Enfermeira. Pós graduada em Estética. Especialista em Saúde Publica e Saúde da Mulher. Conceito de saúde de acordo com OMS
De acordo com os Registros Oficiais da
OMS publicados em 1948, o conceito de saúde que direciona os trabalhos e campanhas da organização entende a saúde como “Um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas como a ausência de infecções ou enfermidades”. Nascimento do SUS A constituição de 1988 no capitulo VIII da Ordem e na seção II referente à saúde define no artigo 196 que: “ A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO”. Garantindo mediante politicas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. CONSTITUIÇÃO DE 1988 SUS é instituído constitucionalmente (artigos 196 a 200). Isso desencadeou a necessidade de novas leis. Lei 8080 e Lei 8142, de 1990 que juntamente formam a “Lei Orgânica da Saúde”.
ANTES DE 1988 HOJE
O sistema público de saúde O sistema público de saúde é para
atendia a quem contribuía para a todos, sem discriminação. Desde a Previdência Social. Quem não gestação e por toda a vida a tinha dinheiro dependia da atenção integral à saúde é um caridade e da filantropia. direito.
Centralizado e de Descentralizado, municipalizado e
responsabilidade federal, sem a participativo com 100 mil participação dos usuários. conselheiros de saúde. Promoção, Assistência médico-hospitalar. proteção, recuperação e Saúde é ausência de doenças. 30 reabilitação. Saúde é qualidade de milhões de pessoas com acesso vida. 152 milhões de pessoas têm aos serviços hospitalares. no SUS o seu único acesso aos serviços de saúde. O SUS beneficia mais de 190 100% milhões público deVigilância brasileiros em saúde, sanitária e ambiental Registro e fiscalização de medicamentos Assistência farmacêutica Atenção básica Distribuição de medicamentos essenciais e antirretrovirais Regulação da saúde Bancos de sangue e muito mais... 20% Privado / 80% Público Os serviços de atendimento hospitalar público contam com mais de 6.528 hospitais credenciados (públicos, privados e filantrópicos) e 38 mil Unidades Básicas de Saúde. Os planos de saúde e atendimento privado atendem 46,6 milhões de pessoas, mas é o SUS que realiza 75% dos procedimentos de alta complexidade no País. Objetivos do SUS Vigilância nutricional e a orientação alimentar. Colaboração na proteção do meio ambiente (trabalho); Formulação da politica de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção. Lei 8080 no Art.5° Foram definidos como princípios do SUS: UNIVERSALIDADE: O acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características, sociais ou pessoais. EQUIDADE: É um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida; INTEGRALIDADE: Significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de procurar atender à todas as suas necessidades. O que é e qual a importância da Saúde Coletiva? A Saúde Coletiva é uma área responsável por cuidar da saúde da população, sempre de acordo com a diversidade cultural e contexto social local. Esse campo tem crescido e ganhado cada vez mais espaço principalmente em comunidades consideradas em situação de vulnerabilidade social ou onde há presença forte de saberes tradicionais. A saúde coletiva busca tratar questões sanitárias de diferentes tipos de população respeitando sua identidade cultural e social. A área é responsável por atuar em uma série de demandas relacionadas ao meio ambiente, epidemiologia e saúde em geral. Promover o bem-estar social; Garantir uma boa gestão da saúde em seus diversos aspectos; Incentivar o respeito a saberes tradicionais e diversidade cultural; Buscar administrar conflitos em diferentes contextos sociais e de saúde; Defender a transparência do uso de recursos da saúde; Monitorar e analisar dados relacionados a saúde e população, entre outros. EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia se trata de uma área da saúde pública que busca compreender as causas e a distribuição de doenças em uma população. Ela utiliza métodos estatísticos e epidemiológicos para avaliar a frequência, a gravidade e a distribuição de doenças, bem como as possíveis causas de sua ocorrência. Com base nesses dados, os profissionais de saúde desenvolvem estratégias para prevenir e controlar doenças, bem como conseguem identificar populações vulneráveis que precisam de cuidados específicos. O que é Perfil Epidemiológico?
