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Período

7º ANO - 1 e 3º BIMESTRE
2
CIÊNCIAS NATURAIS

Retomando:
Na atividade anterior estudamos um pouco sobre os seres vivos, especialmente aqueles microscópicos,
como os vírus, as bactérias, os protozoários e os fungos. Vimos que esses seres vivos têm uma importância
fundamental para o meio ambiente e para muitas atividades humanas, atuando como decompositores na
natureza ou na fabricação de diversos produtos como alimentos, bebidas, combustíveis, cosméticos e
medicamentos. Porém, muitos desses microrganismos também podem afetar negativamente a nossa saúde e
causar doenças. É sobre a nossa saúde que iremos estudar nesta atividade.

Introdução:
O que significa saúde? O que vem à nossa mente quando pensamos nisso? A saúde é o oposto de doença?
Uma pessoa que não tem nenhuma doença mas não se sente bem consigo mesma e com o mundo é uma pessoa
saudável? É possível ter uma vida saudável e plena mesmo possuindo uma doença mantida sob controle? O que é
uma doença? As doenças afetam somente o corpo, ou existem também doenças que afetam a mente? A saúde é
algo individual ou existem problemas de saúde que só podem ser resolvidos coletivamente? A saúde é um direito
de todos ou somente para algumas pessoas? Se a saúde é um direito, por que algumas consultas médicas,
remédios, exames e procedimentos são tão caros que somente algumas pessoas podem pagar? O que é um
sistema de saúde? Quem tem direito a consultas, remédios e vacinas, por exemplo?
1- Conceito e Dimensões da Saúde:
Geralmente quando pensamos em saúde associamos ela ao conceito de
“doença”, pois, durante muito tempo a saúde era entendida como a ausência de
doenças, e por isso uma pessoa saudável era aquela que não possuía nenhuma
doença e a saúde era algo individual, que cada pessoa tinha ou não.
Contudo, com o passar do tempo o conceito de saúde foi se modificando,
pois as pessoas perceberam que a saúde não era somente a ausência de doenças,
pois muitas pessoas não possuíam nenhuma doença, mas não se sentiam bem e
nem saudáveis. Muitas pessoas podem não estar doentes mas estarem
profundamente
tristes, angustiadas, desconfortáveis, com medo, ou podem ainda não se sentirem livres, não conseguirem comer
ou dormir bem, estarem desconfortáveis com seus corpos ou com o mundo à sua volta, ou estarem em um
ambiente que as faz sentir mal, ou até mesmo não conseguirem ter paz de verdade.

As pessoas perceberam também que muitas questões de saúde não são


individuais, mas são causadas e resolvidas por ações coletivas. Podemos citar
como exemplo a Dengue, pois para combater essa doença não basta uma ação
individual, toda a sociedade precisa se mobilizar. Assim, mesmo que você faça a
sua parte, isso não garante que você estará protegido contra a Dengue se as
outras pessoas de seu bairro também não fizerem a parte delas para combater
o mosquito transmissor dessa doença. Da mesma forma, para acabar com
doenças como a varíola ou o sarampo são necessárias também ações
governamentais para garantir uma grande cobertura vacinal, ou seja, para
garantir que todos sejam vacinados. Não seria possível acabar com essas
doenças se apenas empresas privadas produzissem as vacinas e somente as
pessoas que tivessem dinheiro para pagar por elas as tomassem.
Além disso, muitas doenças estão relacionadas com questões econômicas e culturais. Por exemplo,
muitas doenças causadas por vermes, protozoários e bactérias se disseminam principalmente em regiões pobres,
pois essas regiões não recebem saneamento básico. Outras doenças graves também afetam populações em
situação de vulnerabilidade socioeconômica, pois estão relacionadas à má alimentação, como a desnutrição e o
raquitismo. Existem ainda doenças que são negligenciadas, pois desenvolver um tratamento para essas doenças
sairia mais caro do que o lucro que poderia ser obtido com sua venda, uma vez que são doenças que atingem
pessoas pobres que não poderiam pagar pelo tratamento, como é o caso da malária.
Há ainda problemas de saúde que são prevenidos ou causadas por hábitos culturais de
uma comunidade, como, por exemplo, algumas culturas que têm pratos típicos preparados
com carnes cruas que podem causar doenças, ou os hábitos alimentares da cultura de fastfood
estadunidense, que faz com que as pessoas comam muitos alimentos industrializados com
grandes quantidades de gorduras, açúcares, corantes, conservantes e produtos químicos
diversos, o que provocam muitas doenças graves como o diabetes, a obesidade, a hipertensão
e doenças cardíacas como o infarto, que são algumas das maiores causas de mortes no
mundo.
Com isso podemos ver que a saúde é algo mais complexo do que somente a ausência de
doenças, e que ela está relacionada com muitas outras questões econômicas, culturais, históricas e sociais. Por
isso o conceito de saúde foi modificado para incluir outras dimensões do bem-estar, como a dimensão física, a
mental, a social, a financeira, a ocupacional, a política e a intelectual. Atualmente a definição de saúde mais aceita
e difundida no mundo é aquela estipulada em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que a saúde é
“um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”.

