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Livro Eletrônico

Aula 00 (Prof. Poly Aparecida)

Conhecimentos de Enfermagem p/ AL-TO (Assistente - Assistência Técnica em Enfermagem)

Professor: Adriano de Oliveira, Poliana Gesteira, Poly Aparecida


Conhecimentos de enfermagem p/ AL-TO (Assistência Técnica em enfermagem)
Teoria e exercícios comentados
Profª. Poly Aparecida Aula 00

AULA 00: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (Epidemiologia,


prevenção e controle das infecções)

SUMÁRIO PÁGINA
1. Epidemiologia 02
2. Vigilância epidemiológica (VE) 09
2.1Propósitos e Funções da VE 13
2.2 Coleta de dados e Informações 16
2.3 Diagnóstico de caso 20
2.4 Vigilância epidemiológica de Doenças emergentes e 20
reemergentes
2.5 Investigação epidemiológica de campo 22
2.6 Investigação epidemiológica de casos e epidemias 23
2.7 Investigação epidemiológica de surtos e epidemias 24
2.8 Investigação de surtos de Doenças transmissíveis por 25
alimentos
3. Situação das Doenças transmissíveis no Brasil 26
4. Resumo 30
5. Lista de questões apresentadas 34
6. Gabarito 41

Olá amigos concurseiros,

Sou a Profª Poly e hoje daremos início a uma longa caminhada de estudos
juntos.
Para esta aula utilizei como referência o Curso básico de vigilância
epidemiológica do Ministério da saúde e o Guia de Vigilância
epidemiológica. Referências também preferidas das bancas.
Vamos inicialmente esclarecer alguns detalhes com relação ao conteúdo
programático do seu edital: No conteúdo temos o seguinte tema

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“Vigilância epidemiológica: epidemiologia, prevenção e controle de
infecções”. Isso significa que nessa aula estudaremos sobre
epidemiologia inicialmente e logo em seguida entro no entendimento da
vigilância epidemiológica. Quando o edital se refere a prevenção e
controle de infecções ele quer dizer a respeito das doenças transmissíveis
descritas pelo ministério da saúde. Não é o mesmo controle de infecção
hospitalar que estudamos com todos aqueles isolamentos de contato,
gotículas, aerossóis. Entende? O assunto aqui é diferente. Preparado
para essa jornada de estudos? Então vamos lá! 

EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologia É um termo de origem grega que significa:

epi = sobre
demo = população
logia = estudo

O primeiro registro do emprego dessa expressão data de 1802, na Espanha,


no sentido de histórizar epidemias. À medida que o conhecimento sobre as
doenças infectocontagiosas evoluiu durante o século XIX, a evolução do
conhecimento epidemiológico avançou na perspectiva de identificar os
mecanismos de transmissão das doenças e de controle de epidemias. A
aplicação do raciocínio epidemiológico no estabelecimento dos fatores
determinantes de outras doenças e agravos foi somente iniciada no século
XX, tão-somente.
Atualmente de acordo com a Associação Internacional de epidemiologia

Epidemiologia é a Ciência que estuda o processo saúde-doença na


sociedade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das
doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva,
propondo medidas especificas de prevenção, controle ou erradicação
de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao
planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.

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Variáveis epidemiológicas
Os métodos e técnicas da epidemiologia são utilizados para detectar uma
associação entre uma doença ou agravo e características de pessoa, tempo
e lugar. Portanto, o primeiro passo para o entendimento de um problema
de saúde ou de uma doença consiste em descrevê-lo por meio de variáveis
de pessoa, tempo e lugar

Tempo

Lugar

Pessoa

Pessoa: Quem? Pessoas podem ser descritas em termos de: suas


características herdadas ou adquiridas (idade, sexo, cor, escolaridade,
renda, estado nutricional e imunitário, etc.); suas atividades (trabalho,
esportes, práticas religiosas, costumes, etc.); e circunstâncias de vida
(condição social, econômica e do meio ambiente). De acordo com a idade,
elas se expõem, mais ou menos, aos fatores de risco. Por exemplo,
geralmente os adultos expõem-se mais a eventos como hanseníase,
tuberculose, acidentes de trânsito, homicídios, aids. As condições
patológicas relacionadas ao baixo nível de imunidade são mais freqüentes
em idades extremas, ou seja, crianças e idosos.

