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Este trabalho tem como tema: A importância da Metodologia Científica para estudantes no
contexto universitário, em que destacaremos entre outros aspectos, as estratégias de leitura,
analise e interpretação de textos na universidade e a relevância da metodologia científica para
estudantes no contexto universitário.
A experiência universitária é uma das mais marcantes na vida de um ser humano. O estudante
passa, durante o período em que está cursando a universidade, por diversas mudanças, como
mudanças de aprendizado e cognitivas, de atitudes e valores, psicológicos e sociais, além do
desenvolvimento moral.
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1.1. Objectivos do trabalho
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2. Análise e discussão
Para Lajolo (2015), a leitura é um processo de interlocução entre leitor/autor mediado pelo
texto. É uma espécie de encontro com o autor, que está ausente, mas mediado pela palavra
escrita (p. 59).
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e integração do conhecimento: Por esse motivo, havendo disponíveis muitas fontes para
leitura e não sendo todas importantes, impõe-se uma selecção (p. 18).
Segundo Kleiman (2000, p. 49), estratégias de leitura são as “operações regulares para
abordar o texto”. Essas estratégias são cognitivas ou metacognitivas. As cognitivas accionam
inconscientemente, durante a leitura, os conhecimentos que temos. Já as metacognitivas
mobilizam os conhecimentos de modo consciente. Por esse carácter de consciência, as
estratégias metacognitivas têm dois propósitos:
De auto-avaliar a leitura;
Determinar um objectivo para a leitura.
Ainda conforme Kleiman (idem), o uso dessas estratégias faz com que, como leitor, tenha
controlo consciente sobre essas duas operações – auto-avaliar e determinar objectivos – e, por
conta disso, saberá dizer quando não está entendendo um texto e para que esse texto está
sendo lido.
De acordo com Canastra (2012, p. 5), a análise e interpretação dos textos, que foram
pesquisados e consultados, são o suporte teórico para a produção de um determinado trabalho
académico. Considerando que a conceptualização é uma condição imprescindível para realizar
aprendizagens em qualquer domínio científico e/ou disciplinar, importa, por isso mesmo, ter
em conta alguns procedimentos:
Realçar que as Fichas de Leitura são um óptimo instrumento para ter como suporte conceptual
do texto produzido. Para além de sintetizar e organizar o conteúdo extraído dos autores,
servem, também, como treino para aprender a interpretar o que se lê. Por conseguinte, o uso
desta técnica de pesquisa pode facilitar o processo de articulação entre os vários pontos de
vista convocados na elaboração de um trabalho académico.
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Canastra (idem) sugere que quando se elaborar uma Ficha de Leitura (aproximadamente de 10
a 15 linhas), deve-se evitar fazer transcrições dos textos lidos. Recomenda-se, pelo contrário,
o resumo por palavras do próprio leitor. Assim, quando se utilizar o conteúdo das mesmas,
basta referir entre parênteses o autor e data da obra e/ou do artigo científico.
O autor acima, propõe ainda que para além do resumo, procurar definir as principais palavras-
chave de cada autor. No final ficamos com um excelente Mapa Conceptual que nos ajudará a
estruturar, organizar e sistematizar o texto académico.
Para que nos tornemos um bom leitor, é preciso que saibamos analisar os textos com os quais
nos deparamos, realizando uma leitura significativa e proveitosa destes. Com base em
Severino (2002, p. 51-58), as etapas de análise de um texto são:
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dito com base nos critérios que se resolveu adoptar para a elaboração da síntese. É
importante verificar os conhecimentos prévios que se já possui sobre o tema. Com
base nesses conhecimentos, adopta-se uma posição em relação às novas informações:
concorda com elas? Discorda delas? Por quê?
6º Passo: Demonstrar capacidade para interpretar dados e fatos apresentados - Agora,
a partir das relações estabelecidas, o leitor deverá construir uma resposta para a
seguinte pergunta: que sentido faz o que eu acabei de ler?
