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Vigilância

Epidemiológica
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

MÓDULO OPCIONAL
Sistemas de Vigilância em Saúde Pública

Sector da Saúde

Sistema de
Informação Sanitária

Vigilância em
Saúde Pública

Vigilância
Epidemiológica
Vigilância em Saúde Pública
• A vigilância deve ser entendida como uma acção sistemática e
dinâmica de avaliação contínua do estado de saúde das
comunidades, baseada na recolha, interpretação e uso de dados
relacionados com a saúde.

• Constitui uma ferramenta indispensável no processo de planificação


e tomada de decisão na resposta aos problemas de saúde
identificados pelos mecanismos estabelecidos pelas autoridades
sanitárias nacionais e internacionais.

• Fornece informação sanitária pertinente para avaliação de


estratégias em curso e orienta a identificação de necessidades de
investigação dos fenómenos que afectam a saúde das populações.
Vigilância sanitária:
• É um conjunto de acções capaz de eliminar, diminuir ou
prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse
para a protecção da saúde.

• Ela abrange:
– O controlo dos bens de consumo que, directa ou
indirectamente, se relacionem com a saúde,
comprometidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo;

– O controlo da prestação de serviços que se relacionam


directa ou indirectamente com o sector da saúde.
Vigilância ambiental

• Conjunto de acções que conduzem o conhecimento e a


detecção de qualquer mudança nos factores determinantes
e condicionantes do meio ambiente que interferem na
saúde humana.

• Tem a finalidade de identificar as medidas de prevenção e


controle dos factores de riscos ambientais relacionados
com as doenças ou outros agravos à saúde.
Vigilância Epidemiológica

É um processo de recolha/análise sistemática e contínua dos dados


de doenças, factores determinantes e as suas consequências, afim de
gerar informação útil para as acções de controlo.
Vigilância em Saúde Pública

2005 – OMS com a adopção do novo Regulamento


Sanitário Internacional, exorta os países membros a
reforçar as suas capacidades de:

– Detectar, avaliar, notificar e relatar em tempo oportuno os


eventos adversos à saúde.

– Responder todos os riscos à saúde pública incluindo eventos


(acidentes) químicos e rádio – nucleares, inundações, secas,
desastres naturais, etc.
Vigilância em Saúde Pública
Organização de sistemas

• Vigilância é uma componente indispensável na


prática diária na organização e funcionamento de
serviços de saúde pública

• Forte ligação entre:


– Disponibilidade de informação sanitária actualizada e
oportuna e o estabelecimento de intervenção (acção) de
saúde pública a ser implementada.
– Profissionais de Saúde e responsáveis pela protecção da saúde
das populações
Vigilância Epidemiológica
Definição

É um processo de recolha/análise sistemática e contínua


dos dados de doenças, factores determinantes e as suas
consequências, afim de gerar informação útil para as
acções de controlo.

Originalmente focalizado nas doenças infecciosas, hoje inclui


outros problemas de saúde, como:
 as doenças crónico-degenerativas,
 os acidentes e violências,
 os factores de risco e
 os riscos ambientais (BRAGA e WERNECK, 2009). 10
Vigilância Epidemiológica

Objectivo Geral

• Gerar a informação pertinente e promover o


seu uso com o propósito de tomar medidas
para melhorar a saúde pública.

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Vigilância Epidemiológica

Principais objectivos específicos:

1. Informar sobre a magnitude e a distribuição dos riscos à


saúde na população, usualmente em termos de:

 morbilidade e

 mortalidade;

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Objectivos da Vigilância Epidemiológica
• Principais objectivos específicos:

2. Recomendar ou iniciar acções oportunamente, a fim de


circunscrever o problema, se possível, na fase inicial de
expansão,

reduzir os seus níveis de morbilidade e mortalidade, ou


até mesmo eliminar o risco à saúde, na localidade.

3. Avaliar medidas de saúde pública; por exemplo, o impacto


de campanhas de vacinação ou a protecção e

a segurança conferidas por um produto, como vacinas e


medicamentos (reacções colaterais, resistência
adquiridas, etc.)
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Objectivos da Vigilância Epidemiológica
Portanto:

• A vigilância fornece informação para a acção.

