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FUNDAMENTOS DE EPIDEMIOLOGIA
Profa. Ana Paula B. Alves
Me . Ciências da Saúde
Enfermeira
E-mail: alves.ana38@gmail.com
1
2ª Aula: CONCEITOS BÁSICOS DE EPIDEMIOLOGIA
Texto de referência:
PEREIRA, M G. Conceitos Básicos de Epidemiologia. In. PEREIRA,
M G. Epidemiologia: Teoria e prática. RJ Guanabara Koogan. 2008.
OBJETIVOS:
• Apresentar uma visão geral da epidemiologia;
• Familiarizar com os respectivos conceitos e temas básicos da
epidemiologia;
• Abordar a perspectiva histórica, a evolução, a utilização atual
e a posição de grande importância da epidemiologia
moderna.
2
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS:
FONTE: https://pixabay.com/pt/vectors/doctor-plague-m%C3%A9dico-praga-epidemia-155830/
FONTE:https://pixabay.com/pt/illustrations/acr%C3%B3polis-atenas-
Sociedade de
Epidemiologia, fundada
em Londres em 1850;
FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/londres-rel%C3%B3gio-marco-inglaterra-
1670432/ 3
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS:
FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/praga-biblioteca-
Iniciou-se a
investigação Livros de higiene
etiológica sobre (‘epidemiologia’);
as causas das
FONTE: https://blog.ifope.com.br/o-que-e-dta/
doenças
praga-mosteiro-980732/
transmissíveis;
Estatus de
disciplina científica
na metade do
século XX.
FONTE: https://blog.ifope.com.br/o-que-e-dta/ 4
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Restringia ao estudo de
O QUE É EPIDEMIOLOGIA? epidemias de doenças
FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/meios-de-
comunica%C3%A7%C3%A3o-sociais-faces-550767/
transmissíveis.
EPI = SOBRE
DEMO = POPULAÇÃO
LOGIA = ESTUDO
DOENÇAS CAUSAS
CAMPO DA EPIDEMIOLOGIA
AS DOENÇAS CRÔNICO-
OS SERVIÇOS DE
DEGENERATIVAS E OS OUTROS
SAÚDE
DANOS À SAÚDE
6
A. Áreas Temáticas
Cólera
Varíola Peste
AS DOENÇAS INFECCIOSAS
E AS ENFERMIDADES
CARENCIAIS
Febre
Tifo
Amarela
7
A. Áreas Temáticas
8
A. Áreas Temáticas
Pelagra ou Deficiência de niacina é
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelagra
uma deficiência nutricional causada
pela falta de ácido nicotínico (também
conhecida como niacina, vitamina B3
ou PP) ou falta de triptofano, um
aminoácido essencial.
9
A. Áreas Temáticas
• O beribéri é uma doença nutricional
causada pela falta de vitamina B1
(tiamina).
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelagra
10
A. Áreas Temáticas
AS DOENÇAS
CRÔNICO- • Fatores de risco
DEGENERATIVAS E • Estados Fisiológicos
OS OUTROS DANOS
A SAÚDE:
13
A. Áreas Temáticas
15
OUTRAS SUBDIVISÕES DA EPIDEMIOLOGIA:
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B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO
TEMPO
As definições mais antigas se preocupam
com as doenças transmissíveis, pois afirmam tratar-se de
uma ciência ou doutrina médica da epidemia.
As mais recentes incluem, as doenças não-infecciosas, e
outros problemas de saúde e até resultados pré-
patológicos e fisiológicos.
(PEREIRA, 2018)
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B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
A epidemiologia é o campo da ciência médica
preocupado com o inter-relacionamento de vários
fatores e condições que determinam a freqüência e
a distribuição de um processo infeccioso, uma
doença ou um estado fisiológico em uma
comunidade humana.”4
4. MAXCY KF. Preventive medicine and hygiene. 7a. ed, New York, Appleton-Century-Crofts, 1951.
18
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia é um campo da ciência que trata
dos vários fatores e condições que determinam a
ocorrência e a distribuição de saúde, doença,
defeito, incapacidade e morte entre os grupos de
indivíduos.”5
5. LEAVELL Hugh R & CLARK E Gurney. Medicina preventiva. Tradução de Cecília F. Donnângelo, Moisés Goldbaum & Uraci S
Ramos (edição inglesa, 1965). São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1976.
