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PIEX 1.

ESCOLA DA SAÚDE. OBJETIVOS DO


MILÊNIO PARA SAÙDE.

Título: Razão de mortalidade materna


(ODS3, Meta 3.1, indicadores 3.1.1)

Aluno(a): Keli Cristiane Camargo Faria.


RA: 23208578

Tutor(a): Etiane de Fátima Theoroski.


UniDomBosco. Pólo: Mirassol SP

Data: 18/04/2024
Introdução: Reduzindo a Mortalidade Materna: O Compromisso Global

Nos últimos anos, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


têm desempenhado um papel crucial na agenda global para promover um
futuro mais justo, equitativo e sustentável para todos. Entre os 17 ODS
estabelecidos pela ONU, o ODS 3 - Saúde e Bem-Estar - destaca-se como
uma pedra angular para o desenvolvimento humano e o progresso
socioeconômico.

Dentro do ODS 3, a Meta 3.1 assume uma importância particular ao


definir uma direção clara para os esforços globais: "Até 2030, reduzir a taxa de
mortalidade materna global para menos de 70 por 100.000 nascidos vivos."
Esta meta reflete a urgência e a importância de melhorar os sistemas de saúde
em todo o mundo, garantindo que todas as mulheres tenham acesso a
cuidados de saúde de qualidade durante a gravidez e o parto.

Este relatório de pesquisa se propõe a explorar em detalhes a Meta 3.1


do ODS 3, analisando os desafios, as oportunidades e as estratégias
necessárias para alcançar esse objetivo ambicioso. Ao examinar as tendências
atuais, os principais impulsionadores e as melhores práticas, buscamos
fornecer insights valiosos que possam orientar políticas, programas e ações
destinadas a reduzir a mortalidade materna em escala global.

Ao longo deste relatório, examinaremos os dados mais recentes, os


avanços alcançados até o momento e as lacunas persistentes que ainda
precisam ser superadas. Além disso, destacaremos exemplos de intervenções
bem-sucedidas, parcerias eficazes e inovações promissoras que estão
contribuindo para o progresso em direção à Meta 3.1.

Em última análise, este relatório visa fornecer uma base sólida para a
formulação de políticas informadas, a alocação de recursos estratégicos e a
mobilização de esforços coordenados em prol da saúde materna global. A Meta
3.1 não é apenas um indicador de progresso, mas sim um compromisso moral
e humanitário para garantir que todas as mulheres tenham a oportunidade de
dar à luz com segurança e dignidade.
Enfrentando os Desafios da Meta 3.1 do ODS 3

A busca pela redução da mortalidade materna, refletida na Meta 3.1 do


ODS 3, é um compromisso fundamental para garantir que todas as mulheres
tenham acesso a uma gravidez segura e saudável. No entanto, essa jornada
está repleta de desafios complexos que exigem uma resposta global
coordenada e abrangente.

Os desafios enfrentados na realização da Meta 3.1 são vastos e


interconectados. Desde a disparidade no acesso aos serviços de saúde até as
barreiras culturais e sociais que afetam a busca por cuidados adequados, cada
obstáculo representa uma barreira significativa para a saúde materna. Além
disso, a qualidade inconsistente dos serviços de saúde, a falta de investimento
e priorização, e os desafios emergentes, como pandemias e mudanças
climáticas, complicam ainda mais essa missão crucial.

Logo, podemos citar ainda, grandes desafios relevantes que teremos de


enfrentar:

Acesso a Serviços de Saúde: Garantir que todas as mulheres tenham acesso


a serviços de saúde de qualidade durante a gravidez, parto e pós-parto é
fundamental. Isso inclui o acesso á profissionais de saúde capacitados,
instalações adequadas e medicamentos essenciais.
Desigualdades Sociais e Geográficas: As taxas de mortalidade materna
variam significativamente entre diferentes grupos sociais e regiões geográficas.
Superar essas desigualdades requer estratégias específicas para atender às
necessidades das mulheres em áreas rurais, indígenas, afrodescendentes e
outras populações vulneráveis.
Complicações Obstétricas: Complicações durante a gravidez e o parto, como
hemorragias, hipertensão e infecções, são responsáveis por muitas mortes
maternas. Melhorar o diagnóstico precoce e o tratamento dessas condições é
crucial.
Fatores Sociais e Culturais: Normas culturais, falta de educação sobre saúde
sexual e reprodutiva, casamento infantil e gravidez na adolescência são fatores
que afetam a mortalidade materna. Educação e conscientização são essenciais
para enfrentar esses desafios.
Legalização do Aborto: A legalização do aborto seguro e acessível pode
reduzir significativamente as mortes maternas causadas por abortos
clandestinos e inseguros.
Investimento em Saúde Materna: Recursos financeiros adequados e
investimentos em infraestrutura de saúde são necessários para melhorar os
serviços de saúde materna e alcançar a Meta 3.1.

