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Descrição
Sistema de vigilância em saúde, dados e informações, medidas de prevenção e promoção à saúde.
Propósito
Compreender como os dados produzidos no nível mais básico irão alimentar um sistema de nível nacional é
importante para entender como são produzidas as informações relevantes no SUS e como essas
informações servirão para propor medidas em saúde, que podem não só evitar o adoecimento de indivíduos
e populações, mas também melhorar o cuidado e a recuperação daqueles que já adoeceram.
Preparação
Tenha em mãos um dicionário médico para sanar as dúvidas sobre os termos e as doenças relatados ao
longo do texto.
Objetivos
Módulo 1
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Vigilância epidemiológica
Reconhecer a importância da vigilância epidemiológica na saúde pública.
Módulo 2
Módulo 3
Introdução
A produção de informação em saúde pública é um sistema capilar que se inicia no nível do indivíduo,
a partir do atendimento ambulatorial, ou mesmo com a visita de um Agente Comunitário de Saúde
(AGS). Toda ação em saúde precisa produzir dados relevantes, que irão alimentar um sistema
integrado de nível nacional no qual os gestores, por intermédio da vigilância epidemiológica, poderão
acessar e produzir informação e, posteriormente, propor medidas de prevenção e promoção que vão
desde fomentar o bem-estar e instruir o cidadão, dificultando que ele adoeça, passando pelo
diagnóstico precoce e avançando, até o tratamento e a redução de sequelas.
Vamos, ao longo deste conteúdo, entender conceitos, funções, propósitos e fases que compreendem
o esforço para reunir dados sobre doenças e agravos, tendo a consciência de que essa é uma etapa
indispensável para a produção de informação útil em saúde, a qual fundamentará toda uma rede de
prevenção e promoção à saúde.
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1 - Vigilância epidemiológica
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância da
vigilância epidemiológica na saúde pública.
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Lei nº 8080/1990
As ações de vigilância epidemiológica estão previstas na Lei nº 8.080/1990 e visam, por intermédio dos
sistemas de informação em saúde (SIS), coletar, processar e analisar dados sobre agravos que possam
afetar diferentes populações (humanas ou animais). A partir desses dados, é possível propor ações de
controle, avaliar o custo-efetividade das medidas já adotadas e divulgar as informações que levem à
promoção da saúde e à prevenção das doenças.
A vigilância epidemiológica também se propõe a divulgar informações de saúde, com o intuito de produzir
orientação técnica para os gestores responsáveis pela decisão e execução de ações de controle de doenças
e agravos. Além disso, é um importante instrumento para operacionalização, organização e planejamento
estratégico dos serviços de saúde, além de subsidiar a normatização de procedimentos e atividades
técnicas.
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Para isso, os dados produzidos por todos os SIS são consolidados, processados e transformados em
informação pelo Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), o que permite que a informação
seja analisada e interpretada.
Em linhas gerais, a vigilância epidemiológica procura responder a indagações cujas respostas orientarão
para a tomada de decisão, ações e objetivos de curto, médio e longo prazos no combate e controle de
determinado agravo, como os seguintes questionamentos a seguir.
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Para a seleção de agravos à vigilância epidemiológica alguns determinantes são prioritários, como o risco,
fator de risco e agravo à saúde. Esses conceitos já sabemos, mas vamos relembrar a seguir.
Risco
Fator de risco
Agravo à saúde
Magnitude expand_more
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Severidade/gravidade expand_more
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Vulnerabilidade expand_more
Atenção!
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Na década de 1970, o Mistério da Saúde (MS), orientado pelo relatório final da 5ª Conferência Nacional de
Saúde (1975), editou o Decreto nº 78.231/1976 e a Lei nº 6.259/1975, estabelecendo a compulsoriedade da
notificação de determinados agravos e doenças transmissíveis, atualizada pela Portaria nº 104, de 25 de
janeiro de 2011.
Duas décadas depois, o SUS incorporou o SNVE, definindo a vigilância no texto da Lei nº 8.080/1990,
tornando-a uma importante ferramenta do SUS. A partir dos dados obtidos pelo SNVE, inicia-se o processo
de “informação–decisão–ação” para o controle de doenças e agravos específicos, tendo como principais
objetivos elaborar, recomendar e avaliar as medidas de controle e planejamento. A rede de informações que
compõe o sistema SNVE tem atividades similares, tais como:
Investigação epidemiológica
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Essas atividades fortalecem o sistema de informações, as quais são obtidas em todos os níveis do sistema
de vigilância (municipal, estadual e federal). Quanto maior a qualidade dos dados obtidos, maior será a
precisão das informações geradas a partir do banco de dados do SNVE.