19
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia ocupa-se das circunstâncias em que as doenças
ocorrem e nas quais elas tendem ou não a florescer ... Estas
circunstâncias podem ser microbiológicas ou toxicológicas; podem
estar baseadas em fatores genéticos, sociais ou ambientais.
Mesmo os fatores religiosos ou políticos devem ser considerados,
desde que se note que têm alguma influência sobre a prevalência
da doença. É uma técnica para explorar a ecologia da doença
humana.”6
6. PAUL John R. Clinical epidemiology. 2a. ed, Chicago, University of Chicago Press, 1966.
20
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos
determinantes da freqüência de doenças no homem.”7
“A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos
determinantes da saúde em populações humanas.”8
7. MACMAHON Brian & PUGH Thomas F. Epidemiology: principles and methods. 2a. ed, Boston, Little, Brown and
Company, 1970.
8. SUSSER Mervyn. Causal thinking in the health sciences: concepts and strategies in epidemiology. New York, Oxford
University Press, 1973.
21
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia é uma maneira de aprender a
fazer perguntas e a colher respostas que levam a
novas perguntas... empregada no estudo da saúde e
doença das populações. É a ciência básica da
medicina preventiva e comunitária, sendo aplicada a
uma variedade de problemas, tanto de serviços de
saúde como de saúde.”9
9. MORRIS JN. Uses of epidemiology. Edinburgh, Churchill Livingstone, 1975.
22
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/mulher-face-fotomontagem-faces-1594710/ 23
C. PREMISSAS BÁSICAS
• 1. A distribuição desigual dos
agravos à saúde é produto da
Os agravos à ação de fatores que se
saúde não distribuem desigualmente na
população; a elucidação
ocorrem, ao destes fatores, responsáveis
acaso, na pela distribuição das doenças,
população. é uma das preocupações
constantes da epidemiologia;
24
C. PREMISSAS BÁSICAS
25
D. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
A sistemática predominante de
raciocínio, em epidemiologia, é própria
da lógica indutiva, mediante a qual,
partindo-se de um certo número de
dados, estabelece-se uma proposição
mais geral. Por exemplo, a partir da
observação de alguns pacientes,
portadores de uma mesma doença, é
possível inferir a epidemiologia desta
doença.
26
Parte II
27
D. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA
EPIDEMIOLOGIA
• Os métodos utilizados na
epidemiologia são encontrados
em outras áreas do
conhecimento, embora seja
frequente a referência a
“métodos da epidemiologia” ou
“métodos epidemiológicos”.
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D. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
Estudo Estudo
Epidemiológicos Epidemiológicos
NÃO- A classificação
EXPERIMENTAIS DESCRITIVOS das
(OBSERVAÇÃO) investigações é
feita em
função de seus
objetivos.
EXPERIMENTAIS ANALÍTICOS
30
1. ESTUDOS DESCRITIVOS
33
2. ESTUDOS EXPERIMENTAIS E NÃO-EXPERIMENTAIS
35
2. ESTUDOS EXPERIMENTAIS
36
2. ESTUDOS NÃO-EXPERIMENTAIS
FONTE: http://filosofarliberta.blogspot.com/2016/05/o-metodo-indutivo-metodo-
O método ideal de
investigação será aquele
que, aplicado a uma dada
situação, levando-se em
conta condicionantes
éticos e práticos, melhor
controle as circunstâncias
e fatores que dificultam a
experimental.html
interpretação dos
resultados.
39
E. CORPOS DE CONHECIMENTOS DA EPIDEMIOLOGIA
• As doenças infecciosas e parasitárias;
• O reservatório;
• O agente etiológico;
• Os modo de transmissão;
• O período de incubação e de transmissão;
• A distribuição das doenças;
• Os fatores de risco;
• As doenças crônico-degenerativas.
