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Escolas Integradas – Educação Continuada

NOTIFICAÇÃO E
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO EDUCAÇÃO DIGITAL
EM SAÚDE
AS VANTAGENS
DO SEU CURSO!

Flexibilidade de tempo Estude em qualquer lugar Autonomia da aprendizagem

Suporte de tutores Aprendizagem colaborativa


Boas-vindas e apresentação do Docente

• RENATA MIYABARA: Graduação: Ed. Física, Pedagogia / Especialização:


Psicopedagogia; Nutrição e Ed. Nutricional; Educação, Qualidade de Vida e Felicidade; Gestão e
Governança Corporativa / Mestrado: Ed. Física / Doutorado: Engenharia Biomédica.
Experiências: Docência Ed. Básica, Docência Ensino Superior, Coordenação de Projetos, Gestão
Inovadora, Proprietária Escola de Dança.
Atuação atual: Pró-Reitoria PROPPEXI, Docente Graduação e Pós-Graduação, Pesquisa.

• Disciplina: NOTIFICAÇÃO E SISTEMAS DE


INFORMAÇÃO EM SAÚDE

• Objetivos de aprendizagem / Etapas do encontro;

• Apresentação do conteúdo de Estudo, Calendário,


Avaliações, etc / Perguntas no final.
EMENTA – COMPETÊNCIAS - OBJETIVOS

EMENTA
Abordagem do registro, notificação de agravos e doenças, contempla o uso dos
sistemas de informações em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Dá ênfase
para o papel do (a) enfermeiro (a) na análise e monitoramento das informações em
saúde.

COMPETÊNCIAS
IX. Planejamento dos programas de saúde
X. Assistência integral à saúde

OBJETIVO
- Coordenar os programas e a assistência à saúde, com base nos diferentes cenários
epidemiológicos.
Agenda da Aula

✓ ROTEIRO DE ESTUDOS:
- Vigilância em Saúde
- O Território e o Processo Saúde-Doença
- A Notificação de Agravos e Doenças
- A Notificação e o Planejamento de Ações
- Sistemas de Informações em Saúde e
monitoramento das Informações em Saúde
- A Integração entre a Vigilância
Epidemiológica e a Assistência à Saúde

DISCUSSÃO DO CASO
✓ DÚVIDAS
ROTEIRO DE ESTUDOS:

VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Apresentação do Conteúdo

ROTEIRO DE ESTUDOS:
VIGILÂNCIA EM SAÚDE

A vigilância ou acompanhamento da situação de saúde de uma população requer a


disponibilidade de informação pautada em dados válidos, confiáveis e atualizados.
O profissional de saúde tem papel crucial nesse processo para a garantia de dados confiáveis,
assim como o seu uso oportuno para o direcionamento das ações de saúde. Dado isso,
ressalta-se a necessidade de treinamento para propiciar que esses profissionais se apropriem
adequadamente da Vigilância em Saúde, evitem a subnotificação e incompletude de dados e
utilizem as informações disponíveis para a consolidação do sistema nacional de saúde e a
melhora da situação de saúde da população.
O fortalecimento da Vigilância em Saúde, sua apropriação pelas unidades de saúde e a
integração entre a Vigilância em Saúde e a Atenção Primária são alguns dos desafios atuais
do SUS.
Grande parte da literatura indicada aborda mais de um ponto estudado, porém, maior enfoque
foi dado ao material que aborda de forma mais clara o tópico em questão.
ROTEIRO DE ESTUDOS:

O TERRITÓRIO E O
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Apresentação do Conteúdo

ROTEIRO DE ESTUDOS:
O Território e o Processo Saúde-Doença

As doenças e agravos à saúde se distribuem de forma diferente de acordo


com três variáveis primordiais na epidemiologia: pessoa, lugar e tempo. O
que nos leva a perguntas como
“Quem adoeceu?”
“Quando adoeceu?”
“Onde adoeceu?”
Nesse sentido, o lugar onde se vive contribui para o processo de saúde,
adoecimento e morte.
ROTEIRO DE ESTUDOS:

A NOTIFICAÇÃO DE
AGRAVOS E DOENÇAS
Apresentação do Conteúdo:

ROTEIRO DE ESTUDOS:
A Notificação de Agravos e Doenças
A finalidade essencial da vigilância epidemiológica é o fornecimento de orientação técnica contínua para
os profissionais da área da saúde.
A vigilância de eventos de interesse para a saúde pública remonta à Antiguidade, e o conhecimento
sobre as doenças e seus fatores relacionados se deve, em grande parte, a esse “olhar”. Contudo, no
cotidiano das unidades de saúde, essa importante etapa do cuidado é historicamente negligenciada por
vários fatores, dentre eles, o desconhecimento da relação entre vigilância local e políticas de saúde e a
comunicação falha entre os componentes da equipe de saúde.
A notificação é de caráter sigiloso e só poderá ser divulgada para fora da esfera médico-sanitária caso
haja algum risco para a comunidade. Caso contrário, o anonimato é um direito dos indivíduos.
A comunicação da ocorrência de casos individuais ou agregados, ou de surtos, suspeitos ou
confirmados, da lista de agravos, deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou
por qualquer cidadão, para adoção das medidas de controle pertinentes.
É por meio da alimentação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) que as coisas
fluem. Quando há notificação correta, completa e oportuna, permite-se que as estimativas da magnitude
das doenças e agravos sejam mais confiáveis e fidedignas. Uma notificação tardia prejudica as ações de
vigilância associadas à resposta rápida, como nos surtos e bloqueios endêmicos. E a subnotificação
desqualifica as informações do sistema, interferindo negativamente no planejamento das ações de
prevenção e controle.
Na notificação de doenças, a definição de caso é o instrumento básico para as atividades de coleta de
dados e, por isso, é necessário ter estabilidade e clareza na definição de caso.
ROTEIRO DE ESTUDOS:

A NOTIFICAÇÃO E O
PLANEJAMENTO DE AÇÕES
Apresentação do Conteúdo:

ROTEIRO DE ESTUDOS:
A Notificação e o Planejamento de Ações

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do SUS é alimentado, em sua maioria, por meio de notificação e investigação de
casos de doenças e agravos que constam na lista nacional de doenças de notificação compulsória. É de extrema importância que os profissionais
de saúde reconheçam e legitimem essa ferramenta de geração de subsídios para o conhecimento de riscos e potenciais do território e conduzam
de forma mais eficiente as ações em saúde, com explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de indicar riscos aos quais as
pessoas estão sujeitas, contribuindo para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.
O ato de notificar permite o compartilhamento de responsabilidades, conforme o profissional informa os problemas para a administração superior,
e pode estabelecer, também, uma melhor parceria no processo de informação-ação a nível local. A compulsoriedade da notificação estende-se
aos auxiliares e técnicos de enfermagem. As doenças/agravos/eventos de notificação compulsória são elencadas exatamente pela necessidade
de alguma ação de vigilância.
Essas notificações são realizadas por meio de fichas de notificação individuais, que são compostas por campos para preenchimento
indispensáveis para o entendimento de como ocorreram as doenças/agravos/eventos e sua evolução.
Para planejar ações e identificar uma eventual epidemia, é necessário conhecer a frequência progressiva da doença. Observar a curva epidêmica
consiste em uma alternativa simples, que representa graficamente as frequências diárias, semanais ou mensais das doenças: o grau de
inclinação da curva descendente representa a fase de esgotamento da epidemia; o contrário, representa um crescimento.
Dentre as doenças ou agravos presentes na Lista Nacional de Notificação Compulsória, podemos citar: Febre do Nilo, intoxicação exógena,
hepatite, poliomielite, acidente por animal peçonhento, sarampo e botulismo. Já a Notificação Compulsória Imediata (NCI) deve ser feita em até
24 (vinte e quatro) horas. São exemplos: febre amarela, raiva humana e sarampo.
ROTEIRO DE ESTUDOS:

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
EM SAÚDE E MONITORAMENTO
DAS INFORMAÇÕES EM SAÚDE
Apresentação do Conteúdo:

ROTEIRO DE ESTUDOS:
Sistemas de Informações em Saúde e monitoramento das Informações em Saúde