Tempo: Quando? A cronologia de uma doença é fundamental para a sua


análise epidemiológica. A distribuição dos casos de determinada doença por

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períodos de tempo (semanal, mensal, anual) permite verificar como a
doença evolui, isto é, se apresenta variação cíclica, se está estacionária,
decrescendo ou aumentando. Pode-se observar qual a semana ou mês em
que, geralmente, ocorre o maior número de casos.

Lugar: Onde? Em epidemiologia, o conhecimento do lugar onde ocorre


determinada doença é muito importante, principalmente para se conhecer
o seu agente etiológico e as fontes de contaminação. Distribuindo-se os
casos sobre um mapa detalhado da área, identifica-se sua concentração ou
dispersão. Isso vai orientar as ações de investigação de casos e contatos,
como também a aplicação das medidas de controle – por exemplo, a
distribuição da cobertura da vacinação permite verificar onde devem se
concentrar as ações de imunização.

Quanto ao lugar de ocorrência, também são referenciais as características,


fatores ou condicionantes ambientais, naturais ou sociais, em que a doença
aconteceu. O local onde as pessoas vivem ou trabalham pode determinar,
em parte, o tipo de doença ou problema de saúde passível de ocorrência

Em relação ao local de transmissão, os casos podem ser classificados como:

Caso autóctone
É o caso confirmado que foi detectado no mesmo local onde ocorreu a
transmissão.

Casos alóctone
É o caso confirmado que foi detectado em um local diferente daquele onde
ocorreu a transmissão.

Formas de ocorrências das doenças

Caso esporádico

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Quando, em uma comunidade, verifica-se o aparecimento de casos raros
e isolados de uma certa doença, a qual não estava prevista, esses casos
são chamados de casos esporádicos. Exemplo: peste.

Conglomerado temporal de casos


Um grupo de casos para os quais se suspeita de um fator comum e que
ocorre dentro dos limites de intervalos de tempo, significativamente, iguais,
medidos a partir do evento que, supostamente, foi a sua origem. Exemplo:
leptospirose.
Endemia
Quando a ocorrência de determinada doença apresenta variações na sua
incidência de caráter regular, constante, sistemático. Assim, endemia é a
ocorrência de uma determinada doença que, durante um longo período de
tempo, acomete, sistematicamente, populações em espaços delimitados e
caracterizados, mantendo incidência constante ou permitindo variações
cíclicas ou sazonais ou atípicas, conforme descrito anteriormente. Exemplo:
tuberculose e malária.

Epidemia
As epidemias caracterizam-se pelo aumento do número de casos acima do
que se espera, comparado à incidência de períodos anteriores. O mais
importante, contudo, é o caráter desse aumento – descontrolado, brusco,
significante, temporário. Se, em uma dada região, inexiste determinada
doença e surgem dois ou poucos casos, pode-se falar em epidemia, dado o
seu caráter de surpresa – por exemplo, o aparecimento de dois casos de
sarampo em uma região que, há muitos anos, não apresentava um único
caso. Exemplo: epidemia de dengue. Tal qual as situações endêmicas, as
ocorrências epidêmicas são limitadas a um espaço definido, desde os
limites de um surto epidêmico até a abrangência de uma pandemia.

Surto epidêmico

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Costuma-se designar surto quando dois ou mais casos de uma determinada
doença ocorrem em locais circunscritos, como instituições, escolas,
domicílios, edifícios, cozinhas coletivas, bairros ou comunidades, aliados à
hipótese de que tiveram, como relação entre eles, a mesma fonte de
infecção ou de contaminação ou o mesmo fator de risco, o mesmo quadro
clínico e ocorrência simultânea.

Epidemia Surto

• Elevação do número de • Tipo de epidemia em que os


casos de uma doença ou casos se restringem a uma
agravo, em um determinado área geográfica pequena e
lugar e período de tempo, bem delimitada ou a uma
caracterizando de forma população institucionalizada
clara, um excesso em (creches, quartéis, escolas,
relação à freqüência etc).
esperada

Pandemia
Dá-se o nome de pandemia à ocorrência epidêmica caracterizada por uma
larga distribuição espacial que atinge várias nações. São exemplos clássicos
de pandemias: a epidemia de influenza de 1918; e a epidemia de cólera,
iniciada em 1961, que alcançou o continente americano em 1991, no Peru.

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Uma epidemia ou surto pode surgir a partir das seguintes situações:

- Quando inexiste uma doença em determinado lugar e aí se introduz uma


fonte de infecção ou contaminação (por exemplo, um caso de cólera ou um
alimento contaminado), dando início ao aparecimento de casos ou
epidemia.
- Quando ocorrem casos esporádicos de uma determinada doença e começa
a haver aumento na incidência além do esperado.
- A partir de uma doença que ocorre endemicamente e alguns fatores
desequilibram a sua estabilidade, iniciando uma epidemia.