É um estudo feito para identificar o quadro geral de
saúde de uma população específica. Ele geralmente é traçado por meio de questionários personalizados abordando questões como hábitos de vida, doenças prévias e histórico familiar, por exemplo. Entre as ações que podem ser aplicadas com base nas informações do perfil epidemiológico estão campanhas de prevenção, palestras, programas de ginástica laboral e oficinas de qualidade de vida. Os dados coletados servem para indicar o quadro geral da saúde dessas pessoas, dessa forma, as informações relevantes para o estudo incluem:
Aspectos sociais e demográficos;
Condições ambientais; Casos de morbimortalidade; Hábitos de vida; Histórico familiar; Prevalência de doenças; Gravidade das doenças. A importância do perfil epidemiológico nas açõesé preventivas: O perfil epidemiológico uma peça fundamental para a elaboração de programas de ações preventivas e de promoção da saúde. Dessa forma, encaminha as ações para uma realidade específica. Nesse sentido, os programas de medicina preventiva podem ser direcionados para as doenças mais comuns de uma população. Sem o perfil epidemiológico, a instituição de saúde corre o risco de criar estratégias de prevenção desconectadas da realidade de seus clientes. Inclusive, é por esse motivo que as empresas de saúde precisam fazer o perfil epidemiológico com uma frequência mínima de 12 meses. Isso porque, o perfil muda com o passar do tempo. Logo, para estar sempre alinhado com as necessidades dos pacientes, é preciso fazer este estudo todos os anos. Vigilância epidemiológica: A Definição, Vigilância Objetivo Epidemiológica no e Função. Brasil é um sistema complexo e abrangente, que visa monitorar, investigar e controlar doenças e agravos de interesse à saúde pública. Ela é fundamental para o planejamento e execução de ações de prevenção e controle de doenças, permitindo uma resposta rápida e eficaz a surtos e epidemias. O Ministério da Saúde é o principal responsável pela coordenação da Vigilância Epidemiológica no Brasil, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), que estabelece diretrizes, normas e estratégias para sua execução em todo o território nacional. Funções da Vigilância Epidemiológica A vigilância epidemiológica é realizada por meio de um ciclo contínuo de funções inter- relacionadas, permitindo monitorar constantemente o comportamento de uma doença ou agravo específico. Isso possibilita a tomada oportuna de medidas de intervenção adequadas para controlar efetivamente a situação. Entre as funções estão: Coleta de dados; Processamento de dados coletados; Análise e interpretação dos dados processados; Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas; Promoção das ações de prevenção e controle indicadas; Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; Divulgação de informações pertinentes. Quais os profissionais que atuam na Vigilância Epidemiológica? Diversos profissionais da saúde atuam na vigilância epidemiológica: dentistas, farmacêuticos, biólogos, médicos, enfermeiros, técnicos em saúde e tantos outros colaboradores envolvidos com questões sanitárias e patológicas. Atuação da Enfermagem na Vigilância Epidemiológica A participação da enfermagem nesse processo inicia-se na fase pre-diagnóstica e compreende a coleta de informações que possam auxiliar na detecção dos casos, confirmação do diagnóstico, além da orientação e da coleta de material para realização de exames. Através do exame físico e da entrevista, cabe-lhe investigar a presença de sinais e sintomas da doença, a história de contatos, a existência de vulnerabilidade do agravo em foco, a história pregressa de doenças infecciosas, os tratamentos realizados e verificar se as pessoas com que o doente convive foram acometidas por tal doença. TERMINOLOGIA EPIDEMIOLÓGICA
Doenças transmissíveis e contagiosas
Doença infecciosa: É causada por um patógeno Doença transmissível: É definida como doença transmitida de pessoa para pessoa essa transmissibilidade é especifica. Doença contagiosa: É definida como a doença transmissível que é facilmente transmitida de uma pessoa para outra. CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS 1- SURTO: Aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica (cidade ou bairro) Doença causada por vírus, bactéria, fungo, protozoário e parasita. Ex: Aumento do número de casos de Conjuntivite no município de Itapajé. 2- EPIDEMIA: Surto que acontece em várias regiões (cidades ou estados). Ex: Aumento dos casos de Dengue em 15 cidades no Ceará. 3- PANDEMIA: Epidemia que se alastra para outros países e continentes. Ex: Número de casos de Covid 19 no continente asiático. 4- ENDEMIA: São doenças características (comuns) de uma determinada região. Ex: Número de casos controlados de Febre amarela na região norte. INDICADORES DE SAÚDE
Indicadores em saúde são medidas
epidemiológicas que fornecem informações sobre o estado de saúde da população, sobre fatores de exposição a que ela está sujeita, e sobre o desempenho de serviços de atenção à saúde. DEMOGRÁFICOS Medem a distribuição de fatores determinantes da situação de saúde relacionados à dinâmica populacional na área geográfica referida; Ex: índice de envelhecimento; taxa de fecundidade; taxa bruta de natalidade; taxa bruta de mortalidade; taxa de crescimento da população. SOCIOECONÔMICOS Medem a distribuição dos fatores determinantes da situação de saúde relacionados ao perfil econômico e social da população residente na área geográfica referida; Ex: Taxa de desemprego; Taxa de trabalho infantil; Taxa de analfabetismo. MORTALIDADE Informam a ocorrência e distribuição das causas de óbito no perfil da mortalidade da população residente na área geográfica referida; Ex: Taxa de mortalidade infantil; Taxa de mortalidade neonatal; Taxa de mortalidade específica por neoplasias malinas; Taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatório; Taxa de mortalidade específica por AIDS. MORBIDADE Informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida; Ex: Taxa de incidência de AIDS; Taxa de incidência de Tuberculose; Taxa de incidência de Dengue; Taxa de detecção de Hanseníase; Índice parasitário anual de Malária. FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO Medem os fatores de risco, e/ou proteção que predispões a doenças e agravos ou protegem da doenças e agravos; Ex: Fatores de risco: consumo de fumo, álcool e outras drogas. Proteção: Alimentação saudável, atividade física e aleitamento materno. RECURSOS Medem a oferta e a demanda de recursos humanos, físicos e financeiros para atendimento às necessidades básicas de saúde da população na área geográfica referida. Ex: Número de profissionais de saúde por habitante; Número de leitos hospitalares por habitante; Número de leitos hospitalares do SUS por habitante; Gasto público com saúde per capita. COBERTURA Medem o grau de utilização dos meios oferecidos pelo setor público e pelo setor privado para atender às necessidades de saúde da população na área geográfica referida. Ex: Número de consultas médicas SUS por habitante, Número de internações hospitalares SUS por habitante; Proporção de partos hospitalares; Proporção de partos cesáreos, Cobertura vacinal.