2- SUS e Políticas de Saúde no Brasil:


Como pudemos ver, a saúde é algo social e coletivo, não é possível
pensarmos a saúde apenas individualmente. Além disso, em 1948, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos reconheceu a saúde como direito inalienável
(que não pode ser retirado, vendido ou perdido) de toda e qualquer pessoa e
como um valor social a ser perseguido por toda a humanidade.
Mesmo assim, nem todos os países do mundo seguem essa concepção. Os EUA, por exemplo, são um país
que não possui um sistema público de saúde, por isso lá a saúde não é um direito, mas uma mercadoria bastante
cara. Desse modo todo e qualquer tratamento de saúde nesse país é feito pela iniciativa privada e deve ser pago,
e assim não são todas as pessoas que têm acesso aos serviços de saúde. Por isso os tratamentos lá costumam ser
muito caros e milhares de pessoas sofrem com doenças que poderiam ser curadas se elas pudessem pagar os
tratamentos. Existem casos de pessoas que sofreram acidentes e após serem resgatadas e tratadas em um
hospital privado saíram devendo milhares ou até milhões de dólares, tendo que perder suas economias e até
mesmo suas casas para pagarem o tratamento. Muitas pessoas acabam fugindo de países como esses para
realizar tratamentos de saúde em outros lugares com sistemas públicos de saúde como o Canadá ou a Inglaterra.
Durante muito tempo o Brasil também não reconhecia a saúde como direito. Foi somente com o fim da
ditadura militar e com a nova Constituição Federal de 1988 que a saúde foi reconhecida no Brasil como um
direito de todos e dever do Estado, que deve implementar medidas políticas, sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação da saúde.
A partir disso foi criado o Sistema Único de Saúde, o SUS, para
garantir o cumprimento daquilo que está na Constituição. O SUS foi
criado pela Lei 8080/1990 que desde então levou a uma trajetória de
muito esforço e desafios enfrentados, diariamente, para proporcionar
e garantir o direito universal à saúde como dever do Estado.
O SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo.
Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o
transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito
para toda a população do país. Amparado por um conceito ampliado de
saúde, o SUS foi criado para ser o sistema de saúde dos mais de 210
milhões de brasileiros. Além de oferecer consultas, exames,
internações e assistência às pessoas com deficiências, o Sistema
também promove campanhas de vacinação e ações de prevenção e de
vigilância sanitária
– como fiscalização de alimentos e registro de medicamentos –
atingindo, assim, a vida de cada um dos brasileiros.
Assim, mesmo aquelas pessoas que possuem plano de saúde particular ou aquelas que não vão ao
médico ainda precisam e estão utilizando o SUS todos os dias. Pois é o SUS que garante que as carnes compradas
nos mercados e açougues não estejam contaminadas com parasitas, que os alimentos vendidos não estão
impróprios, que os medicamentos comprados seguem os padrões de fabricação e segurança, entre muitos outros
serviços.
Antes da existência do SUS o Brasil convivia com muitos problemas de saúde pública e as pessoas que não
possuíam plano de saúde ou não contribuíam com a previdência não tinham acesso à serviços de saúde, ou
precisavam recorrer às entidades assistenciais de caridade como as Santas Casas.
Graças ao SUS, o Brasil havia se tornado um grande exemplo de promoção de saúde e de campanhas de
vacinação que eram tomadas como modelo por todo o mundo, até mesmo por nações desenvolvidas. Contudo,
nos últimos anos a saúde pública tem sido alvo de políticas neoliberais que buscam reduzir os investimentos
públicos e a presença estatal em diversas áreas. Assim, em 2016, o então presidente Michel Temer, com apoio da
Câmara dos Deputados (incluindo do então deputado Jair Bolsonaro), aprovou a Emenda Constitucional nº
95/2016, também chamada de “Teto de Gastos” que estabeleceu um limite para os gastos e investimentos do
governo.
Desde a aprovação dessa medida os governos Temer e Bolsonaro têm investido cada vez menos dinheiro
no SUS. Para se ter ideia, enquanto outros países que também possuem um sistema público de saúde (como o
Canadá, a Inglaterra e França) investem aproximadamente 8% dos seus recursos (PIB), o Brasil não chega nem na
metade disso, gastando menos de R$3,50 por pessoa a cada dia para manter a saúde de seus cidadãos. Nos
últimos anos, o governo investiu quase a metade do que as empresas privadas de saúde investiram. Para piorar, o
atual governo, além de reduzir os gastos, e ter uma atuação
irresponsável na Pandemia de COVID19 (prescrevendo
tratamentos comprovadamente errados e sem eficácia, se
negando a comprar vacinas, superfaturando compra de
medicamentos e promovendo condutas perigosas como
aglomerações e o não uso das máscaras), também extinguiu
importantes programas de saúde para a população como o
programa Mais Médicos, deixando muitos brasileiros sem
acesso à atendimento e acompanhamento médicos.

Assim, precisamos entender a importância do SUS, entender que quando as filas nos hospitais ou postos
de saúde são muito grandes, quando não conseguimos agendar consultas médicas, quando não temos acesso à
serviços de saúde, quando faltam vacinas ou quando não encontramos medicamentos nos postos de saúde isso
não significa que o SUS é ruim, mas que ele não está sendo bem cuidado e não está recebendo investimentos de
propósito. Os políticos que fazem isso estão prejudicando o povo para beneficiar as grandes empresas da área da
saúde. O SUS é um grande patrimônio nacional que salva a vida de milhões de pessoas e que deve ser defendido e
melhorado para voltar a ser o grande exemplo mundial que já foi em várias áreas, como nas campanhas de
vacinação, no tratamento do HIV/AIDS, nos transplantes, e muitos outros. Defenda o SUS e preste atenção nas
políticas que querem destruí-lo para dar dinheiro às empresas privadas.

