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Isso quer dizer que, a uma “visão-construtivista” do conhecimento, interessam as ações do sujeito
que conhece; ressalta-se o trabalho constante da reconstituição do que já se sabe, exigindo para
isso a descentração e a coordenação dos diferentes pontos de vista.
Para a realização do presente trabalho, foram sadas para além do módulo da disciplina de Ética
Profissional outros manuais disponibilizados por vários web sites da internet, incluindo artigos
científicos.
2. Construtivismo e os novos paradigmas no contexto educacional
Já na perspectiva construtivista, Leão (1999) declara que esse método de ensino fundamenta-se
no iluminismo, teoria que acredita que a razão não é transmitida geneticamente, mas que precisa
se desenvolver ao longo do crescimento do sujeito. A autora considera que os fundamentos
epistemológicos do construtivismo não têm fronteiras, pois ele se constrói pouco a pouco e um
dos pontos principais desse método de ensino é que a aprendizagem é uma construção da própria
criança, e é ela o centro do processo, não o professor. Portanto, é no aluno que se consegue as
próprias “armas” para o conhecimento, pois, o professor apenas tem a função de guiar os
processos de aprendizagem que devem ser estabelecidos com o desenvolvimento dos discentes.
Para a autora, de acordo com Piaget e Kolberg, o ser humano tem, sim, uma predisposição para
pensar e julgar com bases racionais, isto é, uma predisponibilidade para o racional, que, no
entanto, não é uma herança genética.
Para o biólogo suíço o desenvolvimento resulta de combinações entre aquilo que o organismo
traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio. O eixo central de sua teoria sobre o
desenvolvimento mental é justamente a interação entre o organismo e o meio ambiente em que
está inserido.
1
PIAGET, J. O Nascimento da inteligência na criança. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar; Brasília: INL, 1975.
2.4. Novos paradigmas no contexto educacional
Um novo paradigma educacional propõe desenvolver ações, junto aos estudantes, que
ultrapassem as fronteiras da fragmentação do saber, transcendam o conteudismo conservador das
práticas das salas de aula estabelecendo novos rumos pedagógicos inseridos em modelos
epistemológicos que ressaltam a capacidade de criar, de construir e de se harmonizar com o
universo (MORAES, 1997).
O Paradigma Educacional que emerge desta construção, são imbuídos de abordagens com visão
globalizada e ensino significativo com pesquisa. Esta visão busca o resgate do ser humano em
sua totalidade, o aluno como um ser complexo, único e competente, como participante da ação
educativa, que necessita educar-se permanentemente, pois é um sujeito da práxis. Ele é instigado
a avançar com autonomia, a se exprimir com propriedade, a construir espaços próprios, a tomar
iniciativas, a participar com responsabilidade, enfim, a aprender a aprender.
O professor instiga, repensa numa metodologia em parceria, buscando uma prática pedagógica
crítica, problematizadora e reflexiva, impulsionando o educando a ser autônomo. Estabelece uma
relação horizontal com seus alunos, possibilita a vivência grupal empenha-se na luta em favor da
democratização da sociedade, visando a transformação social.
O assunto trabalhado deve manter suas características socioculturais reais, sem se transformar em
um objeto escolar vazio de significado social. Vê-se o viés cognitivista da teoria de Ausubel,
estando a concepção de aprendizagem significativa ligada às ideias de Piaget e Vygotsky.
Um novo paradigma educacional propõe desenvolver ações, junto aos estudantes, que
ultrapassem as fronteiras da fragmentação do saber, transcendam o conteudismo conservador das
práticas das salas de aula estabelecendo novos rumos pedagógicos inseridos em modelos
epistemológicos que ressaltam a capacidade de criar, de construir e de se harmonizar com o
universo. Nesta perspectiva é possível um processo ensino aprendizagem problematizador,
interdisciplinar e globalizador que promove envolvimento, pesquisa e reflexão dos agentes
educativos.