1. (IDECAN/2016- Prefeitura de Miraí- MG- Enfermeiro)- Pelo


termo “endem̀a” deve-se entender que trata-se de doença
a) rara.
b) que ocorre de forma muito além do estipulado para uma região.
c) que ocorre dentro de limites estabelecidos pelos serviços de vigilâncias
em saúde.
d) que ultrapassa a média e dois desvios-padrão de limite de segurança
para uma área.
Comentário:
Endemia

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Quando a ocorrência de determinada doença apresenta variações na sua
incidência de caráter regular, constante, sistemático. Assim, endemia é a
ocorrência de uma determinada doença que, durante um longo período de
tempo, acomete, sistematicamente, populações em espaços delimitados e
caracterizados, mantendo incidência constante ou permitindo variações
cíclicas ou sazonais ou atípicas, conforme descrito anteriormente. Exemplo:
tuberculose e malária.
Gabarito: Letra C

2. (FUNIVERSA/2011- SES-DF- Enfermeiro)- Na saúde pública, a


campanha de erradicação da varíola ocorreu por meio da vigilância
epidemiológica, sendo aprimorado o sistema de notificação compulsória
de doenças. Já a vigilância sanitária foi introduzida como proposta da
organização do Sistema Nacional de Saúde, incorporando serviços de
fiscalização. A respeito dessas vigilâncias, julgue o item.

Em vigilância epidemiológica, há pandemia quando ocorre enfermidade ou


agente infeccioso de forma contínua em uma determinada área geográfica.
Comentário:
Pandemia
Dá-se o nome de pandemia à ocorrência epidêmica caracterizada por uma
larga distribuição espacial que atinge várias nações.
Gabarito: Errado

3. (CESPE/2013- MPU- Analista - Enfermagem)- Com relação à


vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue o item.
Em caso de pandemia, constata-se elevação do número de casos de
uma doença ou agravo, em determinada localidade, por período de
tempo determinado, havendo excesso de ocorrências dessa doença ou
agravo em relação à frequência esperada.
Comentário:

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Novamente item errado, e notamos que pandemia é um termo
recorrente em prova. Por isso, tome novamente nota do conceito:
Pandemia
Dá-se o nome de pandemia à ocorrência epidêmica caracterizada por uma
larga distribuição espacial que atinge várias nações.
Gabarito: Errado

4. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- É a ocorrência de dois ou mais casos


epidemiologicamente relacionados, restrita a um espaço extremamente
delimitado: colégio, quartel, creches, um quarteirão, um bairro etc.
a) Surto
b) Zoonose
c) Endemia
d) Epidemia
e) Pandemia
Comentário:
Surto epidêmico
Costuma-se designar surto quando dois ou mais casos de uma determinada
doença ocorrem em locais circunscritos, como instituições, escolas,
domicílios, edifícios, cozinhas coletivas, bairros ou comunidades, aliados à
hipótese de que tiveram, como relação entre eles, a mesma fonte de
infecção ou de contaminação ou o mesmo fator de risco, o mesmo quadro
clínico e ocorrência simultânea.
Gabarito: Letra A

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Vamos iniciar a aula conceituando esse importante termo. Ressalto que


existe todo um histórico relacionado a vigilância epidemiológica e um
histórico inclusive conceitual. Porém já irei focar no conceito que se cobra
nas provas de concurso. O conceito da Lei 8080/90

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Conceito de vigilância epidemiológico, segundo


a Lei 8.080:

conhecimento, a detecção ou prevenção de


qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças
ou agravos.

O que ajuda a diferenciar de outros conceitos como o conceito de


vigilância sanitária, é que nesse caso da vigilância epidemiológica temos
mudanças nos FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES!!
E o que essa vigilância vai fazer é o:
 Conhecimento
 Detecção
 Prevenção
Das mudanças desses fatores.
E para que fazer vigilância epidemiológica?
Essa resposta está no conceito, para recomendar
e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.

Este conceito está em consonância com os princípios do SUS, que prevê


a integralidade preventivo-assistencial das ações de saúde, e a
consequente eliminação da dicotomia tradicional entre essas duas áreas,
que tanto dificultava as ações de vigilância. Além disso, a
descentralização das responsabilidades e funções do sistema de saúde
implicou no redirecionamento das atividades de vigilância epidemiológica
para o nível local.

