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Curso: Geografia
Disciplina: Psicologia de Desenvolvimento
Ano de frequência: 2º ano
Objectivos .............................................................................................................................. 5
Metodologia ........................................................................................................................... 5
Conclusão ............................................................................................................................ 15
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Introdução
Em vossa posse está o trabalho de campo na cadeira de Psicologia de Desenvolvimento, de
carácter avaliativo. A realização deste é gratificante pois permite-nos adquirir mais
conhecimentos e progredir. Recorreu-se a uma revisão bibliográfica para obter as informações
presentes no trabalho, com a missão de encontrar premissas teóricas sobre a Teoria de
Behaviorista A partir do módulo de Psicologia de Desenvolvimento, identificar os Autores
que falam sobre a Teoria de Behaviorista, fazer uma abordagem de cada Autor (O seu
contributo na Teoria de Aprendizagem Behaviorista) e para terminar fazer um resumo sobre o
behaviorismo (comportamento), como é que elas influenciam na sociedade.
O trabalho segue as normas APA 6 edição 2017, as citações sem pagina ou sem ano nos
artigos onde tiramos as informações não apresenta, e nas referências bibliográficas o mesmo
acontece.
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Objectivos
Objectivo Geral
Conhecer a Teoria de Aprendizagem Behaviorista.
Objectivos Específicos
Encontrar premissas teóricas sobre a Teoria de Behaviorista a partir de módulo de
Psicologia de Desenvolvimento;
Metodologia
Para obtenção das informações desse trabalho para a cadeira de Psicologia de
Desenvolvimento usou-se a pesquisa bibliográfica, que consiste na leitura de diversos artigos,
manuais, livros e até mesmo a internet.
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Perspectiva da Aprendizagem
Para Papalia, Olds e Feldman (2006), "a perspectiva da aprendizagem preocupa-se em
descobrir as leis objectivas que governam o comportamento observável"(P.72). Segundo esses
autores reforçam que:
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (1992), O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo
americano John B. Watson, em um artigo (1913) que apresentava o título "Psicologia como os
behavioristas a vêem".
Por sua vez Coelho e Dutra (2018) valoriza que o termo é de origem inglesa behaviourism, o
termo behaviour/behavior significa conduta, comportamento. Segundo esses autores, os
behavioristas trabalham com o princípio de que a conduta dos indivíduos é observável,
mensurável, dando origem à teoria do comportamento ou comportamentalismo, desenvolvida
inicialmente, pelo psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner, considerado um dos
pais da psicologia comportamental. "O enfoque maior dessa concepção é “chegar às leis que
relacionam estímulos, respostas e consequências (boas, más ou neutras) ” (MOREIRA 1999,
P. 21 CIT. EM BEM, CARVALHO, OLIOLIVEIR E SANTOS 2019).
Entretanto Papalia et all (2006), valoriza que "o behaviorismo (ou comportamentalismo) é
uma teoria mecanicista, a qual descreve o comportamento observado como uma resposta
previsível à experiência" (P.72). Ainda acrescentam que:
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Embora a biologia estabeleça limites sobre o que as pessoas fazem, os behavioristas
vêem o ambiente como algo muito mais influente. Eles sustentam que os seres
humanos em todas as idades aprendem sobre o mundo da mesma forma que outros
organismos: reagindo a condições ou a aspectos de seu ambiente que acham
agradáveis, dolorosos ou ameaçadores. Os behavioristas procuram eventos que
determinem se um determinado comportamento irá ou não se repetir. (p.72).
Nessa vertente para Braço (s.a), "os behavioristas acreditam que a aprendizagem é fruto
apenas da relação do indivíduo com o meio e consideram um aluno como uma tábua rasa, ou
uma garrafa vazia, na qual o professor deposita o conteúdo, que durante a avaliação deve ser
devolvido, tal e qual como foi entregue. Por isso, não promove a aprendizagem significativa",
(p.26).
Segundo Ostermann e Cavalcanti (2010), "o behaviorismo pode ser grosseiramente
classificado em dois tipos: o behaviorismo metodológico e o radical". (P.6).
Segundo Marques (s.a), os autores que falam sobre a teoria de Behaviorista são:
Analisando as ideias dos autores acima citados entorno do assunto em debate, percebemos
que o termo Behaviorismo foi primeiramente utilizado pelo americano John B. Watson em
um artigo publicado em 1913, cujo título é Psicologia, o termo behavio significa
comportamento.
