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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Desenvolvimento Cognitivo

Natércia Eugénio Muloche– 708194372

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: Psicologia de Desenvolvimento

Ano de Frequência: 2° Ano

Docente: Jorge António Júnior

Chimoio, Abril de 2020


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do discurso académico
(expressão escrita
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cuidada, coerência /
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nacional e internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
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Conclusão  Contributos teóricos
práticos 2.0
Aspectos Paginação, tipo e tamanho
gerais Formatação de letra, parágrafo, 1.0
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Bibliográficas citações e citações/referências 4.0
bibliografia bibliográficas

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Indice

I. Introdução................................................................................................................................1

II. Capitulo 1: Definição do Conceito Desenvolvimento em Psicologia....................................2

2. Desenvolvimento Cognitivo...................................................................................................2

2.1 Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget.........................................................2

2.1.1 Estágio da inteligência Sensório-motor (0 aos 24 meses).................................................3

2.1.2 Estágio pré-operatório (2 aos 7 anos)................................................................................3

2.1.3 Estágio das operações concretas (7 aos 11 anos)...............................................................4

2.1.4 Estagio das operações Formais (12 em diante)..................................................................4

2.2. Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Lev Vygostsky..................................................4

2.3 Diferenças e Semelhanças entre a Teoria de Piaget e Vygostsky.........................................5

2.3.1 Diferenças..........................................................................................................................5

2.3.2 Semelhanças.......................................................................................................................5

2.4 Relevância das Teorias de Desenvolvimento.......................................................................5

3. Relevância da Zona de Desenvolvimento Proximal...............................................................5

4. Relação entre Desenvolvimento Humano e Aprendizagem...................................................6

IV. Conclusão.............................................................................................................................7

V. Referencia Bibliográfica........................................................................................................8

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I. Introdução

O presente trabalho aborda acerca das teorias de desenvolvimento cognitivo na visão do Piaget e
do Vygostsky, apresentando as suas fases de desenvolvimento e as respectivas diferenças e
semelhanças entre elas. Procuramos ainda abordar com muita profundidade o conceito de Zona
de Desenvolvimento Proximal do Lev Vygostsky e por fim, versamos sobre as relações existente
entre desenvolvimento humano e a aprendizagem, tendo como objectivos os seguintes:

Geral:

 Compreender as teorias de desenvolvimento cognitivo na visão do Piaget e do Vygostsky.

Específicos:

 Explicar os diferentes estágios do desenvolvimento do Piaget e do Vygostsky;


 Mencionar a relevância das teorias de desenvolvimento cognitivo na actividade docente;
 Identificar a relação entre desenvolvimento humano e aprendizagem.

A nossa visão foi de poder colocar em vosso dispor um leque de informação que quando ser
correctamente aproveitada poderá contribuir no melhor entendimento das diferenças individuas
de cada pessoa.

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II. Capitulo 1: Definição do Conceito Desenvolvimento em Psicologia

Segundo Davidoff (2001), desenvolvimento é “ o conjunto de transformações que se sucedem ao


longo do tempo das pessoas, expressando-se na inteligência, no físico, na afectividade e na
sociabilidade”.

Bronfenbrenner (1989, p.191), entende desenvolvimento como “o conjunto de processos através


dos quais as particularidades da pessoa e do ambiente interagem para produzir constância e
mudanças nas suas características no curso da sua vida”.

No nosso entender, Desenvolvimento em Psicologia compreende-se como sendo um conjunto de


mudanças contínuas no ser humano ao longo da sua existência, pressupondo assim uma
sequência de alterações graduais que levam a uma maior complexidade no interior de um sistema
ou organismo.

2. Desenvolvimento Cognitivo

Segundo Braço (2014, p.59), falar do desenvolvimento cognitivo é falar do “desenvolvimento


das capacidades mental da pessoa para pensar, raciocinar, interpretar, compreender, adquirir
conhecimentos, lembrar, organizar informações, analisar e resolver problemas”.

Ao abordar este tema, a Psicologia de desenvolvimento tem por preocupação, explicar como os
seres humanos adquirem conhecimentos a cerca de si mesmo, das outras pessoas e das coisas que
os rodeiam.

2.1 Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget

Jean Piaget (1896-1980) psicólogo suíço, foi dos investigadores mais influentes do século XX na
área da psicologia do desenvolvimento. Ele acreditava que o que distingue os seres humanos de
outros seres é a sua capacidade de ter um pensamento simbólico e abstracto, acreditando que a
maturação biológica estabelece as pré-condições para o desenvolvimento cognitivo. Para ele, as
mudanças mais significativas são mudanças qualitativas (em género).

