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Plano do curso
EMENTA: O que é epidemiologia. Dados na saúde pública. Qualidade de dados. Tipos de bases
de dados. Análise de dados. Epidemiologia descritiva: pessoa, tempo e lugar. Tendências. Tipos
de Variáveis. Medidas de frequência. Tabulação de dados (Tabnet). Indicadores epidemiológicos
dos agravos HIV e aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST. O que são indicadores. Indicadores
de HIV e aids. Indicadores de tuberculose. Indicadores hepatites virais. Indicadores de sífilis.
Abordagem Diagnóstica.
CONTEÚDO
• Apresentação
• O que é epidemiologia?
• Dados na saúde pública
• Qualidade de dados
• Análise de dados
• Indicadores epidemiológicos dos agravos HIV e aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST
• Fechamento
• Referências Bibliográficas
METODOLOGIA
Este módulo está sendo ofertado na modalidade de educação mediada por tecnologia,
autoinstrucional, sendo desenvolvido de forma interativa, por meio da utilização de elementos
visuais, auditivos e avaliações.
CONTEUDISTAS
REVISORES TÉCNICO-CIENTÍFICOS
Apresentação..........................................................................................04
O que é epidemiologia?............................................................................06
Dados na saúde pública...........................................................................09
Qualidade de dados.................................................................................11
Análise de dados.....................................................................................32
Indicadores epidemiológicos dos agravos HIV e aids, Tuberculose,
Hepatites Virais e IST................................................................................80
Fechamento..........................................................................................113
Referências Bibliográficas......................................................................114
Apresentação
Esse conteúdo é voltado para os profissionais de saúde, especialmente aqueles que atuam
nos serviços de vigilância epidemiológica locais, e tem por finalidade fomentar o
conhecimento e a aplicação prática da epidemiologia no combate aos problemas de
saúde, bem como apoiar no planejamento e implementação de políticas públicas.
Objetivo do Módulo
Capacitar os profissionais da saúde na construção e análise de indicadores, que
subsidiam a vigilância dos agravos, partindo da interpretação dos dados
epidemiológicos coletados.
A seguir, assista ao vídeo Repórter Saúde, no qual são apresentados os principais assuntos a
serem abordados nesse módulo.
3
Abertura da Unidade
https://player.vimeo.com/video/919561204
Bons estudos!
4
O que é epidemiologia?
Objetivo de aprendizagem
Relembrar o conceito de epidemiologia e sua importância para as ações de vigilância
epidemiológica.
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Estudo
Frequência e distribuição
Incluem doenças/agravos, causas de óbito e a adesão ou não de certos comportamento, como o uso
de tabaco, condutas preventivas e utilização dos serviços de saúde.
Nesse contexto, estão incluídas todas as ações de vigilância epidemiológica, e seu principal objetivo
é fornecer informações para o controle dos problemas de saúde.
Assim, a epidemiologia pode ser definida como a ciência que desenvolve estudos na área da
saúde, bem como das doenças e agravos, para entender causas e danos, além de propor
soluções por meio da aplicação de medidas de prevenção e controle.
6
Este momento marcou as primeiras intervenções públicas com base em um estudo
epidemiológico.
Essa produção de dados e informações, bem como sua aplicação, formam a base para a
saúde pública baseada em evidência.
7
Dados na saúde pública
Objetivo de aprendizagem
Compreender a relevância dos dados e informações baseados em evidências para a
saúde pública.
Assista, a seguir, ao vídeo Repórter Saúde, que aborda os tipos de dados e sua importância
para a saúde pública.
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https://player.vimeo.com/video/919561241
9
Qualidade de dados
Objetivos de aprendizagem
Interpretar a qualidade dos dados, segundo consistência e completude dos dados
epidemiológicos coletados.
Descrever o passo a passo para o acesso ao painel de avaliação da qualidade dos dados
do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
10
2 Provêm de várias fontes, podendo ser obtidos a partir de relatórios rotineiros,
como prontuários; por esforços de investigação ou a partir de outras bases de
dados com propósitos distintos (como o sistema logístico de dispensação de
medicamentos, por exemplo). Os dados são a base para a geração de
informações e, consequentemente, tomadas de decisões.
Portanto, a qualidade dos dados e a complexidade do sistema de coleta acabam por se tornar
temas bastante pertinentes, trazendo à tona um ponto fundamental a ser melhorado: o
registro de dados incompletos ou equivocados.