É usada para:

• Monitorizar tendências
• Monitorizar o progresso em direcção aos objectivos
• Estimar o tamanho do problema de saúde [magnitude]
• Detectar surtos ou epidemias
• Avaliar intervenções e programas de controlo e
preventivos
• Identificar as pesquisas, investigações, estudos necessários
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Abordagem da V.E. Implementação:
Como fazê-la?

Avaliação da
Intervenção:
O quê funciona?

Identificação dos
Factores de Risco:
Qual é a causa?

Vigilância:
Qual é o problema?

Problema Resposta
Vigilância Epidemiológica

Utilidade dos Dados Produzidos:

Os dados produzidos pela VE são muito úteis para


apontar:

 os grupos mais afectados ou sob alto risco de adoecer,

 a variação geográfica dos casos (ou progresso regional de uma


doença) e

 a tendência do evento com o passar do tempo;


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Vigilância Epidemiológica

ANÁLISE DA INFORMAÇÃO
• Pessoa(as características individuais (sexo, idade), permitem
calcular as taxas de ataque, letalidade e decidir sobre as
estratégias a adoptar).

• Tempo (apresentar os dados num gráfico ou tabela. A curva


epidémica permite afirmar a existência de um surto/epidemia,
medir a sua importância e seguir a evolução).

• Lugar(identificar zonas de risco e seguir a extenção


geográfica da doença)
Vigilância Epidemiológica

Principais Actividades de um sistema de


vigilância epidemiológica:

• Recolha, análise e interpretação de dados de


rotina

Investigação epidemiológica
• Investigar a origem e causas da doença
• Recomendação ou aplicação de medidas de
controlo
• Divulgação das informações

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Investigação epidemiológica

Justificação para a realização:

• 1.Doença prioritária

• 2.Número de casos que excede a frequência habitual

• 3.Suspeita de fonte comum de infecção

• 4.Evolução da doença mais rápida do que


habitualmente

• 5.Dano à saúde desconhecido na região.


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Investigação epidemiológica
A investigação epidemiológica de casos de
doenças transmissíveis permite determinar:

• A fonte de infecção; As medidas de controlo


apropriadas;

• As vias de transmissão;

Os factores de risco;
• Os contactos;

Os ensinamentos para lidar


• Os demais casos; com situações semelhantes.
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Vigilância Epidemiológica
Fontes de dados (1/2):

1.Notificação Obrigatória de Casos

2.Processos Clínicos

3.Atestados de óbitos e registos de anatomia patológica

4.Resultados laboratoriais

5.Registos de bancos de sangue

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Vigilância Epidemiológica
Fontes de dados (2/2):
6. Investigação de casos e de epidemias
7. Inquéritos comunitários
8. Distribuição de vectores e reservatórios
9. Uso de produtos biológicos
10. Notícias veiculadas na imprensa

•Os dados (relativos a casos suspeitos ou confirmados de


doenças ou óbitos) entram no sistema de informação através
da notificação
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NOTIFICAÇÃO DE CASOS

• Comunicação da ocorrência de determinada doença ou


evento adverso à saúde, feita à autoridade sanitária por
profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fim de
adopção de medidas de intervenção pertinentes.

• Deve-se notificar a simples suspeita da doença, sem aguardar a


confirmação do caso, que pode significar perda de oportunidade de
adopção das medidas de prevenção e controle indicadas.

• A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do


âmbito médico-sanitário em caso de risco para a comunidade, sempre
se respeitando o direito de anonimato dos cidadãos.

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Notificação de casos
• A identificação de casos deve ser seguida de
notificação ao nível seguinte (superior). A
pontualidade e a integralidade da notificação são
dois aspectos a serem avaliados, definindo-se:

A percentagem de unidades de saúde que notificam os


casos com pontualidade e integralidade.

A percentagem de relatórios enviados ao nível superior


(integralidade)

A percentagem de relatórios enviados dentro do prazo


estipulado (pontualidade)
NOTIFICAÇÃO DE CASOS
Para seu bom funcionamento o sistema de notificação deve;

1- Conter dados fidedignos e precisos

• Em geral, usam-se formulários apropriados que especificam exactamente


quais os dados que devem ser colectados

2-Ser realizada em intervalos regulares

• A notificação deve ser enviada dentro dos prazos estabelecidos, mesmo


que não tenha ocorrido nenhuma das doenças alvo (imediatamente,
semanal e mensalmente).