Piaget elaborou uma teoria do desenvolvimento a partir do estudo da inteligência da criança e do


adolescente. A sua teoria permitiu que se acabasse com a concepção de que a adolescência da
criança era semelhante à do adulto, existido entre eles mera diferença quantitativa. Para ele, “a

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inteligência precede o pensamento, desenvolvendo-se por etapas progressivas que exigem
processos de adaptação ao meio” (Piaget apud Davidoff, 2001, p.436).

Desta forma, podemos perceber que para Piaget o desenvolvimento pressupõe a maturação do
organismo, bem como a influência do meio físico e social. Entretanto, é necessário realçar que
para Piaget, em todos os estádios existe uma interacção entre o sujeito e o mundo, feita através
da assimilação e da acomodação. Estes dois mecanismos possibilitam a construção das novas
estruturas ou esquemas.

Parafraseando Piaget citado por Rappaport (1981a), “o desenvolvimento pode ser explicado
através de diferentes factores, como a hereditariedade, a experiencia física, a educação e a
equilibração ou seja, o equilíbrio entre os três primeiros factores”.

Todavia, é necessário realçar que na óptica do Piaget, o desenvolvimento da inteligência faz-se


pelo intercâmbio constante entre a criança e o meio, tendo por isso, distinguido quatro estágios
de desenvolvimento cognitivo:

2.1.1 Estágio da inteligência Sensório-motor (0 aos 24 meses)

Neste estágio a criança não se distingue dos objectos que a rodeiam, nem compreende as relações
entre os objectos independentemente dela, apenas entendem suas experiencias através dos órgãos
de sentido (tacto, paladar, olfacto). Em vez de palavras e conceitos, a criança serve-se de
percepções e movimentos organizados em esquema de acção. Entretanto, já aos 18 meses, a
criança já é capaz de chegar aos objectos que quer, isto é, já é capaz de relações objectivas de
causalidade, na medida em que se serve de meios apropriados para alcançar os seus fins;

2.1.2 Estágio pré-operatório (2 aos 7 anos)

A entrada neste estágio é marcada pelo aparecimento da função semiótica ou simbólica, que
assinala o início do pensamento. O pensamento que começa neste período apresenta como
característica o antropomorfismo, que se refere a visão animista ou antropomórfica da criança,
concebendo as coisas como vivas e dotadas de intenção e sentimento. Ainda nesta fase, os pré-
conceitos permitem à criança produzir inferências, que contudo não são do tipo indutivo nem do
tipo dedutivo mas sim, do tipo transductivo que consiste por exemplo, em a criança ver um tigre
na televisão dizer que se trata de um gato, dadas as características serem idênticas às de um gato.
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2.1.3 Estágio das operações concretas (7 aos 11 anos)

Este período corresponde a idade do início da escolarização da criança e caracteriza-se pelo


desenvolvimento na criança da capacidade de usar a lógica e, consequentemente, diminui o uso
de informações sensoriais para entender a realidade. Segundo Braço (2014, p.63), “neste período
as crianças usam o raciocínio na resolução de problemas e são capazes de categorizar e
classificar objectos”.

Entretanto, a confusão entre “todos” e “alguns”, características dos períodos anteriores, tende
portanto a desaparecer mas, as estruturações lógicas apresentam ainda algumas limitações.

2.1.4 Estagio das operações Formais (12 em diante)

Nesta fase, as crianças desenvolvem a capacidade de entender a lógica abstracta, antecipam,


planificam e analisam. Rappaport (1981a, p.74), afirma que com isso ela é capaz de “criticar os
sistemas sociais e propor novos códigos de conduta, discute os valores morais de seus pais e
constrói os seus próprios”, adquirindo autonomia.

2.2. Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Lev Vygostsky

Lev Vygostsky (1896-1934) desenvolveu a teoria sociocultural do desenvolvimento cognitivo. A


sua teoria tem raízes na teoria marxista do materialismo dialéctico, ou seja, que as mudanças
históricas na sociedade e a vida material produzem mudanças na natureza humana. Ele aborda o
desenvolvimento cognitivo por um processo de orientação.

Cessito (2009), afirma que Vygostsky acredita que “a aprendizagem na criança podia ocorrer
através do jogo, da brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz mais
experiente, entendendo o desenvolvimento cognitivo como dependendo mais das interacções
com as pessoas e com os instrumentos do mundo da criança”. Esses instrumentos são reais
(canetas, papel, computador) ou símbolos (linguagem, sistemas matemáticos, signos).

Portanto, é necessário afirmar que para Vygostsky, a criança desenvolve representações mentais
do mundo através da cultura e da linguagem e os adultos, tem um papel preponderante no
desenvolvimento da criança através da orientação que dão e por ensinarem.