Atenção!
Dados de morbidade
Correspondem à notificação de casos e surtos (prioritariamente), produção de serviços ambulatoriais,
laboratoriais e hospitalares, investigação epidemiológica e busca ativa de casos.
Dados de mortalidade
Correspondem às declarações de óbitos, processadas pelo Sistema de informação de mortalidade (SIM).
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Com base nesses dados, é possível realizar um estudo correlacionando as diferentes variáveis e o aumento
ou decréscimo do número de casos, por exemplo, ajudando a identificar as populações mais suscetíveis, as
mais resistentes e ajudando, também, na elaboração de políticas públicas voltadas àquela população mais
vulnerável.
A “informação para a ação” tem sido o princípio que rege a relação entre as diferentes fontes produtoras de
dados e os responsáveis pela vigilância epidemiológica. Neste contexto, a notificação compulsória de casos
suspeitos e confirmados se estabeleceu como uma fonte de informação permanente e confiável, ajudando
na adoção de medidas de intervenção.
A seguir, vemos algumas das fichas de notificação da covid-19, disponíveis do site do Ministério da Saúde.
1. instituições de saúde (públicas ou privadas), por intermédio das fichas de notificação ou pelo telefone,
dada a urgência da necessidade de intervenção;
4. notificação negativa (a não ocorrência de determinado agravo também precisa ser comunicada, como
medida de controle);
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utilizado como única fonte para tomada de decisão, porém, é muito eficiente
em identificar determinado problema na população servindo como pontapé
inicial para pesquisas mais elaboradas e com maior grau de precisão. Um
exemplo são as notificações voluntárias e espontâneas que ocorrem na rotina
do serviço de saúde.
A combinação da vigilância passiva com a busca ativa de casos pode ser utilizada em situações alarmantes
ou em programas de erradicação e/ou controle prioritários. Por exemplo: tuberculose, HIV/AIDS; erradicação
da poliomielite; eliminação do sarampo.
Vantagem Desvantagem
Representativa Complexa
Vigilância ativa
Detecta epidemias Alto custo
Pouco representativa
Vigilância Simples
Pode não detectar
passiva Baixo custo
epidemias
Logotipo da Anvisa.
Saiba mais
O monitoramento epidemiológico é essencial para a regulação sanitária, veja os três tipos a seguir.
Farmacovigilância
Visa acompanhar o desempenho dos medicamentos que já estão no mercado, realizando ações de
forma compartilhada pelas vigilâncias sanitárias dos estados, municípios e pela Anvisa, com objetivo de
garantir a segurança dos medicamentos.
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Hemovigilância
Corresponde ao monitoramento das reações transfusionais resultantes do uso terapêutico de sangue e
hemoderivados, visando à qualidade dos produtos e à segurança transfusional do paciente. Toda reação
transfusional deve ser notificada.
Tecnovigilância
É o sistema que monitora as queixas técnicas de produtos para a saúde em fase de pós-comercialização
e os eventos adversos, com o objetivo de garantir a segurança sanitária desses produtos.
Os produtos farmacêuticos apesar de serem produzidos para evitar, aliviar ou curar doenças/agravos
podem ter efeitos indesejáveis e até danosos. Essa dualidade é importantíssima para a saúde pública, o que
torna a farmacovigilância uma atividade indispensável à regulação sanitária em qualquer país. Um exemplo
disso é o caso do medicamento talidomida, que inicialmente foi desenvolvido para o tratamento de náuseas
e prescrito para gestantes, porém, com seu uso em larga escala, foi associado à malformação fetal, gerando
o que hoje ficou conhecida como a síndrome de talidomida.
Investigação epidemiológica
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A investigação epidemiológica deve ser iniciada logo após a notificação de determinado caso, seja ele
isolado ou um conjunto (agregado), seja um caso suspeito ou laboratorialmente confirmado, tendo o
diagnóstico clínico ou sendo apenas um contactante. Em todos esses casos, a autoridade sanitária irá
avaliar a necessidade de dispor de informações complementares. Em algumas situações, especialmente
quando a fonte e o modo de transmissão já são evidentes, as ações de controle devem ser instituídas
durante ou até mesmo antes da realização da investigação.