7º Passo: Elaborar hipóteses explicativas para fundamentar sua análise das questões
tematizadas no texto - O leitor deve procurar uma explicação para a razão de elas
serem o que são. A elaboração das hipóteses explicativas para o conjunto de
informações obtidas pela leitura do texto vai além do que foi dito pelo autor e permite
que se construa um novo conhecimento acerca da questão tematizada. Estamos, pois,
diante da conclusão do processo de leitura e construção de sentido do texto, isto é, a
apropriação do texto lido pelo leitor.
Todos esses passos sugeridos para a garantia de uma boa leitura podem ser sintetizados nos
cinco elementos que todo leitor deve identificar num texto. Nomeadamente:
Tema - ideia central ou assunto tratado pelo autor, o fenómeno que se discute no
decorrer do texto;
Problema - aquilo que “provocou” o autor, isto é, pode ser visto como o
questionamento de motivação do autor;
Tese - a ideia de afirmação do autor a respeito do assunto. O que o autor fala sobre
esse tema? Que posição assume, que ideia defende? O que quer demonstrar?
Objectivo - a finalidade que o autor busca atingir. O objectivo pode estar implícito ou
explícito no texto;
Ideias centrais - ideias principais do texto. A cada parágrafo podemos seleccionar
ideias centrais ou secundárias.
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Podemos considerar a metodologia científica como uma ferramenta maior que agrega vários
meios que auxiliam na realização da pesquisa científica. Que ajuda nas questões éticas e
legais, que ajuda a delimitar os temas e não deixa fugir do proposto, ou melhor, ajuda a deixar
óbvio as decisões, os meios e a questão a ser trabalhada para que não haja uma extensão
desapropriada do assunto proposto, tampouco um desfalque.
Assim, para Rodrigues (2006, p.19) a Metodologia Científica consiste no estudo, na geração e
na verificação dos métodos, das técnicas e dos processos utilizados na investigação e
resolução de problemas, com vistas ao desenvolvimento do conhecimento científico. O
conhecimento científico se constrói por meio da investigação científica, da pesquisa
utilizando-se a metodologia.
A metodologia científica trata dos métodos e técnicas para realizar a pesquisa científica,
podemos dizer de uma forma bem simplificada que auxilia o pesquisador como um manual,
direccionando a forma de pesquisar dependendo do tipo e propósito de investigação científica,
por isso no referencial sobre o tema há uma diversidade de conceitos de pesquisa e a partir de
então as formas de instrumentalizar estes processos.
A Metodologia Científica se torna cada vez mais importante no contexto académico. Cabe a
ela oferecer os subsídios necessários para a construção de trabalhos académicos com rigor.
Desde um resumo até uma tese de doutoramento, a metodologia científica se faz presente.
Teixeira (2010), relata que o aluno ao ingressar em uma Universidade possui capacidades
técnicas de elaborar um artigo, um projecto, uma resenha crítica, o que ele necessita é de
capacitação intelectual para as futuras produções académicas. Neste mundo globalizado, e
interligado, os jovens adentram as Universidades com um desenvolvimento tecnológico pré-
adquirido, o que facilita o processo de aprendizagem, em contrapartida os jovens ao entrarem
nas Universidades em sua maioria, possuem pouco conhecimento literário. Factos como este
impossibilita-os de desenvolver textos, artigos científicos de qualidade.
Sem embasamento teórico, e se deparando com momentos que os académicos terão que
desenvolver este tipo de conhecimento, é que entra a disciplina de Metodologia Científica nas
Universidades. Esta se faz necessária em todos os períodos de duração dos cursos superiores,
sua importância vai além de sua utilização para a produção do Trabalho de Conclusão de
Curso, ele se faz necessário devido seu uso diário em produções de resenhas críticas, artigos,
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seminários, e outros tipos de trabalhos que as Universidades exigem no processo de produção
de conhecimento dos académicos.
