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I UNIDADE: INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA; BASES

CONCEITUAIS, HISTÓRIA E USOS DA EPIDEMIOLOGIA

FUNDAMENTOS DE EPIDEMIOLOGIA
Profa. Ana Paula B. Alves
Me . Ciências da Saúde
Enfermeira
E-mail: alves.ana38@gmail.com
1
2ª Aula: CONCEITOS BÁSICOS DE EPIDEMIOLOGIA
Texto de referência:
PEREIRA, M G. Conceitos Básicos de Epidemiologia. In. PEREIRA,
M G. Epidemiologia: Teoria e prática. RJ Guanabara Koogan. 2008.
OBJETIVOS:
• Apresentar uma visão geral da epidemiologia;
• Familiarizar com os respectivos conceitos e temas básicos da
epidemiologia;
• Abordar a perspectiva histórica, a evolução, a utilização atual
e a posição de grande importância da epidemiologia
moderna.
2
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS:

FONTE: https://pixabay.com/pt/vectors/doctor-plague-m%C3%A9dico-praga-epidemia-155830/
FONTE:https://pixabay.com/pt/illustrations/acr%C3%B3polis-atenas-

Epidemia – termo Referência mais


antigo (Grécia remota - texto
clássica); espanhol: peste
do século XVI;
gr%C3%A9cia-antiguidade-1348511/

Sociedade de
Epidemiologia, fundada
em Londres em 1850;

FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/londres-rel%C3%B3gio-marco-inglaterra-
1670432/ 3
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS:

FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/praga-biblioteca-
Iniciou-se a
investigação Livros de higiene
etiológica sobre (‘epidemiologia’);
as causas das
FONTE: https://blog.ifope.com.br/o-que-e-dta/

doenças

praga-mosteiro-980732/
transmissíveis;

Estatus de
disciplina científica
na metade do
século XX.

FONTE: https://blog.ifope.com.br/o-que-e-dta/ 4
I. CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Restringia ao estudo de
O QUE É EPIDEMIOLOGIA? epidemias de doenças

FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/meios-de-
comunica%C3%A7%C3%A3o-sociais-faces-550767/
transmissíveis.
EPI = SOBRE
DEMO = POPULAÇÃO
LOGIA = ESTUDO

DOENÇAS CAUSAS

“Epidemiologia” - Estudo do que afeta a população.


5
A. Áreas Temáticas
AS DOENÇAS INFECCIOSAS E AS
ENFERMIDADES CARENCIAIS

CAMPO DA EPIDEMIOLOGIA

AS DOENÇAS CRÔNICO-
OS SERVIÇOS DE
DEGENERATIVAS E OS OUTROS
SAÚDE
DANOS À SAÚDE
6
A. Áreas Temáticas
Cólera

Varíola Peste

AS DOENÇAS INFECCIOSAS
E AS ENFERMIDADES
CARENCIAIS

Febre
Tifo
Amarela

7
A. Áreas Temáticas

Estudos sobre a ocorrência e a distribuição das


doenças aguda na população.

Estudos sobre a ocorrência e a distribuição das


doenças infecciosas de evolução crônicas na
população.

Estudos sobre a ocorrência e a distribuição das


doenças nutricionais – pelagra e o beribéri.

8
A. Áreas Temáticas
Pelagra ou Deficiência de niacina é

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelagra
uma deficiência nutricional causada
pela falta de ácido nicotínico (também
conhecida como niacina, vitamina B3
ou PP) ou falta de triptofano, um
aminoácido essencial.

Tratamento alimentos: carnes


vermelhas e brancas, ovos de
galinha, gérmen de trigo

9
A. Áreas Temáticas
• O beribéri é uma doença nutricional
causada pela falta de vitamina B1
(tiamina).

Tratamento alimentos: administração de


vitamina B1, cereais em grãos, leite,
legumes , ovos e peixe.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelagra
10
A. Áreas Temáticas
AS DOENÇAS
CRÔNICO- • Fatores de risco
DEGENERATIVAS E • Estados Fisiológicos
OS OUTROS DANOS
A SAÚDE:

A diminuição da mortalidade por doenças infecciosas e carenciais, o


envelhecimento progressivo da população e a mudança no perfil de
morbidade, levaram a que o campo de aplicação da epidemiologia se
ampliasse para compreender as doenças crônicas do tipo degenerativo, as
anomalias congênitas e muitos outros eventos, como os acidentes e os
envenenamentos, que não são doenças, mas que justificam uma
abordagem semelhante. 11
A. Áreas Temáticas
AS DOENÇAS
CRÔNICO- • Fatores de risco
DEGENERATIVAS E
OS OUTROS DANOS
• Estados Fisiológicos
A SAÚDE:

Daí, é costume dizer-se que o objeto da epidemiologia é representado


por qualquer dano ou agravo à saúde estudado em termos de
população. Ao contrário das doenças infecciosas, não há um agente
etiológico conhecido para a maioria das enfermidades crônico-
degenerativas. A ausência de agentes ou fatores específicos para cada
doença torna o diagnóstico mais difícil e, consequentemente, também é
complexa a separação entre pessoas doentes e não doentes.
12
A. Áreas Temáticas
AS DOENÇAS
CRÔNICO- • Fatores de risco
DEGENERATIVAS E • Estados Fisiológicos
OS OUTROS DANOS
A SAÚDE:

As investigações etiológicas sobre os agravos à saúde de


natureza não-infecciosa foram, então, dirigidas para o estudo
de condições presentes em fase anterior ao aparecimento de
alterações clínicas ou anatomopatológicas, especialmente os
fatores de risco e os estados fisiológicos.

13
A. Áreas Temáticas

Os conceitos e • A qualquer evento


métodos da relacionado com a saúde
epidemiologia: da população

Como consequência desta expansão, os conceitos e métodos da


epidemiologia, hoje em dia, estão sendo aplicados a qualquer evento
relacionado com a saúde da população e não especificamente a doenças.
São exemplos a investigação epidemiológica sobre o hábito de fumar, o
peso ao nascer, os níveis de glicemia de uma população, a fadiga
profissional, a violência urbana e o consumo de drogas, ao lado das
pesquisas mais tradicionais de morbidade e mortalidade.
14
A. Áreas Temáticas

• Estudos tem objetivo de


OS SERVIÇOS conhecer a situação.
• Identificar problemas, assim
DE SAÚDE: como investigar as suas
causas.

• Propor soluções compatíveis.


• Avaliá-las com os métodos
OS SERVIÇOS DE usados em epidemiologia.
SAÚDE:

15
 OUTRAS SUBDIVISÕES DA EPIDEMIOLOGIA:

• Grupos de possíveis causas – Epidemiologia ambiental e


ocupacional;
• Grupos de risco – Epidemiologia da criança, do adolescente,
do idoso;
• Nos locais em que a Epidemiologia é praticada – comunitária,
hospitalar;
• Outros critérios – Epidemiologia social, clínica, nutricional,
farmacológica, molecular, comportamental, etc.

16
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO
TEMPO
As definições mais antigas se preocupam
com as doenças transmissíveis, pois afirmam tratar-se de
uma ciência ou doutrina médica da epidemia.
As mais recentes incluem, as doenças não-infecciosas, e
outros problemas de saúde e até resultados pré-
patológicos e fisiológicos.
(PEREIRA, 2018)

17
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
A epidemiologia é o campo da ciência médica
preocupado com o inter-relacionamento de vários
fatores e condições que determinam a freqüência e
a distribuição de um processo infeccioso, uma
doença ou um estado fisiológico em uma
comunidade humana.”4

4. MAXCY KF. Preventive medicine and hygiene. 7a. ed, New York, Appleton-Century-Crofts, 1951.
18
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia é um campo da ciência que trata
dos vários fatores e condições que determinam a
ocorrência e a distribuição de saúde, doença,
defeito, incapacidade e morte entre os grupos de
indivíduos.”5

5. LEAVELL Hugh R & CLARK E Gurney. Medicina preventiva. Tradução de Cecília F. Donnângelo, Moisés Goldbaum & Uraci S
Ramos (edição inglesa, 1965). São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1976.
19
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia ocupa-se das circunstâncias em que as doenças
ocorrem e nas quais elas tendem ou não a florescer ... Estas
circunstâncias podem ser microbiológicas ou toxicológicas; podem
estar baseadas em fatores genéticos, sociais ou ambientais.
Mesmo os fatores religiosos ou políticos devem ser considerados,
desde que se note que têm alguma influência sobre a prevalência
da doença. É uma técnica para explorar a ecologia da doença
humana.”6

6. PAUL John R. Clinical epidemiology. 2a. ed, Chicago, University of Chicago Press, 1966.
20
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos
determinantes da freqüência de doenças no homem.”7
“A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos
determinantes da saúde em populações humanas.”8