E d d d
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A investigação detalhada de cada caso é imprescindível, pois, a partir dela, será possível identificar as
formas iniciais da doença ou do agravo e instituir precocemente o tratamento adequado (aumentando
chance de sucesso) ou proceder ao isolamento, visando evitar o avanço da doença na comunidade.
A partir da investigação inicial, a autoridade sanitária procurará alcançar quatro pilares importantes para a
obtenção de sucesso, tanto na contenção da doença, como na saúde e qualidade de vida do indivíduo
portador. São eles:
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Investigação de casos de notificação
compulsória
Neste vídeo, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, apresenta o passo a passo de uma
investigação de caso de notificação compulsória pela vigilância epidemiológica, a partir de exemplos
práticos.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
SNVE
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Todos
Módulo 2 - Video
Módulo 3 - Video
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C de óbitos.
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starstarstarstarstar
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Os sistemas de informação em saúde (SIS) abrangem elementos importantíssimos para diversos setores,
como a administração, a assistência, o controle e a avaliação, para o orçamento e as finanças, o
planejamento, os recursos humanos, a regulação, a saúde suplementar e o geoprocessamento.
Dessa forma, garantem a avaliação constante da situação de saúde de determinada população, além de
acompanhar sistematicamente os resultados das ações implementadas, oferecendo subsídios para uma
melhoria contínua e alinhada aos objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os SIS são ferramentas que permitem a coleta e o monitoramento de dados, servindo de base para a
análise dos problemas de saúde da população, apoiando a tomada de decisões nas três esferas do governo.
Saiba mais
A coleta dos dados pode ser realizada sem a ajuda da informática, assim não
podemos confundir sistema de informação com sistema informatizado. Entretanto, a
informática é uma ferramenta essencial para esse levantamento de dados e para
análises nessa área.
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A produção e a utilização de informações sobre saúde no Brasil ocorrem pela cooperação entre vários
organismos, envolvendo diferentes estruturas de gestão e financiamento.
A primeira instituição que nos vem à mente quando pensamos em indicadores e coleta de dados é o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pela coleta e análise de uma
infinidade de dados a respeito da população brasileira. No Brasil, as informações relacionadas à saúde são
produzidas pelos seguintes órgãos:
SUS (principalmente)
A Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA) foi criada pela associação entre o Ministério da
Saúde (MS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). Esse sistema tem indicadores específicos
para avaliar o estado de saúde da população e os aspectos econômicos, sociais e organizacionais, que são
determinantes para verificar a situação de saúde do indivíduo, sendo essencial para aumentar a capacidade
de obter informação para o estabelecimento de políticas de saúde.
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video_library
Como usar o sistema o Tabnet?
Neste vídeo, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, apresenta na prática como utilizar a
ferramenta Tabnet, importante ferramenta utilizada no Datasus.
Os dados são inseridos no sistema sempre no mesmo formato e em sistemas cujos bancos de dados
sejam intercambiáveis entre si, assim, a análise conjunta dos mais diversos bancos de dados torna-se
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facilitada, integrada e articulada entre todas as bases de dados de interesse para a saúde.
Seu objetivo é estabelecer a troca ágil de informações entre os diversos pontos da rede de atenção à saúde
espalhados por todo o Brasil, tanto no setor público, como no privado. Por enquanto, os dados continuam
sendo acessados prioritariamente por intermédio do Datasus. Nessa ferramenta, é possível acessar a série
histórica dos Indicadores e Dados Básicos em Saúde (IDB).
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Arboviroses
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HIV
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Sífilis
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Tentativa de suicídio
A relação de agravos ou doenças de notificação compulsória em âmbito nacional é redigida pelo MS,
relacionando os agravos de maior relevância sanitária, sendo atualizada sempre que há alteração no estado
epidemiológico da população. Estados e municípios podem adicionar à lista outras patologias de interesse
regional ou local, desde que justifiquem sua necessidade e definam os mecanismos operacionais
correspondentes. Em dezembro de 2021, a última atualização da lista em âmbito federal consta na Portaria
nº 264, de 17 de fevereiro de 2020.
Atenção!
Esse sistema permite mapear a ocorrência de determinado evento em uma população, contribuindo para
desvendar as possíveis causas dos agravos, os riscos e, assim, a realidade epidemiológica de uma região
geográfica.
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Resumindo
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No nível gerencial, existem profissionais com a incumbência de acompanhar alguns indicadores, em uma
ação de vigilância contínua. Entre esses indicadores, vigora o de taxa de mortalidade materna como uma
prioridade prevista no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.