Subnotificação
–
As causas da subnotificação de casos são múltiplas, dentre as
quais se destacam: a falta de conhecimento por parte dos
profissionais de saúde quanto aos procedimentos para a
notificação; baixa adesão à notificação em função do tempo
exigido para preencher a ficha e a ausência de retorno da
informação produzida com os dados coletados; e a falta de
percepção dos profissionais a respeito da relevância do
11
monitoramento das doenças de notificação para a saúde pública
(WALDMAN, 1998, p. 111).
Completude
–
A completude avalia o preenchimento dos dados, identificando o
quão completos estão os registro dos casos nas fichas de notificação.
A melhor medida da completude é a proporção de ausência de
informação (incompletude).
Boa: 5 a 10%;
Regular: 10 a 20%;
12
Ruim: 20 a 50%;
Ou
Consistência
–
É importante estabelecer rotinas para avaliar a presença de erros nos
registros e garantir, cada vez mais, que os dados sejam informados
com consistência (BRASIL, 2009; WALDMAN, 1998).
13
em que a classificação clínica da doença foi definida como "sífilis
primária", por ser a primeira vez que aquelas pessoas foram
diagnosticadas com a doença e não por ser avaliado o aspecto
clínico para determinar o estágio da sífilis (primária, secundária,
latente e terciária). Em resumo, uma interpretação errada de como
se classifica o estágio clínico da sífilis.
Qualidade da Informação
14
1
Acesse o site
15
3
16
4
17
5
Acesse os números
A segunda tabela de resumo que está sendo exibida na tela (nome: tabela
1 - casos de hepatites virais sem informação de escolaridade ou raça)
apresenta o número de casos que não foram acompanhados da
informação de escolaridade ou raça. Nestes casos, é provável que a
notificação tenha sido incompleta, apenas registrando o caso como
positivo, sem mais informações sobre o doente. Aqui está um ótimo
exemplo de uma sugestão para aprimorar o preenchimento das fichas de
notificação, que pode ser apresentada, mas não foi notificada.
18
6
19
Você pode acessar o painel de Qualidade das Informações do Sinan do seu
município ou estado, clicando no botão ao lado.
CLIQUE AQUI
20
1
21
2
Nome;
CPF;
E-mail;
22
3
Acessando o Sinan
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5
Relatórios
No perfil municipal:
No perfil estadual:
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6
Autorizações
25
7
Autorizações pendentes
26
8
27
Orientações finais
28
Se você atua como gestor da vigilância epidemiológica, pode solicitar o acesso ao
painel de inconsistências de seu município, clicando no botão ao lado.
CLIQUE AQUI
29
As informações possíveis estão no
menor nível, o do indivíduo, o que
permite a investigação de
exposição e desfecho daqueles
que formam a base, bem como o
cruzamento dos dados em
sistemas distintos, aprimorando a
informação desejada.
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Análise de dados
Objetivos de aprendizagem
Identificar e classificar os tipos de variáveis que podem ser analisados para a descrição
do perfil epidemiológico de uma doença.
31
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2010a), uma vez que os dados
tenham sidos coletados e inseridos no sistema de informação, é possível realizar a análise de
dados, que envolve descrever e comparar características e atributos relativos a tempo,
lugar e pessoa, com a finalidade de:
32
https://player.vimeo.com/video/919561270
É possível dizer que, na epidemiologia descritiva, são observados os dados coletados, que
referem-se:
à distribuição espacial dos casos. Por exemplo: zona rural, urbana, entre outros;
33
características da pessoa, do lugar e do tempo, visando descrever aquelas populações de
interesse observadas (WALDMAN, 1998, p. 217 e 218).
34
Pessoa
idade;
sexo;
raça/etnia;
estado conjugal;
ocupação;
educação;
35
Tempo
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Lugar
País.
Estado.
Bairro.
Local de trabalho.
Distrito escolar.
Unidade hospitalar.
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Tendências
Segundo Waldman (1998), para a apresentação de dados, recomenda-se a utilização de gráficos,
nos quais, normalmente, o número de casos e óbitos ou outra taxa analisada são representados
no eixo vertical (Y), e a variável tempo (dia, semana, mês e ano), no eixo horizontal (X) .
Como sabemos, a característica da variação temporal pode ser do tipo regular ou irregular e,
dependendo de características específicas, pode ter algumas tendências:
38
Tendência secular
–
A tendência secular, também conhecida como tendência histórica, se
refere à análise das variações das taxas de incidência e prevalência,
bem como de mortalidade e letalidade de doenças, por um longo
período, em geral, por décadas. A análise histórica de uma doença
deve considerar fatores que alterem a tendência, como melhora no
diagnóstico, surgimento de vacinas e tratamentos, entre outros
(NETO et al., 2013).