7. MACMAHON Brian & PUGH Thomas F. Epidemiology: principles and methods. 2a. ed, Boston, Little, Brown and
Company, 1970.
8. SUSSER Mervyn. Causal thinking in the health sciences: concepts and strategies in epidemiology. New York, Oxford
University Press, 1973.
21
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO
Vejamos algumas definições:
“A epidemiologia é uma maneira de aprender a
fazer perguntas e a colher respostas que levam a
novas perguntas... empregada no estudo da saúde e
doença das populações. É a ciência básica da
medicina preventiva e comunitária, sendo aplicada a
uma variedade de problemas, tanto de serviços de
saúde como de saúde.”9
9. MORRIS JN. Uses of epidemiology. Edinburgh, Churchill Livingstone, 1975.
22
B. DEFINIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ATRAVÉS DO TEMPO

Ramo da ciência da saúde


que estuda, na população, a
ocorrência, a distribuição e os
fatores determinantes dos
eventos relacionados com a
saúde.
(PEREIRA, 2008)

FONTE: https://pixabay.com/pt/illustrations/mulher-face-fotomontagem-faces-1594710/ 23
C. PREMISSAS BÁSICAS
• 1. A distribuição desigual dos
agravos à saúde é produto da
Os agravos à ação de fatores que se
saúde não distribuem desigualmente na
população; a elucidação
ocorrem, ao destes fatores, responsáveis
acaso, na pela distribuição das doenças,
população. é uma das preocupações
constantes da epidemiologia;

24
C. PREMISSAS BÁSICAS

• 2.O conhecimento dos fatores


determinantes das doenças
Os agravos à permite a aplicação de
saúde não medidas, preventivas e
ocorrem, ao curativas, direcionadas a alvos
acaso, na específicos, cientificamente
identificados, o que resulta
população. em aumento da eficácia das
intervenções.

25
D. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA

A sistemática predominante de
raciocínio, em epidemiologia, é própria
da lógica indutiva, mediante a qual,
partindo-se de um certo número de
dados, estabelece-se uma proposição
mais geral. Por exemplo, a partir da
observação de alguns pacientes,
portadores de uma mesma doença, é
possível inferir a epidemiologia desta
doença.

26
Parte II

27
D. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA
EPIDEMIOLOGIA

• Os métodos utilizados na
epidemiologia são encontrados
em outras áreas do
conhecimento, embora seja
frequente a referência a
“métodos da epidemiologia” ou
“métodos epidemiológicos”.

28
D. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA

Eles devem ser entendidos como um certo número de


estratégias adaptadas para aplicação a situações próprias
do estudo da saúde da população, que também são
utilizadas, de maneira mais ampla, na metodologia
científica que rege todas as ciências.

Classificar os principais métodos ou tipos de estudo é uma


tarefa repleta de dificuldades, em face da diversidade de
critérios passíveis de serem usados, o que gera certa
confusão semântica.
29
D. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA

Estudo Estudo
Epidemiológicos Epidemiológicos

NÃO- A classificação
EXPERIMENTAIS DESCRITIVOS das
(OBSERVAÇÃO) investigações é
feita em
função de seus
objetivos.
EXPERIMENTAIS ANALÍTICOS

30
1. ESTUDOS DESCRITIVOS

Informam sobre a frequência e a


distribuição de um evento. Têm o
objetivo de descrever,
“epidemiologicamente” os dados
colhidos na população. Referem-se à
mortalidade e à morbidade, e são
organizados de maneira a mostrar as
variações com que os óbitos e as
doenças se encontram no seio da
própria população (por exemplo,
entre faixas etárias) ou entre regiões
e épocas distintas.
31
1. ESTUDOS ANÁLITICOS

Têm o objetivo de investigar em


profundidade a associação entre dois
eventos, no intuito de estabelecer
explicações para uma eventual relação
observada entre eles. Ex: estudos sobre
a associação entre o colesterol sérico e
a coronariopatia, tenta-se verificar se os
níveis altos ou baixos desta substância
acarretam, consistentemente, riscos
diferenciados de ocorrência dessa
doença cardiovascular.
32
1. ESTUDOS ANÁLITICOS

Na interpretação da relação entre


dois eventos existem muitas
armadilhas a serem evitadas.
Numerosos fatores, fora o nível de
colesterol sérico elevado, podem
estar contribuindo para a
ocorrência da coronariopatia —
caso do hábito de fumar e da
hipertensão arterial.

33
2. ESTUDOS EXPERIMENTAIS E NÃO-EXPERIMENTAIS

Numerosos fatores e condições são


considerados capazes de favorecer a
eclosão de doenças ou a manutenção
da saúde. Ex: característica ou atributo
das pessoas (hábitos), um fator
ambiental (poluição atmosférica), uma
prática preventiva (vacina) ou uma
intervenção curativa (conduta médica).
Tais fatores e condições podem ser
objeto de verificação quanto à sua real
influência, por meio de estudos
epidemiológicos.
34
2. ESTUDOS EXPERIMENTAIS

É possível, ao investigador, produzir


uma situação artificial para pesquisar o
seu tema, o que caracteriza os estudos
experimentais, por vezes ditos “de
intervenção”. Serve de ilustração a
verificação do efeito das vacinas. A
grande vantagem dos estudos
experimentais é a possibilidade de
melhor neutralizar as variáveis
extrínsecas.