Atenção!
baby_changing_station
Peso ao nascer
child_care
Prematuridade
pregnant_woman
Idade da mãe
terrain
Distribuição no território
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Distribuição no território
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A partir do levantamento realizado por esse banco, temos dados para criar políticas relacionadas à saúde da
mulher e da criança, com ações de atenção à gestante e ao recém-nascido. Além disso, são sinalizadas as
prioridades para esse grupo.
Por intermédio da assistência básica, toda gestante é encaminhada a alguma unidade de saúde para
realizar o acompanhamento pré-natal.
A partir do acompanhamento dos registros lançados no Sinasc, o gestor regional é capaz de filtrar os dados
de acordo com o baixo peso ao nascer.
Exemplo
Durante o período pandêmico da covid-19, iniciado em março de 2020, o SI-PNI se consolidou como
ferramenta fundamental na gestão de imunobiológicos e no controle da cobertura vacinal, tendo
disponibilizado dados que subsidiaram uma infinidade de políticas públicas tanto de incremento nas
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restrições de contato social, como no afrouxamento dessas medidas, de acordo com o percentual de
cobertura vacinal de determinada população.
Atualmente, o Siab funciona como um sistema de gestão dos sistemas de saúde em nível local, e traz
consigo conceitos muito caros à Estratégia de Saúde na Família (ESF), como a responsabilidade sanitária, o
território e o problema. Além disso, incorpora avanços significativos no campo da informação em saúde,
como, por exemplo:
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Todos
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Módulo 2 - Video
Módulo 3 - Video
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A Sinasc e SI-PNI.
B Siab e Sisvan.
C SIM e Sinasc.
D Sisvan e SIM.
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E SIM e SI-PNI.
starstarstarstarstar
Em linhas gerais, a função da saúde pública começa com a verificação da realidade e orienta a efetivação
de mudanças na saúde da população. Nesse sentido, a epidemiologia contribui de forma sistemática, tendo
a observação, a quantificação, a comparação e a proposição como princípios básicos do seu processo
institucional e de uma atitude profissional positiva.
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A descentralização da tecnologia
A administração de finanças
As mudanças tecnológicas
A concepção ampliada de saúde destaca as características multidimensionais, enfatizando que a saúde não
se reduz apenas à ausência de doenças, mas se refere à presença de qualidade de vida, introduzindo o
conceito de promoção à saúde.
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Portanto, a saúde passa a ser encarada como um recurso da vida diária, em vez de ser uma meta da vida,
transformando-se em um estado de bem-estar. Nessa perspectiva, o objetivo da saúde pode ser resumido
em quatro garantias:
healing
Acesso à saúde para todos
mood
Melhoria da qualidade da vida
bar_chart
Redução da mortalidade
stacked_bar_chart
Redução da morbidade
A Carta de Ottawa aponta a resposta social para as demandas de saúde, com uma visão multidimensional,
alicerçada em cinco grandes áreas, apresentadas a seguir.
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Criar toda uma estrutura que possa produzir efeitos positivos em termos de
saúde em diversos aspectos, sendo eles sociais, físicos, econômicos, culturais
e até mesmo espirituais. O indivíduo precisa se sentir parte de algo maior,
acolhido e amparado, o que corrobora para o ideal de bem-estar. Bons
exemplos são as ações de higiene ocupacional, políticas de segurança pública,
acesso ao esgotamento sanitário e políticas públicas de lazer.
Medidas de prevenção
Com base nos alicerces conceituais epidemiológicos, é importante saber diferenciar e identificar os
métodos estratégicos de prevenção e controle de doenças. Existem métodos de controle que atuam no nível
do indivíduo e outros que atuam no nível da população (coletivo), pois a origem da doença no coletivo parte
de uma complexa interação entre os fatores individuais, devido aos diversos contextos envolvidos (culturais,
políticos, biológicos, econômicos, físicos, sociais, históricos, ambientais e outros).
O nível individual, seus métodos de prevenção e controle de tudo aquilo que atua como causador de alguma
doença ou agravo, tem suas ações focadas no indivíduo, com atenção para os grupos mais vulneráveis. Já o
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nível populacional tem suas ações centradas nas populações. Cabe ressaltar que alguns fatores
considerados relevantes para o adoecimento de indivíduos podem não ser relevantes em nível populacional.
A seguir, vemos um gráfico que mostra a diferença de estratégia dos métodos de controle de doenças e
agravos no indivíduo ou na população.
