Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NOÇÕES SOBRE
EPIDEMIOLOGIA E PLANEJAMENTO EM
SAÚDE
Profa. Ana Paula B. Alves
Me . Ciências da Saúde
Enfermeira
E-mail: alves.ana38@gmail.com
1
OS PILARES DISCIPLINARES:
SAÚDE COLETIVA
PLANEJAMENTO
EPIDEMIOLOGIA
CIÊNCIAS SOCIAIS
2
DEFINIÇÕES:
EPIDEMIOLOGIA
3
Esse conceito evoluiu a EPIDEMIOLOGIA
partir da noção de
hospedeiro, meio e
agente etiológico, ou
seja, apenas as doenças
infecciosas eram seu
objeto de estudo. Esse
objeto foi ampliado para
as doenças não
transmissíveis e até
mesmo os agravos por
exemplo acidentes
homicídios e todas as
chamadas causas
externas. 4
DEFINIÇÕES:
PLANEJAMENTO
Segundo o Wikipédia, planejamento é uma ferramenta
administrativa que possibilita perceber a realidade, avaliar os
caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o
trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o
planejamento se destina. É, Portanto, o lado racional da ação,
tratando-se de um processo de deliberação abstrato e
explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os
resultados esperados. Esta deliberação busca alcançar, da
melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.
5
DEFINIÇÕES:
PLANEJAMENTO
Matos (1987) definia planejamento como pensar antes de
atuar, pensar com método e de maneira sistemática; explicar
possibilidades e analisar suas vantagens e desvantagens,
propor objetivos, projetar-se para o futuro, porque o que
pode acontecer amanhã depende se minhas ações hoje foram
eficazes ou ineficazes. O planejamento é a ferramenta para
pensar e criar um futuro.
6
DEFINIÇÕES:
PLANEJAMENTO
Podemos extrair elementos importantes dessas
definições:
• Planejamento é voltado para o futuro;
• Parte de uma situação presente (cuja análise é feita
pela epidemiologia) que se deseja modificar;
• Oferece técnicas e instrumentos para programar o
futuro desejado.
7
• No setor saúde a uma quantidade e
uma complexidade de tarefas a serem
realizadas, bem como o volume de
Por que planejar
recursos e pessoas envolvidas na sua
realização, não podem correr o risco
as ações de
do improviso, essa necessidade torna-
saúde?
se premente. Lidamos com situações
que envolvem a vida de milhões de
pessoas e que podem resultar em
doenças, incapacidades e mortes
(PAIM, 2012).
8
O planejamento como ferramenta Se o sentido de
da administração. administrar:
For servir
Os servidores das instituições
poderão exercer o seu trabalho em
função de propósitos claros e
explícitos;
O gestor da coisa pública poderá
reconhecer e acompanhar o trabalho
dos que se encontram sob a sua
orientação.
9
O planejamento deve ser
uma prática socializada;
Tem o potencial de
reduzir a alienação!
Mobilizar vontades!
Consciência Mobilização
sanitária! política! 10
O planejamento é explicitar o que vai
ser feito, quando, onde, com quem e
para quê.
Sociedade Democrática
11
Entender a política é
fundamental para que os
cidadãos e suas
organizações próprias
acompanhem a ação do
governo e cobrem a
concretização das medidas
anunciadas! Transformar a situação atual
em uma nova situação
Exercício da cidadania! 12
ASPECTOS HISTÓRICOS
No início do século XX o
planejamento era visto como algo
demoníaco!
15
ASPECTOS HISTÓRICOS
Com a grande crise do capitalismo em 1929: defendiam a intervenção
do estado na economia e o recurso da planificação democrática.
Plano Beveridge: Inglaterra de 1943, foi referência para
criação do Serviço Nacional de Saúde nesse país em 1948;
16
ASPECTOS HISTÓRICOS
A Comissão Econômica para o Planejamento na América Latina
(Cepal) vinculada ONU, apoiou iniciativas centradas no
planejamento econômico e social;
17
O que é planejamento?
18
ASPECTOS CONCEITUAIS
• Planejar é prever.
• É pensar antes sobre qual o melhor
caminho para chegar depois.
23
ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS
27
ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS
• Momento explicativo: se
identificam e se explicam os
Quais são
problemas presentes em uma
dada situação e se observam
os problemas?
as oportunidades para a
ação; Por quê ocorrem?
• Momento normativo: definem-
se os objetivos, as metas, as
atividades, e os recursos O que deve ser feito?
necessários;
28
ASPECTOS MÉTODOLÓGICOS
30
ASPECTOS TÉCNICOS
O produto do planejamento: o plano, o programa, e o projeto.