35
2. ESTUDOS EXPERIMENTAIS

Não há limites à criação de


situações artificiais para
investigação, a não ser as
ditadas por condicionantes
práticos ou preceitos éticos. A
etiologia das doenças, por
exemplo, é dificilmente
pesquisada de maneira
experimental.

36
2. ESTUDOS NÃO-EXPERIMENTAIS

Os estudos não-experimentais, ou “de observação”, são largamente


majoritários na área de saúde. Eles referem-se à pesquisa de
situações que ocorrem naturalmente. Neles, como indica sua
própria denominação, o pesquisador apenas observa as pessoas ou
grupos e compara as suas características.

O investigador não cria a situação, como nos estudos experimentais,


somente colhe e organiza os dados respectivos, para que possa
investigá-la. Serve de exemplo o estudo comparativo da incidência
de cardiopatias, em indivíduos vegetarianos e não-vegetarianos.
37
3. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
• Cabe citar, como ilustração, as investigações longitudinais e transversais, as
prospectivas e as retrospectivas, os estudos controlados e os não-controlados, e os
de coorte e de caso-controle.
• Na investigação de um tema, empregam-se as diversas modalidades de estudo,
passíveis de utilização, na busca da melhor forma de produzir informações
inequívocas e evidências mais consistentes, sobre o assunto.
38
3. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

FONTE: http://filosofarliberta.blogspot.com/2016/05/o-metodo-indutivo-metodo-
O método ideal de
investigação será aquele
que, aplicado a uma dada
situação, levando-se em
conta condicionantes
éticos e práticos, melhor
controle as circunstâncias
e fatores que dificultam a

experimental.html
interpretação dos
resultados.

39
E. CORPOS DE CONHECIMENTOS DA EPIDEMIOLOGIA
• As doenças infecciosas e parasitárias;
• O reservatório;
• O agente etiológico;
• Os modo de transmissão;
• O período de incubação e de transmissão;
• A distribuição das doenças;
• Os fatores de risco;
• As doenças crônico-degenerativas.

40
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
O objetivo geral da epidemiologia é o de concorrer para reduzir os
problemas de saúde, na população.

Avaliar o
impacto das
Investigar os ações para
fatores alterar a
Descrever as determinantes situação de
condições da situação de saúde
de saúde da saúde
população
41
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
• Descrever as condições

FONTE:http://www.tratabrasil.org.br/blog/2017/08/10/5-beneficios-que-o-
de saúde da população:
inclui a determinação
das frequências, o
estudo da distribuição
dos eventos e o
consequente
diagnóstico dos
principais problemas de

saneamento-basico/
saúde ocorridos na
população.

42
FONTE: https://portalradioreporter.com.br/2019/07/20/ibge-vai-levantar-dados-sobre-a-saude-
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

• Investigar os fatores
determinantes da
situação de saúde:
trata-se do estudo
científico dos
determinantes do
aparecimento e
manutenção dos

da-populacao-brasileira/
danos à saúde, na
população;

43
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

FONTE: https://www.digabahia.com.br/atencao-primaria-recebera-mais-de-r-416-
• Avaliar o impacto das
ações para alterar a
situação de saúde:
envolve questões
relacionadas à
determinação da
utilidade e segurança

milhoes-para-reforcar-acoes/
das ações isoladas, de
programas dos
serviços de saúde.

44
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
Avaliar o
impacto das
ações para
Investigar os alterar a
fatores situação de
Descrever as determinantes
condições de saúde
da situação de
saúde da saúde
população

Essas três formas de uso da epidemiologia fornecem valiosos


subsídiospara auxiliar as decisões, seja em nível coletivo seja
em nível individual.

45
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

EM NÍVEL
Planejadores COLETIVO
de saúde

A partir das evidências proporcionadas pela


epidemiologia, no sentido de implementar novas
Decisões intervenções, reorientar as atualmente existentes
ou manter as mesmas estratégias em curso.