40
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
O objetivo geral da epidemiologia é o de concorrer para reduzir os
problemas de saúde, na população.
Avaliar o
impacto das
Investigar os ações para
fatores alterar a
Descrever as determinantes situação de
condições da situação de saúde
de saúde da saúde
população
41
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
• Descrever as condições
FONTE:http://www.tratabrasil.org.br/blog/2017/08/10/5-beneficios-que-o-
de saúde da população:
inclui a determinação
das frequências, o
estudo da distribuição
dos eventos e o
consequente
diagnóstico dos
principais problemas de
saneamento-basico/
saúde ocorridos na
população.
42
FONTE: https://portalradioreporter.com.br/2019/07/20/ibge-vai-levantar-dados-sobre-a-saude-
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
• Investigar os fatores
determinantes da
situação de saúde:
trata-se do estudo
científico dos
determinantes do
aparecimento e
manutenção dos
da-populacao-brasileira/
danos à saúde, na
população;
43
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
FONTE: https://www.digabahia.com.br/atencao-primaria-recebera-mais-de-r-416-
• Avaliar o impacto das
ações para alterar a
situação de saúde:
envolve questões
relacionadas à
determinação da
utilidade e segurança
milhoes-para-reforcar-acoes/
das ações isoladas, de
programas dos
serviços de saúde.
44
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
Avaliar o
impacto das
ações para
Investigar os alterar a
fatores situação de
Descrever as determinantes
condições de saúde
da situação de
saúde da saúde
população
45
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
EM NÍVEL
Planejadores COLETIVO
de saúde
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F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
EM NÍVEL
Profissionais de INDIVIDUAL
Saúde
Qual é a especifidade
da epidemiologia? Fornecer os conceitos, o
raciocínio e as técnicas
para estudos
populacionais, no campo
da saúde.
48
H. TRÊS ASPECTOS DA PRÁTICA DA EPIDEMIOLOGIA
49
FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/estrutura-populacao-brasileira.htm
A população para estudo:
“População”, “comunidade” e coletividade
muito usadas como sinônimos.
Habitantes de uma certa área (estado,
bairro, edifício) ou qualquer conjunto de
pessoas com determinadas características
comuns.
Os dados podem ser encontrados em arquivos de prontuários,
fichas, atestados e certificados, e até organizados sob a forma
de estatísticas. Ou coletados diretamente junto às pessoas.
50
REPRESENTATIV
IDADE DA
AMOSTRA
FONTE: https://www.questionpro.com/blog/pt-br/amostragem-sistematica-simples-e-facil/ 51
Aferição dos eventos e a adequada
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=tkYKYecNCCs
expressão dos resultados:
Processo de quantificação dos eventos;
Coeficiente Epidemiologia
Demografia
Fig.1.1. Componentes de um coeficiente e sua relação com certas áreas do conhecimento.
53
O Controle das Variáveis Confundidoras:
FONTE: http://clipart-library.com/clipart/2061765.htm
A epidemiologia lida com a comparação
da frequência de eventos.
55
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
HIPÓCRATES :
Médico grego que viveu há cerca de 2.500 anos, dominou o
pensamento médico de sua época e dos séculos seguintes.
Analisava as doenças em bases racionais, afastando-se do
sobrenatural, teoria então em voga para explicá-las.
As doenças, para ele, eram produto da relação complexa
entre a constituição do indivíduo e o ambiente que o cerca,
muito na linha do raciocínio ecológico atual.
Considerar, na avaliação do paciente, entre outros fatores, o
HIPÓCRATES (360 a. c.)
clima, a maneira de viver, os hábitos de comer e de beber.
56
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
HIPÓCRATES :
Estudou as doenças epidêmicas e as variações geográficas
das condições endêmicas.
Deixou-nos um juramento, que constitui o fundamento da
ética médica.
Defesa do exame minucioso e sistemático do paciente, que
consiste na base para o diagnóstico e para a fiel descrição da
história natural das doenças.
