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Resumo
Este estudo de avaliação sobre a implementação de novas tecnologias nas escolas teve como
objectivo analisar as percepções dos professores sobre o impacto das plataformas digitais nos
ambientes escolares. Como metodologia, foi aplicado a pesquisa qualitativa, exploratória
subsidiada pela pesquisa bibliográfica. Fizeram parte desta pesquisa 20 participantes dos quais
15 professores, 4 alunos e 1 gestor da ESG de Nicoadala. Diante dos resultados obtidos a
pesquisa evidenciou que todos artigos estudados face a esses assuntos, apresentaram bons
resultados a implementação do aplicativo WhatsApp no meio educacional, possibilitando o
ensino e aprendizagem. Porém, os participantes acreditavam que o conhecimento e as
habilidades de informática eram necessários para usar a plataforma. Na opinião da maioria dos
entrevistados, a plataforma poderia melhorar o ensino, apesar de considerar que a maioria dos
professores da rede é indiferente, desmotivada para incorporar inovações tecnológicas no
quotidiano de sua escola. Menos da metade vê a plataforma como uma ferramenta para reduzir a
desigualdade de oportunidades nas escolas e promover o aprendizado. A infra-estrutura
inadequada é uma grande barreira para o uso do aplicativo como de ferramentas na sala de aula.
Palavras-Chave: Tecnologia Educacional; Redes Sociais, WhatsApp, Mediação pedagógica.
Introdução
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Programa de Mestrado em Administracao e Gestao Educacional
os processos educacionais, propiciando novas formas de ensinar e de aprender
conteúdos curriculares”. Contudo, que se o professor escolher uma tecnologia inadequada ou
não a utilizá-la de forma pedagógica, esta pode prejudicar os processos educacionais (Kenski,
2012).
O estudo foi desenvolvido junto dos professores e alunos da 12ª classe da Escola Secundaria
Geral de Nicoadala sob uma perspectiva qualitativa documental.
As plataformas digitais constituem uma ferramenta que nos últimos anos tem tido um
grande impacto não só em grandes empresas comerciais como também na prestação de
serviços educacionais que, por meio do ensino a distância, e na desintermediação do
ensino tradicional em relação ao professor-aluno.
Contexto teórico
O homem faz uso de processos e aparatos para aprimorar sua qualidade de vida. Tais
recursos compõem as tecnologias que vão sendo criadas, utilizadas e transformadas ao
longo da história humana. Kenski (2012) conceitua tecnologia como sendo o “conjunto
de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção
e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade”. (p.24)
Propostas de ensino que ocorrem com uso da TD, são nomeadas por alguns autores
como e-learning (Valente, 2014). Para Santos (2014), o ensino não presencial ocorre em
um contexto de cibercultura, que é definida como “o conjunto das técnicas (materiais e
intelectuais), as práticas, as atitudes, as maneiras de pensar e os valores que se
desenvolvem continuamente [...]” (Lévy, 2000, p. 17).
Com a colaboração em rede, ninguém quer estar sozinho, pois tem à disposição a opção
de estabelecer contato e discutir suas preferências e dúvidas com pessoas de qualquer
lugar do mundo, que compartilhem seus interesses e dificuldades, a partir de redes
concebidas em plataformas sociais no ciberespaço (Souza, 2015, p. 85).
Resultados
A maior parte dos investigados acreditam que a plataforma digital irá melhorar o
processo de ensino-aprendizagem na rede de ensino. Diferente da minoria dos
participantes que argumentam que as escolas que a utilizam serão beneficiadas, e ao
mesmo tempo, estes mostraram a percepção de que a plataforma digital não propicia
qualquer benefício.
Os alunos acreditam que os professores da rede de ensino têm competência técnica para
utilizar a plataforma, embora que são poucas vezes que o fazem, tendo tido mais
destaques durante a época da pandemia covisd-19.
Quando questionados sobre a formalização das redes sociais no ambiente escolar, estes
fundamentaram que os professores não fazem uso da plataforma digital, por questões de
precariedade da infraestrutura da escola assim como a falta de conhecimentos e
habilidades em TI.
Uma vez que o aluno pode acessa-la e aproveitar as diversas actividades extras
disponíveis como o jogo zuum ou a educoteca mesmo sem o suporte do professor na sua
utilização. E, ainda a possibilidade de acessar novamente as aulas que já foram
ministradas para revisar. Finalmente, o acesso a educopedia em sala de aula bem como
outras fontes digitais confiáveis em sala de aula, geram possibilidade de equiparar as
salas de aula da rede municipal do RJ as salas de aulas de muitos colégios particulares
que já fazem uso de quadros interactivos (smartboard) nas suas salas de aula. Gerando
assim, oportunidades parecidas para alunos de escola pública e particular.
Uma alternativa para optimizar a implantação das novas tecnologias está na formação
continuada de professores e gestores. Oliveira, Rego e Villardi (2007) observaram na
percepção de professores que o uso da internet como espaço virtual de aprendizagem
colabora na interação dos interlocutores e na discussão de ideias. Favorece a capacidade
de pensar categorialmente, utilizar recursos linguísticos, autorregular o comportamento
e a aprendizagem, potencializar algumas áreas cognitivas e criar novas formas de
convívio social, afetivo e cultural.
Ao que tudo indica para superar a resistência às mudanças na cultura escolar tradicional,
o professor deve procurar estabelecer os acordos com os interesses discentes, que passa
por compreender as razões para o baixo envolvimento ou a eventual insatisfação dos
discentes com a experiência de aprendizagem em ambiente virtual (Ficheman, 2008).
Referencias
Bardin, L. (2009). Análise de Conteúdo. 70. Ed, SP.
Borba, M. C., Silva, R. S., &Gadanis, G. (2016). Fases das tecnologias digitais em
Educação Matemática: sala de aula e internet em movimento (1ª ed., 2ª reimp.). Belo
Horizonte: Autêntica Editora, (Coleção Tendências em Educação Matemática).