5. (FCC/2009- TRT- MG- Analista Judiciário - Enfermagem)-


Conjunto de atividades que permitem reunir informações indispensáveis
para conhecer, a cada momento, o com- portamento ou a história

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natural de um agravo. A partir desse conhecimento, detectar ou prever
mudanças que possam ocorrer nos fatores que o condicionam, com a
finalidade de recomendar medidas oportunas que levem à prevenção e
ao controle do agravo.
Essa definição do Ministério da Saúde refere-se à
a) Vigilância Sanitária.
b) Política de Atenção Básica à Saúde.
c) Agência Nacional de Saúde.
d) Vigilância Epidemiológica.
e) Diretrizes Nacionais de Implantação para Saúde do Trabalhador.
Comentário:
Conceito de vigilância epidemiológico, segundo a Lei 8.080:
“cońunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos.
Gabarito: Letra D

6. (CESPE/2013- DEPEN- Enfermagem)- Acerca dos sistemas de


vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue os próximos
itens. Considere que a sigla DCNT, sempre que empregada, refere-se a
doenças crônicas não transmissíveis.
A vigilância epidemiológica e a vigilância em saúde contribuem para o
planejamento e a tomada de decisões dos gestores da saúde em nível
federal, estadual e municipal
Comentário:
Sim, contribuem no planejamento e na tomada de decisão por meio dos
dados/informações, além disso faz as recomendações necessárias. O
correto da questão é que na saúde "contribuem".
Gabarito: Correto

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7. (FUNCAB/2014- SEDS-TO- Analista Socioeducador -
Enfermagem)- Os princípios básicos para atenção às Infecções
Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como em qualquer processo de
controle de epidemias, são:
a) tratar os casos suspeitos e confirmados e notificar as incidências.
b) promover educação continuada aos usuários de drogas e profissionais
do sexo
c) interromper a cadeia de transmissão e prevenir novas ocorrências.
d) priorizar regiões vulneráveis e população masculina, maiores
transmissores de ISTs
Comentário:
Dentre os itens e que se encaixa com a finalidade trazida no conceito de VE
de acordo com a Lei 8080/90 é a letra C: interromper a cadeia de
transmissão e prevenir novas ocorrências.
Gabarito: Letra C

8. (CESPE/2013- MPU- Analista enfermagem)- É o conjunto de ações


que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual e
coletiva. Tem como finalidade recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.
a) Vigilância Epidemiológica.
b) Vigilância Sanitária.
c) Vigilância da saúde.
d) Vigilância Ambiental.
e) Vigilância Cultural.
Comentário:
Essa está muito fácil e é para praticarmos e fixarmos o conceito de VE:
É o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual e coletiva. Tem como finalidade

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recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos.
Gabarito: Letra A

9. (Processo Seletivo Unificado Minas Gerais 2011- Residência


Enfermagem)- A v̀g̀la nc̀a ep̀dem̀olog̀ca disponibiliza informacoes
atual̀zadas sobre a ocorre ncia de doencas e agravos, bem como dos seus
fatores cond̀c̀onantes em uma area geograf̀ca ou populacao determ̀nada
para a execucao de acoes de controle e prevencao. A v̀g̀la ncia
ep̀dem̀olog̀ca
a) deve ser baseada em unidades sentinela, para eventos erradicados ou
em eliminacao.
b) deve usar definicão de caso que contenha cr̀ter̀os para pessoa, tempo
e lugar.
c) e pass̀va quando real̀zada por mèo de v̀s̀tas de prof̀ss̀onàs da
v̀g̀la nc̀a as uǹdades de saude.
d) representa um conjunto de atividades pontuais de prevencao, real̀zadas
nos muǹc̀p̀os de grande porte.
Comentário:
As resposta a) e b) restringem o escopo da vigilância, que é mais amplo do
que o proposto nas questões. A letra c) erra ao usar a palavra ativa em vez
de passiva. E a letra B está de acordo com o que aprendemos sobre
epidemiologia, e que pode ser aplicado na vigilância epidemiológica.
Gabarito: Letra B

PROPÓSITO E FUNÇÕES DA VE

A Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis constitui-se


como importante instrumento para o planejamento, organização e
operacionalização dos serviços de saúde, bem como a normatização das
atividades técnicas correlatas. Sua operacionalização compreende uma
série de funções específicas, permitindo conhecer o comportamento da