Esses desafios exigem ação coordenada de governos, organizações


internacionais, profissionais de saúde e sociedade civil para garantir que todas
as mulheres tenham uma gravidez saudável e segura.

Abordando a Mortalidade Materna: Estratégias Abrangentes para


Alcançar os ODS

A redução da taxa de mortalidade materna é uma pedra angular dos


esforços globais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), é fundamental implementar estratégias abrangentes que abordem os
múltiplos desafios enfrentados pelas mulheres em todo o mundo.

Uma das estratégias primordiais é melhorar o acesso à saúde


materna. Isso implica garantir que todas as mulheres tenham acesso a
cuidados pré-natais, parto seguro e cuidados pós-natais. Para além da
melhoria da infraestrutura de saúde e da disponibilidade de serviços, é crucial
abordar as barreiras financeiras que muitas mulheres enfrentam. Expandir
programas de seguro saúde ou fornecer subsídios para serviços de saúde
materna pode ajudar a garantir que o acesso seja verdadeiramente universal.

Além disso, é essencial considerar as disparidades regionais e


socioeconômicas que impactam a mortalidade materna. As taxas de
mortalidade muitas vezes são mais altas em áreas rurais e entre grupos
socioeconômicos desfavorecidos. Portanto, direcionar recursos e intervenções
específicas para essas populações marginalizadas é fundamental para garantir
que ninguém seja deixado para trás em nossos esforços.
Educação e conscientização desempenham um papel crucial na
promoção da saúde materna. Educar mulheres e comunidades sobre a
importância dos cuidados de saúde materna e os riscos associados à gravidez
e ao parto pode ser transformador. Isso envolve não apenas campanhas de
conscientização, mas também programas educacionais que capacitam as
mulheres a tomar decisões informadas sobre sua saúde.

Além disso, o envolvimento dos homens é fundamental. Os parceiros


masculinos desempenham um papel importante no apoio às mulheres durante
a gravidez e o parto, e sua participação pode promover uma cultura de cuidado
e apoio familiar, contribuindo para melhores resultados maternos.

Oferecer acesso fácil e acessível a uma variedade de métodos


contraceptivos é outra estratégia crucial. Isso pode ajudar a prevenir gestações
não planejadas e, consequentemente, reduzir os riscos associados à gravidez
e ao parto, contribuindo para a redução da mortalidade materna.

Também, fortalecer os sistemas de referência e contra-referência é


essencial. Garantir que os sistemas de saúde tenham protocolos claros para
encaminhar mulheres em situações de risco durante a gravidez ou parto para
instalações de saúde adequadas e que haja um acompanhamento eficaz após
o parto pode salvar vidas e melhorar os resultados maternos.

Em suma, alcançar a Meta 3.1 dos ODS requer uma abordagem


multifacetada e abrangente que aborde não apenas o acesso aos cuidados de
saúde materna, mas também as disparidades regionais e socioeconômicas, a
educação e conscientização, o envolvimento dos homens, o acesso a métodos
contraceptivos e o fortalecimento dos sistemas de referência e contra-
referência. Somente através de esforços coordenados e colaborativos
podemos garantir que todas as mulheres tenham a oportunidade de ter uma
gravidez e partos mais seguros e saudáveis.

Dados importantes: Mortalidade Materna no Brasil.


O aumento alarmante na razão de mortalidade materna no Brasil
durante a pandemia da Covid-19 é uma preocupação grave que requer uma
ação imediata e coordenada. De acordo com dados do Observatório Obstétrico
Brasileiro, a razão de mortalidade materna disparou para 107,53 mortes a cada
100 mil nascidos vivos em 2021, representando um aumento significativo em
relação aos 55,31 registrados em 2019, ano anterior à pandemia.
Os impactos da pandemia sobre o sistema de saúde sexual e
reprodutiva são evidentes, conforme destacado pela coordenadora do
Observatório, Rossana Francisco. Ela ressalta que as fragilidades pré-
existentes na atenção obstétrica no Brasil foram exacerbadas pelo aumento
das gestantes e puérperas necessitando de internação em unidades de
gestação de alto risco e de terapia intensiva especializada. Esse cenário
evidenciou a necessidade premente de fortalecer a cobertura e a qualidade dos
serviços de saúde materna em todo o país.