• Neste caso, será enviada a notificação negativa, que demonstra que a


V.E esta a ser feita e não registou nenhum caso.

• Não notificar dentro do prazo, não significa ausência de casos, mas


sistema de informação deficiente.
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NOTIFICAÇÃO DE CASOS
• Possíveis causas de baixa notificação:

 serviços de saúde que não notificam com regularidade

 serviços de saúde que não notificam os casos detectados

 diagnóstico errado dos casos

 casos que não chegam ao conhecimento dos serviços de saúde

Entre as estratégias que podem ser utilizadas estão:

• supervisão,

• busca activa de casos em serviços de saúde ou através de outros


casos.
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NOTIFICAÇÃO DE CASOS

Em algumas situações, quando a cobertura de determinada


área é insuficiente para produzir as informações
necessárias, pode-se trabalhar com unidades chamadas
“sentinelas” .

Essas podem ser:


 médicos,
 hospitais,
 clínicas ou mesmo indivíduos que,

• por apresentarem a maior probabilidade de contacto com a


maioria dos casos, são designados para servir como
pronto alarme para a detecção de casos e surtos.
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NOTIFICAÇÃO DE CASOS
Fluxo da notificação

• Em geral, a notificação é encaminhada dos níveis mais periféricos, onde o


caso da doença é diagnosticado, para os níveis mais centrais.

• Em cada nível do sistema, aumenta a área de abrangência, aumentando o


volume de informações disponíveis.

• Os níveis mais centrais devem ser capazes de realizar a análise dos


dados de forma mais detalhada e apoiar as ações desenvolvidas a nível
local. 28
Doenças prioritárias para a V.E
• Para que o sistema de V.E seja eficiente, é importante definir as doenças
alvo objecto da V.E

• A decisão sobre uma doença ou um grupo de doenças que devem estar


sob V.E depende das políticas de saúde e das prioridades de cada país,
província ou região.

Estas prioridades são determinadas com base:

 número de pessoas atingidas [magnitude];


 importância da doença para a população [transcendência];
 medidas de controlo existentes [vulnerabilidade];
 viabilidade da implantação das medidas de controlo [factibilidade];
 recursos disponíveis;
 definição dos grupos de população exposta a maior risco nos quais se
pode concentrar medidas de controlo.
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Doenças prioritárias para a V.E
• As doenças prioritárias para a V.E devem ser aquelas que constituem
problema de saúde pública,

• pela sua alta incidência, prevalência, letalidade e para as quais existam


medidas preventivas ou pelo menos, disponibilidade de tratamento
adequado.

Com base nesses critérios, 3 grupos de doenças são considerados


prioritários para a V.E (OMS,1968):

• Doenças sujeitas ao RSI: cólera, peste, febre amarela, etc (ver RSI 2005)

• Doenças para as quais existem medidas de controlo (sendo prioritárias as


que podem ser evitadas pela imunização.

• Doenças prevalentes de impacto actual ou potencial, que afetam o


desenvolvimento sócio- económico [ex: malária e dengue]

• Obs: Dessas doenças algumas são objecto de investigação epidemiológica, dependendo das prioridades e
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recursos de cada lugar.
Credibilidade do Sistema de Notificação
Depende, em grande parte:

 Da capacidade dos serviços locais de saúde – responsáveis pelo


atendimento dos casos – de diagnosticarem correctamente as
doenças e eventos adversos a saúde de um ou mais indivíduos).

 Para isso, os profissionais deverão estar tecnicamente capacitados e


dispor de recursos complementares para a confirmação da suspeita
clínica.

 A correcta e oportuna realização do diagnóstico e tratamento assegura a


confiança da população em relação aos serviços, contribuindo para a
eficiência do sistema de vigilância.

 De que os profissionais de saúde e as lideranças comunitárias se


sintam participantes e contribuintes.
NORMATIZAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A definição de normas técnicas é imprescindível para a
uniformização de procedimentos e a comparação de dados e
informações produzidos pelo sistema de vigilância.