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doença ou agravo selecionado como alvo das ações, de forma que as
medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com
oportunidade e eficácia. Pode ser considerado o principal objetivo dos sistemas de vigilância em saude.
Vejamos agora quais são as funções da Vigilância Epidemiológica de
acordo com o Guia do Ministério da Saúde.

análise e
processamento de
coleta de dados interpretação dos
dados coletados
dados processados

recomendação das avaliação da


promoção das
medidas de eficácia e
ações de controle
controle efetividade das
indicadas
apropriadas medidas adotadas

divulgação de
informações
pertinentes

10. (IADES/2013- EBSERH- Enfermeiro)- A equipe de enfermagem


tem papel fundamental no trabalho da Vigilância Epidemiológica (VE)
que é o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção
ou prevenção de qualquer mudança, nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a fnalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças
ou agravos. Portanto, constitui-se ainda, em importante instrumento
para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços
de saúde como também para a normatização de atividades técnicas
correlatas. Função, esta, dos gestores competentes. Assinale a
alternativa que caracteriza uma função da Vigilância Epidemiológica.

a) Imposição de medidas de controle apropriadas.

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b) Análise dos dados para arquivamento.
c) Crítica sobre a efcácia das ações adotadas.
d) Coleta de dados.
e) Arquivamento das informações pertinentes.
Comentário:
Exatamente conforme nosso esquema didático acima podemos gabaritar
tranquilamente a letra D como o único item que traz uma das funções da
VE.
Gabarito: Letra D

11. (Residência/2015- CEREMRR- Enfermeiro)- O propósito de


investigar uma epidemia de doença transmissível é identificar a causa e a
melhor maneira de controlá-la. Para isso deve ser feito um trabalho
epidemiológico sistemático e detalhado, envolvendo os seguintes passos,
em sequência ou simultaneamente, EXCETO
a) Investigação preliminar
b) Identificação e notificação dos casos
c) Coleta sem necessidade de análise dos dados
d) Manejo e controle, divulgação dos resultados e acompanhamento
Comentário:
Note que o enunciado pede o item errado e conforme vimos é necessário a
coleta prosseguindo com a análise dos dados coletados.
Gabarito: C

ATENÇÃO: Não mais se admite que a atuação no âmbito local esteja


restrita à realização de coleta de dados e à sua transmissão a outros
níveis. O fortalecimento de sistemas municipais de saúde, tendo a
vigilância epidemiológica como um de seus instrumentos mais
importantes de atuação, deve constituir-se na estratégia principal de
institucionalização.

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Ou seja, sempre lembrem de um detalhe para a prova de vocês: a
importância do FORTALECIMENTO DO MUNICÍPIO!!

Município

12. (CESPE/2013- DEPEN- Enfermagem)- Acerca dos sistemas de


vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue os próximos
itens. Considere que a sigla DCNT, sempre que empregada, refere-se a
doenças crônicas não transmissíveis.
A vigilância epidemiológica centralizada visa à formulação de um plano
nacional de combate às DCNT, com o objetivo de subsidiar
prioritariamente o repasse de recursos aos estados e municípios,
inclusive em situações não previstas no plano de saúde local.
Comentário:
Errado, pois como vimos visa o fortalecimento do Município devido a
diretriz de descentralização do SUS!
Gabarito: Errado

13. (IF-PB/2015- Enfermeiro)- A Estratégia de Saúde da Família


(ESF) vem se apresentando como um novo modelo de reorientação da
AB a partir do trabalho de equipes, constituídas por profissionais de
saúde e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), com a finalidade de
executar as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Dentro das Ações de Vigilância à Saúde, compreendendo o planejamento
e as tomadas de decisões na vigilância sanitária e epidemiológica, são

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consideradas ações do enfermeiro a Vigilância epidemiológica no seu
território, busca ativa de casos suspeitos de doenças transmissíveis ou
agravos à saúde individual e coletiva.
Comentário:
Isso mesmo! Questão boa para revisarmos tudo o que vimos até aqui!
Gabarito: Correto

COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES

O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da


==0==

disponibilidade de INFORMAÇÕES que sirvam para subsidiar o


desencadeamento de ações INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO. A qualidade da
informação, por sua vez, depende da adequada coleta dos dados gerados
no local onde ocorre o evento sanitário (dado coletado).
Vamos agora ver quais são esses tipos de dados coletados:

Os dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância


Epidemiológica são os seguintes:
• Dados demográficos, socioeconômicos e ambientais: permitem
quantificar a população e gerar informações sobre suas condições de
vida: número de habitantes e características de sua distribuição,
condições de saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais e
culturais.
• Dados de morbidade: podem ser obtidos mediante a notificação de
casos e surtos, de produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de
investigação epidemiológica, de busca ativa de casos, de estudos
amostrais e de inquéritos, entre outras formas.
• Dados de mortalidade: são obtidos através das declarações de
óbitos, processadas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade.
Esse sistema está sendo descentralizado, objetivando o uso imediato dos
dados pelo nível local de saúde.