A construção e a manutenção dos Sistema de informação em Saúde (SIS) permitem aos


diversos níveis de decisão local e nacional (serviço de saúde, comunidade, município, estado
e federação) melhor planejamento, definição de prioridades, alocação de recursos, avaliação
e readequação dos programas implementados, dentre outros. Permitem, ainda, um melhor
controle social ao ampliar o acesso às informações.
Os SIS fornecem indicadores nas áreas principais: determinantes de saúde; sistema e
serviços de saúde (SS); e situação de saúde. Eles podem ser compostos por diversos
subsistemas, que originam grande quantidade de dados de saúde, em grandes bancos de
dados nacionais, como o Sistema de Informações Hospitalares (SIH), podendo ser
integrados a bancos de dados gerados por outros setores, como os relativos ao censo –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por meio da análise dos SIS, é possível
avaliar a eficiência, eficácia e influência dos serviços de saúde sobre a saúde da população.
A notificação de surtos e epidemias permite identificar eventuais sinais de alteração no
número de eventos de interesse para a saúde pública; permite, ainda, detectar o surgimento
de doenças não incidentes na região/local. Já a quantificação da população e a
caracterização das condições de vida, ecológicas e de clima são obtidas por meio dos dados
demográficos, socioeconômicos e ambientais.
ROTEIRO DE ESTUDOS:

A INTEGRAÇÃO ENTRE A
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
E A ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Apresentação do Conteúdo:

ROTEIRO DE ESTUDOS:
A Integração entre a Vigilância Epidemiológica e a Assistência à Saúde

A integração entre Vigilância em Saúde (VS) e Atenção Primária é considerada um dos grandes desafios do SUS. As últimas
décadas registraram esforços para incentivar essa integração, incluindo questões estratégicas e normativas, mas ainda há um
caminho a percorrer. Nessa perspectiva, o Ministério da Saúde lançou o “Guia Política Nacional de Atenção Básica – Módulo 1:
integração atenção básica e Vigilância em Saúde” (2018), que aborda a organização das ações integradas de trabalho, as
ferramentas de trabalho e o olhar sobre o território.
De modo que haja uma integração entre Atenção Básica (AB) e Vigilância em Saúde (VS), é necessário que cada eixo conheça o
trabalho do outro e se corresponsabilize e se interesse por ele. Os eixos da AB e VS devem partilhar a responsabilidade na
organização das ações integradas de trabalho em saúde.
É fundamental a existência de espaços de formação com temáticas abrangentes, que permitam o conhecimento do que é atribuição
do outro. A visita e o atendimento domiciliar são ferramentas essenciais no trabalho da AB e da VS e devem acontecer com
periodicidade e conforme as necessidades de saúde da população. O mapeamento do território é uma importante ferramenta para a
atuação da AB. É também ferramenta de apoio ao planejamento de ações em integração com a gestão e VS.
É importante reiterar que as ações da VS devem perpassar todas as ações da equipe de AB, envolvendo desde o olhar sobre o
território até o planejamento das linhas de cuidado. O pré-natal consiste em um bom exemplo da importância da integração da AB
com a VS, pois representa um momento oportuno para a realização de rastreamento de doenças e agravos relevantes para a VS,
como a sífilis e a infecção pelo HIV.
A vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) requer a
integração de várias fontes de dados, coletados de forma contínua,
sistemática ou pontual, de caráter primário ou secundário, a partir de
abordagem populacional, de demandas específicas dos serviços de saúde ou
oportunista. Para um conjunto expressivo de determinantes e condicionantes
das DCNTs, existem evidências científicas sólidas sobre seu impacto na
saúde de indivíduos e populações.
A vigilância tende para a contínua análise dos pontos relativos à ocorrência e
à disseminação de uma doença pertinentes ao seu controle efetivo, incluindo a
análise, interpretação e alimentação de dados. Assim, o objeto sob vigilância
epidemiológica estendeu-se para as doenças não transmissíveis, seus fatores
de risco e proteção e outras condições associadas ao aumento ou surgimento
de doenças/agravos. Por isso, o processo de produção de informação para a
ação é dependente da disponibilidade de dados qualificados. Desta feita, são
funções da vigilância epidemiológica: recomendar as medidas adequadas de
controle; promover as ações de controle apropriadas; e avaliar as medidas
adotadas quanto à eficácia e à efetividade.
CONCLUSÃO
Percebe-se que o tema “Vigilância em Saúde”, no qual se insere
a questão da notificação e os sistemas de informação em saúde,
tem material normativo atualizado e referencial científico crítico
que aborda suas fragilidades e avanços.
Na perspectiva de um sistema de saúde que tem a proposta de
ser universal e equitativo, o SUS tem avançado a despeito das
limitações relacionadas à gestão e a importantes retrocessos no
tema “financiamento”, e tem resistido, identificando desafios e
estabelecendo metas para superá-las. A integração entre
Vigilância em Saúde e Atenção Primária é um deles, e sua
consolidação pode representar um importante avanço na
resolutividade das ações em saúde em nível regional, podendo
refletir diretamente nos indicadores nacionais, principalmente
nos agravos sensíveis à Atenção Primária. Cabe retomar como
eixo norteador a necessidade de educação permanente que
possibilite o conhecimento e a valorização das atribuições de
cada ator envolvido nessa integração, propiciando a abordagem
da prática profissional ética e corresponsável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde: Fundamentos, Métodos e Aplicações. São Paulo: Grupo GEN, 2011.

