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Tema
Quelimane
Agosto de 2023
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos......................................................................................................................... 4
3. Conclusão .............................................................................................................................. 16
Em geral, o adulto ou a criança mais experiente fornece ajuda directa à criança, orientando-a e
mostrando-lhe como proceder através de gestos e instruções verbais, em situações interativas. Na
interacção adulto-criança, gradativamente, a fala social trazida pelo adulto vai sendo incorporada
pela criança e o seu comportamento passa a ser, então, orientado por uma fala interna, que
planeja a sua acção. Nesse momento, a fala está fundida com o pensamento da criança, está
integrada às suas operações intelectuais.
Para o desenvolvimento deste trabalho, será feita uma revisão de fontes como artigos e manuais
com ligação directa ao tema em alusão como fulcro para o pontapé de saída no desenvolvimento
teórico do mesmo. Assim, o seu desenvolvimento obedecerá a seguintes estrutura: Introdução;
Desenvolvimento teórico e Conclusão.
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1.1.Objectivos
1.2.Metodologia
No entanto, embora não sejam a mesma coisa, teoria e método são dois termos inseparáveis,
“devendo ser tratados de maneira integrada e apropriada quando se escolhe um tema, um objeto,
ou um problema de investigação” (Minayo, 2007, p. 44).
Assim sendo, para a realização deste trabalho, foi necessário antes, uma pesquisa bibliográfica
que segundo Gil (2002, p.44) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Embora em quase todos os
estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
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2. Desenvolvimento teórico
2.1.Conceito de aprendizagem
Nas inúmeras interacções em que envolve desde o nascimento, a criança vai gradativamente
ampliando suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas acções
e para as experiências que vivem.
Com o uso da linguagem, esses significados ganham maior abrangência, dando origem a
conceitos, ou seja, significados partilhados por grande parte do grupo social. A linguagem, além
disso. Irá integrar-se ao pensamento, formando uma importante base sobre a qual se
desenvolverá o funcionamento intelectual. O pensamento pode ser entendido, desta forma, como
um diálogo interiorizado.
Esses estudos são traduzidos em novas abordagens para estratégias educacionais eficazes
contendo os programas de intervenção mais recentes.
Antes de mais nada, a Psicologia da Educação não se limita apenas ao ambiente escolar. Os seus
princípios teóricos e práticos também se aplicam a outros contextos, como o militar, a saúde
pública ou a família.
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Na verdade, os humanos não param de aprender e se desenvolver como indivíduos quando
terminam os estudos académicos.
O núcleo entre essas duas ciências é aquele que fornece à psicologia educacional sua própria
estrutura científica constitutiva, que é moldada através do estudo da aprendizagem.
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alunos, bem como diferentes procedimentos instrucionais dos professores. A aprendizagem é
hierárquica, ou seja, os níveis mais altos de instrução dependem dos mais baixos
Este caso fictício ajuda-nos a compreender a estreita relação que existe entre a Psicologia da
educação e a Psicologia do Desenvolvimento e Evolucionária, que se centra no estudo e
investigação das mudanças psicológicas ao longo do ciclo de vida de um ser humano.
Conforme Bock (1999, p.114) “Bruner concebeu o processo de aprendizagem como: captar as
relações entre os fatos, adquirindo novas informações, transformando-as e transferindo-as para
novas situações. Partindo daí, ele formulou uma teoria de ensino”.
O ensino, para Bruner, envolve a organização da matéria de maneira eficiente e significativa para
o aprendiz. Assim, o professor deve preocupar-se não só com a extensão da matéria, mas,
principalmente, com sua estrutura. (Bock, et al, 1999, p.114)
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aprendiz em termos de problemas, relações e lacunas que ele deve preencher, a fim de que a
aprendizagem seja considerada significante e relevante.
Bruner distingue três modos de representação do mundo pelos quais passa o indivíduo: a
representação ativa, a representação icônica e a representação simbólica.
Tira-se desses três modos de representação que os indivíduos passam por três estágios de
processamento e representação de informações: manuseio e ação, organização perceptiva e
imagens, e pela utilização de símbolos. Segundo Bruner, não são exatamente "estágios", e sim
fases internas do desenvolvimento, (Bock, et al, 1999).
Bruner acredita que a aprendizagem é um processo que ocorre internamente e não como um
produto do ambiente, das pessoas ou de factores externos àquele que aprende. A teoria de Bruner
privilegia a curiosidade do aluno e o papel do professor como instigador dessa curiosidade, daí
ser chamada de teoria da descoberta.
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2.5.2. Aprendizagens cognitivas e seus princípios na visão de Ausubel
A teoria da aprendizagem de Ausubel propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam
valorizados, para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas
conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim,
uma aprendizagem prazerosa e eficaz (Bock, et al, 1999)
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o
aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo
arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica, Em segundo, o conteúdo escolar a
ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e
psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e
o significado psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma
filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio.