46
F. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA

EM NÍVEL
Profissionais de INDIVIDUAL
Saúde

A partir das evidências proporcionadas pela


Decisões epidemiologia, no sentido de fundamentar
cientificamente condutas, tais como o
diagnóstico clínico, a solicitação de exames
complementares e a prescrição de vacinas, de
drogas e de regimes alimentares.
47
G. ESPECIFICIDADES DA EPIDEMIOLOGIA
 O objetivo geral - Concorrer para o controle dos problemas de saúde
da população, através do melhor conhecimento da situação, de seus
FONTE: https://www.magneuro.com.br/noticias/2/duvidas-sobre-enxaqueca

determinantes e das melhores oportunidades de prevenção, de


cura e de reabilitação;

Qual é a especifidade
da epidemiologia?  Fornecer os conceitos, o
raciocínio e as técnicas
para estudos
populacionais, no campo
da saúde.

48
H. TRÊS ASPECTOS DA PRÁTICA DA EPIDEMIOLOGIA

 A correta seleção da população de estudo;

 A apropriada aferição dos eventos e a adequada


expressão dos resultados; e

 O controle das variáveis confundidoras, ou seja,


das que confundem a interpretação dos
resultados;

49
FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/estrutura-populacao-brasileira.htm
 A população para estudo:
 “População”, “comunidade” e coletividade
muito usadas como sinônimos.
 Habitantes de uma certa área (estado,
bairro, edifício) ou qualquer conjunto de
pessoas com determinadas características
comuns.
 Os dados podem ser encontrados em arquivos de prontuários,
fichas, atestados e certificados, e até organizados sob a forma
de estatísticas. Ou coletados diretamente junto às pessoas.
50
REPRESENTATIV
IDADE DA
AMOSTRA

FONTE: https://www.questionpro.com/blog/pt-br/amostragem-sistematica-simples-e-facil/ 51
 Aferição dos eventos e a adequada

FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=tkYKYecNCCs
expressão dos resultados:
 Processo de quantificação dos eventos;

 É representado pela medida mais exata


possível, das frequências – de doenças,
dos fatores de risco, das características
da população, dos recursos etc.;
 São as pesquisas bem conduzidas, com controle estrito sobre a
coleta de dados, a melhor opção para obter a informação sobre a
ocorrência dos eventos na população.
52
Clínica,
Patologia

Coeficiente Epidemiologia

Demografia
Fig.1.1. Componentes de um coeficiente e sua relação com certas áreas do conhecimento.
53
 O Controle das Variáveis Confundidoras:

FONTE: http://clipart-library.com/clipart/2061765.htm
 A epidemiologia lida com a comparação
da frequência de eventos.

 Se elas não forem comparáveis, o


resultado pode perder o significado;

 O controle destas variáveis se faz na fase


de planejamento da pesquisa, na análise
dos dados ou em ambas;
54
PARTE III

2ª Aula: CONCEITOS BÁSICOS DE EPIDEMIOLOGIA

II. PERSPECTIVA HISTÓRICA

55
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
HIPÓCRATES :
Médico grego que viveu há cerca de 2.500 anos, dominou o
pensamento médico de sua época e dos séculos seguintes.
Analisava as doenças em bases racionais, afastando-se do
sobrenatural, teoria então em voga para explicá-las.
As doenças, para ele, eram produto da relação complexa
entre a constituição do indivíduo e o ambiente que o cerca,
muito na linha do raciocínio ecológico atual.
Considerar, na avaliação do paciente, entre outros fatores, o
HIPÓCRATES (360 a. c.)
clima, a maneira de viver, os hábitos de comer e de beber.
56
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
HIPÓCRATES :
Estudou as doenças epidêmicas e as variações geográficas
das condições endêmicas.
Deixou-nos um juramento, que constitui o fundamento da
ética médica.
Defesa do exame minucioso e sistemático do paciente, que
consiste na base para o diagnóstico e para a fiel descrição da
história natural das doenças.
O pai da medicina, e é considerado por alguns, o pai da
HIPÓCRATES (360 a. c.)
epidemiologia ou o primeiro epidemiologista.
57
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
 Preservação dos ensinamentos hipocráticos:
 A tradição de Hipócrates foi mantida, entre
outros, por Galeno (138-201) na Roma antiga,
preservada por árabes na Idade Média e
retomada por clínicos, primeiramente na
Europa Ocidental, a partir da Renascença, e
depois em, praticamente, toda parte.

GALENO ( grego) (162 a. c.)