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Percebeu a diferença de morbidade e mortalidade?
A morbidade diz respeito a casos e surtos, entre outras formas, já a
mortalidade estamos falando de declarações de óbito!!

• Notificação de surtos e epidemias: a detecção precoce de surtos e


epidemias ocorre quando o sistema de vigilância epidemiológica local
está bem estruturado, com acompanhamento constante da situação
geral de saúde e da ocorrência de casos de cada doença e agravo de
notificação. Essa prática possibilita a constatação de qualquer indício de
elevação do número de casos de uma patologia, ou a introdução de
outras doenças não incidentes no local e, conseqüentemente, o
diagnóstico de uma situação epidêmica inicial, para a adoção imediata
das medidas de controle.

Notificação é a comunicação da
ocorrência de determinada doença ou
agravo à saúde, feita à autoridade
sanitária por profissionais de saúde ou
qualquer cidadão, para fins de adoção
de medidas de intervenção
pertinentes.

E agora você pergunta. Profª Poly quais são essas fontes de dados
da VE?
Vamos ver algumas das principais e que mais caem em prova:

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 Notificação: Historicamente, a notificação compulsória de
doenças tem sido a principal fonte da vigilância epidemiológica. A
lista nacional das doenças de notificação vigente está restrita a
alguns agravos e doenças de interesse sanitário para o País, e
compõe o Sistema de Doenças de Notificação Compulsória
 Bases de dados dos Sistemas Nacionais de Informação: o
registro rotineiro de dados sobre saúde, derivados da produção de
serviços, ou de sistemas de informação específicos, constituem-se
valiosas fontes de informação sobre a ocorrência de doenças e
agravos sob vigilância epidemiológica. Lembra dos sistemas que já
falamos na aula passada?
Sistema de Informação de Mortalidade - SIM
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC
Sistema de Informações Hospitalares - SIH
Sistema de Informações Ambulatoriais – SAI

Vimos, então, que além da notificação compulsória, o Sistema de


Vigilância Epidemiológica pode definir doenças e agravos como de
notificação simples. O Sinan é o principal instrumento de coleta dos
dados de notificação compulsória.
Fontes adicionais de dados epidemiológicos:
 Imprensa e mídia
 Inquérito epidemiológico.
 Levantamento epidemiológico.
 Investigação epidemiológica de campo.
 Sistemas sentinelas.

14. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- Informações oriundas da imprensa sobre


possíveis surtos de doenças não devem ser consideradas para investigação,
pois a mídia, constantemente, faz sensacionalismo sobre o caso, alarmando
a comunidade.

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Comentário: A afirmativa é errada. Todas as fontes devem ser
consideradas. Não parece claro que uma imprensa responsável estaria
repassando a informação de um indivíduo? E qualquer indivíduo pode
informar sobre uma doença ou agravo. No Guia do Ministério da saúde
inclusive inclui a impressa e a mídia como uma das formas de informações
para investigação.
Gabarito: Errado

15. (CESPE/2013- MPU- Analista - Enfermagem)- Com relação à


vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue o item.
A disponibilidade de indicadores demográficos e socioeconômicos é
fundamental para que se conheçam a dinâmica populacional e as
condições gerais de vida da população, informações que se vinculam a
fatores condicionantes de doenças ou agravos.
Comentário:
Item correto e muito tranquilo! Note que foi uma questão do CESPE,
mas de nível bem fácil. Certamente A disponibilidade de indicadores
demográficos e socioeconômicos é fundamental.
Gabarito: Correto

16. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- A vigilância epidemiológica compreende o


conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e
agravos. Um dos pilares da vigilância para doenças com potencial
epidêmico é a notificação compulsória de casos:
a) Confirmados
b) Suspeitos
c) De morte
d) Em tratamento
e) Internados

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Comentário:
Você pode ter dúvidas entre a A ou a B. Mas, parece razoável que um dos
pilares seja notificar o quanto antes no caso de doenças epidêmicas. Desse
modo, faz todo o sentido marcar a letra B, pois é o diferencial no caso de
potencial epidêmico.
Gabarito: Letra B

