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Resumo
O estudo teve como objecto o papel da participação e envolvimento comunitário na prevenção e
combate as epidemias: caso de estudo da COVID19 em Moçambique. Teve como objectivo geral:
Reflectir sobre o Papel da Participação e Envolvimento Comunitário na Prevenção e Combate as
Epidemias: Caso de Estudo da COVID 19 em Moçambique 2020 – 2021. O trabalho foi realizado com
base em pesquisa bibliográfica e na análise documental. Foram obtidos, os dados relativos a COVID19
dos últimos 24 meses, por meio dos Anuários Estatísticos de Saúde e dos dados gerais disponíveis no site
ou portal do MISAU. Em Moçambique, o envolvimento de actores comunitários nas acções de promoção
de saúde teve seu início nos finais da década 70, após a Declaração de Alma-Ata sobre Cuidados de
Saúde Primária (CSP). As acções comunitárias de saúde são parte integrante dos CSP, com intervenções
assentes em actividades de promoção de saúde, prevenção de doenças, tratamento e referência de doenças
comuns. Actualmente, o país conta com uma enorme rede de actores comunitários, que actuam em
diversas áreas de saúde.
Abstract
The study had as its object: o papel da participação e envolvimento comunitário na prevenção e
combate as epidemias: caso de estudo da COVID19 em Moçambique. Its general objective was to:
Reflect on the Role of Community Participation and Involvement in Preventing and Combating
Epidemics: Case Study of COVID 19 in Mozambique 2020 – 2021. The work was carried out based on
bibliographic research and document analysis. Data related to COVID19 for the last 24 months were
obtained through the Statistical Health Yearbooks and general data available on the MISAU website or
portal. In Mozambique, the involvement of community actors in health promotion activities began in the
late 1970s, after the Alma-Ata Declaration on Primary Health Care (CSP). Community health actions are
an integral part of the CSP, with interventions based on health promotion, disease prevention, treatment
and referral of common diseases. Currently, the country has a huge network of community actors, who
work in different areas of health.
Keywords: Participation; Community Involvement; Epidemics; COVID-19.
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Introdução
Portanto, a história das epidemias tem nos mostrado a importância dos hospitais,
mas também nos tem ensinado que a linha da frente desse combate reside a nível das
comunidades, parte integrante dos Cuidados de Saúde Primários.
Objectivos:
Objectivo Geral
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Objectivos Específicos:
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METODOLOGIA
Tipo de Pesquisa
Foram obtidos, os dados relativos a COVID19 dos últimos 24 meses, por meio
dos Relatórios de Saúde 2020 – 2021 e os dados gerais disponíveis no portal do
Ministério da saúde.
Para o tratamento e a análise dos dados, fez-se uso do programa Microsoft Office
2013, feita a colecta de dados, realizada com base no tipo de pesquisa acima referida, e
antes da análise e interpretação, os dados foram seleccionados e tabulados.
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REVISÃO DA LITERATURA
Na óptica de Mbofana, (2019), Saúde pública são Actividades que a sociedade faz
colectivamente para assegurar as condições que as pessoas podem ser saudáveis. Isso
inclui esforços organizados da comunidade para prevenir, identificar, antecipar e
combater ameaças à saúde pública. (P. 32).
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só entre os diversos Ministérios, mas também por meio de uma cooperação com os
Governos locais, como é o caso das autarquias, que também têm desempenhado um
papel determinante nesse processo (p. 80).
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O modelo da teoria da mudança foi desenvolvido por Popay e fundamenta as
práticas de participação do sistema nacional de saúde do Reino Unido. No
modelo proposto, a participação, diferenciada por seus objectivos, é composta
por quatro abordagens: o fornecimento de informações; consulta; co-produção; e
controle comunitário;
O quarto modelo de participação foi desenvolvido por Brunton et al, baseando-
se em estudo de revisão sistemática das matrizes de participação comunitária. Os
autores sistematizaram um quadro teórico com duas meta narrativas da
participação comunitária nos sistemas de saúde: a utilitarista e a da justiça
social.
Como ocorre com a maior parte das doenças infecciosas, a COVID-19 tem
maior poder de disseminação e letalidade, no entanto, o avanço segue impactando com
maior força a vida dos mais necessitados.
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Comunicação de risco e envolvimento comunitário
Formar mais pessoal da promoção para a saúde aos diferentes níveis (central,
provincial e distrital) em comunicação para situações de emergências em saúde
pública, em particular para COVID-19;
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I. Não Criar Novas Estruturas de Governação dos Actores Comunitários: aproveitar a
estrutura de gestão e coordenação administrativa existente para coordenar os actores
comunitários, como por exemplo os Governos distritais, Postos Administrativos,
Localidades, Bairros, Quarteirões e outros para garantir a gestão dos actores
comunitários.
