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Sistema Único de Saúde sob a

ótica da atenção secundária e


terciária de saúde
Profa. Ma. Luciana da Costa Ziviani

Araraquara
2022
Objetivos

 Definir Atenção à Saúde;


 Conhecer os níveis de Atenção à Saúde e conceituação.
 Conhecer os princípios e diretrizes do SUS;
 Identificar as ações de saúde;
 Conhecer os níveis de atenção à saúde do SUS;
 Diferenciar a Atenção Primária à Saúde da Atenção Secundária e Terciária à Saúde;
 Conhecer as redes de atenção à saúde;
Atenção à saúde

Atenção à Saúde é tudo que envolve o cuidado com a saúde do ser humano, incluindo as ações de
promoção, proteção, reabilitação e tratamento às doenças.

Fonte:https://www.google.com/search?q=imagem+sa%C3%BAde+coletiva&sxsrf=ALeKk02YzSLbSgJMDcxCmVzZqu0Yk5aJbw:1613041825825&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=jfEIBVFHFAvBuM%252Cm2JFVCWOHPXmTM%252C_&vet=
1&usg=AI4_-kRBBNGa-UaVatJS1JIJ-FzjJamxjg&sa=X&ved=2ahUKEwjLw6SI2eHuAhU1CrkGHeRNCfEQ9QF6BAgJEAE&biw=1366&bih=657#imgrc=jfEIBVFHFAvBuM
Fonte: https://vermelho.org.br/2020/04/06/dia-mundial-da-saude-o-que-seria-do-brasil-sem-o-sus/

 SUS é o único sistema de saúde pública do mundo que atende mais de 190 milhões de
pessoas, sendo que 80% delas dependem exclusivamente dele para qualquer atendimento de
saúde.

 SUS: garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, por meio da Lei nº.
8.080/1990.

 Conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas, estaduais e
municipais e da administração direta e indireta e fundações mantidas pelo poder público e de
forma complementar pela iniciativa privada.
Princípios do SUS

Princípios do SUS – Constituição Federal de 1988:

 Universalidade: Saúde é direito de todos.


 Integralidade: as ações de saúde devem ser combinadas e voltadas para a prevenção,
promoção e reabilitação.
 Equidade: diminuir as desigualdades.
Diretrizes do SUS

 Descentralização: distribuição de poder político, de responsabilidades e de recursos da esfera


federal para a estadual e municipal.

 Regionalização e Hierarquização: quanto mais perto da população, maior será a capacidade do


sistema identificar as necessidades de saúde e melhor será a forma de gestão do acesso e dos
serviços para a população. A regionalização deve ser norteada pela hierarquização dos níveis de
complexidade requerida pelas necessidades de saúde das pessoas.

 Participação da comunidade: através de suas entidades representativas, na formulação da


política, no planejamento, na gestão, na execução e avaliação das ações de saúde.
Ações de saúde

 Promoção e proteção da saúde – ações preventivas programadas e sistemáticas para reduzir


fatores de risco às pessoas.

 Promoção da saúde – educação em saúde, estímulo a estilos saudáveis de vida (alimentação,


atividade física, higiene), planejamento familiar, desestímulo ao consumo de álcool, drogas.
 Proteção da saúde – vacinas, saneamento básico, exames médicos e odontológicos periódicos,
vigilância epidemiológica e sanitária.
 Recuperação da saúde – diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças. Ex.: consulta médica,
atendimento de enfermagem, exames diagnósticos, internação hospitalar.
Dimensão do SUS

 Serviços básicos de atenção à saúde, ambulatórios especializados, serviços de diagnósticos,


hospitais de alta e média complexidade, hospitais universitários, serviços privados contratados.
Níveis de Atenção à Saúde

 São três os níveis de atenção à saúde pública no BR:


 primário/básico;
 secundário/média complexidade e;
 terciário/alta complexidade.

 Eles foram adotados para organizar os tratamentos oferecidos pelo SUS.

 Finalidade: proteger, restaurar e manter a saúde dos cidadãos.


Atenção Primária à Saúde

 Atenção Básica: é o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema
de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e
trabalham (OMS, 1978).

 Caracteriza-se por conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento e reabilitação,
redução de danos e reabilitação.
Atenção Primária à Saúde
Atenção Primária à Saúde

 Infraestrutura necessária para a atenção básica: destaca-se a UBS, com ou sem saúde da
família, com equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, cirurgião-dentista,
auxiliar de consultório dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico
de enfermagem e agente comunitário de saúde, entre outros.
Atenção Primária à Saúde

 Os insumos e equipamentos devem ser aqueles necessários para o atendimento das prioridades
definidas para a saúde local, com a “garantia dos fluxos de referência e contrarreferência aos
serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar”.

 Assim, fica claro que, embora a atenção básica em saúde seja entendida como a base orientadora do
sistema, sua porta de entrada preferencial e que deva ter visão integral da assistência à saúde para
sua população adscrita, os procedimentos realizados diretamente em seus serviços, não esgotam as
necessidades dos pacientes do SUS.
Cuidados primários de saúde

 Educação em saúde
 Água e saneamento
 Promoção da saúde materno-infantil
 Imunizações
 Controle de endemias
 Promoção da saúde mental
 Promoção de nutrição adequada
 Tratamento das doenças comuns
 Provisão de medicamentos essenciais (Alma Ata, 1978)
Níveis de atenção - SUS

https://youtube.com.br
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Atenção secundária
Atenção secundária
Na rede de saúde, a atenção secundária é composta por serviços especializados em nível
ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a
terciária, com procedimentos de média complexidade. Inclui serviços médicos especializados, serviços
de apoio diagnóstico ou terapêutico e serviços de emergência.