Foi percebido aqui que a teoria behaviorista é uma que descreve o comportamento como algo
previsível a existência. Essa concepção parte da compreensão de que os seres humanos
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aprendem sobre o mundo da mesma forma que os outros organismos, reagindo a condições do
ambiente que consideram bons, ruins ou ameaçadores. Ainda vimos que o behaviorismo
classifica-se em behaviorismo metodológico e o radical, aonde no behaviorismo
metodológico, temos Watson como representante principal, que descreve a aprendizagem
como resultado da relação do indivíduo com o meio, e o behaviorismo radical que tem como
representante principal o Skinner que por sua vez não considera o ser humano como uma
tabula rasa, e o seu foco é o estudo científico do comportamento.
Segundo Baum (1999 cit. em Coelho e Dutra 2018),"o behaviorismo metodológico tem como
base o realismo. O realismo defende a ideia de que há um mundo real, que se dá no mundo
real, e é a partir desse mundo real externo – objectivo – que se constitui o mundo interno –
subjectivo". Ainda acrescenta que "paradoxalmente, conta-se apenas com a experiência
interna que é fornecida pelos nossos sentidos, isso porque o mundo externo, objectivo, não é
acessível directamente; logo, os sentidos fornecem apenas dados sensoriais sobre aquele
comportamento real que nunca se conhece directamente".
"Watson aplicou as teorias de estímulo - resposta em crianças, afirmando que poderia moldar
qualquer bebé do modo que desejasse. Em uma das primeiras e mais célebres demonstrações
de condicionamento clássico em seres humanos (Watson e Rayner, 1920), ensinou um bebé
de 11 meses, conhecido como "Albertinho", a temer objectos brancos peludos", (Papalia et all
(2006, p.72).
Por sua vez Ostermann e Cavalcanti (2010), valoriza que:
Para Watson a aprendizagem se dava como o condicionamento clássico de Pavlov: o
estímulo neutro, quando emparelhado um número suficiente de vezes como estímulo
incondicionado, passa a eliciar a mesma resposta do último, substituindo-o. As
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emoções humanas, como por exemplo o medo, também poderiam ser explicadas pelo
processo de condicionamento. Ou seja, o medo poderia ser condicionado
emparelhando um estímulo incondicionado com um estímulo neutro. Watson
descartava o mentalismo, a distinção entre corpo e mente. Para Watson, o
comportamento compunha-se inteiramente impulsos fisiológicos. (P. 10).
"O valor ético por excelência é a sobrevivência do grupo (isto é, da cultura), associada à
produção de liberdade, dignidade e qualidade de vida para todos os seus integrantes. Uma
forma de garantir isto está numa educação cujo papel primordial é o de estabelecer nos
membros da cultura comportamentos que serão vantajosos, no futuro, tanto para ele (membro)
como para o seu grupo", (HENKLAIN& DOS SANTOS CARMO, 2013 CIT. EM BEM ET
ALL 2019).
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O behaviorismo radical de Burrhus Frederic Skinner
" Skinner constrói sua teoria behaviorista, intitulando-a de Behaviorismo radical, no qual se
podem estudar tanto os eventos públicos (observáveis) como eventos privados (não
observáveis) " (SANTOS ET AL., 2014 CIT. EM BEM ET ALL 2019).
Para Skinner, a mente não é relevante para a compreensão da razão porque as pessoas se
comportam desta ou daquela maneira, pois considera que “a aprendizagem é uma associação
entre estímulo (E) e resposta (R), embora nem sempre por esta ordem, realçando também as
associações R-E como associações E-R, isto é, verificou que o condicionamento ocorre
quando a resposta é seguida de um estímulo reforçador” (IDEM, P. 226, CIT. EM BRAÇO
S.A, P.23).
Nesta ordem de ideias Cógo et all (2018) Para Skinner (2003) o ensinar significava “ [...] o
arranjo das contingências de reforçamento sob as quais o aluno aprende” (p. 64). Acreditava
que o comportamento do aluno poderia ser mudado na direcção desejada com auxílio de
reforçador positivo adequado, utilizado no momento certo e de acordo com determinada
situação. Por sua vez Moreira (2009 cit. em Coelho e Dutra 2018), "na teoria
comportamentalista criada por Skinner, o ensino é obtido quando o que é ensinado pode ser
colocado em condições de controlo sob o comportamento observável; dessa forma, esse é
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obtido quando o comportamento não desejado é punido e o desejado é reforçado e incentivado
com estímulos até que ele se torne automático". Ainda acrescenta que as maiores objeções ao
sistema de Skinner percebe-se no fato de ele centrar-se exclusivamente no efeito causado por
uma dada tarefa de aprendizagem e ignorar o processo cognitivo interno que ocorreu no
aprendiz.