DIAGNÓSTICO DE CASO

A confiabilidade do sistema de notificação depende, em grande parte, da


capacidade dos serviços locais de saúde - que são os responsáveis pelo
atendimento dos casos - diagnosticarem, corretamente, as doenças e
agravos.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS EMERGENTES E


REEMERGENTES

Doenças emergentes são aquelas associadas à descoberta de agentes


até então desconhecidos, ou as que se expandem ou ameaçam expandir-
se para áreas consideradas indenes. A aids e as hantaviroses são
exemplos de doenças novas que emergiram. Já a doença de Chagas, que
apresenta considerável redução de casos novos em amplas faixas do
território brasileiro, onde era reconhecida há muitas décadas, está
emergindo na Amazônia, região que até poucos anos atrás era
considerada livre desta doença.
São denominadas de Doenças reemergentes aquelas doenças bastante
conhecidas, que estavam controladas, ou eliminadas de uma
determinada região, e que vieram a ser reintroduzidas (cólera, dengue).
Esses fenômenos vêm sendo associados a fatores demográficos,
ecológicos, ambientais, resistência e seleção de agentes aos
antimicrobianos, resistência dos vetores aos inseticidas, rapidez e
intensidade de mobilização das populações no processo de globalização,

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desigualdades sociais principalmente nos complexos urbanos que
favorecem a disseminação de doenças, entre outros.

Doenças emergentes Doenças Reemergentes

Associadas à descoberta de Doenças bastante


agentes até então conhecidas, que estavam
desconhecidos, ou as que se controladas, ou eliminadas
expandem ou ameaçam de uma determinada região,
expandir-se para áreas e que vieram a ser
consideradas indenes reintroduzidas
P ex: AIDS e as hantaviroses P ex: cólera, dengue.

17. (FCC/2011- TER-AP- Analista Judiciário - Enfermagem)- Em


2004, foram notificados 30 casos de uma determinada doença na região
Y. A doença já tinha sido detectada em outras regiões do país, mas
nunca nessa região. O termo epidemiológico que define a situação
descrita é
a) reemergente.
b) emergente.
c) reepidêmico.
d) endemia.
e) ciclo endêmico.
Comentário
Reemergentes-são doenças que reapareceram após um período de declínio
significativo(longos anos), como cólera e dengue no Brasil, ou ameaçam
aumentar em futuro próximo.
Emergentes -são doenças que apareceram recentemente, numa área
geográfica, na qual provocaram problemas de saúde pública
Reepidêmico- este é um termo não utilizado nas bibliografias
Endêmico-uma doença que se manifesta apenas numa determinada região,
de causa local.

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Ciclo Endêmico-uma série de eventos (ou fenômenos) que se repetem
sucessivamente, numa mesma localidade.
Portanto,
Gabarito: Letra B

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CAMPO

A investigação epidemiológica é um método de trabalho utilizado com


muita frequência, em casos de doenças transmissíveis, mas que se
aplica a outros grupos de agravos.

Consiste em um estudo de
campo realizado a partir de
casos (clinicamente
declarados ou suspeitos) e de
portadores.

Tem como objetivo avaliar a ocorrência, do ponto de vista de suas


implicações para a saúde coletiva. Sempre que possível, deve conduzir à
confirmação do diagnóstico, à determinação das características
epidemiológicas da doença, à identificação das causas do fenômeno e à
orientação sobre as medidas de controle adequadas. ao coletivo

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS E EPIDEMIAS

A ocorrência de casos novos de uma doença ou agravo (transmissível


ou não), passível de prevenção pelos serviços de saúde, indica que a
população está sob risco, sendo que, possivelmente, uma das razões é o
controle inadequado de seus fatores determinantes, por falhas na
assistência à saúde e/ou das medidas de proteção.
Da mesma forma, agravos inusitados à saúde podem representar
ameaças que precisam ser identificadas e controladas. Impõe-se

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esclarecer a ocorrência destes eventos para que sejam adotadas as
medidas de prevenção e controle pertinentes a cada situação.

ATENÇÃO: A Investigação Epidemiológica de Casos e Epidemias


constitui-se em uma atividade obrigatória de todo Sistema Local de
Vigilância Epidemiológica!!