39
Tendência sazonal
–
A tendênciasazonal se dá quando a variação (aumento ou queda) da taxa
de incidência de uma doença ocorre em sintonia com uma determinada
época do ano, geralmente relacionada ao modo de transmissão da doença,
mas também podendo ter associação com fenômenos demográficos (por
exemplo: nascimento/ óbito), acidente de trabalho (como incidentes
ligados à colheita agrícola, por exemplo), entre outros (MEDRONHO,
WERNECK, PEREZ, 2009).
40
Tendência cíclica
–
Na tendência cíclica, o padrão de variação é regular e as flutuações na
taxa de incidência de uma doença ocorrem em períodos superiores a
um ano (MEDRONHO, WERNECK, PEREZ, 2009).
41
Epidemia
–
A epidemia se define como sendo a elevação brusca, temporária e
significativamente acima do esperado da taxa de incidência de
uma doença (MEDRONHO, WERNECK, PEREZ, 2009).
42
Tipos de Variáveis
Como vimos anteriormente, existem diversas características ou atributos que podemos
observar e coletar como dados. Eles estão relacionados à pessoa, ao tempo e ao lugar . Essas
características ou atributos são denominados variáveis.
Cada um desses tipos pode receber uma classificação, conforme o quadro abaixo.
43
Quadro 1. Classificações de variável quantitativa e qualitativa.
44
A análise das tendências dessas variáveis pode evidenciar riscos, vulnerabilidades e pontos de
atenção. Diante disso, vale conhecer quais são as ferramentas utilizadas para a análise de
variáveis em epidemiologia e quais tipos de leitura elas podem evidenciar.
Indique, dentre as opções abaixo, quais variáveis podem ser classificadas como qualitativas e
quais podem ser classificadas como quantitativas, arrastando os cartões para a caixa correta.
Quantitativa
Número de contatos no
Contagem de células CD4
domicílio
45
Qualitativa
Avaliação do grau de
Zona de Residência (rural ou
incapacidade física (Grau zero,
urbana)
Grau I, Grau II, Grau III)
As ferramentas ideais vão depender do tipo de recorte aplicado aos dados, ou seja, conforme a
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Quadro 2. Ferramentas de análise para diferentes tipos de variáveis.
Tipo de Representação
Ferramentas de análise
variável dos dados
Média;
Mediana;
Medição
Quantitativa
numérica Moda;
Intervalo.
Razão;
Proporção*;
Frequência*;
Taxas.
Informações
Qualitativa
descritivas
*Proporção e frequência também são
ferramentas que podem ser usadas na
análise de variáveis quantitativas
ordinais (exemplo: analisar proporção de
pessoas com um filho).
Tais ferramentas são medidas estatísticas notáveis, que podem ser reveladoras de diferentes
informações. Conheça cada uma delas a seguir.
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Medidas de tendência central
Para isso, no caso das variáveis quantitativas, são usadas as chamadas medidas de
tendência central. Elas descrevem o comportamento representado pelo grupo de
dados tabulados que são:
média;
mediana;
moda.
Vamos entender as suas particularidades e quando utilizar cada uma delas, partindo
de um exemplo fictício, apresentado no quadro acima. Ele ilustra o período de tempo
(em dias) em que 19 PVHAs levaram para que as suas cargas virais tornassem
indetectáveis após o início da terapia antirretroviral (TARV).
Assim, a pessoa A apresentou sua carga viral indetectável 32 dias após o início do seu
tratamento com TARV, enquanto a pessoa B levou 45 dias para apresentar carga viral
indetectável e assim por diante.
48
1
Média
A média representa muito bem os conjuntos de dados numéricos que não são tão
discrepantes entre si.
Para demonstrar, vamos utilizar o exemplo anterior, que ilustra o tempo (em dias)
necessário para que 19 PVHAs apresentassem suas cargas virais indetectáveis, após o
início da TARV.
Para calcular a média, nesse exemplo do quadro acima, temos que somar todos os
períodos e dividir pelo número de pessoas observadas (19 pessoas).
Portanto, as PVHAs deste grupo levariam 81 dias, em média, para que suas cargas
virais se apresentassem indetectáveis, após o início da TARV.
