias ocupam as posições seguintes como causa de mortalidade in-
fantil.
Mortalidade materna e infantil e suas principais causas 21

A taxa de mortalidade em menores de 5 anos (por mil nascidos vivos)


acompanha as taxas de mortalidade infantil.
Caro aluno, o recém-nascido de baixo peso é uma criança de risco. Essa
afirmação é possível em função das possibilidades de complicações neonatais.
Através da assistência pré-natal de qualidade, consegue-se melhorar o peso ao
nascer e, consequentemente, melhorar as perspectivas de vida do bebê.
A Tabela 1 mostra as principais causas de morte infantil no Brasil. ­Confira!

Tabela 1. Proporção de óbitos (%) por grupo de causas em menores de 1 ano no Brasil
(dados de 2004).

Causas Porcentagem

Afecções perinatais 61,25

Causas mal definidas 8

Doenças infecciosas e parasitárias 7,46

Doenças do aparelho respiratório 6,67

Causas externas 2,22

Doenças do aparelho circulatório 0,89

Neoplasias 0,30

Outras causas 21,21


Fonte: Accioly, Saunders e Lacerda (2009, p. 16).

Prematuridade
As causas mais comuns de prematuridade são ligadas à mãe: infecção urinária, pressão
alta, descolamento prematuro de placenta, diabetes, alterações de tireoide, infecções
congênitas (toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis, HIV) e consumo de bebidas alcoó-
licas e drogas estão entre as causas comuns de prematuridade. O bebê também pode
apresentar causas que favoreçam a prematuridade, como síndrome genética e mal-
formações.
22 Nutrição materno infantil

1. Como a nutrição está inserida no não teriam cobertura nesse


contexto nutrição materna versus programa.
desenvolvimento do bebê versus 3. Quais seriam as causas obstétricas
políticas públicas? diretas de mortalidade ma-
a) Obesidade materna não está rela- terna?
cionada com prematuridade. a) Doenças cardiovasculares e
b) Deficiências nutricionais estão re- diabetes.
lacionadas com parto pós-termo. b) Anemia falciforme e síndrome
c) Mulheres bem nutridas têm maior HELLP.
incidência de abortamento. c) Síndrome HELLP e hemorragias.
d) O baixo peso pré-gestacional não d) Diabetes e hipertensão.
está associado a complicações e) Diabetes e fibrose cística.
gestacionais. 4. Quais as principais causas de mortali-
e) Deficiências nutricionais (ácido dade materna?
fólico e vitamina B12) podem a) Hipertensão gestacional com pro-
comprometer a gestação em teinúria e hemorragia pós-parto.
fases muito iniciais, causando b) Outras doenças da mãe, que
abortamento ou prematuridade. se complicaram na gravidez, e
2. Qual foi o objetivo da implantação eclampsia.
do Programa de Humanização no c) Eclampsia e infecção puerperal.
Pré-natal e Nascimento (PHPN), no d) Deslocamento prematuro de
ano 2000? placenta e infecção puerperal.
a) Manter as taxas de mortalidade e) Outras doenças da mãe, que
materna, monitorando para que se complicaram na gravidez, e
não piorassem. hemorragia pós-parto.
b) Proporcionar um número de 5. Ao longo das últimas décadas,
consultas de pré-natal, embora houve mudança no panorama de
a qualidade não fosse objeto do mortalidade infantil. Quais condições
programa. passaram a ter mais representativi-
c) Proporcionar atendimento hu- dade?
manizado para as gestantes que a) Prematuridade, asfixia durante o
conseguissem realizar o pré-natal, parto e infecções.
ou seja, aquelas residentes em b) Neoplasias e doenças do apa-
centros urbanos. relho circulatório.
d) Redução das taxas de mortali- c) Doenças infecciosas e parasitárias.
dade materna e neonatal. d) Doenças do aparelho respiratório
e) Oferecer assistência de qualidade e outras causas.
no pré-natal. O puerpério das e) Neoplasias e prematuridade.
gestantes e os recém-nascidos
Mortalidade materna e infantil e suas principais causas 23

ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E. M. A. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de


Janeiro: Cultura Médica, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases da ação pro-
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BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto nacional pela redução da mortalidade materna e neo-
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 569, de 1º de junho de 2000. Brasília: MS, 2000.

CRUZ, R. S. B.; CAMINHA, M. F. C.; BATISTA FILHO, M. Aspectos históricos, conceituais e


organizativos do pré-natal. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 18, n. 1, p. 87-94, 2014.

NAÇÕES UNIDAS. Relatório do Comitê Ad Hoc Pleno da vigésima sétima sessão da Assem-
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tamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed,
1993.

SAY, L. et al. Global causes of maternal death: a WHO systematic analysis. The Lancet, v.
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Leituras recomendadas
CASSIANO, A. C. M. et al. Saúde materno-infantil no Brasil: evolução e programas de-
senvolvidos pelo Ministério da Saúde. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 65, n. 2, p.
227-244, abr./jun. 2014.

DIAS, J. M. G. et al. Mortalidade materna. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte,
v. 25, n. 2, p. 173-179, 2015.

FERRAZ, L.; BORDIGNON, M. Mortalidade materna no Brasil: uma realidade que precisa
melhorar. Revista Baiana de Saúde Pública, Salvador, v. 36, n. 2, p. 527-538, abr./jun. 2012.

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