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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA

Temas
 Principais características e as implicações que tem no campo educacional
 Análise holística sobre as etapas do desenvolvimento cognitivo, da linguagem,
afectivo emocional, moral e as respectivas implicações educativas

Julaica Pedro Manhique – 708201092


Docente: Maria Joana

Curso de Licenciatura em ensino de Química


Cadeira de Psicologia de desenvolvimento humano – A0013
2o Ano

Maputo, Agosto, 2021


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Capa 0.5
Índice 05
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais
Discussão 05
Conclusão 0.5
Bibliografia 05
Introdução Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia 2.0
adequada ao
objectivo do
Conteúdo trabalho
Análise e Articulação e 2.0
discussão domínio do discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência/
coesão textual)
Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração de dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação Paginação tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letra,
gerais paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6 Rigor e coerência
Referencias edição em das citações/
Bibliográfica citação e referências 4.0
s bibliografia bibliográficas
Índice
CAPITULO I:.............................................................................................................................3

Introdução...............................................................................................................................3

Objectivos..................................................................................................................................3

Objectivo Geral......................................................................................................................3

Objectivo Especifico..............................................................................................................3

Metodologia de Pesquisa............................................................................................................3

CAPITULO II: Fundamentação Teórica....................................................................................4

O processo de desenvolvimento humano na infância.............................................................4

Características da psicologia de desenvolvimento tem na infância no contexto educacional4

Características psicológicas da adolescência..........................................................................5

Características Psicológicas na fase adulta.............................................................................6

Implicações das fases desenvolvimento na área educacional.................................................6

As implicações da teoria de Piaget para as questões educacionais........................................7

CAPITULO III:..........................................................................................................................8

Conclusão...............................................................................................................................8

Referências bibliográficas......................................................................................................9
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CAPITULO I:

1. Introdução

A preocupação e interesse em desvendar os mistérios da aprendizagem humana


surgiram ainda na antiguidade. No século XIX, o desenvolvimento das disciplinas científicas,
entre elas a Psicologia, fortaleceu estudos que resultaram no desenvolvimento de diferentes
teorias acerca dos processos de construção do conhecimento. Busca por compreender a
aprendizagem humana data de muitos anos. Estudos e pesquisas têm sido desenvolvidos por
diversos pesquisadores tentando compreender e explicar a aprendizagem e as variáveis
envolvidas em seu desenvolvimento. Desses estudos, surgiram diferentes concepções que
buscam compreender como o ser humano constitui seus processos de aprendizagem e suas
etapas de desenvolvimento. Por isso o trabalho propõe-se discutir o fenômeno da
aprendizagem humana, seus fatores intervenientes e sua compreensão a partir de
determinadas teorias, em especial, as de Piaget.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Conhecer as características e implicações da psicologia de desenvolvimento para o ser


humano no âmbito educacional.

1.1.2. Objectivo Especifico

 Mencionar as características da psicologia de desenvolvimento na área educacional

 Identificar o contributo do estudo das características da psicologia de


desenvolvimento;

 Descrever as implicações de cada fase de desenvolvimento humano.

1.2. Metodologia de Pesquisa

Para a elaboração deste trabalho usou se o método de Pesquisa bibliográfica, onde se


fez uma série de recolha de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em
abordagem. Que é aquela que pode ser elaborada através de material já existente como livros,
artigos científicos, entre outros meios, seguida de uma pesquisa do tipo discretiva.
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CAPITULO II: Fundamentação Teórica

2. O processo de desenvolvimento humano na infância

Desde a concepção no útero materno até ao momento em que morre, o ser humano
vive num processo caracterizado por constantes mudanças. Este processo de mudança, que
resulta da interação entre as características biológicas de cada indivíduo e os fatores
contextuais onde o indivíduo se encontra inserido (sociedade e cultura), é denominado por
desenvolvimento humano (MATTA, 2001). Todas as transformações do ser humano
provocam outras mudanças que o influenciam no seu todo (MATTA, 2001; PAPALIA et al.,
2001).

2.1. Características da psicologia de desenvolvimento tem na infância no contexto


educacional

O desenvolvimento humano situa-se num contexto histórico e cultural, num ambiente


que o influencia fortemente (PAPALIA et al., 2001). Neste sentido, emerge uma
responsabilidade acrescida de reflexão e estudo sobre os contextos educacionais que
proporcionamos às crianças nesta primeira fase da sua vida.

Na verdade, a forma como as crianças são cuidadas e respeitadas nas “suas


necessidades, características e interesses, a forma como são encorajados os sucessos e
fracassos, a forma como a creche responde à criança e à sua individualidade terá efeitos
significativos para o desenvolvimento” (CARVALHO, 2005, p. 43).