"A concepção behaviorista compreende que o ser humano não aprende unicamente pela
experiência própria, esse aprendizado pode ocorrer através do outro, da experiência desse
outro, através do processo de observação do que o outro faz (modelação) com o auxilio do
comportamento verbal", (Bem et all ALL 2019). Skinner afirma que “ [...] é possível tornar
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um evento contingente a um comportamento, sem identificar, ou sem que se possa identificar
um estímulo anterior”. Baseado nisso, se inclui primeiro a acção da resposta (comportamento)
para se obter o estímulo, isto é, vai depender do ambiente ou contexto para que o
comportamento seja emitido" (2003, P. 70 E 71 APUD SANTOS ET AL., 2014 CIT. EM
BEM ET ALL ALL 2019).
De acordo com Ribeiro & Carmo (2012, cit. em Bem et all ALL 2019) "é possível aplicar os
princípios behavioristas a educação, desde a formação inicial até o nível superior, incluindo
assim a formação em educação profissional e tecnológica". Por sua vez Bem et all ALL
(2019), afirma que:
A educação é vista como o preparo para a vida fora da escola e para o futuro, o
propósito primeiro da educação deverá ser o de promover independência e auto
governança do sujeito. No que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem,
entende-se que existe a percepção do ensino como transmissão do conhecimento social
e cultural acumulado pela humanidade, e que o ensino deve ser uma organização
sistemática de contingências capazes de gerar aprendizagem.
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Não podendo nos esquecer que aprendizagem pode ser resultado da relação do indivíduo com
o meio, mas o indivíduo não aprende através só do ambiente. Ele pode investigar processos
mentais que não sejam passíveis de observação e mensuração. A sociedade muda com
aprendizagens e melhor maneira de almejar um bom aprendizado é modelar o comportamento
de forma diferencial, mas esse é um processo contínuo de reforços de maneira gradativa, que
aperfeiçoa a habilidade de respostas e consegue atingir complexas tarefas no aprendizado.
Um indivíduo com um bom comportamento, mostra valores éticos por excelência, luta pela
sobrevivência do grupo, procura à liberdade, dignidade e qualidade de vida para todos os seus
integrantes. Uma forma de garantir isto está numa educação cujo papel primordial é o de
estabelecer nos membros da cultura comportamentos que serão vantajosos, no futuro, tanto
para ele como para sociedade.
De acordo com alguns autores acima citados "a escola tem o papel fundamental de ensinar
comportamentos significativos para os alunos e para o seu grupo. Em resumo, o objectivo
último da educação é o desenvolvimento de comportamentos que serão vantajosos no futuro.
Isso envolve ensinar comportamentos como autocontrole, resolução de problemas e tomada
de decisão, os quais devem dar chances ao indivíduo de contribuir com a sobrevivência de sua
cultura" e consequentemente mudança da sociedade onde está inserido para o melhor.
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Conclusão
Ao concluir, agradecemos ao tutor da disciplina pelo trabalho que nos teve dado na busca de
conhecimentos, é sabido que saber não ocupa espaço. O trabalho tem como tema Teoria de
Aprendizagem Behaviorista, no desenvolvimento deste vimos que o termo Behaviorismo foi
primeiramente utilizado pelo americano John B. Watson em um artigo publicado em 1913,
cujo título foi Psicologia.
A teoria behaviorista é uma que descreve o comportamento como algo previsível a existência.
Essa concepção parte da compreensão de que os seres humanos aprendem sobre o mundo da
mesma forma que os outros organismos, reagindo a condições do ambiente que consideram
bons, ruins ou ameaçadores.
O radical tem Skinner como representante principal e ele não considera o ser humano como
uma tabula rasa, o seu foco é o estudo científico do comportamento. Se propõe a explicar o
comportamento animal através do modelo de selecção por consequências e o objectivo do é o
estudo científico do comportamento.
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Referências bibliográficas
Bem, L. Y. N., Carvalho, S. P., Oliveira, C. A. & Santos, M. A. B. (2019). A teoria
behaviorista e suas implicações na concepção e prática no contexto escolar. Revista
Semiárido De Visu, Petrolina, v. 7, n. 2.
Bock, A., Furtado, O. & Teixeira, M. (1992). Psicologias. Uma introdução ao estudo de
Psicologia. São Paulo. Brasil.: Saraiva.
Côgo, S. M. B., Barcellos, B. F., Rodrigues, C. F., Sondermann, D. V. C., Nobre, I. A. M. &
Campos, M. A. R., (2018). CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DE SKINNER NO
PROCESSO EDUCATIVO. V congresso Regional de Formação e EAD.
Papalia, D. E., Olds, S. W & Feldman, R. D. (2006). Desenvolvimento humano. (8.ed). Rio
Grande do Sul. Brasil.: artimed.
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