Especialistas

Ambulatorial
Serviços
especializados Diagnóstico

Ex: HAS, Pessoa com dor Hospitalar


Urgência e
Emergência
Atenção Secundária
É geralmente o acolhimento na atenção primária que encaminha os pacientes para o nível secundário,
quando necessário.
UPA: complexidade intermediária.

• Upa Central: Av. Maria Antonia


Camargo de Oliveira, s/nº - Vila
Velosa

• Upa Vila Xavier: Rua José do


Patrocínio, 660 - Vila Xavier

• Upa Nefalia: R. Henrique João


Baptista Crisci, s/nº, Valle Verde
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - ARARAQUARA
Territórios CMS
Estratégia de Saúde da Família
Exemplo: Selmi Dei I - 02
PSF Jardim Indaiá
Bairros Atendidos:
PSF Adalberto Roxo
Jardim Boa Vista
PSF Bueno de Andrada
Jardim dos Oitis
PSF Jardim Brasília
Jardim Roberto Selmi Dei I e II
PSF Jardim Pinheiros
Jardim São Francisco
PSF Jardim Marivan
Jardim Veneza
PSF Parque São Paulo
Parque Residencial Jardim do Valle
Parque Residencial Valle Verde
Centros Municipais de Saúde
CMS Yolanda Ópice
Territórios ESF
CMS Parque CECAP
Exemplo: Jardim Indaiá - 05
CMS Jardim América
Bairros Atendidos:
CMS Selmi Dei I
Jardim Indaiá
CMS Selmi Dei IV
Jardim São Rafael I
CMS Jardim Iguatemi
Jardim São Rafael II
CMS Melhado
Jardim Serra Azul
CMS Jardim Paulistano
Residencial Santa Luzia
Qual (is) serviço (s) de nível secundário do município?
Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/pdf/pms-rp-2018-2021.pdf
Fonte: https://youtube.com.br
Atenção de nível terciário

• Atenção Terciária: conjunto de terapias e procedimentos de elevada especialização que


envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços
qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde.

• Procedimentos que envolvem alta tecnologia e/ou alto custo: oncologia


(quimio/radioterapia), cardiologia, hemoterapia, oftalmologia, transplantes, parto de alto risco,
traumato-ortopedia, neurocirurgia, diálise (para pacientes com doença renal crônica), otologia
(para o tratamento de doenças no aparelho auditivo), ressonância magnética e medicina
nuclear, entre outras..
Atenção Terciária
Também:
 assistência em cirurgia reparadora (de mutilações, traumas ou queimaduras graves),
 cirurgia bariátrica (para os casos de obesidade mórbida),
 cirurgia reprodutiva, reprodução assistida,
 genética clínica,
 terapia nutricional,
 distrofia muscular progressiva,
 osteogênese imperfeita (doença genética que provoca a fragilidade dos ossos)
 fibrose cística (doença genética que acomete vários órgãos do corpo causando deficiências
progressivas).
A Santa Casa de Araraquara é referência de atendimento para 24 municípios da região central do
Estado de São Paulo, ultrapassando 900mil habitantes referenciados em atendimento de urgência e
de alta complexidade em Oncologia, Cirurgia Cardíaca e Cardiologia Intervencionista, Cirurgia
vascular e endovascular, Cirurgia Pediátrica, Neurocirurgia, Ortopedia nos segmentos de joelho,
ombro, quadril, e mão. Também é referência em oftalmologia e bucomaxilo, em má formação palato
e labial, em transplante de córnea/esclera, busca ativa de órgãos, banco de tecidos oculares
humanos.

Atualmente o hospital conta com 174 leitos ativos, sendo 18 de UTI Adulto. O hospital é considerado
referência regional para o SUS (Sistema Único de Saúde), destinando 90% de seu atendimento
mensal.
Papel do enfermeiro nesse contexto?
Reflexão

 Problemas de saúde crônico-degenerativos: dependem frequentemente de procedimentos de


média e alta complexidade, evitando-se assim a ampliação dos custos do sistema, devido à falta
de planejamento racional, a realização desnecessária e ineficiente de exames ou a utilização
incorreta de medicamentos e procedimentos terapêuticos, que, além da elevação de custos para
o sistema, pode ser prejudicial aos pacientes.
Referências

 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE. Sistema Único de Saúde. Acesso em: 08 fev. 2021. Disponível em:
https://www.saude.mg.gov.br/sus
 ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Atención primaria de salud. Informe conjunto del Director General de
la Organización Mundial de la Salud e del Director Ejecutivo del Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia.
Conferencia Internacional sobre Atención Primaria de Salud. Alma-Ata (URSS), 6-12 de septiembre de 1978.
 STARFIELD, B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco
Brasil/ Ministério da Saúde, 2004.
 ERDMANN, A. L.; ANDRADE, S. R.; MELLO, A. L. S. F.; DRAGO, L. C. A atenção secundária em saúde. 2013.
Revista Latino-Americana de Enfermagem. Vol. 21(esp), jan-fev., 2013. Acesso em: 10 fev. 2021. Disponível em:
www.eerp.usp.br/rlae

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