3- Indicadores de Saúde Pública e Coletiva:


Agora que vimos que a saúde não é somente uma
questão individual e vimos a importância de se pensar
coletivamente a saúde por meio de um sistema que garanta
a saúde como direito para todos, como será que podemos
analisar e avaliar a saúde de um país, ou mesmo de um
estado ou município? Como saber se a saúde de um local ou
de uma comunidade está bem? Como ver se estamos com
problemas na saúde da população, ou se programas de
saúde são necessários ou se estão funcionando ou não?

Para sabermos como está a saúde coletiva existem alguns números que podem nos ajudar e dar
parâmetros para avaliar o estado de saúde da população. Assim, podemos dizer que o nível da qualidade da
saúde de um país pode ser avaliado por meio de alguns indicadores, como a mortalidade infantil e a expectativa
de vida.
Esses indicadores nos mostram o quanto a população está vivendo, se as crianças estão recebendo
assistência médica nas fases em que estão mais vulneráveis e se a população possui acesso a serviços básicos que
previnem doenças como o saneamento básico e a vacinação. Veja nos quadros abaixo alguns desses indicadores e
como o Brasil está em relação à eles:
Expectativa de Vida: Esse indicador também pode ser chamado de
“esperança de vida” e representa o número aproximado de anos que um grupo de
indivíduos nascidosno mesmo ano irá viver, se mantidas as mesmas condições desde o
seu nascimento. Em outras palavras, a expectativa de vida é uma medida estatística da
média de tempo de vida de um grupo. Isso não significa que você irá viver exatamente
essa quantidade de anos, mas que, muito provavelmente viverá até uma idade próxima
à esta.
A expectativa de vida está bastante relacionada com a qualidade de vida que
um país possui, já que fatores como educação, saúde, assistência social, saneamento
básico, segurança no trabalho, índices de violência e de desigualdade social
influenciam-na diretamente.
A expectativa de vida é um indicador dramático da pobreza que atinge
expressiva parcela da população. No Brasil, a expectativa de vida alcançou, há pouco,
os 68 anos, inferior à de países mais pobres e que apresentam PIB per capita muito
menor como a China, o Sri Lanka, Botsuana e a Jordânia. Na América Latina, a
expectativa de vida brasileira situa-se em posição inferior à média, abaixo dos índices
do México, Cuba, Paraguai, Colômbia, Venezuela, Argentina e mesmo República
Dominicana ou El Salvador.
Outro fator preocupante é que durante muitos anos a Expectativa de Vida no
Brasil foi aumentando, atingindo 74,6 anos em 2014, porém, após isso, com as políticas
neoliberais adotadas a partir de 2016, juntamente com a piora na qualidade de vida, o
Mortalidade Infantil: A mortalidade infantil compreende a soma das mortes de
crianças no primeiro ano de vida. Esse número é base para calcular a taxa de mortalidade
infantil, que é a relação entre o número de óbitos e do total de crianças nascidas vivas em
um mesmo período, e em um determinado local . Atualmente a taxa de mortalidade
infantil no Brasil é de aproximadamente 8 mortes até 1 ano de vida a cada mil crianças
nascidas.
A mortalidade infantil também é um indicador importante da qualidade de vida
da população pois reflete as consequências da desigualdade social, da desnutrição, da
falta de acesso à saneamento básico e programas de saúde. No Brasil, esse índice caiu de
48 óbitos por 1.000 nascidos vivos em 1990 para 29,6 óbitos infantis dez anos depois.
Queda de quase 38%. Com isso, o Brasil ficou abaixo da meta estipulada pela Organização
das Nações Unidas (ONU). O Nordeste foi à região que mais progrediu: a taxa de
Cobertura de Saneamento Básico: O saneamento básico é a infraestrutura básica para a garantia da
qualidade de vida e do desenvolvimento social e econômico da população. De acordo com a Lei 11.445/07,
podemos definir como saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de
abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Em outras palavras, o saneamento básico é um conjunto de
serviços como água potável encanada, esgoto encanado e com destinação adequada, coleta, tratamento e
destinação adequada do lixo e manutenção da limpeza pública, além de sistemas de drenagem da água para
evitar enchentes e alagamentos.
Embora esses serviços sejam um direito de todos e sejam fundamentais para que as pessoas tenham
saúde e qualidade de vida, muitos locais do nosso país, como as favelas, as periferias urbanas, as zonas rurais e as
regiões mais remotas ainda não têm acesso a eles. Assim, a taxa de cobertura de saneamento básico representa a
porcentagem da população que tem acesso a tais serviços.
De acordo com os dados mais recentes, que são de 2018, sabemos que 83,6% da população do país tinha
acesso à água potável, o que é uma melhora se comparado aos anos anteriores, mas ainda significa que quase
17% da população do país, ou mais de 35 milhões de pessoas, não têm acesso sequer à água limpa para beber e
cuidar da higiene. Com relação ao acesso à rede de coleta de esgoto, este foi de apenas 53,2% em 2018 e a
proporção do esgoto que é tratado é de 46,3%, menos da metade de todo o esgoto coletado.
Um estudo do Instituto Trata Brasil feito com as 100 maiores cidades do país aponta que a maior parte
delas tem um baixo nível de reinvestimento no setor de saneamento básico, investindo menos de 30% de todo o
dinheiro arrecadado para o setor. Da mesma forma, no últimos ano o investimento federal para a universalização
do acesso ao saneamento básico tem sido metade daquilo considerado necessário pelo Plano Nacional de
Saneamento Básico.
A falta de saneamento básico continua a provocar graves problemas de saúde na população. Estima-se
que apenas nos três primeiros meses de 2020, a falta de saneamento tenha gerado mais de 40 mil internações no
Brasil. As internações ocuparam, em média, 4,2% dos leitos do SUS no período. Além disso, os gastos chegaram a
R$16,1 milhões, segundo um estudo da ABES.
4- Doenças Infecciosas e Não-infecciosas:
Como vimos, a falta de investimento público em saneamento básico pode afetar muito a saúde da
população e causar a disseminação de diversas doenças. Mas como isso acontece? Quais tipos de doenças
existem e como se adquire cada tipo de doença? Podemos classificar as doenças de acordo com sua origem da
seguinte forma:

🡺 Doença Infecciosa: É aquela doença causada por um agente patogênico, ou seja, por um outro ser vivo, como
um vírus, bactéria, protozoário, fungo, verme, etc., e por isso pode ser transmitida para outras pessoas.
Exemplos: Dengue, gripe, pneumonia, entre outras. A transmissão das doenças infecciosas pode ocorrer de
formas diferentes dependendo do seu agente causador. Existem doenças infecciosas que são transmitidas
por vetores, que são seres vivos intermediários que transportam o verdadeiro causador da doença, como o
mosquito da dengue que transmite o vírus causador de uma pessoa para outra pela picada, ou o besouro
barbeiro que transmite a doença de chagas pois transporta o protozoário causador dessa doença em suas
fezes. Outras doenças infecciosas podem ser sexualmente transmissíveis quando se pode adquiri -las pelo
contato sexual com outra pessoa contaminada, como a AIDS ou a Sífilis. Outras ainda podem ser transmitidas
pelo ar e pelas gotículas de saliva que saem durante nossa respiração e nossa fala, como é o caso da gripe e
da COVID19. E existem aquelas que são adquiridas pela ingestão de alimentos ou água contaminados, como
a maioria das verminoses, a salmonella e a giardíase.

🡺 Doença não-infecciosa: É uma doença que não é causada por um microrganismo e por isso não pode ser
transmitida de pessoa para pessoa. Geralmente estas doenças estão relacionadas aos hábitos de vida ou a
questões genéticas. Exemplos: Câncer, obesidade, diabetes, etc. Como essas doenças não são causadas por
microrganismos que possam ser eliminados, elas frequentemente são doenças crônicas, ou seja, possuem
uma longa duração ou não possuem cura. Essas doenças não-infecciosas podem ainda serem congênitas,
quando se nasce com ela, ou adquirida, quando ela surge ao longo da vida da pessoa. As doenças congênitas
geralmente são causadas por fatores genéticos hereditários ou problemas na gestação (como traumas ou
consumo de substâncias tóxicas pela grávida).

5- Endemias, Epidemias, Surtos e Pandemias:


A maioria das doenças pode ser prevenida ou tratada por políticas de saúde pública, melhorando
consideravelmente a qualidade de vida da população. Porém, cada tipo de doença requer formas diferentes de
prevenção e diferentes políticas. Por exemplo, doenças não-infecciosas adquiridas como a diabetes e a obesidade
requerem campanhas de conscientização e educação alimentar juntamente com ações para aumentar a atividade
física das pessoas como a construção de ciclovias, parques e academias ao ar livre, para que as pessoas
modifiquem sua rotina e adquiram hábitos mais saudáveis.
Já as doenças infecciosas requerem formas
diferentes de combate e prevenção dependendo da forma
como são transmitidas. Mas a maioria delas pode ser
combatida com campanhas de vacinação em massa,
saneamento básico e medidas de higiene.
Porém, podem existir casos em que a disseminação
das doenças não esteja sob controle, causando problemas
graves de saúde pública como estamos vivendo atualmente.
Nesses casos ocorrem as endemias, as epidemias, os surtos
e as pandemias. Confira esses conceitos abaixo:
⇨ Surto: Acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região
específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas
autoridades. Algumas doenças possuem surtos sazonais, como é o caso da dengue, que pode ter surtos nos
períodos mais chuvosos do ano quando não é feito o controle dos criadouros do mosquito, ou os surtos de
gripe nos meses mais frios quando a resistência da população diminui e as pessoas fecham os ambientes em
que ficam impedindo o fluxo e a renovação do ar;
⇨ Endemia: Às endemias não estão relacionadas ao número de casos, mas sim ao local onde ocorrem. Uma
doença endêmica é uma doença típica de uma região, que sempre ocorre naquele local. A febre amarela, por
exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil, já a Leishmaniose é uma doença
endêmica da região de Bauru;
⇨ Epidemia: A epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível
municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível estadual acontece
quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do
país.
⇨ Pandemia: Acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta, estando presente em
diversos países, mesmo distantes. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia
quando a OMS começou a registrar casos nos seis continentes do mundo. A AIDS, apesar de estar diminuindo
no mundo, também é considerada uma pandemia.