Essas normas devem primar pela clareza e constar de:

 manuais,

 ordens de serviço,

 materiais orientadores e outros, disponíveis nas unidades


do Sistema Nacional de Saúde.
NORMATIZAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Tem especial importância a definição de caso de cada doença, visando
padronizar os critérios de diagnóstico para a entrada e classificação final dos
casos no sistema. Em geral, os casos são classificados como:

 suspeitos,

 Compatíveis (prováveis)

 confirmados (laboratorialmente ou por outro critério), o que pode


variar segundo a situação epidemiológica específica de cada doença.

Definições de caso devem ser modificadas ao longo do tempo, por


alterações na epidemiologia da própria doença, para atender
necessidades de ampliar ou reduzir a sensibilidade ou especificidade do
sistema, em função dos objectivos de intervenção e, ainda, para
adequarem-se às etapas e metas de um programa especial de controlo.
NORMATIZAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• Uso da Definição de caso recomendada

Caso Suspeito: Esta definição fornece indicações que


permitem suspeitar de um caso ou de um surto
epidémico

Caso Provável: um caso clinicamente compatível,


sem/com identificação de vínculo epidemiológico ou
confirmação laboratorial.

Caso Confirmado: Esta definição fornece indicações


que permitem considerar um caso como confirmado
através de testes de diagnóstico laboratorial
RETRO-INFORMAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Um dos pilares do funcionamento do sistema de vigilância é o
compromisso de responder aos informantes, de forma
adequada e oportuna.

RETRO-INFORMAÇÃO:

 Consiste no retorno regular de informações às fontes


produtoras, demonstrando a sua contribuição no processo.

 Materializa-se na disseminação periódica de informes


epidemiológicos sobre a situação municipal, provincial, ou
nacional.
RETRO-INFORMAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Importância (Benefícios) da Retro-Informação:

 A organização de boletins informativos, destinados a


dirigentes com poder de decisão, pode auxiliar na obtenção
de apoio institucional e material para a investigação e
controlo de eventos sanitários.

 Motivação dos notificantes dos níveis periféricos.

 Propicia a recolha de subsídios para reformular normas e


acções nos seus diversos níveis, assegurando a continuidade
e aperfeiçoamento do processo.
Avaliação do Sistema de Vigilância Epidemiológica (1)
Avaliações periódicas devem ser realizadas em todos os níveis, com relação
aos seguintes aspectos, entre outros:

1. actualidade da lista de doenças mantidas no sistema;

2. pertinência das normas e instrumentos utilizados;

3. cobertura da rede de notificação e participação das fontes que a


integram;

4. funcionamento do fluxo de informações;

5. abrangência dos tipos de dados e das bases informacionais


utilizadas;

6. organização da documentação coletada e produzida;

7. investigações realizadas e sua qualidade;


Avaliação do Sistema de Vigilância Epidemiológica (2)
Avaliações periódicas devem ser realizadas em todos os níveis, com relação aos
seguintes aspectos, entre outros:

7. investigações realizadas e sua qualidade;

8. informes analíticos produzidos, em quantidade e qualidade;

9. retroalimentação do sistema, quanto a iniciativas e instrumentos


empregados;

10. composição e qualificação da equipe técnica responsável;

11.interacção com as instâncias responsáveis pelas acções de


controle;

12.interação com a comunidade científica e centros de referência;

13.condições administrativas de gestão do sistema; e custos de


operação e manutenção
Avaliação do Sistema de Vigilância Epidemiológica
MEDIDAS QUANTITATIVAS: MEDIDAS QUALITATIVAS:

 sensibilidade,  simplicidade,

 especificidade,
 flexibilidade e

 representatividade e

 aceitabilidade.
 oportunidade;
Avaliação do Sistema de Vigilância Epidemiológica
MEDIDAS QUANTITATIVAS:

 Sensibilidade - é a capacidade de o sistema detectar casos;

 Especificidade - expressa a capacidade de excluir os “não-casos”.

 Representatividade - diz respeito à possibilidade de o sistema identificar


todos os subgrupos da população onde ocorrem os casos.

 Oportunidade - refere-se à agilidade do fluxo do sistema de informação.

