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Créditos
Coordenação do Projeto Professora-autora
Profa. Dra. Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Regimarina Soares Reis
OBJETIVO
REFLETINDO
IMPORTANTE
1930/
1935 Os subsistemas de saúde no Brasil
Durante o século XX, foram formados três subsistemas de
saúde no Brasil que eram relativamente independentes: saúde pública,
medicina previdenciária e medicina do trabalho. Veja na figura a seguir
a diferenciação entre esses subsistemas que existiam nas origens do
sistema de saúde brasileiro².
Subsistemas de saúde vinculados ao poder público no início do século XX.
Medicina Medicina do
Saúde Pública
previdenciária trabalho
Fonte: Adaptado de: PAIM; J. S. et. al. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2015.
93 p. (Coleção Temas em Saúde). Disponível em: http://www.livrosinterativoseditora.
fiocruz.br/sus/4/.
IMPORTANTE
1975
Sistema Nacional de Saúde
Nesse cenário, consolida-se, no período ditatorial, uma lógica
de atenção à saúde excludente e ineficiente. Chegou a ser criado, em
1975, o Sistema Nacional de Saúde, e abriu-se espaço para algumas
políticas sociais compensatórias. Contudo, a crise do setor de saúde
era inequívoca, dada a existência de um sistema descoordenado, mal
distribuído e inadequado².
Veja abaixo, uma síntese da situação social e sanitária que
mobilizou uma nova concepção de políticas de saúde para o país e que
ajuda a responder à seguinte pergunta: “Por que a população precisou
reivindicar e se mobilizar por um sistema único de saúde?”5.
• Um quadro das doenças condicionadas pelo tipo de desenvolvimento
social e econômico do país e que o antigo sistema de saúde não
conseguia enfrentar com decisão;
• Completa irracionalidade e desintegração das unidades de saúde, com
sobre oferta de serviços em alguns lugares e ausência em outros;
• Excessiva centralização, implicando, por vezes, em impropriedade
das decisões pela distância de Brasília dos locais onde ocoriam os
problemas;
• Recursos financeiros insuficientes em relação às necessidades de
atendimento e em comparação com outros países;
• Desperdício dos recursos alocados para a saúde estimado nacionalmente
em, pelo menos, 30%, produzido por incompetência gerencial;
• Baixa cobertura assistencial da população, com segmentos
populacionais excluídos do atendimento, especialmente os mais pobres
e nas regiões mais carentes;
• Falta de definição clara das competências dos vários órgãos e instâncias
político-administrativas do sistema, acarretando a fragmentação do
processo decisório, o descompromisso com as ações e a falta de
responsabilidade com os resultados;
• Desempenho desordenado dos órgãos públicos e privados, conveniados
e contratados, acarretando conflito entre os setores público e privado,
superposição de ações, desperdício de recursos e mau atendimento à
população;
• Insatisfação dos profissionais da área da saúde, que vêm sofrendo as
consequências da ausência de uma política de recursos humanos justa
e coerente;
• Insatisfação da população com os profissionais da saúde pela aparente
irresponsabilidade para com os doentes, erros médicos e greves
frequentes, e corporativismo se sobrepondo à saúde do povo;
• Baixa qualidade dos equipamentos e serviços profissionais oferecidos.
• Ausência de critérios e de transparência dos gastos públicos, bem como
de participação da população na formulação e gestão das políticas de
saúde;
• Falta de mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação dos
serviços;
• Imensa preocupação e insatisfação da população com o atendimento
à sua saúde;
A seguir, você verá um trecho do documento que subsidiou o
movimento pela reforma do sistema de saúde brasileiro6.
2. PAIM, J. S. et. al. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2015. 93 p. (Coleção
Temas em Saúde). Disponível em: http://www.livrosinterativoseditora.fiocruz.br/sus/4/
3. PAIM, J. S. SUS: Sistema Único de Saúde - tudo o que você precisa saber. Editora
Atheneu, 2019.