58
A. Evolução da epidemiologia até o século XIX:
 Teoria Miasmática (miasmas)
• Dominou o pensamento médico até a segunda
metade do século XIX;
• As origens das doenças, situava-se na má qualidade
do ar, devido a decomposição de animais e plantas;
• Mal + Ar = Malária, devido a crença desse modo de
transmissão;
• Os miasmas (emanações) passariam do dente para
os indivíduos suscetíveis, o que explicaria a origem
das epidemias das doenças contagiosas;
59

PRIMÓRDIOS DA QUANTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE
 John Graunt (1620-1674):
 “Tabelas mortuárias” ou “tábuas de mortalidade” em
Londres, no qual analisou a mortalidade por sexo e região;

 Publicou em 1662 Natural and Political Observations upon the


Bills of Mortality

 Foi o primeiro estatístico a fazer o tratamento de dados


demográficos e a tentar aplicar a teoria a problemas reais. Pai
da demografia ou das estatísticas vitais;  

60
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
B. SÉCULO XIX:
 A Europa no século XIX era o centro das ciências;
 A Revolução Industrial (1750, Inglaterra): deslocamento
populacional;
 A Revolução Francesa do final do século XVIII e o
positivismo; o materialismo filosófico e os movimentos
político-sociais;
Epidemias de cólera, Febre Tifóide, Febre Amarela eram um
problema nas cidades;

TEORIA DOS MIASMAS X TEORIA DOS GERMES.


61
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
B. SÉCULO XIX:
Entre os cientistas franceses, que
influenciaram a epidemiologia atual,
encontram-se Pierre Louis; Louis Villermé, e
Louis Pasteur;

 Entre os ingleses, merecem menção


William Farr, e John Snow.

62
Pierre Charles Alexandre Louis (1787-1872):
 Estudos clínicos-patológicos sobre a tuberculose e a febre
tifóide;
 Introduziu e divulgou o método estatístico, utilizado na
investigação das doenças;
 “Pai” da epidemiologia moderna - Francês;
 Analisou a letalidade da sangria como tratamento de
pneumonia.

63
Quadro 1.4 Letalidade da pneumonia em relação à época de
início do tratamento com sangrias: Paris, 1835
Início do N. de N. de óbitos Letalidade (%)
tratamento* (dias) pacientes
1-3 24 12 50
4-6 34 12 35
7-9 19 3 16
Total: 77 27 35

64
Louis René Villermé (1782-1863):

 Pioneiro nos estudos sobre etiologia social das


doenças. Investigou sobre a pobreza, as
condições de trabalho e suas influências sobre
a saúde.

65
William Farr (1807-1883)
 Descreveu as leis das epidemias (Lei de Farr): ascensão
rápida no início, elevação lenta até o ápice e uma queda
mais rápida.
 Coleta e análise sistemática das estatísticas de
mortalidade na Inglaterra e País de Gales, para subsidiar o
planejamento das ações de prevenção e controle;
 Apresentava relatórios anuais de Registro Geral,
informações sobre a mortalidade e as grandes
desigualdades regionais, sociais, nos perfis de saúde;
 Pai da estatística vital e da vigilância.

66
B. SÉCULO XIX:
• Friedrich Engels (1820-1895) utilizou-as, especialmente na sua obra “A condição da
classe trabalhadora na Inglaterra, em 1844”.

• Edwin Chadwick (1800-1890), um advogado, nos seus relatórios sobre a saúde das
classes trabalhadoras (1842) e sobre os cemitérios (1843), que subsidiaram a
reforma sanitária inglesa da metade do século XIX.

• Chadwick, baseado em informações do Registro Geral da Inglaterra, mostrou a


grave situação de saúde de grande parte da população, através de constatações
como as seguintes: mais da metade das crianças das classes trabalhadoras não
chegava à idade de cinco anos, a idade média do óbito na classe mais abastada era
de 36 anos, entre os trabalhadores do comércio era de 22 anos e entre os
trabalhadores da indústria, de 16 anos.

67
B. SÉCULO XIX: • Em outros centros culturais, a
pesquisa das causas das doenças
também tomou um rumo
semelhante, com ênfase conjunta
nos aspectos biológicos e sociais.
• A investigação realizada por Rudolf
Virchow (1821-1902), uma das
figuras centrais da patologia
moderna, sobre uma epidemia de
febre tifóide, ocorrida na
Alemanha, em 1848, cujas
conclusões foram as de que as
causas eram tanto sociais,
econômicas e políticas, quanto
físicas e biológicas.

