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Noções de Saúde Coletiva

 Coletivo: “Que abrange ou compreende muitas coisas ou pessoas”


(Aurélio).
 Atenção a Saúde Coletiva: “É um conjunto de ações de caráter individual e
coletivo, situadas em todos os níveis de atenção do sistema de saúde
voltadas para promoção da saúde, prevenção de agravos tratamento e
reabilitação, centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio
ambiente, levando em consideração o contexto histórico /estrutural da
sociedade”

SAÚDE COLETIVA:
 IMPLANTAÇÃO DE PERFIS SANITÁRIOS
 CUIDADO INTEGRAL E HUMANIZADO
 PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA
 PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E CONTROLE

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)


Sistema misto que busca a reformulação das práticas em saúde nas instituições de
ensino e nos serviços de saúde, otimizando a formação profissional
São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
II - Formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social,
a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei
; III - assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que
integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes
previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
 Universalidade: atender a todos, sem distinções ou restrições, oferecendo a toda
atenção necessária, sem qualquer custo;
 Integralidade: oferecer a atenção necessária á saúde da população, promovendo ações
contínuas de prevenção e tratamento aos indivíduos e a comunidade, em quaisquer
níveis de complexidade;
 Equidade: disponibilizar os recursos e serviços com justiça, de acordo com as
necessidades de cada um, canalizando maior atenção aos que mais necessitam;
 Participação Social: é um direito e dever da sociedade participar das gestões públicas
em particular; é dever do Poder Público garantir as condições para essa participação,
assegurando a gestão comunitária do SUS;
 Descentralização: é o processo de transferência de responsabilidade de gestão para os
municípios, atendendo as determinações constitucionais e legais que embasam o SUS,
definidor de atribuições comuns e competências especificas á União, aso estados, ao
Distrito Federal e aos municípios.
 Hierarquização: entendia como um conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços preventivos e curativos, individuais, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema referência e contrarreferência.

LEI Nº 8.080, DE 19 LEI Nº 8.142, DE 28


DE SETEMBRO DE DE DEZEMBRO DE
1990. 1990.

Dispõe sobre as Dispõe sobre a


condições para a participação da
promoção, proteção e comunidade na gestão
recuperação da saúde, a do Sistema Único de
organização e o Saúde (SUS} e sobre as
funcionamento dos transferências
intergovernamentais de
recursos financeiros na
área da saúde e dá
outras providências.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL NO SUS

SETOR SISTEMA
PÚBLICO TERCEIRO SETOR SUPLEMENTAR
 Secretarias  ONGs  Planos de saúde
municipais  Entidades  Seguro-saúde
 Secretarias filantrópicas
estaduais  Associações sem
fins lucrativos

Serviço privado Contratação


particular
Atuação como Servidor público
ADMINISTRAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR

Autogestões Medicinas de grupo Cooperativas Seguradoras


 Empresas  Empresas de medicina  Sociedade sem fins  Que de
empregadoras; de grupo; lucrativos que reúne controlam
 Entidades sindicais;  Planos de saúde profissionais p/ planos saúde
ou médicos e administrar planos
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SUPLEMENTAR privados de saúde
 Empresas públicas  odontológicos
REGULADOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE
 Agência Nacional de Saúde (ANS)
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
 Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC)
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
PLANEJAMENTO E GESTÃO
 Hospitais, UBS, departamentos e secretarias de saúde
 Formação do profissional nas universidades, na Educação Permanente, junto
aos profissionais e educação em saúde dos usuários
EDUCAÇÃO ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
 ESF, hospitais e ambulatórios
 Laboratórios, universidades e centros de pesquisa
PESQUISA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
 Em hospitais e departamentos

