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Universidade Federal de Roraima

Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena


Curso Bacharelado em Gestão em Saúde Coletiva Indígena

NOÇÕES SOBRE
EPIDEMIOLOGIA E PLANEJAMENTO EM
SAÚDE
Profa. Ana Paula B. Alves
Me . Ciências da Saúde
Enfermeira
E-mail: alves.ana38@gmail.com
1
OS PILARES DISCIPLINARES:

SAÚDE COLETIVA
PLANEJAMENTO

EPIDEMIOLOGIA

CIÊNCIAS SOCIAIS

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DEFINIÇÕES:
EPIDEMIOLOGIA

Segundo Rouquayrol (2018) a epidemiologia é a ciência que


estuda o processo saúde-doença na comunidade, analisando
a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades e
dos agravos à saúde coletiva, sugerindo medidas específicas
de prevenção, de controle ou de erradicação.

3
Esse conceito evoluiu a EPIDEMIOLOGIA
partir da noção de
hospedeiro, meio e
agente etiológico, ou
seja, apenas as doenças
infecciosas eram seu
objeto de estudo. Esse
objeto foi ampliado para
as doenças não
transmissíveis e até
mesmo os agravos por
exemplo acidentes
homicídios e todas as
chamadas causas
externas. 4
DEFINIÇÕES:
PLANEJAMENTO
Segundo o Wikipédia, planejamento é uma ferramenta
administrativa que possibilita perceber a realidade, avaliar os
caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o
trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o
planejamento se destina. É, Portanto, o lado racional da ação,
tratando-se de um processo de deliberação abstrato e
explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os
resultados esperados. Esta deliberação busca alcançar, da
melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.
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DEFINIÇÕES:
PLANEJAMENTO
 Matos (1987) definia planejamento como pensar antes de
atuar, pensar com método e de maneira sistemática; explicar
possibilidades e analisar suas vantagens e desvantagens,
propor objetivos, projetar-se para o futuro, porque o que
pode acontecer amanhã depende se minhas ações hoje foram
eficazes ou ineficazes. O planejamento é a ferramenta para
pensar e criar um futuro.

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DEFINIÇÕES:
PLANEJAMENTO
Podemos extrair elementos importantes dessas
definições:
• Planejamento é voltado para o futuro;
• Parte de uma situação presente (cuja análise é feita
pela epidemiologia) que se deseja modificar;
• Oferece técnicas e instrumentos para programar o
futuro desejado.

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• No setor saúde a uma quantidade e
uma complexidade de tarefas a serem
realizadas, bem como o volume de
Por que planejar
recursos e pessoas envolvidas na sua
realização, não podem correr o risco
as ações de
do improviso, essa necessidade torna-
saúde?
se premente. Lidamos com situações
que envolvem a vida de milhões de
pessoas e que podem resultar em
doenças, incapacidades e mortes
(PAIM, 2012).
8
O planejamento como ferramenta Se o sentido de
da administração. administrar:
For servir
Os servidores das instituições
poderão exercer o seu trabalho em
função de propósitos claros e
explícitos;
O gestor da coisa pública poderá
reconhecer e acompanhar o trabalho
dos que se encontram sob a sua
orientação.
9
O planejamento deve ser
uma prática socializada;

Tem o potencial de
reduzir a alienação!
Mobilizar vontades!

Consciência Mobilização
sanitária! política! 10
O planejamento é explicitar o que vai
ser feito, quando, onde, com quem e
para quê.

Está é a sua interface com a


política de saúde.

Sociedade Democrática

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Entender a política é
fundamental para que os
cidadãos e suas
organizações próprias
acompanhem a ação do
governo e cobrem a
concretização das medidas
anunciadas! Transformar a situação atual
em uma nova situação

Exercício da cidadania! 12
ASPECTOS HISTÓRICOS

O planejamento como ação social esta


vinculado ao primeiro esforço da
humanidade de implantar uma nova
forma de organização social – o
socialismo, em 1917 na Rússia.
Buscava-se alocação de recursos,
produzir, distribuir bens e serviços com
fins igualitários, experimentaram-se
mecanismos substitutivos do mercado
pelo Estado, através do planejamento.
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ASPECTOS HISTÓRICOS

Os primeiros planos quinquenais


foram elaborados, e o setor saúde era
comtemplado com previsão da oferta
de leitos hospitalares.