Os dados também revelam um aumento constante na mortalidade


materna ao longo dos anos, com um salto de quase 25% em 2020 em relação
ao ano anterior. O número total de mortes maternas aumentou em
impressionantes 77% entre 2019 e 2021, refletindo não apenas os desafios
impostos pela pandemia, mas também a persistência das dificuldades
estruturais no sistema de saúde materna.

Diante desse cenário, o apelo do Fundo de População das Nações


Unidas (UNFPA) por mais investimentos na saúde materna é crucial. É
imperativo que os governos, instituições e a sociedade como um todo se unam
para fortalecer os serviços de saúde materna, garantindo que todas as
mulheres tenham acesso a cuidados pré-natais, parto seguro e cuidados pós-
natais de qualidade. Além disso, é fundamental abordar as disparidades
regionais e socioeconômicas que exacerbam os riscos para as mulheres
grávidas e puérperas, garantindo que ninguém seja deixado para trás em
nossos esforços para alcançar uma redução significativa na mortalidade
materna.

Dessa maneira, somente com investimentos substanciais e ações


coordenadas podemos reverter essa tendência preocupante e garantir que
todas as mulheres tenham a oportunidade de uma gravidez e parto seguros e
saudáveis, independentemente das circunstâncias.

Nos gráficos acima (reunidos pelo Observatório Obstétrico Brasileiro), a


professora Rossana levanta pontos importantes sobre a mortalidade materna,
especialmente durante a pandemia. A falta de unidades de terapia intensiva
adequadas para gestantes e a escassez de profissionais capacitados são
fatores que contribuíram para o aumento significativo das mortes maternas.

Além disso, a classificação das mortes maternas é um desafio. As


mortes maternas são divididas em causas obstétricas diretas, como
complicações do parto ou hemorragias, e causas indiretas, relacionadas a
doenças pré-existentes ou desenvolvidas durante a gravidez. Em 2020, quase
43% das mortes maternas foram por causas indiretas, incluindo casos de
Covid-19.

No entanto, a subnotificação é uma preocupação significativa.


Muitas vezes, os atestados de óbito são preenchidos sem indicar que a morte
foi materna. Frequentemente, o CID registrado é de uma doença geral, e não o
CID relacionado à gestação. Isso dificulta o registro e a contabilização correta
das mortes maternas.

Portanto, é crucial não apenas olhar para os casos registrados por


causas indiretas, mas também para aqueles que não foram registrados como
mortes maternas. A conscientização sobre esses problemas e as
implementações de soluções eficazes são passos vitais para alcançar a Meta
3.1 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e reduzir a mortalidade
materna globalmente.

Mortalidade Materna no Mundo.


A cada dia, aproximadamente 830 mulheres morrem de causas evitáveis
relacionadas à gravidez e ao parto, de acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS). A mortalidade materna é uma preocupação global de saúde
pública, refletindo as desigualdades de acesso aos cuidados de saúde materna
e as disparidades socioeconômicas em todo o mundo.

De acordo com dados da OMS e outras agências das Nações Unidas, a


taxa global de mortalidade materna tem diminuído nas últimas décadas. No
entanto, o ritmo dessa diminuição é mais lento do que o necessário para
alcançar as metas estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS). Em muitas regiões, especialmente em países de baixa e
média renda, a mortalidade materna continua sendo um problema significativo
de saúde pública.
Vários fatores contribuem para a mortalidade materna. Entre eles estão
o acesso limitado a cuidados pré-natais, parto seguro e cuidados pós-natais de
qualidade, assim como desigualdades socioeconômicas, falta de acesso a
métodos contraceptivos e barreiras culturais e geográficas. A pandemia da
Covid-19 exacerbou esses desafios, impactando negativamente os serviços de
saúde materna em muitos países.

Apesar dos avanços em muitas partes do mundo, persistem desafios


significativos na redução da mortalidade materna. Estes incluem a falta de
investimentos adequados em saúde materna, escassez de profissionais de
saúde qualificados, infraestrutura inadequada, falta de acesso a serviços de
saúde em áreas rurais e remotas, e barreiras sociais e culturais que impedem
as mulheres de buscar cuidados de saúde.