Pudemos ver que a pandemia é o mais alto nível de gravidade em termos de saúde pública, poré m é
importante entendermos que as pandemias surgem de epidemias que não foram controladas e essas surgem de
surtos que não foram controlados. Por isso é importante que a população e as autoridades de saúde pública
combatam de forma eficaz os primeiros sinais de surtos ou epidemias, além de adotarem ações preventivas como
as campanhas de vacinação e o investimento nos sistemas públicos de saúde.
Atualmente estamos vendo a diferença que uma atuação séria e responsável na saúde pode ter em uma
crise. Muitos países, mesmo com poucos recursos, mas realizando um trabalho sério e preocupado conseguiram
lidar bem com a pandemia de COVID19 e tiveram poucas mortes, além de conseguirem voltar rapidamente às
atividades normais, enquanto outros países como o Brasil estão sofrendo impactos sociais e econômicos muito
mais graves por não adotar as medidas corretas.
Nesses casos é importante saber que cada um tem a sua responsabilidade e os seus deveres que devem
ser cumpridos, por exemplo, a população precisa manter o distanciamento social o máximo possível, ter medidas
de higiene, utilizar máscaras em locais públicos e seguir as recomendações das agências de saúde, já o governo
deveria implantar políticas para apoiar a população e permitir que essa mantivesse o distanciamento (como
subsidiar as contas de água, luz e gás, reduzir os salários dos políticos e os gastos do governo com a dívida pública
para manter e ampliar o pagamento do auxílio emergencial, reduzir impostos, entre outras medidas), adquirir ou
produzir vacinas e realizar campanhas de vacinação em massa, além de instruir corretamente a população. Todos
devemos fazer a nossa parte e cobrar para que o governo faça a dele, pois quando alguém não faz a sua parte
todos somos prejudicados e nós não podemos fazer aquilo que é responsabilidade do governo e vice-versa.

6- Sistema imunológico:
Percebeu como cuidar da saúde é algo importante? Por sorte o nosso corpo já cuida da nossa saúde
automaticamente por nós. Nosso organismo possui um sistema especial responsável pelas defesas do nosso
corpo contra as doenças infecciosas, combatendo os microrganismos ou qualquer outra substância estranha que
entrar em nosso corpo. Esse sistema é chamado de sistema imunológico, imunitário ou apenas sistema imune. É
esse sistema que é responsável por combater as doenças infecciosas que nos afetam e por produzir uma proteção
contra os microrganismos que as causam, essa proteção é chamada de “imunidade”.
O nosso sistema imune é bastante complexo e está espalhado por todo o nosso corpo. Ele é formado por
um grande conjunto de células, órgãos, tecidos e
substâncias que desempenham diversas funções
como identificar aquilo que faz e o que não faz
parte do nosso corpo e que não deveria estar
dentro dele, impedir a entrada desses corpos
estranhos, destruí-los, produzir substâncias
especializadas para neutralizar microrganismos
específicos e manter uma “memória” das
ameaças combatidas para produzir respostas
cada vez mais rápidas.
O sistema imunológico humano é
formado por diversos tipos de células e órgãos,
que são divididos da seguinte forma como
mostrado no esquema ao lado:
Vamos agora conhecer cada uma dessas partes.

7- Células do Sistema Imune:


As células de defesa do nosso organismo são chamadas de leucócitos, que significa literalmente “células
brancas”. Elas recebem esse nome pois são um dos tipos de células que forma o nosso sangue, juntamente com
as células vermelhas (chamadas de hemácias) que estão em maior quantidade, mas diferentemente das
hemácias, os leucócitos não possuem a hemoglobina, então sua coloração é quase transparente.
Existem vários tipos diferentes de leucócitos, cada um com uma função própria. Confira abaixo os
principais tipos de leucócitos e suas funções:

Neutrófilos: envolve as células doentes ou infectadas e as destroem.


Eosinófilos: agem contra parasitas, especialmente vermes e protozoários.
Basófilos: participam da detecção e destruição de cânceres em estágio muito inicial e do reparo
de feridas, além de estarem relacionados com as alergias.
Fagócitos (Macrófagos e Monócitos): realizam fagocitose de patógenos, ou seja, englobam e
destroem os microrganismos invasores, sendo a primeira linha de defesa celular.
Linfócitos: Realizam o reconhecimento dos patógenose a produção de anticorpos, são as células
responsáveis pela imunidade adquirida/específica.

8- Órgãos do Sistema Imune:


Essas células de defesa são produzidas e amadurecidas nos órgãos do sistema imune. Esses órgãos podem
ser divididos em dois tipos, os órgãos primários, que são responsáveis pela produção dessas células, e os órgãos
secundários onde ocorre a maturação dessas células e onde os linfócitos realizam a produção dos anticorpos para
a produção da imunidade adquirida. Veja esses órgãos no quadro abaixo:

Órgãos imunitários primários:


⇨ Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos (não confundir com a medula espinal). É nesse local
onde ocorre a produção das células do nosso sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas.
⇨ Timo: glândula localizada na cavidade torácica, próxima ao coração. Sua função é promover o desenvolvimento dos
linfócitos, mas ela só existe nas crianças e vai desaparecendo com a puberdade.
Órgãos imunitários secundários:
⇨ Linfonodos: Também podem ser chamados de gânglios linfáticos, são pequenas estruturas que se encontram no
trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa. Quando temos uma
infecção eles podem ficar inchados formando pequenas “bolas” em baixo da pele que podemos sentir quando
apalpamos.
⇨ Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose, destroem partículas
estranhas, microrganismos invasores, hemácias ou outras células sanguíneas mortas.
⇨ Tonsilas: Também chamadas de amígdalas, se localizam no fundo da boca, são ricas em glóbulos brancos e nos
ajudam a proteger de infecções na cabeça e garganta.

9- Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos brancos que ajuda a proteger de
infecções intestinais e manter as bactérias da flora intestinal sob controle.Imunidade Inata e Adquirida:
Nosso sistema imune pode ser dividido em duas partes, uma parte que já nasce conosco e que serve
como forma de proteção geral para qualquer tipo de infecção por qualquer microrganismo, chamada de
imunidade inata ou não-específica. Essa imunidade é feita por várias estruturas. Veja a seguir como cada uma
delas nos protege:

Barreira Ação no
organismo
É a principal barreira que o corpo tem contra agentes patogênicos, funcionando como uma
Pele armadura que envolve todo o corpo e impede a entrada de microrganismos. Porém essa
proteção é prejudicada quando há alguma lesão, corte ou machucado na pele.
Ajudam a proteger os olhos, impedindo a entrada de pequenas partículas e, em alguns
Cílios
casos, até pequenos insetos.
Lágrima Faz a limpeza e lubrificação dos olhos ajudando a proteger o globo ocular de infecções.
É um fluido produzido pelo organismo que tem a função de impedir que os microrganismos
entrem no sistema respiratório, por exemplo. As sujeiras e microrganismos ficam grudados
Muco
no muco que é levado para fora do corpo ou para o ácido do estômago pelos movimentos
das células do tubo respiratório.
Atuam na coagulação do sangue produzindo uma rede de fios (trombo plaquetário) quando
Plaquetas
ocorre algum ferimento para impedir a perda de sangue e a entrada de patógenos.
Ela possui uma substância que mantém a lubrificação da boca e ajuda a proteger contra
Saliva vírus que podem invadir os órgãos do sistema respiratório e digestivo, além de enzimas e
uma acidez própria que nos protege contra muitas bactérias.
É um líquido produzido pelo estômago que atua no processo de digestão dos alimentos.
Suco Devido sua acidez elevada, ele impede a proliferação de microrganismos e elimina boa
gástrico parte dos microrganismos que podem estar presentes nos alimentos e líquidos que
ingerimos.
Suor Possui ácidos graxos que ajudam a impedir a entrada de fungos pela pele.
Além das barreiras físicas acima, nosso corpo possui células de defesa dentro dele, que
percorrem todo o nosso corpo pelo sangue. Essas células são os Macrófagos e os
Leucócitos:
Neutrófilos, quando eles encontram um microrganismo invasor eles o envolvem e puxam
Macrófago
para dentro de si, destruindo-o, esse processo é chamado de fagocitose (veja esse processo
se
na imagem abaixo). Além disso, essas células também “disparam um alarme”, iniciando
Neutrófilos
uma resposta inflamatória, trazendo mais sangue e mais células de defesa para a região
para combater a infecção.

A outra parte do nosso sistema imune é a chamada imunidade adquirida, adaptativa ou específica, que é
mais especializada e uma forma de proteção mais sofisticada, como se fosse a “elite” das defesas do nosso corpo ,
que entra em ação quando a imunidade inata não é suficiente. Esse tipo de imunidade não nasce pronta conosco,
mas é desenvolvido ao longo de toda a nossa vida, pois ele cria formas de proteção específicas, chamadas de
anticorpos, contra cada novo microrganismo que entra em contato.