II. Envolvimento das Lideranças comunitárias: este princípio assenta-se na
necessidade de integração das acções de resposta comunitária à COVID-19, nos
planos de desenvolvimento dos sectores e comunidades. As instituições públicas,
privadas, religiosa, agências de desenvolvimento nacional e internacional e incluindo
as organizações locais devem criar um ambiente que permita às comunidades a
participarem em acções de resposta à COVID-19. O envolvimento e o fortalecimento
das lideranças locais é crucial para a eficácia da resposta.
III. Integração: a abordagem comunitária, procura responder de forma holística às
necessidades em saúde das pessoas nas comunidades, com particular atenção para as
pessoas afectadas, em isolamento e infectadas ou doentes com COVID-19.
IV. Não discriminação: A resposta comunitária à COVID-19 deve ser baseada nos
direitos humanos, justiça do género, inclusão de pessoas com deficiência, de modo a
criar um ambiente social e legal onde todas as pessoas, famílias, comunidades
afectadas pela epidemia da COVID-19 possam usar os serviços comunitários
disponíveis.
V. Confidencialidade: Informações sobre o estado de saúde dos doentes com COVID-
19 na comunidade devem ser tratadas confidencialmente pelos trabalhadores
comunitários e não devem ser divulgadas a outros sem consentimento da pessoa
envolvida.
VI. Sustentabilidade: Os programas implementados nas comunidades devem assegurar
benefícios a longo prazo, estimulando a apropriação pelas comunidades. Os actores
comunitários envolvidos na prevenção e resposta à COVID-19 devem sentir-se
responsáveis pela da planificação, implementação e avaliação das actividades na sua
comunidade.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Podem ser destacados aqui três dos sete objectivos do Envolvimento Comunitário,
Segundo MISAU (2004):
Satisfazer um direito e um dever - todo o ser humano tem o direito e o dever de
participar individual ou colectivamente na planificação e na implementação dos
cuidados de saúde que lhe são destinados. O envolvimento das comunidades
num processo de satisfação dos seus direitos conduz a que essas comunidades
possam reivindicar esses direitos;
Promover a auto-responsabilidade da colectividade e dos indivíduos - os
programas de saúde com uma forte componente de envolvimento comunitário
conduzem a auto-responsabilização da comunidade para promover o
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desenvolvimento comunitário e melhorar as condições de vida da população,
para além de constituir uma aprendizagem;
Abrir largas perspectivas para priorizar acções de promoção da Saúde e de
prevenção da doença - é muito mais fácil o envolvimento das comunidades em
acções de promoção de higiene e saneamento, educação para a saúde do que na
prestação de cuidados em regime de hospitalização que são sempre mais
onorosos.
Com base nos Aspectos acima apresentados, pode-se assumir que o modelo de
envolvimento comunitário em Moçambique é um factor favorável ao combate as
epidemias.
Conforme afirma Forquilha (2016 citado por António 2021, p. 82), acerca da
participação e envolvimento comunitário:
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sua vez, que as autoridades municipais desenhem e institucionalizem
mecanismos que permitam que os munícipes se sintam parte dos processos de
tomada de decisões municipais. (Forquilha, 2016 citado por António 2021, p.
82).
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A utilização da tecnologia foi aplicada de novas maneiras. Por exemplo,
plataformas como dinheiro móvel foram introduzidas para promover soluções digitais
para a gestão de dinheiro como uma medida de mitigação dos impactos secundários da
COVID-19. O UNICEF apoiou a orientação de profissionais de saúde em cuidados de
recém-nascidos e cuidados nutricionais de pacientes internados por meio de plataformas
e intercâmbios de grupo online e, como resultado, os trabalhadores da linha de frente
foram alcançados com um quinto dos custos da abordagem original.
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CONCLUSÃO
Como nota conclusiva, podemos afirmar que o envolvimento comunitário
sempre foi um elemento basilar para a resposta a surtos e epidemias. Frente ao risco de
disseminação de novas ou conhecidas doenças, os sistemas de saúde, com frequência,
recorrem à estratégia de mobilização da população para a contenção ou mitigação de
problemas sanitários. Como as medidas de restrição de contacto dependem muito mais
da conscientização e envolvimento da população do que das intervenções profissionais,
é necessário recorrer à participação comunitária para o alcance efectivo das mesmas.
Limitações da Pesquisa
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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