Em cada República Socialista tinha seu


Ministério de Saúde e os planos locais
procuravam se adequar ao plano geral
nacional e às condições locais (San
Martín, 1968).
14
ASPECTOS HISTÓRICOS
Revolução Bolchevique: outubro
de 1917.

O planejamento era confundido com o


comunismo; falta de liberdade e
burocratização;

 No início do século XX o
planejamento era visto como algo
demoníaco!
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ASPECTOS HISTÓRICOS
Com a grande crise do capitalismo em 1929: defendiam a intervenção
do estado na economia e o recurso da planificação democrática.
 Plano Beveridge: Inglaterra de 1943, foi referência para
criação do Serviço Nacional de Saúde nesse país em 1948;

 Plano Marshall: EUA de 1945, para reconstrução europeia;

 ONU/OMS/OIT/Unesco: legitimaram o uso do planejamento


governamental.

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ASPECTOS HISTÓRICOS
 A Comissão Econômica para o Planejamento na América Latina
(Cepal) vinculada ONU, apoiou iniciativas centradas no
planejamento econômico e social;

 No Brasil foi elaborado o Plano Nacional contemplando saúde,


alimentação, transporte, energia (Plano Salte);

 No caso da saúde na América Latina, como parte da proposta de


desenvolvimento econômico e social da década de 1960, teve
como marco histórico a técnica Cendes/Opas;

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O que é planejamento?

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ASPECTOS CONCEITUAIS
• Planejar é prever.
• É pensar antes sobre qual o melhor
caminho para chegar depois.

• Planejamento é uma palavra que


significa o ato ou efeito de planejar,
criar um plano para otimizar a alcance
de um determinado objetivo. Esta
palavra pode abranger muitas áreas
diferentes.
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O que é o Planejamento?
INSTRUMENTO
FERRAMENTA
MEIOS DE TRABALHO
MÉTODO
TÉCNICA
PROCESSO SOCIAL
Quem utiliza?

Gestão, gerência ou administração (FERREIRA, 1981; MEHRY, 1995)


Quem participa? Quem constrói o planejamento?
SUJEITOS (individuais e coletivos)
O foco é sobre as relações sociais que permitem estabelecer e realizar
propósitos de crescimento, mudança e/ou legitimação (TESTA, 1987;1992)
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ASPECTOS CONCEITUAIS
 Planejamento é compromisso com a ação!

 Planejar é pensar, antecipadamente, a ação!


 Planejar é uma alternativa à improvisação!
 É a oportunidade de usar a liberdade relativa de um sujeito,
individual ou coletivo, para não se tornar uma presa fácil dos
fatos, dos acontecimentos, e das circunstâncias, independente de
sua vontade!
 Planejamento implica ação, daí ser considerado um cálculo que
precede e preside a ação (MATUS, 1996).
21
ASPECTOS CONCEITUAIS
Planejamento é como um trabalho que incide sobre outros
trabalhos!
O trabalho planejador faz convergência e racionalização dos
trabalhos parciais buscando atingir os objetivos estabelecidos da
organização.
 Na saúde, o planejamento possibilita a tradução de políticas
públicas definidas em práticas assistenciais no âmbito local
(SCHRAIBER, 1995).
 O Planejamento é uma prática social que ao tempo que é técnica,
é política, econômica e ideológica.
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ASPECTOS CONCEITUAIS

O Planejamento é o processo de transformação de uma situação


em outra, tendo um objetivo, recorrendo a instrumentos (meios de
trabalho) e a atividades (trabalho), sob determinadas relações
sociais, em uma dada organização (PAIM, 2002).

O Planejamento como prática social pode se apresentar de modo


estruturado, através de políticas formuladas, planos, programas e
projetos, ou de modo não estruturado, isto é, como um cálculo
(MATUS, 1996) ou um pensamento estratégico (TESTA, 1995).