O pai da medicina, e é considerado por alguns, o pai da
HIPÓCRATES (360 a. c.)
epidemiologia ou o primeiro epidemiologista.
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II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
Preservação dos ensinamentos hipocráticos:
A tradição de Hipócrates foi mantida, entre
outros, por Galeno (138-201) na Roma antiga,
preservada por árabes na Idade Média e
retomada por clínicos, primeiramente na
Europa Ocidental, a partir da Renascença, e
depois em, praticamente, toda parte.
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A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
Teoria Miasmática (miasmas)
• Dominou o pensamento médico até a segunda
metade do século XIX;
• As origens das doenças, situava-se na má qualidade
do ar, devido a decomposição de animais e plantas;
• Mal + Ar = Malária, devido a crença desse modo de
transmissão;
• Os miasmas (emanações) passariam do dente para
os indivíduos suscetíveis, o que explicaria a origem
das epidemias das doenças contagiosas;
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PRIMÓRDIOS DA QUANTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE
John Graunt (1620-1674):
“Tabelas mortuárias” ou “tábuas de mortalidade” em
Londres, no qual analisou a mortalidade por sexo e região;
60
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
B. SÉCULO XIX:
A Europa no século XIX era o centro das ciências;
A Revolução Industrial (1750, Inglaterra): deslocamento
populacional;
A Revolução Francesa do final do século XVIII e o
positivismo; o materialismo filosófico e os movimentos
político-sociais;
Epidemias de cólera, Febre Tifóide, Febre Amarela eram um
problema nas cidades;
62
Pierre Charles Alexandre Louis (1787-1872):
Estudos clínicos-patológicos sobre a tuberculose e a febre
tifóide;
Introduziu e divulgou o método estatístico, utilizado na
investigação das doenças;
“Pai” da epidemiologia moderna - Francês;
Analisou a letalidade da sangria como tratamento de
pneumonia.
63
Quadro 1.4 Letalidade da pneumonia em relação à época de
início do tratamento com sangrias: Paris, 1835
Início do N. de N. de óbitos Letalidade (%)
tratamento* (dias) pacientes
1-3 24 12 50
4-6 34 12 35
7-9 19 3 16
Total: 77 27 35
64
Louis René Villermé (1782-1863):
65
William Farr (1807-1883)
Descreveu as leis das epidemias (Lei de Farr): ascensão
rápida no início, elevação lenta até o ápice e uma queda
mais rápida.
Coleta e análise sistemática das estatísticas de
mortalidade na Inglaterra e País de Gales, para subsidiar o
planejamento das ações de prevenção e controle;
Apresentava relatórios anuais de Registro Geral,
informações sobre a mortalidade e as grandes
desigualdades regionais, sociais, nos perfis de saúde;
Pai da estatística vital e da vigilância.
66
B. SÉCULO XIX:
• Friedrich Engels (1820-1895) utilizou-as, especialmente na sua obra “A condição da
classe trabalhadora na Inglaterra, em 1844”.
• Edwin Chadwick (1800-1890), um advogado, nos seus relatórios sobre a saúde das
classes trabalhadoras (1842) e sobre os cemitérios (1843), que subsidiaram a
reforma sanitária inglesa da metade do século XIX.
67
B. SÉCULO XIX: • Em outros centros culturais, a
pesquisa das causas das doenças
também tomou um rumo
semelhante, com ênfase conjunta
nos aspectos biológicos e sociais.
• A investigação realizada por Rudolf
Virchow (1821-1902), uma das
figuras centrais da patologia
moderna, sobre uma epidemia de
febre tifóide, ocorrida na
Alemanha, em 1848, cujas
conclusões foram as de que as
causas eram tanto sociais,
econômicas e políticas, quanto
físicas e biológicas.
68
John Snow (1813-1858)
Conduziu inúmeras investigações no intuito de
esclarecer a origem das epidemias de cólera em
Londres no período de 1849 – 1854;
69
Quadro 1.5: Mortes por cólera, por 10 mil habitações, nas sete
primeiras semanas de uma epidemia, ocorrida em Londres, em
1854, na população servida por duas companhias de abastecimento
de água.