A aprendizagem por descoberta apresenta-se ao aprendiz de forma mais ou menos final e com
recurso expositivo e o conteúdo principal daquilo que o mesmo deve aprender. O aluno que
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aprende deve reorganizar um conjunto de informações e integrá-las ao conhecimento que já
possui para resolver problemas. (Bock, et al, 1999)
Ausubel mostra que tanto a aprendizagem por recepção como por descoberta pode desenvolver-
se de modo significativo ou repetitivo (mecânico). Para ser significativo, o conteúdo deve
relacionar-se a conhecimentos prévios do aluno, exigindo deste uma atitude favorável capaz de
atribuir significado próprio aos conteúdos que assimila, e do professor, uma tarefa mobilizadora
para que tal aprendizagem ocorra.
Por outro lado, é repetitiva quando o aluno não consegue estabelecer relações do conteúdo novo
com anteriores porque carece dos conhecimentos necessários para que tais conteúdos se tornem
significativos ou não está mobilizado para uma aprendizagem ativa.
O aprendizado é um processo complexo; não acontece de forma linear, por acréscimo, como se
bastasse somar alguns novos elementos ao que sabíamos antes.
Na aprendizagem por recepção, o conteúdo total do que está por aprender apresenta-se ao
aprendiz em forma acabada. A tarefa de aprendizagem não envolve qualquer descoberta
independente por parte do mesmo. Ao aprendiz apenas se exige que interiorize o material que lhe
é apresentado de forma a ficar disponível numa data futura, não permite ao aluno a liberdade de
se expor e mostrar o que já sabe. (Bock, et al, 1999)
Assim, a primeira fase da aprendizagem pela descoberta envolve um processo bastante diferente
do da aprendizagem por recepção. O aprendiz deve organizar uma determinada quantidade de
informações, integrá-las na estrutura cognitiva existente e reorganizar ou transformar a
combinação integrada, de forma a criar um produto final desejado ou a descobrir uma relação
meios-fim ausente.
O aprendizado se faz presente desde o nascimento do ser até sua vida adulta, ao interagir com as
situações o desenvolvimento é construído e as descobertas surgem a cada processo. As
dificuldades vão surgindo e as soluções começam a serem elaboradas.
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Nesse processo o professor se tornando um facilitador com técnicas de mediação em sala de aula
desenvolve um papel de suma importância na formação dos alunos. Os questionamentos, as
propostas elaboradas e as soluções apresentadas em sala devem fazer parte do processo de
mediação, neste contexto Pozo (1998) diz que:
Assim, devemos entender a mediação como uma posição humanizadora, positiva, construtiva e
potencializadora no complexo mundo da relação educativa. Na base desse construto dinâmico
encontra-se o conceito de “desenvolvimento potencial” de Vygotski. (Stenberg, 2000, p.74)
Com isso percebe-se que o papel do professor facilitador e mediador é crucial entre o
aprendizado e a vivência de cada aluno, e a cada etapa concluída o aprimoramento se torna
contínuo, onde a construção de habilidades e competências se faz necessária a cada processo
realizado.
A formação do professor não basta estar baseada em uma formação tradicional, mas sim através
da necessidade de analisar práticas pedagógicas onde perpetuem uma formação de professores
que além de conceber a formação docente, forme um profissional com o perfil técnico e
especialista no que faz, e capaz de agregar seus conhecimentos com a realidade.
É importante despertar o perfil do professor investigador, um profissional que tenha uma postura
interrogativa, e que no decorrer de sua trajetória questione sua própria atuação docente, e muitas
vezes se colocando no lugar no outro, com o seguinte questionamento: “Será que estou sendo
claro e objetivo?”
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Nos dias atuais é de suma importância aplicar estratégias motivacionais para que os docentes
saiam da sala de aula preparados e motivados para essa nova realidade imposta pela
globalização.
Sentir prazer nas atividades realizadas no dia a dia é uma tendência natural em qualquer pessoa,
ninguém gosta de fazer nada de que não lhe proporcione prazer, principalmente a juventude que
ainda não desenvolveu a noção de aplicabilidade do conhecimento no seu cotidiano.
Segundo Lemos (2012, p.31), “A educação não pode mais ser baseada no fazer que leve ao
compreender”. Para tal, exige-se uma preparação e um planejamento minucioso por parte dos
docentes e da equipe pedagógica, onde é importante a reflexão de como transferir o
conhecimento de forma clara e objetiva, despertando assim o interesse e a motivação no querer
aprender, neste momento inicia-se o processo e o trabalho de mediação.
A motivação é a mola propulsora no processo ensino aprendizagem, pois quando o aluno entende
o que está sendo transferido e a forma que está ocorrendo, o processo de mediação começa a ser
aplicado de forma eficaz e objetiva.
Existem três tipos de aprendizagem, dos três tipos de aprendizagem existentes a mais adequada
para justificar o comportamento é a aprendizagem por observação e imitação é a mais adequada,
porque muitas das coisas que nos aprendemos foi por vermos a alguém, como por exemplo
quando aprendemos a escrever ou a falar.