Ao observar o gráfico, anteriormente, percebemos que, ao realizar medidas de controle individuais (gráfico
da esquerda), apenas os grupos vulneráveis (grupos de alto risco representados pela curva vermelha) são
favorecidos, o restante da população permanece com o mesmo risco de adoecer. Entretanto, quando as
medidas de controle atingem toda a população (gráfico da direita), a prevalência da doença diminui
coletivamente. Observamos isso por meio do deslocamento da curva para esquerda (curva preta). Assim, há
redução do risco em todos os níveis da população.
Nesse contexto, como decidir se as medidas de controle devem ser individuais ou coletivas? Vamos ver a
seguir duas situações.
Quando é possível identificar com certo grau de precisão qual é a população mais
afetada por determinado agravo, as ações de saúde se concentram nela. Como
exemplo, a vacinação contra o rotavírus tem como público-alvo crianças de dois a
quatro meses de idade (população-alvo específica).
close
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Dessa forma, a decisão pelo controle dos fatores de risco partirá da análise da prevalência da exposição
nociva, justificando a implantação da ação em nível populacional. Esse é o impacto populacional potencial e
o que torna algum agravo um problema de saúde pública, pois o que se mede não é a força de associação
ao dano individualmente, e sim o impacto causado a toda uma população.
Isso faz com que muitas doenças até mais graves e mais raras não tenham uma política pública em seu
favor, pois o número de indivíduos que seriam alcançados por ela não representaria uma redução
significativa em números absolutos, implicando um gasto público maior para um quantitativo reduzido de
indivíduos alcançados.
Saiba mais
Mulheres com idade acima dos 40 anos apresentam um risco 20 vezes maior de ter
um filho portador da síndrome de Down (trissomia do 21), contudo, mais de 50% dos
casos dessa síndrome são observados em mulheres com idade inferior a 30 anos.
Dessa forma, vemos que “um grande número de pessoas de baixo risco pode produzir
mais casos de doença do que um pequeno número de pessoas de alto risco” (BRASIL,
2010).
Nesse caso, a abordagem de grupos de alto risco não é suficiente para controlar o problema. A adoção de
estratégias em níveis populacionais exige que muitas pessoas tomem medidas preventivas para controlar a
ocorrência de doenças em um número reduzido de indivíduos.
O entendimento dos padrões de doenças e atividades de saúde pública mostra que as grandes alterações
na ocorrência de doenças em uma população são, repetidamente, consequências de modificações nos
determinantes dessas doenças e em seus fatores de risco.
Uma prova disso foi a grande estratégia de marketing das fabricantes de cigarros
durante o século XX, segundo a qual o ato de fumar era associado à liberdade, ao
poder e à prosperidade. Essa massificação midiática do tabagismo, promovida pela
indústria, fez com que uma doença considerada rara, como o câncer de pulmão, fosse
uma das causas de morte mais importantes da metade para o fim do século.
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Conhecendo a história natural da doença e a sua dinâmica, conseguimos classificá-la, mensurar sua
importância e traçar estratégias de prevenção e controle. A capacidade de resposta do sistema de serviços
de saúde irá definir se o agravo está na sua esfera de controle e se essa ação de controle impactará
positivamente a saúde da população.
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Fase da história
Nível de População –
natural de Exemplo
prevenção Objeto
enfermidades
Medidas
Determinantes
Primordial População total redistributivas da
distais
renda econômica
Controle de
infecções
Estágio clínico
Terciária Pacientes oportunistas em
avançado
pacientes com
AIDS
Explicação expand_more
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Medidas de controle
Tradicionalmente, o termo controle é definido como uma série de cuidados, determinações, estratégias ou
operações consecutivas e estruturadas que visam reduzir a incidência e a prevalência de doenças a um
nível aceitável, para que não sejam mais consideradas questões de saúde pública. Essa é a importância
absoluta da vigilância em saúde pública: determinar se a situação está sob controle em determinado
momento na linha do tempo.
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A expressão “controle” assumiu diversos usos, cada um com implicações e entendimentos diferentes em
saúde pública. Conseguimos identificar pelo menos dois aspectos que destacam o significado prático do
termo: um aspecto ocasional e o outro temporal, que depende da situação na qual opera o controle. Veja a
seguir essas duas situações.
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Políticas sociais
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Situação econômica
groups
Redes de apoio
language
Modelo cultural (cada comunidade)
As medidas de controle são dependentes de políticas sociais, da situação econômica, das redes de apoio e
do modelo cultural de cada comunidade. Dessa forma, a resposta social às questões de saúde deve incluir
intervenções amplas e ser cultural e socialmente sensível.