VIGILÂNCIAS

VIGILÂNCIA EM SAÚDE:
Modo de viver e adoecer de cada local e época
Ações e práticas desenvolvidas para prevenir a ocorrência e propagação de doenças
 EPIDEMIOLÓGICA
 SANITÁRIA
 SITUAÇÃO DE SAÚDE
 SAÚDE AMBIENTAL
 SAÚDE DO TRABALHADOR
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
Detecção e prevenção de mudanças nos determinantes e condicionantes de saúde, para
recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.
FUNÇÕES:
 Coletar e processar dados;
 Recomendar medidas de controle;
 Promover ações de controle apontadas;
 Avaliar o impacto das medidas adotadas;
 Divulgar informações pertinentes.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA:
 Propõe e executa ações para eliminar, minimizar ou evitar riscos à saúde;
 Promove intervenções nos problemas identificados relacionados ao meio ambiente e à
produção e circulação de produtos/serviços.
 Objetiva identificar, detectar, monitorar e controlar determinantes e condicionantes da
saúde e riscos e agravos.
ÁREA DE ABRANGÊNCIA: Atuação em produtos, serviços de saúde, meio ambiente,
saúde do trabalhador, aeroportos e fronteiras.
VIGILÂNCIA DA SITUAÇÃO DE SAÚDE:
Ações de monitoramento constante da saúde em todo o território nacional, em regiões e
municípios;
Utiliza-se de estudos e análises, para realizar o levantamento de indicadores de saúde e
assim, fornecer informações importantes sobre questões relevantes para um amplo
planejamento de saúde.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL:
Propõe e faz uso de medidas preventivas e de controle dos fatores de risco relacionados às
doenças e agravos à saúde;
Monitora a qualidade da água, do ar e do solo;
Busca o controle de desastres de origem natural, das substâncias químicas, dos acidentes
com produtos perigosos, fatores físicos e ambientes de trabalho que possam degradar o meio
ambiente.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR:
Identificação de riscos nas condições de trabalho;
Proposição de intervenções com a finalidade de proteger e promover a saúde, auxiliando na
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores.
Condições de Saúde, Doenças e Agravos

As condições de saúde dependem dos determinantes sociais de saúde.


As doenças podem ser classificadas em 2 classes:
DOENÇAS INFECCIOSAS OU TRANSMISSÍVEIS DOENÇAS E
Desencadeadas por agente Problema de saúde pública da atualidade;
infeccioso específico, que pode
Responsáveis por dois terços das doenças
migrar do organismo parasitado
no Brasil;
para o sadio, havendo ou não fase
intermediária no ambiente. Principal causa de morte prematura ou
incapacidades em pessoas em idade
Exemplos:
produtiva.
VACINAS
 Sarampo; Exemplos:
 Rubéola;
 SIDA;  Doenças do aparelho circulatório;
 Dengue  Neoplasias;
 Diabetes;
AGRAVOS NÃO TRANSMISSIVEIS
(DANT).

HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA


Fases da história natural da doença
Fase Inicial (ou de suscetibilidade) – Nesta fase ainda não há doença propriamente dita, mas
existe o risco de adoecer.
Fase Patológica pré-clínica – a doença ainda está no estágio de ausência de sintomas, mas o
organismo apresenta alterações patológicas.
Fase Clínica – a doença já se encontra em estágio adiantado, com diferentes graus de
acometimento. Fase de incapacidade residual – a doença pode progredir para a morte, ou as
alterações se estabilizam.
FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA
Endógenos: Fatores determinantes que, no  Estilo de vida.
quadro geral da ecologia da doença, são
Exógenos: Fatores determinantes que
inerentes ao organismo e estabelecem a
dizem respeito ao ambiente.
receptividade do indivíduo.
 Ambiente biológico: determinantes
 Herança genética.
biológicos.
 Anatomia e fisiologia do
 Ambiente físico: determinantes
organismo humano.
físico-químicos.
 Ambiente social: determinantes
socioculturais.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES DE DOENÇAS
 Biológicos – bactérias e vírus  Físicos – radiação, atrito e
 Genéticos – translocação de cromossomos (síndrome de impacto
Down) de veículos a
 Químicos – nutrientes, drogas, gases,
motor
fumo, álcool  Psíquicos ou psicossociais
– estresse do desemprego,
DENGUE trabalho.

o Dengue é uma doença tropical infecciosa


causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da
família Flaviviridae, gênero Flavivírus e que
inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-
2, DEN-3 e DEN-4
Transmissão:
o A transmissão da dengue acontece durante a picada de um mosquito Aedes
aegypti infectado com vírus.
o Há registro de transmissão por transfusão sanguínea
SINTOMAS:
As pessoas podem ter:
o Dores locais: nos músculos, atrás dos olhos, costas, no abdômen ou ossos
o Tipos de dor: forte nas articulações
o No corpo: febre, fadiga, mal-estar, perda de apetite, tremor ou suor
o Também é comum: dor de cabeça, manchas avermelhadas ou náusea
Em casos graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde
mais de 20% do sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal.