 Simplicidade - deve ser utilizada como princípio orientador dos sistemas


de vigilância, tendo em vista facilitar a operacionalização e reduzir os
custos.
Avaliação do Sistema de Vigilância Epidemiológica (2)

MEDIDAS QUALITATIVAS:

 Simplicidade - deve ser utilizada como princípio orientador dos sistemas


de vigilância, tendo em vista facilitar a operacionalização e reduzir os
custos.

 Flexibilidade - capacidade de adaptação do sistema a novas situações


epidemiológicas ou operacionais (inserção de outras doenças, actuação
em casos emergenciais, implantação de normas actualizadas,
incorporação de novos factores de risco, etc.), com pequeno custo
adicional.

 Aceitabilidade - se refere à disposição de indivíduos, profissionais ou


organizações, participarem e utilizarem o sistema.
SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA- Estrutura e
Atribuições
Níveis Administrativos do Sistema de
Vigilância Epidemiológica
ESTRUTURA DO SISTEMA

CENTRAL

INTERMÉDIO
(Regional ou Provincial)

LOCAL

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POPULAÇÃO
Sistema de Vigilância Epidemiológica

Funções

Nível municipal – primeiro nível do sistema de saúde

•Monitoriza todas as ocorrências da área de saúde na


comunidade

•Consolida a informação das unidades sanitárias com


ambulatório e internamento

•Coordena a resposta sanitária para a prevenção e controlo


das doenças e resposta aos problemas de saúde

•Informa o nível provincial


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Sistema de Vigilância Epidemiológica

Funções

Nível Provincial

•Consolida a informação das suas áreas sanitárias e


dos hospitais gerais

•Supervisiona e forma o nível municipal

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Sistema de Vigilância Epidemiológica
Funções
Nível Nacional

•Coordena o Sistema de Vigilância

•Consolida e analisa a informação


Províncias
Institutos Nacionais
Hospitais Nacionais

•Divulga e retroinforma

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•Define as políticas, normatiza os procedimentos
Sistema de Vigilância Epidemiológica
Funções
Todos os níveis
•Identificação de casos - usando definições padronizadas
de caso, identificando eventos e doenças prioritárias

•Notificação ao nível imediatamente superior - casos e


óbitos das doenças e eventos suspeitos.

•Atenção especial - Doença potencialmente epidémica,


eliminação, erradicação (24-48h)

•Análise e interpretação dos dados - compilar dados,


analisar tendências, comparar a informação com os
períodos anteriores e divulgar os resultados 47
Sistema de Vigilância Epidemiológica
Funções
Todos os níveis
•Investigação e confirmação de casos e surtos suspeitos -
confirmação laboratorial, provas para a causa dos surtos,
seleccionar estratégias apropriadas de prevenção e combate

•Resposta – tempo oportuno

•Retroinformação – motivar as equipas

•Avaliação e melhoria do sistema – Actuar no sentido de


obter melhorias e corrigir os problemas
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O que deve ser notificado?
Quadro 1: Doenças, Eventos Prioritários para Estratégia
Integrada de Vigilância e Resposta às Doenças
Doenças
Doenças visadas Outras doenças, ou
Potenciamente
para erradicação eventos de importância
Epidémicas
ou eliminação para a saúde pública
Febre hemorrágica Viral
* Lepra Hepatite viral aguda
Cólera Filaríase linfática Efeitos adversos após a
Sarampo Tétano neonatal vacinação (EAAV)
Meningite meningocócica Oncocercose Diabetes mellitus
Febre-amarela Poliomielite1 Diarreia com desidratação em
menores de 5 anos
*Ébola, Marburgo, Vale 1Doenças Diarreia com sangue
do Rift, Lassa, Congo- especificadas pelo VIH/SIDA (novos casos)
Crimeia, Febre do Nilo RSI (2005) para Hipertensão Arterial
Ocidental notificação imediata Traumatismos por
Traumatismo por acidentes
rodoviários
Malária
IRAG
Febre tifóide
Malnutrição em menores de 5
anos
Mortes maternas
Raiva
Pneumonia grave em
menores de 5 anos
ITS
Tripanossomíase
Tuberculose
Schistossomiase