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2.3 Diferenças e Semelhanças entre a Teoria de Piaget e Vygostsky

2.3.1 Diferenças

Para Piaget, o individuo constrói a compreensão do mundo a partir do seu próprio conhecimento
(encara as crianças como sujeitos activo da sua aprendizagem) enquanto para Vygostsky, o
desenvolvimento cognitivo dependia mais da interacção com as pessoas e com os instrumentos
do mundo da criança, instrumentos esses, que podem ser reais ou símbolos.

2.3.2 Semelhanças

A teoria de Piaget assim como de Vygostsky, dao enfase a importância do desenvolvimento


cognitivo de criança por etapa e não de uma forma mecânica, isto é, o desenvolvimento
cognitivo deve obedecer certas etapas de aprendizagem.

2.4 Relevância das Teorias de Desenvolvimento

As teorias de desenvolvimento é bastante útil principalmente para os educadores isto porque, em


cada idade a criança vai apresentando características diferentes, novas maneiras de ser, tanto
fisicamente, quanto em seus aspectos emocionais, intelectual e social.

Entretanto, é importante sublinhar que “ se o educador não tiver o mínimo de compreensão do


conceito de desenvolvimento da criança, corre o risco de lhe adiantar certas coisas enquanto
prematuro” (Pestana e Páscoa, 1995).

3. Relevância da Zona de Desenvolvimento Proximal

Para Vygostsky, zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é o intervalo entre a resolução de


problemas assistida e individual. Uma vez adquirida a linguagem nas crianças, elas utilizam a
linguagem/discurso interior, falando alto para elas próprias de forma a direccionarem o seu
próprio comportamento, linguagem essa que mais tarde será internalizada e silenciosa –
desenvolvimento da linguagem.

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4. Relação entre Desenvolvimento Humano e Aprendizagem

A vida humana atravessa fases bem distintas, o nascimento, a adolescência, a vida adulta e a
morte. Entretanto, é necessário compreender que em cada estágio o ser humano desenvolve
certos aspectos peculiares e cabe então, ao educador inteirar-se dessas particularidades para que
passe a compreender os aspectos inerentes ao processo de aprendizagem. Por isso, a
aprendizagem assume um papel primordial no desenvolvimento humano.

Leontiev apud Braço (2014, p.10) considera que “para aprender conceitos, generalizações,
conhecimentos, a criança deve formar acções mentais adequadas, e quando a criança mais
aprende mais se desenvolve”. Por isso, muitos teóricos consideram que certas etapas de
desenvolvimento humano são mais propícias para a aprendizagem de determinados objectos e
conceitos.

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IV. Conclusão

A psicologia do desenvolvimento é um ramo da psicologia que estuda a dinâmica evolutiva da


Psique Humana, a ontogénese dos processos psíquicos e as qualidades psicológicas da
personalidade do homem em desenvolvimento.

Em psicologia, o desenvolvimento entende-se como sendo um conjunto de mudanças continuas


no ser humano ao longo da sua existência e o desenvolvimento cognitivo como sendo as
transformações psicológica que este individuo sofrera em toda as fases da sua vida.

Entretanto, Piaget, tinha como pressuposto que as pessoas herdam duas tendências básicas de
lidar com o mundo: adaptação (composta por assimilação e acomodação) e organização. Ele
acreditava também que as crianças progridem em uma ordem fixa, ao longo de estágios de
crescimento mental: sensório – motor, de operação concretas e de operação formais enquanto
Vygostsky sublinhou as influencias socioculturais no desenvolvimento cognitivo da criança,
tendo afirmado que o desenvolvimento não pode ser separado do contexto social, a cultura afecta
a forma como pensamos e o que pensamos, cada cultura tem o seu próprio impacto e o
conhecimento depende da experiencia social.

Portanto, foi notório constatar que tanto a teoria de Piaget assim como de Vygostsky
desempenha um papel preponderante na pratica docente porque permite compreender as varias
etapas de desenvolvimento cognitivo evitando descarregar matérias pesadas as crianças.

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V. Referencia Bibliográfica

Braço, A. (2014). Psicologia do Desenvolvimento: 2°ano. Beira: UCM-CED.

Bronfenbrenner, U. (1989). Psicologia do Desenvolvimento. Portugal: Porto editora.

Cessito, J. (2009). Psicologia do Desenvolvimento: resumo alargado. Beira: UP.

Davidoff, L. (2001). Introdução à Psicologia. 3ᵃed. São Paulo: Artmed.

Pestana, E. & Páscoa, A. (1995). Dicionário Breve de Psicologia. Lisboa: editora presença.

Rappaport, C. (1981a). Psicologia de Desenvolvimento: teorias de desenvolvimento. v1 São


Paulo: EPU.

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