49
2
Mediana
Ainda no exemplo anterior, que ilustra o tempo (em dias) necessário para que 19
PVHAs apresentassem suas cargas virais indetectáveis, após o início da TARV, para
calcular a mediana, o primeiro passo é ordenar os dados numéricos em escala
crescente ou decrescente.
n = 19 ∴ (19+1)/2 = 10
Observe no quadro acima, que a mediana é aquele valor que ocupa a posição central
de uma série, dividindo 50% das observações acima e 50% abaixo dela. Portanto, no
exemplo, o décimo valor encontrado na série é o de 90 dias, ou seja, a mediana de
tempo para não ser detectada a carga viral após início de tratamento é de 90 dias.
50
No caso, temos 19 dados. Se, por outro lado, tivéssemos um número par de dados
(n=20), a mediana seria a média entre os dois dados centrais, ou seja:
n = 20 ∴ (20+1)/2 = 10,5
Assim, devem ser considerados números centrais tanto a 10ª quanto a 11ª posição.
51
4
Moda
Voltando ao nosso exemplo, para calcular o tempo (em dias) necessário para que 19
PVHAs apresentem suas cargas virais indetectáveis, após o início da TARV, temos que
organizar os dados para juntar os valores iguais.
A moda pode ou não ser central. De fato, ela pode nem mesmo existir, se não houver
repetição de dados. Por isso sua utilização depende da situação a ser analisada.
52
Em suma:
53
A seguir, propomos um exercício. Nele você poderá aplicar o conteúdo apresentado.
O quadro abaixo ilustra em que período gestacional (em semanas) estavam 19 gestantes
quando foram diagnosticadas com sífilis.
54
Medidas de frequência
Como vimos anteriormente, a observação de fatos (tais como: presenças de doença ou
eventos, fatores de risco, entre outros), e das variáveis (tais como: tempo, pessoa, lugar) é um
dos enfoques da epidemiologia.
Outro ponto importante é dar número aos casos, ou seja, a suaquantificação , realizada de
modo simples. Em seguida, faz-se necessário medir afrequência ou ocorrência de tais
situações na população.
Assim, vamos conhecer algumas medidas de frequência utilizadas para análise das variáveis
quantitativas. As medidas de frequência mais utilizadas são as razões, as proporções
e as taxas (incidência, prevalência, detecção, mortalidade e letalidade ). Elas podem
medir tanto a carga da doença na população, quanto seu risco de adoecer e, a partir daí, há
potencial para subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação das políticas de saúde.
Razão
–
A razão é o quociente de duas quantidades (números) relacionadas
entre si e permite comparar quantidades de diferentes naturezas.
Utilizando o seguinte método de cálculo: X/ Y, no qual X = numerador
e Y = denominador. E, caso seja necessário para melhor compreensão
do resultado, pode-se usar uma constante no cálculo:
X/ Y * 10
Legenda:
X = numerador;
55
Y = denominador;
10ⁿ = constante.
Por exemplo:
56
Proporção
–
A proporção é um quociente de duas quantidades, em que o
numerador é um subconjunto do denominador. Essa proporção
costuma ser expressa em porcentagem e permite comparar uma parte
com o todo, descrevendo a frequência relativa de um evento ou
característica.
Legenda:
57
Porcentagem= proporção* 100, ou seja: x/ y* 100
Taxa de incidência
–
A taxa ou coeficiente de incidência é uma medida de frequência de
novos casos de uma doença, em uma determinada população,
durante um período e local determinados. Esse indicador sinaliza a
velocidade de ocorrência de uma doença, ou agravo, ou outro evento
de saúde na população, sendo assim um estimador de riscos* (OPAS,
2010b).
58
*Risco é a probabilidade de uma mudança de estado (doença, morte, efeito adverso) em uma
população de interesse em um determinado intervalo.
59
Taxa de detecção
–
A taxa de detecção é utilizada para os casos de doenças crônicas, em
que o diagnóstico pode ou não ser realizado no início da doença.
Casos de aids e hepatite C são exemplos típicos desta medida, uma vez
que não é possível afirmar com exatidão a data do início da infecção.
Nesse caso, o cálculo utilizado na taxa de incidência é o mesmo, sendo
considerada a data em que aconteceu o diagnóstico da doença.
60
Taxa de prevalência
–
A taxa de prevalência é um importante indicador para medir a
magnitude de uma doença, em especial as crônicas ou de longa
duração, na população.