A nossa imunidade adquirida


funciona principalmente por meio dos
anticorpos que são produzidos por um
tipo de célula especial chamada de
linfócito. Os linfócitos fazem parte das
células brancas do sangue, chamadas
de leucócitos, ou seja, podemos dizer
que os linfócitos são um tipo
específico de leucócito.
Esses linfócitos são produzidos juntamente com
o restante do nosso sangue, e ficam circulando pelo
nosso corpo. Quando eles encontram um microrganismo
causador de doenças (chamado de patógeno) alguns
desses linfócitos se aproximam dele e fazem o
reconhecimento desse patógeno, identificando as suas
características. Esses linfócitos então migram para os
linfonodos, que são regiões onde os linfócitos se
encontram, e “contam” para todos os outros linfócitos
como é aquele patógeno. Os linfócitos então começam a
fabricar uma substância específica e muito poderosa,
chamada de anticorpo, que se encaixa perfeitamente
naquele microrganismo invasor (somente nele) e o
inativa, deixando-o sem capacidade de causar danos.
anticorpos funcionam somente contra esse vírus e vão
eliminá-lo até que estejamos curados, mas não terão
Contudo, apesar dessa imunidade específica nenhum efeito sobre outros vírus que entrarem em
ser bastante eficaz ela possui duas limitações. A nossos corpos, como o do sarampo, por exemplo.
primeira é que os anticorpos produzidos são altamente Assim, cada novo microrganismo que invade nosso
específicos, então se um vírus entra em nosso corpo, organismo requer que novos anticorpos de um novo
por exemplo o vírus da gripe (chamado de Influenza), e tipo sejam produzidos.
nosso corpo produz anticorpos contra ele, esses
Assim foram criadas as primeiras vacinas, que ganharam esse nome pois são derivados de Variolae vaccinae
(varíola da vaca). As vacinas já salvaram milhões de vidas em todo o mundo e foi somente graças à elas que
conseguimos erradicar completamente algumas doenças que existiam e causavam grandes prejuízos há séculos,
como a varíola. As vacinas são seguras e muito importantes para manter a saúde da população. Os efeitos
colaterais das vacinas geralmente são leves e duram apenas poucos dias e são resultado da reação do corpo para
produzir os anticorpos. Veja ao lado uma foto de um dos testes das primeiras vacinas, em que um menino foi
vacinado contra a varíola e seu irmão gêmeo não foi e acabou pegando a doença e ficando com o corpo coberto de
lesões causadas
Dessa forma,
pela doença.
as vacinas funcionam induzindo a imunidade, ou seja, elas contém um microrganismo morto
ou enfraquecido que faz o nosso corpo produzir anticorpos que o protejam. Por isso as vacinas também são
chamadas de imunização ativa, pois dependem da atividade do nosso corpo para produzir suas defesas.
Também é por esse motivo que as vacinas são uma medida preventiva, que previne uma doença e evitar
seu contágio, mas que não funciona como um remédio que pode ser tomado depois de se ficar doente, ou seja,
não adianta tomar uma vacina depois que já estiver com a doença que ela deveria prevenir.
Da mesma forma, as vacinas também não tem um efeito imediato, pois nosso sistema imune precisa de
tempo para produzir os anticorpos, por isso a maioria das vacina só começa a ter efeito após duas semanas de sua
injeção, além de que muitas precisam de mais de uma dose para induzir a produção de anticorpos suficientes.
Por isso, em casos graves e emergenciais, quando uma pessoa está com uma doença já em estado
avançado e não há tempo para o corpo produzir anticorpos contra ela, é possível injetar os anticorpos já prontos
para terem um efeito imediato. Esse líquido que contém anticorpos já prontos é chamado de soro terapêutico
(não confunda com o soro fisiológico que tomamos frequentemente nos hospitais quando estamos desidratados).
Esse soro tem um efeito imediato, mas com o tempo esses anticorpos desaparecem, por isso não serve como
medida preventiva e não tem efeito a longo prazo como as vacinas.
O problema é que a produção do soro é bastante difícil e complexa. Geralmente, para ser produzido, os
cientistas pegam o microrganismo ou antígeno causador da doença e o injetam em um animal grande como um
cavalo. Esse animal então irá ficar doente durante um tempo e produzir os anticorpos contra esse patógeno,
então, dias depois, uma parte do sangue desse cavalo é retirado e filtrado por técnicas bastante avançadas para
separar os anticorpos do resto do sangue. São esses anticorpos que se tornam o soro terapêutico.
Porém, essa técnica não funciona para todas as doenças, apenas para aquelas em que o organismo desses
outros animais responde, já que muitas das nossas doenças afetam somente os seres humanos. Além disso é uma
técnica cara e demorada, pois necessita de uma quantidade muito grande de animais de grande porte e do tempo
para seu sistema imune reagir, além de um grande trabalho de laboratório para sua separação e purificação, por
isso não é possível ser produzida em grande escala como as vacinas.
Veja na tabela abaixo a comparação entre os soros e as vacinas.

Devido à sua grande importância, hoje em dia, muitos países estabeleceram algumas vacinas como
obrigatórias para todas as pessoas. No Brasil o SUS fornece à todos uma carteira nacional de vacinação, que
indica todas as vacinas obrigatórias que devem ser tomadas e o período correto para que sejam administradas.
Veja um exemplo de carteira de vacinação abaixo:

O Brasil já conseguiu erradicar doenças como a varíola e a poliomielite devido à criação de um robusto
sistema vacinal no país inteiro, sem deixar nenhuma região de fora. O Plano Nacional de Imunização (PNI)
brasileiro
– criado em 1973 – foi, até o início da pandemia de Covid-19, aclamado pelos profissionais da saúde no mundo
todo pela sua eficiência e abrangência.
A carteira de vacinação é o documento que comprova quais vacinas contidas no PNI os brasileiros
tomaram e o número de doses aplicadas. A carteira de vacinação permite que o indivíduo saiba quais vacinas que
já tomou e que o estado possa controlar o nível de imunização da população para combater surtos e epidemias
de doenças cujas vacinas já foram desenvolvidas e fazem parte do cotidiano de vacinação do país.
Atualmente as vacinas oferecidas pelo Plano Nacional de Imunização no Brasil são:
⇨ Para crianças: A tríplice viral (que protege contra caxumba, rubéola e o sarampo), a vacina contra cólera, o
reforço da dose contra o sarampo, a vacina contra tuberculose (chamada de BCG e que deixa aquela
“marquinha” no braço), a vacina contra a poliomielite (também chamada de vacina contra a paralisia infantil
ou gotinha, pois é a única vacina que se toma em gotas), a vacina tetravalente contra a difteria, a coqueluche,
o tétano e a meningite, a vacina contra a hepatite B e a vacina contra a febre amarela;
⇨ Para adolescentes: vacina contra difteria e tétano, contra a febre amarela, contra a hepatite B, contra o
sarampo e a rubéola (dupla viral), e a vacina contra o HPV;
⇨ Para adultos: vacina contra difteria e tétano, contra a febre amarela e a contra sarampo e rubéola (dupla viral);

⇨ Para idosos: Vacina contra a gripe, contra a pneumonia e contra difteria e tétano.
E você, está com as vacinas em dia? Que tal olhar na sua carteira de vacinação?
Quer saber mais sobre os assuntos da aula de hoje, veja as sugestões de aprofundamento:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cart_vac.pdf (Cartilha das Vacinas para saber mais)
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_5ed.pdf (Caderneta de saúde)
https://www.politize.com.br/saude-publica-e-como-funciona-o-sus/ (Sobre o SUS)
Sugestão de Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=ak7LF6tg28w (Indicadores de Saúde Pública)
Período
7º ANO - 1 e 2 3º BIMESTRE