Sistemas de Informações;
Bases de dados; Indicadores;
Inquéritos Epidemiológicos; Levantamentos;
Estimativas rápidas, Oficinas de trabalho com
técnicos e a comunidade;
33
ASPECTOS TÉCNICOS
Sempre que possível os dados devem ser desagregados e
produzidas informações:
- a distribuição espacial;
-faixa etária,
-sexo,
-etnia,
-classe ou estrato social.
Em reuniões técnicas ou em oficina com a comunidade, o estado de
saúde e a situação epidemiológica devem ser problematizados,
indagando o por quê? Até chegar a explicação das causas e os
determinantes mais remotos ou mediatos.
34
ASPECTOS TÉCNICOS
37
ASPECTOS TÉCNICOS
Momento Estratégico:
- as oportunidades,
- fragilidades,
- fortalezas,
- construídos os cursos de ação no tempo e
no espaço,
- as alianças e mobilizações para a superação
dos obstáculos (desenho estratégico);
Cada
um segue etapas, cada uma com um conjunto de técnicas:
-determinação de necessidade,
-determinação de prioridades,
-desenvolvimento do plano do programa,
-planejamento de execução.
39
ASPECTOS TÉCNICOS
Na elaboração de projetos: justificativa, objetivos (geral,
específicos), metas, estratégias, cronograma, custos.
As etapas básicas para o “O planejamento de um projeto”
vinculado a um programa ou plano incluiriam as seguintes
perguntas:
Onde nós estamos? (Análise da situação).
Aonde nós queremos ir e como faremos? (Plano de ação).
O que precisamos? (Plano de trabalho).
Aonde chegaremos? (Monitoração e avaliação).
40
QUADRO SÍNTESE: MOMENTOS E PASSOS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO
MUNICIPAL DE SAÚDE
MOMENTO PASSOS CONTEÚDO
Análise da
situação de
Saúde 1º Caracterização da população;
2º Identificação dos problemas de saúde;
3º Priorização dos problemas;
4º Construção da rede explicativa dos problemas priorizados;
5º Apresentação da análise de situação ao Conselho Municipal de Saúde;
Definição de
Políticas
(Objetivos)
6º Definição das linhas de ação a partir dos problemas priorizados no município
e das prioridades nacionais;
7º Elaboração dos Objetivos (Políticas);
8º Definição de ações e atividades para o alcance de cada objetivo;
41
MOMENTO PASSOS CONTEÚDO
Desenho das
estratégias
9º Definição dos responsáveis, prazos e recursos envolvidos em cada módulo
operacional;
10º Análise de viabilidade das ações propostas e ajustes em cada módulo
operacional;
11º Definição dos indicadores de acompanhamento e avaliação do alcance dos
objetivos e cumprimento das atividades propostas;
Elaboração
do orçamento
12 º Realização de estimativa de recursos a serem disponibilizados nos próximos
quatro anos;
13º Estimativa de gasto em cada módulo operacional
14º Elaboração da proposta orçamentaria do Plano Municipal de Saúde
15º Apresentação do Plano ao Conselho Municipal de Saúde
43
ASPECTOS PRÁTICOS
44
ASPECTOS PRÁTICOS
45
ASPECTOS PRÁTICOS
46
ASPECTOS PRÁTICOS
47
ASPECTOS PRÁTICOS
48
ASPECTOS PRÁTICOS
49
ASPECTOS PRÁTICOS
Planos diretores;
Planos operativos para microrregiões, organizações,
distritos e estabelecimentos de saúde;
Projetos assistenciais;
Projetos terapêuticos no nível micro (serviços e práticas de
saúde) a partir da reorganização dos processo de trabalho
das equipes.
50
ASPECTOS PRÁTICOS
51
ASPECTOS PRÁTICOS
No caso do Plano Municipal, leva-se em conta:
- normas do SUS,
- a lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO),
- o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
(PDDU),
- o Plano Plurianual da Prefeitura,
- o Plano Estratégico da Gestão Municipal,
- a programação Pactuada Integrada (PPI),
- agenda Estadual de Saúde, e
- as resoluções dos conselhos de saúde e das
comissões Intergestores tripartite (CIT) e bipartite
(CIB).
52
CONSIDERAÇÕES FINAIS
53
CONSIDERAÇÕES FINAIS
54
CONSIDERAÇÕES FINAIS
55
CONSIDERAÇÕES FINAIS
56
REFERÊNCIAS
• PAIM, J S. Planejamento em saúde para não especialistas. In: Campos
GWS, Minayo MCS, Akerman M, Drumond Júnior M, Carvalho YM,
organizadores. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de
Janeiro: ABRASCO; 2012. p. 827-843.
57