68
John Snow (1813-1858)
 Conduziu inúmeras investigações no intuito de
esclarecer a origem das epidemias de cólera em
Londres no período de 1849 – 1854;

 Conseguiu determinar que o consumo de água


poluída era a responsável pelos episódios da
doença, e traçou os princípios de prevenção e
controle de novos surtos, válidos até hoje;

 Maneira de Transmissão da Cólera (1855);

 O agente da cólera foi descoberto em 1883;

69
Quadro 1.5: Mortes por cólera, por 10 mil habitações, nas sete
primeiras semanas de uma epidemia, ocorrida em Londres, em
1854, na população servida por duas companhias de abastecimento
de água.
Companhias de Número de Mortes por cólera Mortes por cada
abastecimento habitações 10 mil habitações
de água
Southwark & 40.046 1.263 315
Vauxhall
Lambeth 26. 107 98 37
Resto de Londres 256.423 1.422 59

Fonte: Johw Snow, sobre a maneira de transmissão da cólera, originalmente


publicado em 1855. 70
John Snow (1813-1858)
• A expressão “epidemiologia de campo”
significa a coleta planejada de dados, em
geral, na comunidade.
• Snow, na tentativa de elucidar a etiologia das
epidemias de cólera, visitou numerosas
residências para minucioso estudo dos pacientes
e do ambiente onde viviam, inclusive com exame
químico e microscópico da água de
abastecimento
• “Experimento natural”: conjunto de circunstâncias que
ocorrem naturalmente e em que as pessoas estão
sujeitas a diferentes graus de exposição a um
determinado fator, simulando, assim, uma verdadeira
experiência planejada com esta finalidade.
71
Louis Pasteur (1822-1895)
 “Pai” da bacteriologia;

 No século XVI, Girolamo Fracastorius (1484-


1553) descreveu a transmissão de infecções
por contacto direto, através de gotículas de
saliva e de fômites (objetos que,
contaminados, propagam a infecção).

 Um passo essencial para o desenvolvimento


da teoria dos germes foi a descoberta do
microscópio, em 1675, por Van
Leeuwenhoek (1632-1723),
72
Louis Pasteur (1822-1895)
 Estudou a natureza da fermentação da cerveja e
do leite em 1857;
 Ele constatou que os líquidos sem germes se
conservavam livres deles quando devidamente
protegidos de contaminação veiculada pelo ar,
por insetos ou por outros meios.
 Principio da pasteurização (1865);
 Precursor da colaboração ciência-indústria.
 Vacina antirrábica;
 Teoria do germe - teoria unicausal.

73
Heinrich Hermann Robert Koch (1843-1910)

• Foi médico patologista e bacteriologista alemão;


• Foi um dos fundadores da microbiologia;
• Defensor da teoria unicausal ou a teoria do
germe (o agente etiológico) ;
• As pesquisas em epidemiologia passaram a ter
um forte componente laboratorial,
• Foi um dos principais responsáveis pela atual
compreensão da epidemiologia das doenças
transmissíveis.

74
Ignaz Semmelweis (1818-1865)

• Médico húngaro, investigou as causas da febre puerperal


em duas clínicas da maternidade em que trabalhava, no
Hospital Geral de Viena;
• Em uma delas a taxa de mortalidade era alta (9,9% nos
anos 1841-1846), os estudantes examinavam as
pacientes logo após realizarem dissecações na sala de
autópsias;
• Medidas de higiene e desinfecção das mão, foi instituído
nas maternidades no ano de 1847, e as taxas de
mortalidade por infecção materna, em ambas
maternidades, diminuiu para 1,3% em 1848.
75
Edward Jenner (1743-1823):
 Médico inglês, foi o primeiro a utilizar, uma vacina contra a
varíola, é considerado o pai da imunologia.

Jacques Quetelet (1796-1857):


 Estatístico belga, foi o primeiro a utilizar o raciocínio
estatístico as ciências biológicas e sociais.

Gregor Mendel (1822-1884):


 Padre, botânico austríaco, foi o primeiro a realizar
estudos de genética, sobre os méritos da transmissão de
características de pais para filhos; 76
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
C. A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
1. INFLUÊNCIA DA MICROBIOLOGIA:
 A clínica e a patologia tornaram-se subordinadas ao laboratório, que
ditava padrões para a higiene e para a legislação sanitária;

Osvaldo Cruz (1872-1917): estudou no Instituto Pasteur em


Paris. Foi Diretor Geral Saúde Pública do Departamento de
Higiene e controle de epidemias em 1903;
Combate efetivo: febre amarela, peste bubônica
e varíola (revolta da vacina).
77
C. A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

 Carlos Chagas (1879-1934): em Itinga/SP combateu a


MALÁRIA em 1905;

Descreveu em 1909 o protozoário Trypanosoma cruzi


e a tripanossomíase americana, conhecida como
doença de Chagas. Ele foi o único cientista na história
da medicina a descrever completamente : o
patógeno, o vetor (Triatomínea), os hospedeiros, as
manifestações clínicas e a epidemiologia.