Taxa de letalidade
–
A taxa de letalidade é particularmente importante para avaliar a
severidade (grau de gravidade) de uma determinada doença.
61
A taxa de letalidade mede a probabilidade de um indivíduo morrer
com determinada doença ou agravo, ou em decorrência dessa mesma
doença, ou agravo. Assim, a letalidade somente se refere aos óbitos
entre a população doente (OPAS, 2010b; WALDMAN, 1998).
Taxa de mortalidade
–
62
As informações de mortalidade são utilizadas com frequência para
avaliar a carga (gravidade) da doença nas populações e ajudar a
determinar se o tratamento de uma doença se tornou mais efetivo ao
longo tempo.
63
Brasil naquele ano, resultando em uma taxa de mortalidade geral de
859,1 óbitos por 100.000 habitantes.
64
Veja no gráfico a seguir o exemplo apresentado.
65
consequentemente, para a elaboração de melhores recomendações para o
enfrentamento das doenças e agravos.
Incidência é a taxa que mede a ocorrência de novos casos durante um período, em uma
determinada população.
Já, prevalência é a taxa que mede tanto os casos novos, quanto os casos já existentes da
doença.
66
Figura 20. Representação figurativa dos conceitos de taxas de incidência e de prevalência.
A partir dessas definições, algumas relações se formam entre essas taxas. Para abordar tais
relações, vamos começar observando a taxa de prevalência e quais fatores podem
influenciá-la, segundo OPAS (2010b) e Waldman (1998b).
67
Elevação da taxa de letalidade da doença, ou seja, morrem mais
pessoas da doença.
68
Introdução de fatores que prolongam a vida dos pacientes sem
curá-los, ou seja, as pessoas permanecem vivendo com a doença
por muito mais tempo.
69
Estabilidade da taxa de prevalência
–
A taxa de prevalência se estabiliza em dois cenários, quando:
1 . em
um mesmo período, não há taxa de incidência, nem tampouco
curas ou óbitos;
70
Conheça os indicadores do seu local de residência e trabalho.
Algumas das principais características relacionadas à magnitude (taxa de prevalência),
velocidade (taxa de incidência), severidade (mortalidade, letalidade) ligadas ao HIV e
aids, tuberculose, hepatites virais, sí lis adquirida, congênita e em gestante de todo
país, municípios brasileiros, estados e o distrito federal estão disponíveis, para acessá-
los clique no botão ao lado.
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Painel de Indicadores
71
1
dados básicos.
72
2
73
3
No apêndice de cada boletim existe uma tabela que apresenta os indicadores e seu método
de cálculo, como no exemplo abaixo:
75
Quadro 09. Tabela de Indicadores
Fonte: SINAN/SVSA/MS
76
Para acessar os Boletins Epidemiológicos, clique no botão ao lado.
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assistência à saúde;
epidemiológicas e morbidade;
rede assistencial;
estatísticas vitais;
demográficas e socioeconômicas;
inquéritos e pesquisas;
informações financeiras;
77
A tabulação de dados é a coleta de todas as informações disponíveis no Tabnet de forma
organizada, conforme o objetivo da pesquisa. Na tabulação, por exemplo, é possível associar
tabelas a mapas, possibilitando visualização e avaliação da informação.
Esse é um recurso valioso e de fácil acesso, que ampara e dá apoio às políticas e ações de
saúde.
https://player.vimeo.com/video/919561300
78
Indicadores epidemiológicos dos agravos HIV e aids,
Tuberculose, Hepatites Virais e IST
Como vimos, os indicadores são constituídos para a análise dos perfis epidemiológicos e das
mudanças no processo saúde-doença das populações. São, portanto, fundamentais para
subsidiar ações de prevenção e controle de diferentes agravos e doenças.
Objetivos de aprendizagem
79
Alguns indicadores de saúde, como os epidemiológicos, retratam as condições de saúde e o
"comportamento" de doenças e agravos em determinada localidade. São informações úteis
para o monitoramento realizado pelas equipes de saúde e da vigilância epidemiológica,
perante certas situações, como doenças e agravos.
80
Indicadores de HIV e aids
81
1- O que mede?
Numerador:
Relacionamento de bancos de dados do Sinan 1 , Siscel2 , Siclom 3 e SIM4 .
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2 = Sistema de Controle de Exames Laboratoriais de CD4+/CD8+ e Carga Viral
do HIV.
3 = Sistema de Controle Logístico de Medicamentos.
4 = Sistema de Informação Sobre Mortalidade.