Entende Ruiz (2006) que os processos metodológicos básicos para a construção de uma
pesquisa incluem entre outras fases, a formulação de problemas, formulação de hipóteses, a
busca de dados e sua análise, para conclusões e assumir uma forma de trabalho (às vezes
escrito outras em forma de produto). Podemos inferir que a metodologia científica, explica-se
por si só como a utilização de métodos para a construção científica, esta como reconhecida
por experimentos e apresentadas a uma comunidade pesquisadora a qual o assunto seja
interessado para apreciação, para apropriações, complementações e criticas (p. 17)..
Análise das características essenciais que permitem distinguir ciência de outras formas
de conhecer, enfatizando o método científico e não o resultado;
Análise das condições em que o conhecimento é cientificamente construído,
abordando os significados de postulados e atitudes da ciência hoje;
Criação de oportunidades especiais para o aluno comportar-se cientificamente,
levantando e formulando problemas, colectando dados para responder aos
questionamentos, analisando, interpretando e comunicando resultados;
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Capacitação do aluno para que ele leia criticamente a realidade e produza
conhecimentos;
Criação de vector de informações e referenciais para a montagem formal e substantiva
de trabalhos científicos: resenhas, monografias, artigos científicos, etc.
Fornecimento de processos facilitadores à adaptação do aluno, integrando- o à
universidade, minimizando suas dificuldades e apreensões quanto às formas de estudar
e, consequentemente, de encontrar meios de extrair o maior proveito do estudo.
A Metodologia Científica tem como finalidade a formação do espírito científico. Isto quer
dizer, a leitura crítica do quotidiano, o uso sistemático de técnicas de pesquisa, a
documentação e, fundamentalmente, a tentativa constante de relação entre a teoria
metodológica e a prática da pesquisa.
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3. Conclusão
No presente trabalho denotamos que a leitura é parte essencial na vida em sociedade. É
através dela que nos comunicamos, interagimos com o outro e adquirimos conhecimento. Por
isso, ler é muito mais do que decifração do código escrito, é muito mais do que o
reconhecimento das letras, das palavras. Ler é, antes de tudo, atribuição de sentido ao que se
lê. Realizamos a leitura por diversas finalidades: para adquirirmos conhecimento, para
distrairmos, para nos mantermos informados.
Identificamos que são etapas da análise dum texto, análise textual, análise temática e análise
interpretativa.
Com este trabalho, concluímos que a construção do conhecimento em bases científicas exige
disciplina, método, rigor, elementos essenciais para que o trabalho tenha valor diante a
academia.
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4. Referências bibliográficas
Abaurre, M. et al (2003). Português: língua e literatura. 2ª ed. Brasil, São Paulo:
Moderna.
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trabalhos académicos: apresentação. Brasil, Rio de Janeiro.
Barros, A. e Lehfeld, N. (2007). Fundamentos de metodologia científica. 3ª ed. Brasil,
São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Canastra, F. et al (2012. Manual de Investigação da Universidade Católica de
Moçambique. Moçambique, Nampula: UCM.
Kleiman, A. (2000). Oficina de leitura: teoria e prática. 7ª ed. Brasil, São Paulo:
Pontes.
Lajolo, R. (2004). Redacção científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas.
Brasil, São Paulo: Atlas.
Marconi, M. e Lakatos, E. (2005). Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª ed.
Brasil, São Paulo: Atlas.
Paulino, G. et al. (2001). Tipos de texto, modos de leitura. Brasil, Belo Horizonte:
Formato.
Rodrigues, A. (2006). Metodologia científica: completo e essencial para a vida
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Ruiz, João (2006). Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 6ª ed.
Brasil, São Paulo: Atlas.
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Teixeira, E. (2010). As três metodologias: académica, da ciência e da pesquisa. 7ª ed.
Brasil, Petrópolis: Vozes.
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