Doenças ou eventos de caracter internacional


Gripe humana devida a um novo subtipo1
SARS1
Varíola1
Peste
Qualquer ocorrência de saúde pública de caracter
internacional ou nacional (infecciosa, zoonótica, de
origem alimentar, química, radionuclear ou devida a
Fluxos e Prazos da Notificação Semanal

Direcção Nacional de Saúde Pública


Sala de Crise

Comunica cada Terça-Feira


(no inicio da semana seguinte)
Gabinete Provincial da Saúde

Comunica cada Segunda-Feira (no inicio da semana seguinte)

Repartição/Direcção Municipal da Saúde

Comunica cada Sexta-Feira


(no final da semana)
Unidade Sanitária

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Objectivos da notificação semanal

– Confirmar a ausência de alerta epidemiológico através da


notificação de “zero casos” e a inexistência de eventos que
ameaçam a saúde pública.

– Facilitar a detecção de surtos epidémicos ou do incremento


do número de casos de doenças sob controlo estrito pelo
Sistema de Vigilância Epidemiológica

– Medir se existe silêncio epidemiológico (isolamento ou falta


de comunicação) de alguma área da rede de notificação.

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Fluxos e Prazos da Notificação Mensal

Direcção Nacional de Saúde Sala de Crise


Pública

Unidades sanitárias do sector privado e


Envio do relatório no fim da 1ª semana do
mês

institutos públicos
Gabinete Provincial da Saúde

Consolidação e envio do relatório no inicio de


cada mês
Repartição/Direcção Municipal
da Saúde
Envia relatório no inicio de cada mês

Unidade Sanitária

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Objectivos da notificação mensal

– Proporcionar informação para estabelecer o


perfil epidemiológico e o número de casos e
óbitos ocorridos no País e nas diferentes
províncias. Esta informação é de utilidade
para o planeamento da atenção de saúde.

– Proporcionar informação para a avaliação


dos progressos e o impacto das actividades
realizadas pelos programas de saúde.
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Notificação x Multa
• Ficam sujeita a multa àqueles que, sendo
a isso obrigado, deixarem de fazer a
participação e ainda aqueles que fornecerem
indicações falsas ou incompletas, que
dificultem as autoridades sanitárias o
descobrimento dos doentes ou suspeitos,
salvo se houver prova cabal de não terem
agido de ma fé (Artigo 13º do RSN)
Alerta Epidêmico e Resposta
Primeiro
Caso Detecção Resposta
Tardia Tardia

Casos 90
80
70
60
50
Oportunidade
40 de controlo
30
20
10
0
10

13

16

19

22

25

28

31

34

37

40
1

Dias
Alerta Epidêmico e Resposta
Detecção Resposta
Precoce Rápida

Casos
90
80
70
Oportunidade
60
de Controlo
50
40
30
20
10
0
10

13

16

19

22

25

28

31

34

37

40
1

Dias
PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS
Os dados colhidos são consolidados (ordenados de acordo com as
características das pessoas, lugar, tempo, etc.) em: tabelas, gráficos, mapas
da área em estudo, fluxos de pacientes e outros.

Essa disposição fornecerá uma visão global do evento, permitindo a avaliação


de acordo com as variáveis de:

 tempo,

 espaço e

 pessoas (quando? onde? quem?) e

de associação causal (por quê?), e deve ser comparada com períodos


semelhantes de anos anteriores.

Além das frequências absolutas, o cálculo de indicadores epidemiológicos


(coeficientes de incidência, prevalência, letalidade e mortalidade) deve ser
realizado para efeito de comparação.
INSTRUMENTOS DE NOTIFICAÇÃO
SEMANAL
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTERIO DE SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PUBLICA

BOLETIM DE NOTIFICAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA SEMANAL


(Modelo de Uso Experimental)
PROVINCIA: _______________________

DATA: ______________________ SEMANA Nº: ___________________ DE: _______________ À: __________________

MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS Nº DE UNIDADES QUE PARALISIA SARAMPO TETANO NEONATAL MENINGITE MALARIA OUTRO: OUTRO:
SILENCIOSOS
NOTIFICARAM FLÁCIDA AGUDA
(Marcar com "X"
para as que não HOSPITAIS OUTRAS CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS
informaram)

58
TOTAL

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