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Tema:
Discente:
Clementina António André
Tema:
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1.1. Objectivos do Trabalho
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2. Análise e discussão
Este tipo de aprendizagem distingue-se de outros tipos por assentar na imitação e, portanto, no
facto de que sem ela tais comportamentos dificilmente seriam apreendidos.
A teoria de aprendizagem social designa uma teoria dos fenómenos psicológicos que não
recusava os princípios centrais do comportamentismo, mas punha em relevo alguns aspectos
do comportamento que escapavam à abordagem ortodoxa comportamentalista, tais como os
comportamentos resultantes de observação e imitação.
Exemplo:
Quando a criança começa a aprender a andar, a falar ou a descrever fá-lo através do processo
de observação directa dos comportamentos dos modelos sejam eles os pais, os professores ou
das pessoas com quem convivem com frequência.
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Assim sendo, emitimos um reforço directo quando o observador é reforçado ao produzir o que
observou e reforço vicariante ou indirecto quando o modelo é que é reforçado.
Exemplos:
A criança que segura bem o lápis quando começa a escrever devido a um elogio, é reforço
directo. Entretanto, se a criança observa que uma pessoa, por ter determinado comportamento,
é recompensada, este facto estimula-a a imitar - esse comportamento é reforço vicariante.
Reforço e Motivação – Nem todos os padrões comportamentais retidos pela memória são
postos em prática, para Bandura existe distinção entre aquisição e desempenho. O
desempenho depende de reforçamentos anteriores. Esses factores determinam a decisão de
agir ou de manifestar alguma atitude.
Para além destes factores existem outros igualmente importantes que favorecem a
aprendizagem social: proximidade efectiva do modelo, idade do modelo, género do modelo e
estatuto do modelo (Azevedo, 1997).
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2.3. Modelagem e comportamento agressivo
Em sua teoria Bandura, caracteriza os factores internos e externos que interferem nos
processos humanos de aprendizagem. Sua teoria conta com mais de cinquenta obras
publicadas, e iniciou seus estudos, pelo comportamento agressivo, relevando o
comportamento da observação de modelos reais e símbolos nas pautas imitativas de agressão,
demonstrando que as crianças expostas a modelos de comportamento agressivo, não só
apresentam a resposta imitativa como também podemos salientar que elas se apresentam em
maior número que o modelo. O modelo agressivo proporciona um comportamento
desinibitório para a agressão, tanto para a criança como para o adulto (Bandura, 1993).
Por muito tempo a modelação foi rotulada por imitação, algo meramente reprodutivo, sem
considerar os processos de mediação simbólica.
Tal ocorrência pode dar-se, realmente, em experiências de laboratório, onde as respostas não
têm consequências para os sujeitos, os quais participam em pesquisas para receber
recompensa.
Mas não se trata no caso de ensinar uma criança a falar ou a expressar seus sentimentos,
necessidades, ensinar outro idioma, ou a se comportar socialmente. Nesse caso a modelação
será beneficiada da observação de modelos capazes.
Nesse caso, a modelação apresenta um conjunto específico de resposta, e verifica-se logo após
a aprendizagem de seus observadores. Apesar de parecer somente uma imitação de modelo,
observa-se que as crianças continuam apresentando esses comportamentos em diversas
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situações sem a presença de seus modelos. Quando o observador tem um modelo que trata as
pessoas que estão ao seu redor com respeito e consideração, o observador mesmo em
situações novas irá apresentar comportamentos idênticos ao do seu modelo, tratando com
respeito e consideração a todos.
Modelos vivos – são aqueles em que se apresenta um modelo de presença física, como o pai é
para o filho, um amigo para um companheiro e que este modelo tenha uma relação de
convivência, na qual exerça influência sobre a outra (Lefrançois, 2008).
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Modelos representativos – podemos descrever como a televisão, os filmes, os meios
audiovisuais, em que não ocorre a presença física do modelo (Lefrançois, 2008).
Modelos simbólicos – são encontrados nos livros, em textos escritos e desenhos. Os modelos
podem ser reais ou não, o que os identifica é a forma como eles chegam ao observador.
Representantes religiosos que transmitem força são também considerados modelos simbólicos
(Lefrançois, 2008).
O estudo referente a Teoria da Aprendizagem Social de Albert Bandura vai além dos
conhecimentos tão divulgados de Skiner, no Condicionamento Operante, pois sua teoria
comprova que o ser humano é capaz de envolver as funções superiores cognitivas em suas
observações e nas consequências delas, podendo memorizar, adaptar, organizar e adequar
seus comportamentos. Para Bandura, os principais modelos que uma criança possui são os
seus pais e seus professores, cabendo a eles desempenharem papéis sociais mais importantes
em que a criança adquire padrões de comportamento. Os padrões de comportamento poderão
variar de acordo com seus modelos, portanto, tanto a família como o professor devem
representar o melhor modelo possível para a criança.
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observadores procuram aprender as acções que eles irão precisar de
desempenhar.
Consequências As consequências vicariantes têm valor informacional e motivacional.
vicariantes As consequências que resultam sobre os modelos oferecem informação
sobre a adequação comportamental e sobre os resultados prováveis das
acções. As consequências valorizadas motivam os observadores. As
semelhanças nos atributos ou nas competências em relação aos
modelos apontam para a adequação e aumentam a motivação.
Expectativas de O conceito de expectativa de resultados é inspirado no conceito de
resultados expectativa de Tolman e Rotter. É mais provável que os observadores
desempenham as acções modeladas que eles julgam que são
apropriadas e que terão resultados gratificantes
Estabelecimento É mais provável que os observadores prestem atenção aos modelos que
de objectivos mostram comportamentos que ajudarão os observadores a atingir os
objectivos. Os objectivos mais incentivadores são os objectivos claros,
específicos, a curto prazo, exequíveis, desafiantes.
Auto eficácia Os observadores tendem a prestar atenção aos modelos quando se
julgam capazes de aprender ou desempenhar o comportamento
modelado.
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3. Conclusão
A teoria de aprendizagem social desenvolvida pelo psicólogo Albert Bandura afirma que a
aprendizagem é um processo cognitivo que tem lugar contexto social e que se verifica,
principalmente, através do reforço, da observação ou da instrução directa, inclusive na
ausência de reprodução motora ou reforço directo.
Segundo esta teoria, os comportamentos sociais – tanto a adequada socialização, como os
desvios em relação à mesma – são comportamentos aprendidos, afirmando-se que o
mecanismo de aprendizagem por observação ajuda à aquisição do comportamento social e o
reforço constitui um elemento importante para manter o comportamento aprendido.
Entretanto, a aprendizagem social depende de algumas características pessoais,
nomeadamente: atenção, retenção, reprodução motora e reforço e motivação.
Para além destes factores existem outros igualmente importantes que favorecem a
aprendizagem social: proximidade efectiva do modelo, idade do modelo, género do modelo e
estatuto do modelo.
O desenvolvimento de novas respostas, requer organização e uma clara representação de
elementos de comportamento em padrões se sequências, portanto, o comportamento
complexo pode se dar pela modelação verbal e da modelação de comportamento.
Por outro lado, refira-se que os principais factores que influenciam os efeitos de modelação
são: estatuto desenvolvimental do aprendente, prestígio e competência do modelo,
consequências vicariantes, expectativas de resultados, estabelecimento de objectivos e auto
eficácia.
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4. Referências Bibliográficas
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