COSTA, A. A. Z. Vigilância em saúde. São Paulo: Gruxpo A, 2019.

HELMAN, C. G. Cultura, Saúde e Doença. 5. ed. São Paulo: Grupo A, 2009.

NASCIMENTO, A. B. do Sistemas de Informação para Saúde. São Paulo: Pearson, 2018.

ROUQUAYROL, M. Z.; GURGEL, M. Rouquayrol: epidemiologia e saúde. 8. ed. São Paulo: MedBook, 2017.

VECINA NETO. G.; MALIK, A. M. Gestão em Saúde. São Paulo: Grupo GEN, 2016.
RESOLUÇÃO DO CASO – N1
O “olhar de vigilância” em uma Unidade Básica de Saúde compreende a integração da
PROBLEMATIZAÇÃO vigilância epidemiológica e da atenção básica. Na rotina de trabalho em uma unidade de
assistência à saúde, o profissional se depara, com questões relacionadas à vigilância dos
agravos em saúde. Agravos que caracterizam o território, mas o profissional nem sempre
tem a percepção da importância de repassar essas informações para otimizar a
resolubilidade e a qualidade na atenção à saúde.
O caso se propõe a problematizar as questões associadas à notificação de situação de
saúde na rotina de uma Unidade Básica de Saúde propiciando reflexões sobre as
DISCUSSÃO potencialidades da integração entre a vigilância epidemiológica e a atenção básica.

No estudo de caso, foi apresentado um problema ocorrido na UBS, onde trabalha o


DO enfermeiro Fabiano, há quatro anos. Um usuário o alertou sobre a alta ocorrência de
diarreia na vizinhança, e uma enfermeira de unidade próxima ratificou a informação, com
CASO dados registrados em sua unidade. Porém, Fabiano não tem esse registro, e a unidade
onde atua, usualmente, subnotifica as doenças e os agravos.

Considerando o papel do enfermeiro na estratégia de saúde da família na notificação de


doenças e agravos, bem como na integração entre Atenção Básica e Vigilância em
Saúde, o que você faria se estivesse no lugar do Fabiano, apontando as possíveis
falhas de todos os atores envolvidos no case?
Dica 01: O Papel da Atenção na Detecção e Notificação de Agravos
A Atenção Primária à Saúde (APS), como porta de entrada preferencial do usuário para o
nosso Sistema Único de Saúde, precisa ser resolutiva e integralizadora. Nesse sentido,
procure refletir sobre como essas duas características desejáveis da APS articulam com a
vigilância em saúde.

Dica 02: A Apropriação das Informações em Saúde pelo Profissional de Saúde


Cabe ao profissional de saúde participar ativamente do processo de notificação de agravos
transmissíveis e, ao mesmo tempo, dispõe de dados constantes dos Sistemas de
DICAS Informação em Saúde (SIS), para avaliação e planejamento da área adscrita. Fabiano
poderia buscar informações em algum SIS, para resolução da questão relatada na unidade?
Qual(is) poderia(m) ser?
DO
Dica 03: Preciso "Perder Tempo" e Notificar todos os Casos?
PROFFESSOR A subnotificação é uma realidade nas unidades de saúde e compromete sobremaneira o
conhecimento da situação epidemiológica e o planejamento de ações e oferta de serviços.
Pode estar associada a dificuldades de diagnóstico, à capacidade técnica dos recursos
humanos e à desvalorização da vigilância. Frente a isso, de que forma a proposta de
educação permanente poderia reduzir as subnotificações?
• Principais reflexões dos alunos;

FEEDBACK/ • Feedback de conexão entre o conteúdo da disciplina, o case e as


contribuições dos alunos;
SÍNTESE
• O objetivo do feedback não é resolver o caso, mas sim conduzir o
aluno em sua reflexão sobre o tema e a situação problema.
Escolas Integradas – Educação Continuada

NOTIFICAÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Profª Dra Renata Miyabara


Contatos

Lattes: Lattes: http://lattes.cnpq.br/7830634528226813

OBRIGADA.

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