Em nível local, os serviços de saúde precisam tanto manter a vigilância dos indivíduos, intervindo caso a
caso, de acordo com suas demandas pessoais, com o controle sendo feito pelo serviço de saúde, como
também devem ter um olhar no nível populacional, formulando estratégias e ações e aplicando as medidas
de controle de doenças e agravos a partir de ações de saúde minucioasamente planejadas. É nesse
contexto que a epidemiologia desempenha sua função primordial, que é a investigação de fatores de risco e
correlações até então desconhecidas pela ciência.Tradicionalmente, as medidas de prevenção podem ser
as descritas a seguir:
Controle de doenças
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Eliminação de doenças
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Erradicação de doenças
Eliminação tanto da doença como de sua causa (fatores de risco), principalmente dos
patógenos. É preciso enfatizar que a erradicação de uma doença em escala global
tem um significado real. Por exemplo, embora a poliomielite tenha sido “erradicada”
das Américas, casos eventualmente importados de áreas infectadas podem afetar os
esforços de erradicação. Até agora, somente a varíola é considerada erradicada no
mundo.
As ações de saúde pública são realizadas por meio de ações estratégicas ou campanhas específicas, com
foco em toda a população. Exemplos de programas geralmente executados no nível local de saúde são:
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Resumindo
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Na prática, as medidas de controle de doenças infecciosas são agrupadas de acordo com os elos básicos
da cadeia de transmissão, são elas:
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Medidas de controle
Neste vídeo, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, apresenta as diferentes medidas de
controle empregadas para controlar e eliminar uma doença ou agravo.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
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Medidas de prevenção
Medidas de controle
Todos
Módulo 2 - Video
Módulo 3 - Video
Vimos que a saúde passa a ser encarada como um recurso da vida diária, em vez de
ser uma meta da vida, transformando-se em um estado de bem-estar. A Carta de
Ottawa aponta a resposta social para as demandas de saúde, com uma visão
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II. Houve uma mudança da rede de saúde para que a população seja atendida de
forma individualizada.
A I, apenas.
B II, apenas.
C III, apenas.
D I e II, apenas.
E II e III, apenas.
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Considerações finais
Ao longo deste conteúdo, vimos que a vigilância epidemiológica é a ferramenta responsável pelo
levantamento e pela alimentação de bancos de dados, que serão transformados em informação em saúde.
Esses bancos de dados compõem os sistemas de informação em saúde e é a partir desses sistemas que
serão colhidas as informações para o pensamento e o planejamento de políticas públicas de saúde.
Conhecendo o território e a população que ali reside, as instâncias gestoras terão a capacidade de criar e/ou
adaptar projetos visando o bem-estar da comunidade e estabelecendo metas de promoção e prevenção à
saúde. Esse é um conjunto de sistemas que se retroalimenta todos os dias, unindo diversos pontos do fluxo
da saúde, proporcionando à rede informações de qualidade, que refletirão em mais saúde para a população.
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Podcast
Neste podcast, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, entrevista Aline Albuquerque, que
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Referências
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Panamericana de la Salud, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. As Cartas da
Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Consultado na internet em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de atenção primária: rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde,
2010. P. 12-13 Consultado na internet em: 16 nov. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Curso Básico de Vigilância Epidemiológica
– CBVE. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Consultado na internet em: 16 nov. 2021.
LEAVELL, H.; CLARK, E. G. Medicina preventiva. São Paulo: McGraw-Hill, 1976. 744p.
REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE. Indicadores básicos para a saúde no Brasil:
conceitos e aplicações. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. Consultado na internet
em: 16 nov. 2021.
ROUQUAYROL, Z. M; Almeida Filho, N. Epidemiologia e saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
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ROUQUAYROL, Z. M; Almeida Filho, N. Epidemiologia e saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009.
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Leia sobre a primeira conferência internacional sobre promoção de saúde, que aconteceu em 1986, em
Leia o artigo de Heidmann e colaboradores (2006): Promoção à saúde: trajetória histórica de suas
concepções, disponível no portal SciELO. Nesse texto, você encontra uma revisão sobre as cartas e
declarações a respeito da estratégia e promoção da saúde.
Realize uma rápida busca na internet por Fichas de notificação Sinan para ter acesso a uma infinidade de
fichas existentes para os mais diversos agravos notificáveis e se familiarizar com os itens que devem ser
preenchidos quando da notificação de algum agravo.
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