Condicionamento clássico
O investigador foi Ivan Pavlov (1849-1936) que efectuo experiências com cães, essas
experiências são o exemplo desta forma de aprendizagem. Pavlov observou que os cães
salivavam quando as glândulas salivares se punham em contacto com a carne, o que classificou
de reacção incondicionada. Depois os cães passaram também a salivar apenas por verem a carne.
Condicionamento operante
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O condicionamento operante é o processo de aprendizagem do comportamento que implica
acções deliberadas. Foi no entanto Skinner que desenvolveu o conceito. O condicionamento
operante descreve a correspondência entre o comportamento e as consequências. Uma resposta
operante origina-se sem a presença de um estímulo incondicionado, ou seja é um comportamento
voluntário. Será então um processo através do qual aprendemos a dar respostas de forma a evitar
algo desagradável. Mas consequentemente a frequência das respostas depende das suas
consequências.
Condicionamento social
A aprendizagem por observação foi estudada por Albert Bandura (1925-1998), que desenvolveu
várias experiências para fundamentar a sua teoria.
Segundo Bandura, a aprendizagem social ocorre pela observação dos comportamentos daqueles
com quem convivemos (pais, amigos, professores). Bandura designa por modelação ou
modelagem o processo de aprendizagem social feito com base na observação e imitação sociais.
É observando e imitando que as crianças aprendem a falar e a brincar, como por exemplo às
casinhas ou aos polícias e ladrões. O adolescente aprende com os outros a gostar da roupa que
quer comprar e ganha hábitos de fumar ou ir à discoteca. Também o adulto imita os outros nas
roupas que escolhe, na preferência por determinadas marcas de automóvel, no tipo de férias que
escolhe e na forma como educa os filhos.
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Tabela 1: Síntese de tipos de conhecimento
A Teoria da Aprendizagem Significativa foi proposta por Ausubel (1918-2008) em 1963, na obra
The Psychology of Meaningful Verbal Learning. De acordo com Marco Antônio Moreira, a
aprendizagem significativa ocorre quando ideias expressas simbolicamente interagem de maneira
substantiva e não arbitrária com aquilo que o aprendente já sabe. O autor esclarece que
substantiva significa não literal e que não arbitrária indica um conhecimento relevante já
existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende, denominado por Ausubel, como
subsunçor ou ideia-âncora.
E por que essa aprendizagem é significativa? Porque é esse conhecimento específico, existente
na estrutura de conhecimentos do sujeito, que permite dar significado a um novo conhecimento,
seja de forma mediada, seja pela própria inferência do sujeito. De acordo com Moreira:
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adquirem significado para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos
significados ou maior estabilidade cognitiva. (Moreira, 2012, p. 2)
Todavia, é importante ressaltar que aprendizagem significativa não quer dizer aprendizagem
condizente com o conhecimento formal, validado. Para Ausubel, quando alguém atribui
significados a um conhecimento a partir da interação com seus conhecimentos prévios,
estabelece a aprendizagem significativa, independentemente de esses significados serem aceitos
no contexto do sujeito.
Dessa maneira, o material e a mediação são fundamentais, visto que o estudante pode não ter
conhecimentos prévios adequados para atribuir os significados aceitos no contexto do
componente. Por um lado, essa condição reforça a necessidade da predisposição para aprender,
que, como esclarece Moreira em sua obra, não é uma simples questão de motivação ou
identificação com o componente, mas uma predisposição para relacionar-se com novos
conhecimentos atribuindo significados. Por outro lado, essa condição convida o docente a
acolher as ideias prévias dos estudantes, ainda que sejam insatisfatórias, para, a partir delas,
construir situações de aprendizagem capazes de promover a atribuição de significados aos temas
tratados.
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3. Conclusão
Encontramos um número bastante grande de teorias da aprendizagem. Essas teorias poderiam ser
genericamente reunidas em duas categorias: as teorias do condicionamento e as teorias
cognitivistas.
Verificou-se ainda que o condicionamento clássico inclui uma resposta já estabelecida através de
outro estímulo anterior, o operante não necessita de nenhuma resposta dada anteriormente. No
condicionamento clássico o resultado não depende das acções do sujeito, no operante certamente
irá depender. Enquanto o condicionamento clássico influi na mudança de opiniões, definindo
gostos e objectivos, o condicionamento operante influi nas mudanças de comportamento perante
um objectivo.
Em suma, entre as várias ciências está a psicologia da educação e da aprendizagem, que vem
auxiliar no estudo da pedagogia e no seu efeito sobre os alunos como seres humanos. Assim, tem
por objectivo fazer com que alcancem experiências de ensino-aprendizagem duradouras
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Referências bibliográficas
Gil, A.C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo. Atlas.
Moreira, M. A. (1983). Uma abordagem cognitivista ao ensino da Física. Porto Alegre: Editora
da Universidade.
Pozo, J.I. (1998). Teorias Cognitivas da aprendizagem. 3. ed. Porto Alegre: Artmed.
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