O processo de desenvolvimento, marcado por inúmeras e rápidas conquistas,


transparece a imagem de um ser altamente competente, capaz e com iniciativa própria
(BARBOSA; FOCHI, 2012). Para que a criança se sinta feliz e se desenvolva de forma
integral em contexto de creche, solicita-se um educador que reconheça cada criança como um
ser único, rico, com potencial para construir o seu conhecimento a partir das suas ações.

A qualidade da relação que o educador é capaz de estabelecer com a criança


influencia a qualidade do desenvolvimento da criança. Como refere Portugal (1998, p.178),
“a creche poderá fazer com que a criança seja mais assertiva e socialmente mais interativa,
mas as consequências dependem da qualidade e consistência dos cuidados substitutos
fornecidos à criança”.

Os princípios educativos apresentados por Gonzalez-Mena e Eyer (1989, citado por


PORTUGAL, 2000) para o contexto de creche evidenciam, entre vários aspectos, a
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necessidade de se investir tempo para construir a pessoa “total”. Isto significa que um
educador de infância deverá conhecer de forma aprofundada o que acontece com as crianças
nos diferentes domínios de desenvolvimento para assim poder garantir que as oportunidades
de aprendizagem proporcionadas facilitam o desenvolvimento holístico.

Os mesmos autores, também chamam à atenção para a necessidade de se respeitar o


processo natural de desenvolvimento em cada faixa etária. Não tem sentido apressar a criança
a atingir outros níveis de desenvolvimento, cada criança tem o seu ritmo próprio ao qual o
educador deverá ser responsivo.

Características psicológicas da adolescência

Mauricio Knobel é um dos estudiosos dessa questão. Ele definiu uma síndrome
normal da adolescência, como uma representação esquemática do fenômeno. A definição de
uma “normal anormalidade”, para ele, não significa que está identificando algo patológico,
mas serve somente para facilitar a compreensão desse período da vida.

Busca de si mesmo e da identidade – Todas as modificações corporais e as


expectativas da sociedade com relação ao jovem levam-no a perceber que está vivenciando
uma situação nova, a qual muitas vezes é vivida com ansiedade pelo desconhecimento de que
rumo tomar.

Tendência grupal – A busca da identidade no adolescente faz com que ele recorra,
como comportamento defensivo, à busca pela uniformidade, que pode lhe fornecer segurança
e auto estima. A partir daí surge o espírito de grupo.

Crises religiosas – A conduta do jovem pode ir do total ateísmo até comportamentos


religiosos tão engajados que podem cursar do misticismo até o fanatismo. Entre essas
condutas, há uma grande variedade de posições religiosas e mudanças muito frequentes, tudo
isso concordando com as mudanças e flutuações do seu próprio mundo interno.

Evolução sexual do auto-erotismo à heterossexualidade – Observa-se no


adolescente uma oscilação entre a atividade do tipo masturbatória e o começo dos exercícios
genitais, que se inicia se forma basicamente exploratória até evoluir para a verdadeira
genialidade procria iva.
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Características Psicológicas na fase adulta

Levinson (1977) sugeriu encarar os grandes eventos da vida como “eventos


marcadores” (marker events), que acabam por pontuar uma sequência de mudança
relativamente extensa e complexa.

Deste modo, as tarefas de desenvolvimento típicas da transição para a idade adulta


incluem o estabelecimento duma identidade, experimentação com a intimidade, formação de
relações íntimas, começar uma família, tomar decisões sobre a carreira e atingir a
independência dos pais (Lefkowitz, 2007). Estes marcos são, inclusivamente, vistos como
exigências normativas deste período de idade (Raymore et al., citado por Seiffge-Krenke,
2006).

Bell e Lee (2006) definiram seis marcos de transição para o seu estudo de adultos
emergentes: primeira paragem de instrução a tempo inteiro, primeira saída de casa, primeiro
começo de um trabalho a tempo inteiro, primeira relação de coabitação, primeiro casamento,
e nascimento do primeiro filho. Na definição dos marcos de transição, outros autores (por
exemplo, Benson & Furstenberg, 2003; Clark 2007; Rumbant, 2007), não diferenciam o
primeiro casamento da primeira coabitação, considerando a existência de cinco marcos.

Implicações das fases desenvolvimento na área educacional

A respeito disso, Paín (1985) entende que a aprendizagem está relacionada a quatro
fatores (orgânicos, específicos, psicógenos e ambientais), a partir dos quais pode-se
compreender os problemas de aprendizagem.

Factores orgânicos: Referem-se ao funcionamento anatômico, como o


funcionamento dos órgãos dos sentidos e do Sistema Nervoso Central. Quando sadio, o
sistema nervoso apresenta ritmo, plasticidade e equilíbrio, garantindo um funcionamento
harmonioso. Porém, havendo lesões ou desordens corticais a aprendizagem fica
comprometida.