Para enfrentar esses desafios, várias iniciativas e estratégias estão


sendo implementadas em todo o mundo. Isso inclui o fortalecimento dos
sistemas de saúde, expansão do acesso a cuidados pré-natais e pós-natais,
promoção da igualdade de gênero e empoderamento das mulheres,
investimentos em educação e conscientização, e parcerias entre governos,
organizações não governamentais e setor privado.

A mortalidade materna continua sendo um desafio significativo de saúde


global, exigindo ação urgente e coordenada em nível mundial e nacional. É
essencial que os governos, instituições de saúde, organizações da sociedade
civil e comunidades trabalhem juntos para melhorar o acesso aos cuidados de
saúde materna, abordar as desigualdades subjacentes e garantir que todas as
mulheres tenham a oportunidade de uma gravidez e partos seguros.

Este relatório destaca a necessidade contínua de priorizar a saúde


materna como uma questão de direitos humanos fundamentais e um
componente essencial do desenvolvimento sustentável. A redução da
mortalidade materna não é apenas uma medida de progresso na área da
saúde, mas também um indicador do compromisso global em garantir a saúde
e o bem-estar de todas as mulheres em todo o mundo. Juntos, podemos fazer
a diferença na saúde materna e dar um passo significativo em direção ao
cumprimento da Meta 3.1 dos ODS.
Segue abaixo a declaração da Dra Natalia kanem (Diretora Executiva da
UNFPA) para o Dia Internacional da Saúde de 2024.
Por Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva do UNFPA

“No Dia Mundial da Saúde, comemoramos os sucessos alcançados


desde a adoção do Programa de Ação da Conferência Internacional sobre
População e Desenvolvimento (CIPD) de 1994 no Cairo, que colocou a
saúde e os direitos sexuais e reprodutivos no centro do desenvolvimento.

Desde o Cairo, mais mulheres desfrutam do direito à saúde e são


capazes de exercer o controle sobre seus próprios corpos e fertilidade.
Mais mulheres têm acesso a contraceptivos modernos, menos mulheres
estão morrendo durante a gravidez e o parto, e as taxas de gravidez na
adolescência diminuíram.

Ainda assim, muitas mulheres e meninas foram deixadas de fora


desse progresso. Mesmo com a aceleração dos esforços para cumprir a
promessa da CIPD e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), vidas mais saudáveis continuam fora do alcance de muitas
pessoas, especialmente aquelas de comunidades mais vulneráveis.

Embora a taxa média global de mortalidade materna tenha


diminuído significativamente nas últimas três décadas, uma mulher ainda
morre a cada dois minutos devido a complicações evitáveis relacionadas
à gravidez e ao parto. As mortes ocorrem em taxas muito mais altas nos
países mais pobres: o risco de morte materna ao longo da vida é de 1 em
49 nos países de baixa renda, em comparação com 1 em 5.300 nos países
de alta renda.

A discriminação em todas as suas formas contribui para resultados


ruins na saúde materna. Mesmo em países em melhor situação, as taxas
de mortalidade materna são mais altas entre as comunidades que
continuam a enfrentar preconceitos raciais e outros preconceitos na vida
cotidiana demonstram que as mulheres afrodescendentes nas Américas
são mais vulneráveis a maus-tratos e negligência por parte dos
profissionais de saúde.
Podemos e devemos fazer melhor. Chegou a hora de acabar com a
discriminação e a exclusão que as mulheres, em todas as suas
diversidades, continuam sofrendo quando procuram atendimento de
saúde sexual e reprodutiva.

A justiça e a igualdade só serão possíveis quando nossos sistemas


de saúde oferecer a todas as pessoas o acesso ao atendimento
respeitoso, compassivo e de qualidade que merecem.

Hoje e todos os dias, vamos defender o direito de todas as pessoas


de alcançar o mais alto padrão de saúde possível, livre de discriminação,
coerção e violência. Defendamos a saúde e os direitos sexuais e
reprodutivos para todos e todas como o caminho para um futuro
sustentável em que todas as pessoas possam realizar seu potencial.”
Dessa maneira, concluímos que a mortalidade materna continua sendo
uma questão grave que afeta principalmente mulheres de grupos
socioeconômicos menos favorecidos. Para abordar esse problema, é crucial
implementar medidas preventivas abrangentes, como cuidados pré-natais
regulares, acesso a profissionais de saúde qualificados e infraestrutura
adequada nos serviços de saúde. Além disso, é fundamental reconhecer e
abordar os fatores sociais e culturais que impactam o acesso das mulheres aos
cuidados de saúde durante a gestação e o parto. A humanização do parto
também é essencial, garantindo o respeito à individualidade das mulheres e
seu envolvimento nas decisões relacionadas ao seu próprio cuidado. Em última
análise, uma abordagem integrada e multifacetada é necessária para enfrentar
eficazmente o desafio da mortalidade materna, visando melhorar as condições
de vida das gestantes e puérperas e reduzir os índices de mortalidade materna
no Brasil

Assim, descrevo que a metodologia adotada para conduzir a pesquisa


sobre mortalidade materna foi por meio de pesquisa e que foi realizada por
meio de uma revisão bibliográfica, um método amplamente utilizado para
explorar e analisar o conhecimento sobre o assunto.

