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Introdução

O presente trabalho da cadeira Epidemiologia, tem como tema: Doenças e Vigilância


Epidemiológica, é de referir que a vigilância, Vigilância é a observação contínua da distribuição
e tendências da incidência de doenças mediante a colecta sistemática, consolidação e avaliação
de informes de morbidade e mortalidade, tem como sistema em Moçambique, o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos factores determinantes e condicionantes de
saúde individual ou colectiva, com a finalidade de recomendar e adoptar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos, com função de colecta de dados; Diagnóstico de
casos Processamento de dados colectados; Análise e interpretação dos dados processados;
Recomendação das medidas de controle indicadas; e Retroalimentação do sistema.

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Objectivos

Objectivo geral

 Estudo de doenças e vigilância epidemiológica

Objectivos específicos

 Contextualizar a vigilância em saúde


 Conhecer o sistema de vigilância epidemiológica em Moçambique;
 Saber os elementos da vigilância
 Identificar os indicadores epidemiológico e operacionais

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Vigilância

Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças


mediante a colecta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e
mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas
informações a todos os que necessitam conhecê-la".

Epidemiologia a ciência das epidemias, propõe-se a estudar quantitativamente a distribuição dos


fenómenos de saúde/doença, e seus factores condicionantes e determinantes, nas populações
humanas.

Sistema de vigilância epidemiológica em Moçambique

Vigilância epidemiológica é um conjunto de acções que proporcionam o conhecimento, a


detecção ou prevenção de qualquer mudança nos factores determinantes e condicionantes de
saúde individual ou colectiva, com a finalidade de recomendar e adoptar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.

O sistema de vigilância epidemiológica, estas doenças segue exactamente o processo normal de


notificação das doenças do sistema em vigor no país. (o sarampo, PFA/Pólio, malária, diarreia,
cólera, disenteria e meningite. Nesta aula serão abordadas o tétano, a raiva, a peste, a
tripanossomíase e tosse convulsa).

 ATétano

Tétano é uma doença infeciosa grave que frequentemente leva a morte. É causada pela toxina de
uma bactéria chamada clostridium tetani.

 Tétano neonatal

Considera-se como tendo tétano neonatal qualquer recém-nascido que mame e chore
normalmente até ao 2º dia de vida, mas que entre o 3º e o 28º dia apresente dificuldades em
chorar e mamar normalmente associados a rigidez e/ou espasmos musculares, e frequentemente,
morte.

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 Tétano adulto

A definição inclui qualquer pessoa com graves espasmos musculares e riso sardónico e
dificuldade em abrir a boca. Frequentemente é precedido por uma ferida.

O tétano é de notificação semanal através do BES em todas unidades sanitárias.

 Raiva

É definido como caso de raiva, quando após a presença de mordedura de um animal, geralmente
cão ou macaco e mais raramente humana, com irritação no local da ferida o indivíduo apresenta
um estado de ansiedade, mal-estar geral, febre e cefaleia, seguido de excitabilidade, hidrofobia
(medo de água).

Elementos da vigilância epidemiológica

 Casos
 Mortes
 Resultados de laboratório
 Medidas de prevenção ou controle
 Meio ambiente
 Vectores
 Reservatórios
 População

Casos e Mortes: São os dados obtidos com o resultado de tudo de casos a mortes devidos a
determinada doença. Além de números total de casos e/ou mortes, da data e do local de
ocorrência, utilizam-se dados sobre as características dos doentes e/ou falecidos como, por
exemplo, a idade, o sexo, a profissão.

Medidas de Prevenção ou Controle: São os dados que se obtém dos programas em geral, e que
se relacionam com a extensão das medidas de prevenção ou controle usados (doentes tratados e
vacinas aplicadas).

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Meio Ambiente: São os dados sobre as condições ambientais: cobertura e qualidade dos serviços
de água, cobertura da população com serviços de eliminação de excretas e lixo, níveis da
contaminação do ar.

Vectores: São os dados sobre os tipos de vectores existentes na área, sua distribuição geográfica,
seus hábitos e seu nível de resistência ou susceptibilidade aos insecticidas.

Reservatório: São os dados sobre a existência e tipos de portadores humanos e sobre tipos e
distribuição dos reservatórios animais.

População: São os dados sobre o tamanho da população: sua composição por idade, por sexo e
outras características; sua distribuição geográfica e seus movimentos migratórios; sua
susceptibilidade ou resistência a determinadas doenças.

As características da doença

O conhecimento da epidemiologia da doença permitirá selecionar os dados mais indicativos da


sua presença e distribuição. Por exemplo: O modo de transmissão determinará que elementos
serão úteis para indicar a ocorrência da doença.

Por outro lado, quando a letalidade é alta, o conhecimento dos óbitos pode permitir uma
avaliação aproximada do total de casos ocorridos. Ao contrário, em doença com letalidade muito
baixa ou nula (varicela, rubéola), os dados sobre óbitos são inúteis para a vigilância.

Princípios básicos de SVE

 Colecta de dados;
 Processamento de dados colectados;
 Análise e interpretação dos dados processados;
 Recomendação das medidas de controle apropriadas;
 Promoção das acções de controle indicadas;
 Avaliação da eficácia e efectividade das medidas adoptadas;
 Divulgação de informações pertinentes.

Todos os níveis do sistema de saúde têm atribuições de vigilância epidemiológica


compreendendo o conjunto das funções mencionadas.