Factores específicos: Referem-se à adequação perceptivo-motora. São desordens


específicas ligadas a determinadas áreas cerebrais também específicas, que abrangem
questões cognitivas/perceptivas e motoras, mas sem possibilidade de verificação de sua
origem orgânica.
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Fatores psicogéneos: Estão relacionados a traumas e conflitos internos, onde o não-


aprender se constitui como inibição (restrição da capacidade) ou como sintoma, defesa (medo
de relembrar ou viver novamente alguma situação traumática). O olhar do profissional não
deve estar voltado para o problema de aprendizagem em si, mas para o que ele representa.

Fatores ambientais: Dizem respeito ao ambiente concreto do sujeito, “às


possibilidades reais que o meio lhe fornece, à quantidade, à qualidade, à frequência e à
abundância dos estímulos que constituem seu campo de aprendizagem habitual” (PAÍN,
1995, p. 33). Incluem-se as condições de moradia, trabalho, acesso ao lazer, desportes, aos
bens culturais, ao grau de consciência e participação social.

De facto, as mudanças envolvidas revestem-se frequentemente de ambivalência


(Schaffer, 1976) e as tarefas em questão, como a graduação profissional, o casamento e o ter
filhos, são importantes mudanças na vida que podem desencadear reacções depressivas se
forem vividas como a perda de alguns aspectos da identidade do self (Grinberg & Grinberg,
1976).

As dificuldades em lidar com tarefas como o ter de forjar relações sociais


simultaneamente com pais e colegas, podem, inclusivamente, levar a sintomas depressivos se
as estratégias utilizadas forem prejudiciais (Salmela-Aro, Aunola & Nurmi, 2007). Dado o
seu carácter transitório, esta fase poderá frequentemente constituir um período de crise, de
profundo conflito interior, em que o jovem se sente num “estado de animação suspensa”
(Levinson, 1977, p.51).

As implicações da teoria de Piaget para as questões educacionais

Ao entrar em contato com a obra de Piaget fica claro que o conhecimento deve ser
entendido como uma ampla construção que vai se solidificando com o tempo e com a
interação do sujeito com os objetos a serem conhecidos. Assim, como explica Rodrigues et al
(2005), isso implica que o professor não é o possuidor de todo o saber, mas o facilitador da
aprendizagem, pois o aluno é um agente ativo que constrói o conhecimento, e não um mero
receptor.

As implicações da teoria de Piaget para o processo de aprendizagem escolar dizem


respeito a estudos e teorizações que dão um direcionamento bastante específico sobre como
ocorre a evolução do pensamento humano, como o conhecimento é adquirido, as
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possibilidades e impossibilidades de aprendizagem em cada estágio e a importância da


estimulação e vivência constante de novas experiências.

CAPITULO III:

Conclusão

Este trabalho teve como objetivo apresentar noções sobre a ciência psicológica de
modo a possibilitar o entendimento acerca do funcionamento psíquico humano, em especial
no que se refere aos aspectos ligados à aprendizagem e ao desenvolvimento. Para que tal
estudo fosse possível, fez-se necessária uma explanação inicial acerca da Psicologia enquanto
ciência e sua distinção do conjunto de saberes populares denominado conhecimento do senso
comum.

Todas as teorias do desenvolvimento, apesar de enfatizarem aspectos diferentes,


partem do pressuposto de que o desenvolvimento físico-motor, intelectual, afetivo-emocional
e social é indissociável. O estudo do desenvolvimento humano direciona seus esforços em
compreender o homem em todos os seus aspectos.
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Referências bibliográficas

PAPALLIA, E. (2000). Desenvolvimento humano. Porto Alegre, RS: Artmed.

PIAGET, J. (1971). A epistemologia genética. Petrópolis: Vozes.

BARBOSA, M, R. (2011). O desenvolvimento humano na teoria de Piaget.

PAIN, S. (1985). Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre:


Artes Médicas.

VYGOTSKY, L.S. (1991). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.

MATTA, A. A. (2002). Psicologia concreta de Vygotsky: implicações para a educação. In:


PLACCO, V. M. N. S. (org.). Psicologia e educação: revendo contribuições. São Paulo.

CARVALHO, T, C. (2005). Vygosky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 4 ed.


Petrópolis, RJ: Vozes.

RODRIGUES, A, S. (2005). Teorias da aprendizagem. Curitiba: IESDE.

BIAGGIO, A, M. (1995). Psicologia do desenvolvimento. 14 ed. Petrópolis, RJ: Vozes.

LEVINSON, H. (2007). A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes.

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