EXERCÍCIOS - CIÊNCIAS NATURAIS

1- Muitos países não possuem um sistema de saúde público e por isso sofrem com graves crises de saúde
coletiva. Qual é a importância de um sistema de saúde público e universal como o SUS?
_
_

2- Atualmente no Brasil e em muitos outros países diversas vacinas são obrigatórias e devem ser aplicadas pela
família nas crianças nas idades corretas, além de existirem vacinas opcionais que podem ser compradas. Em
nosso país existem carteiras de vacinação que indicam quais vacinas devem ser aplicadas e em quais datas. Por
que existem vacinas obrigatórias e qual a importância dessa obrigação de vacinar todas as pessoas?
_
_
_

3- Complete os espaços abaixo com as palavras adequadas para deixar a frase correta:
O sistema imunológico humano apresenta como função primordial a defesa do organismo. Uma dessas formas de
proteção é a imunidade que atua de forma geral contra a infecção por qualquer
microrganismo. A outra forma é a imunidade , que atua de forma direcionada e é
desenvolvida ao longo da vida. Essa última forma de proteção é baseada principalmente na produção dos
, que são produzidos por células de defesa chamadas de _.

4- Ao falar sobre o sistema imunológico, muitas pessoas lembram-se apenas da defesa por meio da produção de
anticorpos. Entretanto, algumas células, como os macrófagos, são capazes de englobar e digerir organismos
invasores, um processo conhecido por: a) plasmocitose; b) apoptose; c) pinocitose; d) fagocitose; e) exocitose.

5- Consideramos uma vacina um material que contém:


a) anticorpos contra determinado patógeno, que estimulam a resposta imunológica do indivíduo.
b) anticorpos contra determinado patógeno produzidos por outro animal e que fornecem proteção imunológica.
c) soro de indivíduos previamente imunizados contra aquele patógeno.
d) células brancas produzidas por animais, que se multiplicam no corpo do indivíduo que recebe a vacina.
e) um patógeno vivo enfraquecido ou partes dele para estimular a resposta imunológica, mas não causar a doença.

6- Explique por que algumas doenças só se pega uma única vez, como a catapora, e outras podemos ter várias
vezes durante nossa vida como a gripe. ____
_
_
_

7- A esquistossomose (barriga-dʼágua) caracteriza-se pela inflamação do fígado e do baço causada pelo verme
Schistosoma mansoni (esquistossomo). O contágio ocorre depois que larvas do verme são liberadas na água
pelo caramujo do gênero Biomphalaria, seu hospedeiro intermediário, e penetram na pele humana. Após o
diagnóstico, o tratamento tradicional utiliza medicamentos por via oral para matar o parasita dentro do corpo.
Uma nova estratégia terapêutica baseia-se na utilização de uma vacina, feita a partir de uma proteína extraída
do verme, que induz o organismo humano a produzir anticorpos para combater e prevenir a doença. [Fonte:
Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Disponível em: http://agencia.fiocruz.br]
Uma vantagem da vacina em relação ao tratamento tradicional é que ela poderá
a) impedir a penetração do parasita pela pele.
b) eliminar o caramujo para que não haja contágio.
c) impedir o acesso do esquistossomo especificamente para o fígado.
d) eliminar o esquistossomo antes que ocorra contato com o organismo.
e) eliminar o esquistossomo dentro do organismo antes da manifestação de sintomas.

8- De que forma os indicadores de saúde coletiva podem mostrar a qualidade de vida da população de um país? _
_
_
_
_

9- Muitas pessoas não gostam de discutir sobre política, porém essas pessoas se esquecem que tudo aquilo que
afeta a vida das pessoas de forma coletiva é política. Dessa forma, a saúde também é uma questão política e
que afeta a todos nós, por isso é fundamental conhecermos e debatermos sobre as políticas públicas em
saúde. Pensando nisso, responda:
a) Como você avalia as atuais políticas públicas de saúde no Brasil? Justifique.

_
b) Quais medidas você acha que o governo brasileiro deveria tomar para o combate à pandemia de Covid -19:
_

10- Um coelho recebeu, pela primeira vez, a injeção de uma toxina bacteriana e manifestou a resposta
imunitária produzindo a antitoxina (anticorpo). Se após certo tempo for aplicada uma segunda injeção da
toxina no animal, espera-se que ele:
a) não resista a essa segunda dose.
b) demore mais tempo para produzir a antitoxina.
c) produza a antitoxina mais rapidamente.
d) não produza mais a antitoxina por estar imunizado.
e) produza menor quantidade de antitoxina.

11- Existem vários mitos sobre a saúde mental, entre eles que problemas em saúde mental como a depressão e a
ansiedade são “frescura” ou que são “falta de deus no coração”, porém sabemos que isso não é verdade, e
que as doenças que afetam a saúde mental devem ser levadas a sério. Pensando que a saúde não é somente
a saúde física, explique por que é importante levar a sério e cuidar da saúde mental.

12- Se possível, faça uma pesquisa e encontre os indicadores de saúde pública da cidade em que vivemos:
a) Expectativa de vida em Bauru:
b) Taxa de mortalidade infantil em Bauru:
c) Cobertura de Saneamento Básico em Bauru:

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