HANSENÍASE
o A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria
Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa.
TRANSMISSÃO:
É transmitida através das gotículas de saliva que expelimos quando espirramos, tossimos ou
falamos, podendo ser também transmitida por lesões de pele, o que é mais raro.
SINTOMAS:
o Dores locais: nas articulações, no pé ou nos olhos
o Na pele: bolha, erupções, nódulos, pequena saliência, perda de cor, vermelhidão
ou úlceras
o Sensorial: formigamento, redução na sensação de tato ou perda da sensação de
temperatura
Também é comum: deformidade física, irritação nos olhos, lesões nos nervos, perda de peso
ou dificuldade em levantar o pé

É obrigatória a notificação
de casos na Ficha de
Hanseníase e a atualização
mensal do registro no
SINAN

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)


É uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e
sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações
funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos
sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de
eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. A pressão se eleva por vários
motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se
contraem. Se os vasos são estreitados a pressão sobe.

FATORES DE RISCO: Idade, Gênero, Etnia,


Excesso de peso e obesidade, Ingestão de sal,
Ingestão de álcool, Sedentarismo, Tabagismo

COMO AFERIR A PRESSÃO ARTERIAL:


Procurar sentir o pulso na dobra do braço esquerdo, colocando a cabeça do
estetoscópio nesse local;
1. Colocar a braçadeira do
aparelho 2 a 3 cm acima da dobra do
mesmo braço, apertando-a, de forma
que o fio da braçadeira fique por
cima do braço;
2. Fechar a válvula da bomba e com o
estetoscópio nos ouvidos, encher a
braçadeira até aos 180 mmHg ou até
deixar de ouvir sons no estetoscópio;
3. Abrir a válvula lentamente, ao mesmo tempo que se olha para o
manômetro. No momento em que se ouve o primeiro som, deve-se
registar a pressão indicada no manômetro, pois é o primeiro valor da
pressão arterial;
4. Continuar a esvaziar a braçadeira até se deixar de ouvir som. No
momento em que se deixa de ouvir sons, deve-se registar a pressão
indicada no manômetro, pois é o segundo valor da pressão arterial;
5. Juntar o primeiro valor com o segundo para obter a pressão arterial.
Por exemplo, quando o primeiro valor é 130 mmHg e o segundo é 70
mmHg, a pressão arterial é de 13 x 7.
Risco e Vulnerabilidade
O IMPACTO DA VIOLÊNCIA NO BRASIL
 A violência tem múltiplas causas e envolve questões culturais,
econômicas e relações sociais de poder/dominação.
VIOLÊNCIA OMS: Uso de força física, poder ou ameaça intencional contra pessoa ou
grupo, com probabilidade de causar lesão, morte ou dano psicológico
FORMAS DE VIOLÊNCIA:
 ABUSO FÍSICO  ABUSO PSICOLÓGICO  INSTITUCIONAL
 ABUSO  INTRAFAMILIAR  AUTOINFLINGIDA
SEXUAL

Prevenção da violência Abordagem Estratégias específicas, articuladas


intersetorial e coordenadas que promovam
transformações.

ABORDAGENS
 Repressão - medidas de policiamento e melhoria das leis;
 Estrutural – condições socioeconômicas p/ diminuir desigualdades sociais;
 Cultura de paz - mudanças de valores.
VULNERABILIDADES
 Identificação de sinais e INDIVIDUAL: Idade, sexo, estilo de vida e
sintomas de violência; hábitos podem contribuir para maior exposição a
 Reconhecer vulnerabilidades de eventos de violência.
cada população; SOCIAL: Relações entre gêneros, raciais, sociais,
 Conscientizar a notificação e o entre gerações e da estrutura econômica, jurídica
monitoramento;
e política da sociedade.
 Encaminhar vítimas p/ a rede de
proteção;
PROGRAMÁTICA OU INSTITUCIONAL:
 Prevenção de ocorrência novas Serviços, recursos e ações que permitem a
situações. superação das vulnerabilidades.

TERMINOLOGIAS
Capacidade de autodeterminação reduzida, dificuldade em proteger os próprios
interesses por déficits de poder, inteligência, educação, recursos, força ou outros
(VULNERABILIDADE)
Possibilidade de um evento acontecer ou atingir determinada área, população ou
indivíduo. Ex.: automedicação (RISCO)
AGRAVOS: Condições que acarretam danos à saúde, lesões
FATORES DE RISCO: Aumentam a probabilidade de ocorrência de agravos e
doenças
RISCO SANITÁRIO: Probabilidade de ocorrência de eventos adversos

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