78
 Adolfo Lutz (1855-1940): Diretor do
Instituto Bacteriológico, em São Paulo, onde
trabalhou no controle da febre amarela;

 Emilio Ribas (1862-1925): foi médico sanitarista


brasileiro. Trabalhou no combate ao mosquito
transmissor da febre amarela, conhecido hoje
como o Aedes Aegypti.
79
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
C. A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
2. DESDOBRAMENTOS DA TEORIA DOS GERMES:
 Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes;
 Ecologia;
3. BASES DE DADOS PARA A MODERNA EPIDEMIOLOGIA

 Estatísticas vitais; Outros Sistemas de informação sobre


morbidade e fatores de risco.

80
4. EPIDEMOLOGIA NUTRICIONAL
 James Lind (1716-1794) e a prevenção do escorbuto
(Vit. C);

 Kanehiro Takaki (1849- 1915) e a prevenção do


beribéri (Vit.B1);

 Goldberger e a prevenção da pelagra (Vit. B3, ou Vit.


PP, ou ácido nicotínico;

81
Em 1930 ...
 Conceito de risco surge no debate científico;
 Os 3 níveis de atenção são introduzidos na cadeira de: “Higiene,
Saúde Pública e Epidemiologia nos EUA.”

TERCEÁRIA

SECUNDÁRIA

PRIMÁRIA

82
Em 1939-1945 ...

83
II. PERSPECTIVA HISTÓRICA
D. A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX
1. ÊNFASE DAS PESQUISAS:
A) DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DA
POPULAÇÃO;
B) INVESTIGAÇÕES ETIOLÓGICAS;
Estudos de Coorte: papel dos fatores de risco nas doenças não
transmissíveis. Ex: d. cardiovasculares;
Estudos Caso-controle: conhecer a etiologia de doenças crônicas
(Ex: tabagismo X CA pulmão);
C) AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES:
84
No Brasil
1945: Faculdade Higiene e Saúde Pública (SP);

 1970: Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica.

 1979: Criação da ABRASCO

1986: Capacitação epidemiologistas para contribuir na


unificação do SUS

85
Situação Atual: Multicausalidade
• Fatores Físicos, Biológicos e Psicossociais
• Tornou-se claro que os agentes microbiológicos
e físicos não explicavam totalmente as
questões de etiologia e prognóstico.
• Necessidade de incorporar conceitos e
técnicas de outras áreas, como sociologia,
psicologia, entre outras

86
2. SITUAÇÃO ATUAL:
 Duas tendências da epidemiologia atual
a) Epidemiologia Clínica:
Aplicação da epidemiologia no diagnóstico clínico e no cuidado
direto do paciente, com maior rigor científico na prática médica
(“Panacéia”)
b) Epidemiologia Social:
Renascer do estudo da determinação social da doença, busca
melhorar o atendimento à saúde da população, especialmente as
mais subdesenvolvidas, de maneira multidisciplinar, procurando
trabalhar na diminuição das desigualdades sociais e prevenção de
doenças evitáveis (“Higéia”) .
87
E. PILARES DA EPIDEMIOLÓGICA ATUAL
A Epidemiologia é interdisciplinar, envolvendo vários outros saberes,
destacando-se três eixos básicos:
AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – contribuem para melhor descrever e
classificar as doenças (a Clínica, a Patologia, Microbiologia,
Imunologia);
AS CIÊNCIAS SOCIAIS – para compreensão da determinação social da
doença (Sociologia, Antropologia, Demografia, Psicologia, Economia);
A ESTATÍSTICA – fornece o instrumental necessário à quantificação
das informações de saúde e sua interpretação. Em associação com a
Informática.

88
III. Considerações Finais:
 Fizemos uma abordagem sobre a evolução e o estado atual da
epidemiologia.
Apresentamos e comentamos os conceitos básicos, os seus
temas principais e o raciocínio que norteia a moderna
epidemiologia;
As suas aplicações foram apontadas, e conclui-se que
qualquer evento, relacionado com a saúde da população, pode
ser incluído no seu campo de ação;

89
III. Considerações Finais:
 As preocupações da epidemiologia concentram-se,
principalmente, na mensuração da frequência e da
distribuição dos agravos à saúde na população e no estudo
dos fatores determinantes desta frequência e desta
distribuição, aqui incluído o papel dos serviços de saúde e
de toda uma gama de produtos e procedimentos neles
utilizados.

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Referências

• PEREIRA, M G. Conceitos Básicos de Epidemiologia. In. PEREIRA, M G.


Epidemiologia: Teoria e prática. RJ Guanabara Koogan. 2008, 1-16 p.

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