82
2- O que mede?
Numerador:
Relacionamento de bancos de dados do Sinan 1 , Siscel2 , Siclom 3 e SIM4 .
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2 = Sistema de Controle de Exames Laboratoriais de CD4+/CD8+ e Carga Viral
do HIV.
3 = Sistema de Controle Logístico de Medicamentos.
4 = Sistema de Informação Sobre Mortalidade.
83
3 - O que mede?
Numerador:
SIM1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação Sobre Mortalidade.
4- O que mede?
84
4- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador:
SIM1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação Sobre Mortalidade.
85
5- O que mede?
86
5- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador e denominador:
Sinan 1
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
6- O que mede?
87
6- Qual a fonte dos dados?
Numerador:
Sinan 1 .
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
7- O que mede?
88
7- Qual a fonte dos dados?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
8- O que mede?
Numerador e denominador:
Sinan 1.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
89
9- O que mede?
Numerador e denominador:
Sinan 1.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
90
10- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador e denominador:
Sinan 1.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
91
11- Qual a fonte dos dados?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Sinasc2.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2 = Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
92
Para acessar as informações de saúde (Tabnet), clique no botão ao lado.
CLIQUE AQUI
Para saber mais como acessar os indicadores e dados básicos relacionados ao HIV e
aids, nos municípios brasileiros, clique no botão ao lado.
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93
Indicadores de tuberculose
1- O que mede?
94
1- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador e denominador:
Sinan 1.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2- O que mede?
95
2- Qual a fonte dos dados?
Numerador:
SIM1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação sobre Mortalidade.
3- O que mede?
96
3- Qual a fonte dos dados?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
4- O que mede?
97
4- Qual a fonte dos dados?
Numerador e denominador:
Sinan 1.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
CLIQUE AQUI
98
Indicadores hepatites virais
1- O que mede?
99
1- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2- O que mede?
100
2- Qual a fonte dos dados?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
3- O que mede?
101
3- Qual a fonte dos dados?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
4- O que mede?
Indicador:
SIM1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação sobre Mortalidade.
102
5- O que mede?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Sinasc2.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2 = Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
103
Para saber mais como acessar os indicadores e dados básicos relacionados às hepatites
virais, nos municípios brasileiros, clique no botão ao lado.
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104
Indicadores de sífilis
105
1- O que mede?
Ajuda a expressar a qualidade do pré-natal, uma vez que a sífilis pode ser
diagnosticada na gestante em dois momentos: durante a gestação e,
também, durante o parto. O tratamento adequado da gestante durante o
pré-natal reduz a probabilidade de transmissão vertical da sífilis e,
consequentemente, a sífilis congênita.
Numerador e denominador:
Sinan 1.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2- O que mede?
106
2- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Sinasc2.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2 = Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
3- O que mede?
107
3- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Base de dados demográficos fornecida pelo IBGE.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
4- O que mede?
108
4- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador:
Sinan 1.
Denominador:
Sinasc2.
Legenda:
1 = Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2 = Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
5- O que mede?
109
5- Qual a fórmula de cálculo?
Numerador:
SIM1.
Denominador:
Sinasc2.
Legenda:
1 = Sistema de Informação sobre Mortalidade.
2 = Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
110
Para saber mais como acessar os indicadores e dados básicos relacionados à sífilis, nos
municípios brasileiros, clique no botão ao lado.
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111
Fechamento
https://player.vimeo.com/video/919561335
112
Referências
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proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 20 set.
1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em 26 mai.
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BRASIL. Portaria MS nº. 204 , de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de Notificação
Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos
e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Diário
Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 18 fev. 2016. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204 _17_02_2016.html. Acesso em 26
mai. 2023.
BRASIL. Portaria GM/MS nº. 4 20, de 2 de março de 2022. Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria
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território nacional. Diário Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 04 mar. 2022a. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-4 20-de-2-de-marco-de-2022-383578277.
Acesso em 26 mai. 2023.
BRASIL. Resolução MS/CNS nº. 588, de 12 de julho de 2018. Fica instituída a Política Nacional
de Vigilância em Saúde (PNVS), aprovada por meio desta resolução. Diário Oficial da União
(DOU), Brasília (DF), 13 ago. 2018a. Disponível em:
https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2018/Reso588.pdf. Acesso em 26 mai. 2023.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância em
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https://www.cdc.gov/HandHygiene/download/hand_hygiene_supplement.ppt. Acesso em: 26
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