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ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS

 O planejamento na América Latina originalmente, um


enfoque econômico;

 As necessidades eram crescentes e os recursos eram poucos


(princípio da escassez), buscava-se um modo racional – reduzir a
distância entre necessidades e recursos, (princípio da
racionalidade);
 O planejamento contempla as necessidades humanas, e procura
identificar problemas e oportunidades para orientar a ação;
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ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS
 No setor saúde os problemas se referem ao estado de saúde
(doenças, acidentes, carências, agravos, vulnerabilidades e riscos)
reconhecidos como problemas terminais;

 Os problemas dos serviços de saúde (infraestrutura,


organização, gestão, financiamento, prestação de serviços,
etc.) denominados problemas intermediários;

 Nesta perspectiva, o planejamento esta orientado para os


problemas seja dos indivíduos ou populações, seja do sistema
de serviços de saúde (ambos);
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ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS
Não se reduz a problemas
 Quando o planejamento
(morte, doenças, carências,
visa atender as agravos, riscos);
necessidades humanas,
pode ter como foco uma Mas podem expressar projetos
imagem-objetivo definida a (paz, qualidade de vida);
partir de valores,
ideologias, utopias e Ideais de saúde (bem-estar,
vontades (CPPS/OPS, felicidade);
1975);
E novos modos de vida (práticas
saudáveis);
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ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS
 Ou uma situação-objetivo, É fundamental a
projetada com mais identificação e a explicação
precisão (MATUS, 1996); dos problemas da situação
inicial.

 Ao definir o planejamento como um processo: explicativo,


normativo, estratégico, tático-operacional - Planejamento
Estratégico-Situacional (MATUS, 1996);

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ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS

• Momento explicativo: se
identificam e se explicam os
Quais são
problemas presentes em uma
dada situação e se observam
os problemas?
as oportunidades para a
ação; Por quê ocorrem?
• Momento normativo: definem-
se os objetivos, as metas, as
atividades, e os recursos O que deve ser feito?
necessários;
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ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS

• Momento estratégico: trata-se


de estabelecer o desenho e os Expressa o balanço
cursos de ação para a superação entre o que deve ser
de obstáculos; feito, e o que pode
ser feito.
• Momento tático-operacional: quando a
ação se realiza em toda a complexidade do
real, requerendo ajustes, adaptações, Caracteriza-se
flexibilidade, informações, pelo fazer,
acompanhamento e avaliação.
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ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS

 Este planejamento sistematizado


denominado Enfoque Estratégico-
Situacional (MATUS, 1996) articula-se a
distintas contribuições metodológicas que
compõem a chamada “trilogia matusiana”:
o Planejamento Estratégico-Situacional
(PES), o Método Altadir de Planificação
Popular (MAPP) e a Planificação de
Projetos Orientados por Objetivos (ZOPP).

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ASPECTOS TÉCNICOS
 O produto do planejamento: o plano, o programa, e o projeto.

 O plano: diz respeito ao que fazer de uma dada organização,


reunindo um conjunto de objetivos e ações e expressando uma
política;
 O programa: articula os objetivos, atividades, recursos de caráter
mais permanentes, detalha os componentes de um plano.

 O projeto: é um desdobramento mais específico de um plano ou


programa.
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ASPECTOS TÉCNICOS
 O plano: pode ser composto de programas
projetos.
 Os programas: podem envolver um
conjunto de projetos e ações.

Queremos elaborar um plano,


programa ou projeto?

Quais são os seus objetivos, as


oportunidades e os problemas?
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ASPECTOS TÉCNICOS
Se o planejamento for Momento
orientado por Explicativo
problemas de estado
de saúde.

Sistemas de Informações;
Bases de dados; Indicadores;
Inquéritos Epidemiológicos; Levantamentos;
Estimativas rápidas, Oficinas de trabalho com
técnicos e a comunidade;
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ASPECTOS TÉCNICOS
 Sempre que possível os dados devem ser desagregados e
produzidas informações:
- a distribuição espacial;
-faixa etária,
-sexo,
-etnia,
-classe ou estrato social.
Em reuniões técnicas ou em oficina com a comunidade, o estado de
saúde e a situação epidemiológica devem ser problematizados,
indagando o por quê? Até chegar a explicação das causas e os
determinantes mais remotos ou mediatos.
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ASPECTOS TÉCNICOS

Momento Normativo: o que fazer diante de tais problemas?


- Estabelecer objetivos em função de cada problema ou
grupo de problemas.
- Quando for possível quantificar tais objetivos - metas.

Os objetivos gerais: podem corresponder a certas linhas de ação.