Companhias de Número de Mortes por cólera Mortes por cada
abastecimento habitações 10 mil habitações
de água
Southwark & 40.046 1.263 315
Vauxhall
Lambeth 26. 107 98 37
Resto de Londres 256.423 1.422 59
73
Heinrich Hermann Robert Koch (1843-1910)
74
Ignaz Semmelweis (1818-1865)
78
Adolfo Lutz (1855-1940): Diretor do
Instituto Bacteriológico, em São Paulo, onde
trabalhou no controle da febre amarela;
80
4. EPIDEMOLOGIA NUTRICIONAL
James Lind (1716-1794) e a prevenção do escorbuto
(Vit. C);
81
Em 1930 ...
Conceito de risco surge no debate científico;
Os 3 níveis de atenção são introduzidos na cadeira de: “Higiene,
Saúde Pública e Epidemiologia nos EUA.”
TERCEÁRIA
SECUNDÁRIA
PRIMÁRIA
82
Em 1939-1945 ...
83
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
D. A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX
1. ÊNFASE DAS PESQUISAS:
A) DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DA
POPULAÇÃO;
B) INVESTIGAÇÕES ETIOLÓGICAS;
Estudos de Coorte: papel dos fatores de risco nas doenças não
transmissíveis. Ex: d. cardiovasculares;
Estudos Caso-controle: conhecer a etiologia de doenças crônicas
(Ex: tabagismo X CA pulmão);
C) AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES:
84
No Brasil
1945: Faculdade Higiene e Saúde Pública (SP);
85
Situação Atual: Multicausalidade
• Fatores Físicos, Biológicos e Psicossociais
• Tornou-se claro que os agentes microbiológicos
e físicos não explicavam totalmente as
questões de etiologia e prognóstico.
• Necessidade de incorporar conceitos e
técnicas de outras áreas, como sociologia,
psicologia, entre outras
86
2. SITUAÇÃO ATUAL:
Duas tendências da epidemiologia atual
a) Epidemiologia Clínica:
Aplicação da epidemiologia no diagnóstico clínico e no cuidado
direto do paciente, com maior rigor científico na prática médica
(“Panacéia”)
b) Epidemiologia Social:
Renascer do estudo da determinação social da doença, busca
melhorar o atendimento à saúde da população, especialmente as
mais subdesenvolvidas, de maneira multidisciplinar, procurando
trabalhar na diminuição das desigualdades sociais e prevenção de
doenças evitáveis (“Higéia”) .
87
E. PILARES DA EPIDEMIOLÓGICA ATUAL
A Epidemiologia é interdisciplinar, envolvendo vários outros saberes,
destacando-se três eixos básicos:
AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – contribuem para melhor descrever e
classificar as doenças (a Clínica, a Patologia, Microbiologia,
Imunologia);
AS CIÊNCIAS SOCIAIS – para compreensão da determinação social da
doença (Sociologia, Antropologia, Demografia, Psicologia, Economia);
A ESTATÍSTICA – fornece o instrumental necessário à quantificação
das informações de saúde e sua interpretação. Em associação com a
Informática.
88
III. Considerações Finais:
Fizemos uma abordagem sobre a evolução e o estado atual da
epidemiologia.
Apresentamos e comentamos os conceitos básicos, os seus
temas principais e o raciocínio que norteia a moderna
epidemiologia;
As suas aplicações foram apontadas, e conclui-se que
qualquer evento, relacionado com a saúde da população, pode
ser incluído no seu campo de ação;
89
III. Considerações Finais:
As preocupações da epidemiologia concentram-se,
principalmente, na mensuração da frequência e da
distribuição dos agravos à saúde na população e no estudo
dos fatores determinantes desta frequência e desta
distribuição, aqui incluído o papel dos serviços de saúde e
de toda uma gama de produtos e procedimentos neles
utilizados.
90
Referências
91