ODS3

Meta 3.1
Nações Unidas
Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70
mortes por 100.000 nascidos vivos.
Brasil
Até 2030, reduzir a razão de mortalidade materna para no máximo 30
mortes por 100.000 nascidos vivos.
Indicadores 3.1.1 - Razão de mortalidade materna

Redução da Mortalidade Materna: Uma Meta Crucial para o Futuro


Desde sua instituição, as Nações Unidas têm se empenhado em
promover metas ambiciosas visando o bem-estar global. Entre elas, destaca-se
a redução da taxa de mortalidade materna para menos de 70 mortes por
100.000 nascidos vivos até 2030. Paralelamente, o Brasil estabeleceu sua
própria meta, buscando diminuir a razão de mortalidade materna para no
máximo 30 mortes por 100.000 nascidos vivos no mesmo período.

Estas metas refletem a urgência em proteger a vida das mulheres


durante a gravidez, parto e pós-parto. Para alcançar esse objetivo, é essencial
uma abordagem abrangente e coordenada, envolvendo governos, profissionais
de saúde e a sociedade civil.

Aprimorar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde materna é uma


prioridade fundamental. Isso requer investimentos em infraestrutura de saúde,
capacitação de profissionais e garantia de acesso equitativo aos cuidados de
saúde. Além disso, é crucial promover o planejamento familiar, fornecendo
métodos contraceptivos gratuitos e universalmente acessíveis.

As desigualdades sociais e de gênero também precisam ser abordadas


de frente. Combatendo essas disparidades, podemos garantir que todas as
mulheres, independentemente de sua origem ou condição socioeconômica,
tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam.

Educar e conscientizar as mulheres sobre saúde materna é outra peça


fundamental do quebra-cabeça. Programas educacionais podem capacitar as
mulheres a tomar decisões informadas sobre sua saúde e bem-estar,
reconhecendo os sinais de complicações obstétricas e conhecendo seus
direitos durante o parto.

Por fim, é essencial fortalecer os sistemas de monitoramento e avaliação


da mortalidade materna. Isso nos permitirá identificar lacunas na prestação de
cuidados de saúde e implementar intervenções eficazes onde mais são
necessárias.

Em suma, alcançar as metas estabelecidas pela ONU e pelo Brasil em


relação à mortalidade materna exigirá esforços coordenados e persistentes. No
entanto, o investimento nesse objetivo vital de salvar vidas maternas não só é
alcançável, mas também é essencial para garantir um futuro mais seguro e
saudável para todas as mulheres.

Fontes bibliográficas:

Boletim epidemiológico mortalidade materna e infantil

Cadernos:

Centro Universitário, parto humanizado: um direito a ser respeitado. S. Camilo,


São Paulo, v.9.n. 2, p. 16-26. Abr./jun.2003

Com. Ciência Saúde. Mortalidade Materna – uma abordagem atualizada. 22


Sup. 1:S141-S152. 2011.

Dossiê Mortalidade Materna.

Autoras: Dra Kevia Katiúcia Santos Bezerra e Dra Mirley Sângela Pessoa
Bezerra de Andrade.

Sites:
https://brazil.unfpa.org/pt-br/news/razao-da-mortalidade-materna-no-
brasil-aumentou-94-durante-pandemia-fundo-de-populacao-da-
onu#:~:text=Em%202020%2C%20foi%20de%2071.97,mapeados%20pelo
%20Observat%C3%B3rio%20Obst%C3%A9trico%20Brasileiro.

https://brazil.unfpa.org/pt-br/news/declaracao-da-diretora-executiva-do-
unfpa-dra-natalia-kanem-para-o-dia-internacional-da-saude-2024

https://www.globalgoals.org/resources/

https://odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=3

https://unstats.un.org/sdgs/report/2023/Goal-03/

https://www.ipea.gov.br/ods/ods3.html

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