Os objetivos específicos: deveram estar explicitados as ações, e


subações necessárias ao seu alcance.
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ASPECTOS TÉCNICOS
Identificados e quantificados os recursos necessários à realização
dessas ações pode ser elaborado o orçamento;
Ex: Matrizes
Observar:
-se há contradições lógicas entre os objetivos (análise de
coerência);
-se os recursos, tecnologias e organização estão disponíveis
(análise de factibilidade);
- se é possível contornar os obstáculos políticos (análise de
viabilidade).
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Ex: Matriz
Ação Recursos Produtos a Impacto/ Indicador Meta Prazo Responsável
Necessários serem Resultado
alcançados

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ASPECTOS TÉCNICOS
Momento Estratégico:
- as oportunidades,
- fragilidades,
- fortalezas,
- construídos os cursos de ação no tempo e
no espaço,
- as alianças e mobilizações para a superação
dos obstáculos (desenho estratégico);

 Após a formalização e aprovação do plano, programa ou


projeto.
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ASPECTOS TÉCNICOS
Momento tático-operacional: quando as suas ações são
executadas, sob uma dada gerência, e organização do trabalho,
com prestação de contas, supervisão, acompanhamento, e
avaliação.
 Tipos de Planejamento: normativo, estratégico, tático, operacional.

 Cada
um segue etapas, cada uma com um conjunto de técnicas:
-determinação de necessidade,
-determinação de prioridades,
-desenvolvimento do plano do programa,
-planejamento de execução.
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ASPECTOS TÉCNICOS
 Na elaboração de projetos: justificativa, objetivos (geral,
específicos), metas, estratégias, cronograma, custos.
 As etapas básicas para o “O planejamento de um projeto”
vinculado a um programa ou plano incluiriam as seguintes
perguntas:
 Onde nós estamos? (Análise da situação).
 Aonde nós queremos ir e como faremos? (Plano de ação).
 O que precisamos? (Plano de trabalho).
 Aonde chegaremos? (Monitoração e avaliação).
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QUADRO SÍNTESE: MOMENTOS E PASSOS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO
MUNICIPAL DE SAÚDE
MOMENTO PASSOS CONTEÚDO
Análise da
situação de
Saúde 1º Caracterização da população;
2º Identificação dos problemas de saúde;
3º Priorização dos problemas;
4º Construção da rede explicativa dos problemas priorizados;
5º Apresentação da análise de situação ao Conselho Municipal de Saúde;

Definição de
Políticas
(Objetivos)
6º Definição das linhas de ação a partir dos problemas priorizados no município
e das prioridades nacionais;
7º Elaboração dos Objetivos (Políticas);
8º Definição de ações e atividades para o alcance de cada objetivo;
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MOMENTO PASSOS CONTEÚDO
Desenho das
estratégias
9º Definição dos responsáveis, prazos e recursos envolvidos em cada módulo
operacional;
10º Análise de viabilidade das ações propostas e ajustes em cada módulo
operacional;
11º Definição dos indicadores de acompanhamento e avaliação do alcance dos
objetivos e cumprimento das atividades propostas;
Elaboração
do orçamento
12 º Realização de estimativa de recursos a serem disponibilizados nos próximos
quatro anos;
13º Estimativa de gasto em cada módulo operacional
14º Elaboração da proposta orçamentaria do Plano Municipal de Saúde
15º Apresentação do Plano ao Conselho Municipal de Saúde

FONTE: Teixeira, 2001, p.61 42


ASPECTOS PRÁTICOS

 Foram definidos como instrumentos básicos do PlanejaSUS


(2006): o Plano de Saúde; a Programação Anual de Saúde e o
Relatório Anual de Gestão (BRASIL, 2007).

O planejamento do SUS pode ser visualizado pela leitura dos


planos de saúde nacional, estadual, municipal.

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ASPECTOS PRÁTICOS

 O plano nacional de saúde (2012-2015): apresenta uma análise


situacional (condições de saúde, determinantes,
condicionantes de saúde), acesso e ações e serviços, além de
questões de gestão. Tem como objetivo aperfeiçoar o SUS para
a população.

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ASPECTOS PRÁTICOS

 O plano estadual de saúde: dispõem da caracterização do


contexto sociodemográfico, e a análise situacional de
saúde, incluindo o sistema estadual, diretrizes prioritárias,
objetivos, operações, mecanismos de monitoramento e
avaliação.

45
ASPECTOS PRÁTICOS

O plano municipal de saúde: é possível definir um


módulo operacional para cada eixo prioritário
(problemas e prioridades) explicitando o objetivo
geral e o respectivo dirigente institucional
responsável pelas operações.