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Quanto mais eficientemente essas funções forem realizadas no nível local, maior será a
oportunidade com que as acções de controle tenderão a ser desencadeadas. Além disso, a
actuação competente no nível local estimulará maior visão do conjunto nos níveis estadual e
nacional, abarcando o amplo espectro dos problemas prioritários a serem enfrentados em
diferentes situações operacionais. Ao mesmo tempo, os responsáveis técnicos no âmbito
estadual, e, com maior razão, no federal, poderão dedicar-se selectivamente, a questões mais
complexas, emergências ou de maior extensão, que demandem a participação de especialistas e
centros de referência, inclusive de nível internacional.

Indicadores epidemiológicos

 Mortalidade

Mortalidade por doenças diarreicas para crianças menores de cinco anos por mil nascidos vivos
(MORTDD5N);

Mortalidade por todas as causas para crianças menores de cinco anos por mil nascidos vivos
(MORTTC5N);

Mortalidade infantil – menores de um ano e por mil nascidos vivos (MINF);

 Morbidade

Morbidade por doenças diarreicas para crianças menores de cinco anos e por 100.000 nascidos
vivos, com base em dados extraídos do Sistema de Interacções Hospitalares SIH/SUS
(MORBDD5S).

Morbidade por doenças diarreicas para crianças menores de cinco anos e por 100.000 nascidos
vivos, com base em dados extraídos da Monitorização das Doenças Diarréicas Agudas –
MDDA/SES (MORBDD5M).

Indicadores operacionais

Indicadores são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e
dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.

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A construção de um indicador operacional é um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples enumeração de eventos à construção de indicadores sintéticos.

Os Indicadores operacionais são:

 Números absolutos
 Razões
 Proporções
 Taxas/Coeficientes
 Índices
 Indicadores sintéticos

Principais doenças da notificação obrigatória no BES em Moçambique

Função de vigilância epidemiologia

Estratégias de prevenção e programas de controle específico de doenças requerem informações


confiáveis sobre a situação dessas doenças ou seus antecedentes na população atendida. Sistemas
de vigilância, portanto, são pessoas e actividades que mantêm esse processo e podem funcionar
em níveis locais e internacionais.

Funções da vigilância epidemiológica:

 Colecta de dados;
 Diagnóstico de casos
 Processamento de dados colectados;
 Análise e interpretação dos dados processados;
 Recomendação das medidas de controle indicadas;
 Retroalimentação do sistema.
 Avaliação da eficácia e efectividade das medidas adoptadas;
 Divulgação de informações pertinentes.

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Fluxo de informação

Oportunidade, actualidade, disponibilidade e cobertura são características que determinam a


qualidade da informação, fundamentais para que todo o Sistema de Vigilância Epidemiológica
apresente bom desempenho. Dependem da concepção apresentada pelo Sistema de Informação
em Saúde, e sua sensibilidade para captar o mais precocemente possível as alterações que podem
ocorrer no perfil de morbimortalidade de uma área, e também da organização e cobertura das
actividades desenvolvidas pela vigilância epidemiológica.

Entende-se sistema como o conjunto integrado de partes que se articulam para uma finalidade
comum. Para sistema de informação existem várias definições, tais como:

 Conjunto de unidades de produção, análise e divulgação de dados que actuam integradas


e articuladamente com o propósito de atender às demandas para o qual foi concebido;
 Reunião de pessoas e máquinas, com vistas à obtenção e processamento de dados que
atendam à necessidade de informação da instituição que o implementa;
 Conjunto de estruturas administrativas e unidades de produção, perfeitamente articuladas,
com vistas à obtenção de dados mediante o seu registro, colecta, processamento, análise,
transformação em informação e oportuna divulgação.

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Conclusão

Depois de me interagir com vários manuais referente ao tema acima citado, cheguei a concluir
que os indicadores epidemiológicos sinalizaram redução do diagnóstico de hanseníase mas
sugerem a existência de casos ocultos; os indicadores operacionais apontaram discreta melhoria
na qualidade do atendimento aos portadores da doença, e quanta a Função de vigilância
epidemiologia os programas de controle específico de doenças requerem informações confiáveis
sobre a situação dessas doenças ou seus antecedentes na população atendida. Sistemas de
vigilância, portanto, são pessoas e actividades que mantêm esse processo e podem funcionar em
níveis locais e internacionais.

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Bibliografia

VERONESI, Ricardo. Doenças infecciosas e parasitárias. RJ, Guanabara – Koogan, 1976

Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica –


Série A. Normas e manuais Técnicos. DF, MS, 2005

FRY, John. Doenças comuns: incidência, natureza e tratamento. SP, Manole, 1977.

CLÓVIS Titos Mondlane. Vigilância Epidemiológica do HIVe seu Impacto Demográfico em


Moçambique, edição: GrupoTécnico Multisectorial de Apoio à Luta Contra o HIV/SIDA(GTM).
Moçambique 2011.

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INSTITUTO POLITÉCNICO TECNOLÓGICO E EMPRREDEDORISMO

Curso: SPGA 1º ano


Cadeira: Epidemiologia

Tema:
Doenças e Vigilância Epidemiológica,

Discente: Docente:
Fatano N. Richate Dr. Inocêncio

Quelimane
2016

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Índice
Introdução........................................................................................................................................1

Objectivos........................................................................................................................................2

Objectivo geral.................................................................................................................................2

Objectivos específicos.....................................................................................................................2

Vigilância.........................................................................................................................................3

Sistema de vigilância epidemiológica em Moçambique.................................................................3

Elementos da vigilância epidemiológica.........................................................................................4

Princípios básicos de SVE...............................................................................................................5

Indicadores epidemiológicos...........................................................................................................6

Indicadores operacionais.................................................................................................................6

Principais doenças da notificação obrigatória no BES em Moçambique........................................7

Função de vigilância epidemiologia................................................................................................7

Fluxo de informação........................................................................................................................8

Conclusão........................................................................................................................................9

Bibliografia....................................................................................................................................10

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