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ASPECTOS PRÁTICOS

 Pode está disposto em capítulos: introdução,


aspectos demográficos, e socioeconômicos, análise
da situação de saúde, concepções, princípios e
diretrizes, além dos módulos operacionais.(ROCHA,
CERQUEIRA, TEIXEIRA, 2010).

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ASPECTOS PRÁTICOS

 No caso da Programação Pactuada Integrada da


Atenção à Saúde (PPI), trata-se de ‘’um processo que
visa definir a programação das ações de saúde em cada
território e nortear a alocação dos recursos financeiros
para a saúde, a partir de critérios e parâmetros
pactuados entre os gestores ” (BRASIL, 2006, p.33)

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ASPECTOS PRÁTICOS

 A realidade em que o planejamento de saúde será


realizado: pode ser o sistema de saúde; instituições
de saúde; microrregiões, distritos sanitários,
estabelecimentos (unidades básicas, etc.), serviços
de saúde (pré-natal, etc.) e práticas de saúde (ações
de saúde).

49
ASPECTOS PRÁTICOS

 Planos diretores;
 Planos operativos para microrregiões, organizações,
distritos e estabelecimentos de saúde;
 Projetos assistenciais;
 Projetos terapêuticos no nível micro (serviços e práticas de
saúde) a partir da reorganização dos processo de trabalho
das equipes.

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ASPECTOS PRÁTICOS

No caso do Plano Estadual, leva-se


em conta: o Projeto Estratégico do
Governo; o Plano Nacional de
Saúde; o Planeja-SUS; a Agenda de
Saúde das Américas, as Funções
Essências de Saúde Pública, os
Objetivos do Milênio; entre outro.
(TEIXEIRA, 2010)

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ASPECTOS PRÁTICOS
 No caso do Plano Municipal, leva-se em conta:
- normas do SUS,
- a lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO),
- o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
(PDDU),
- o Plano Plurianual da Prefeitura,
- o Plano Estratégico da Gestão Municipal,
- a programação Pactuada Integrada (PPI),
- agenda Estadual de Saúde, e
- as resoluções dos conselhos de saúde e das
comissões Intergestores tripartite (CIT) e bipartite
(CIB).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

• O PlanejaSUS apresenta uma grande expectativa


brasileira para o desenvolvimento da planificação
em saúde. Com o Decreto Presidencial n.7.508/2011
ao enfatizar o planejamento no âmbito do SUS.
Reitera que o planejamento deve ser ascendente e
integrado, definindo o seu caráter obrigatório para
entes públicos e indutor para a iniciativa privada.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Desse modo, os serviços e ações prestados pela


iniciativa privada seriam considerados no processo de
planejamento, compondo os Mapas da Saúde regional,
estadual, nacional, com a identificação das
necessidades de saúde e o estabelecimento de metas
de saúde.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Com o Decreto Presidencial n.7.508/2011, o


planejamento será realizado de maneira
regionalizada no âmbito estadual, a partir das
necessidades dos Municípios, e examinado pelos
respectivos Conselhos de Saúde. As Comissões
Intergestores Tripartite e Bipartite (CIT e CIB)
pactuarão as etapas do processo e os prazos nas
esferas municipal, estadual e nacional.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O PLANEJAMENTO ao explicitar objetivos e finalidades,


pode favorecer a democratização da gestão e reduzir a
alienação dos trabalhadores de saúde nos processos
de produção. Uma gestão participativa decorrente da
diretriz da participação da comunidade no SUS pode
utilizar o planejamento para apoiar o protagonismo na
conquista do direito a saúde.

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REFERÊNCIAS
• PAIM, J S. Planejamento em saúde para não especialistas. In: Campos
GWS, Minayo MCS, Akerman M, Drumond Júnior M, Carvalho YM,
organizadores. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de
Janeiro: ABRASCO; 2012. p. 827-843.

• RIVERA, F J U; ARTMANN, E. Planejamento em Saúde na América Latina


e no Brasil: histórico, conceitos e enfoques metodológicos. In: RIVERA, F
J U; ARTMANN, E. Planejamento em Saúde na América Latina e no Brasil:
conceitos, histórias e propostas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012. 162 p.
ISBN: 978-85-7541-416-3.

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