A Investigação Epidemiológica tem que ser iniciada imediatamente após


a notificação de caso(s) isolado(s) ou agregados de doença/agravo,
seja(m) ele(s) suspeito(s), clinicamente declarado(s), ou mesmo
contato(s), para o(s) qual(is), as autoridades sanitárias considerem
necessário dispor de informações complementares

INVESTIGAÇÃO DE SURTOS E EPIDEMIAS

Os primeiros casos de uma epidemia, em uma determinada área, sempre


devem ser submetidos à investigação em profundidade. A magnitude,
extensão, natureza do evento, a forma de transmissão, tipo de medidas
de controle indicadas (individuais, coletivas ou ambientais), são alguns
elementos que orientam a equipe sobre a necessidade de se investigar
todos ou apenas uma amostra dos casos.
O principal objetivo da investigação de uma epidemia ou surto de
determinada doença infecciosa, é identificar formas de interromper a
transmissão e prevenir a ocorrência de novos casos.
Já vimos na parte inicial desse material os conceitos de surto e epidemia.

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As ações de vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis


abrangem um grande elenco de agravos como:
 as doenças imunopreveníveis (sarampo, tétano, coqueluche, etc.);
 antropozoonoses e doenças transmitidas por vetores
(leishmaniose, esquistossomose, leptospirose, febre amarela,
raiva, etc.);
 as doenças de veiculação hídrica e alimentar (febre tifóide,
botulismo, etc.) e
 de veiculação respiratória, como as meningites.

18. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- A Investigação epidemiológica, realizada a


partir de casos notificados e seus contatos, tem por principais objetivos:

1. Identificar o agente etiológico causador da doença.


2. Observar dados sobre a frequência usual da doença, relacionados a
pessoas, lugar e tempo, no intuito de confirmar a existência de um surto
ou epidemia.
3. Conhecer o modo de transmissão, incluindo veículos e vetores que
possam estar envolvidos no processo de transmissão da doença.
4. Identificar a população susceptível que esteja em maior risco de
exposição ao agente para proceder às medidas específicas de controle e à
estratégia para a sua aplicação.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.


a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) É correta apenas a afirmativa 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 1,3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.
Comentário:

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Essa questão é na verdade para nos ajudar a rever e reforçar o conceito de
investigação epidemiológica, já que todos os itens estão corretos.
Gabarito: Letra E

INVESTIGAÇÃO DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR


ALIMENTO (DTA)

Os surtos de doença transmitida por alimento (DTA) possuem algumas


características que demandam procedimentos especiais. Muitas vezes é
difícil estabelecer a etiologia da doença, pois, em geral, estes surtos são
produzidos por vários agentes etiológicos e se expressam por variadas
manifestações clínicas. Por essa razão, diferentemente das outras doenças
também importantes para o Sistema de Vigilância Epidemiológica, não há
definições de casos preestabelecidas.
ATENÇÃO: A notificação de casos só se torna obrigatória quando se
suspeita de ocorrência de surto.

O propósito fundamental da investigação é determinar as circunstâncias


nas quais o surto foi produzido e obter informações que possam orientar as
medidas necessárias para evitar novos casos. As atividades desenvolvidas
envolvem, basicamente, comensais, definição de caso, coleta de amostras
clínicas, bromatológicas e toxicológicas, além da inspeção sanitária. Como
em outras situações epidêmicas, os dados devem ser continuamente
analisados para possibilitarem, paralelamente à investigação, a adoção de
medidas de prevenção e controle (processo informação-decisão ação)

Comensais são pessoas que participaram da mesma refeição

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A SITUAÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL

Para o fechamento da aula de hoje vamos


conhecer situação das doenças transmissíveis no
Brasil!

A situação das doenças transmissíveis no Brasil


apresenta um quadro complexo, que pode ser resumido em três grandes
tendências: doenças transmissíveis com tendência descendente, doenças
transmissíveis com quadro de persistência e doenças transmissíveis
emergentes e reemergentes
Resumindo irei fazer um quadro dessas doenças baseada no Guia de Bolso
das Doenças Infectocontagiosas do Ministério da Saúde:

Doenças Transmissíveis com


tendência declinante
Varíola
Poliomielite
Sarampo
Tétano neonatal
Raiva Humana
Difteria
Tétano acidental
Coqueluche
Doença de Chagas
Febre Tifóide
Oncocercose
Filariose
Peste

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Doenças Transmissíveis
com quadro de persistência
Hepatites virais (especial
B e C)
Tuberculose
Leptospirose
Meningites
Leshimaniose
Esquistossomose
Malária

Doenças Transmissíveis
emergentes e
reemergentes
AIDS
Cólera
Dengue
Hantavirose
Influenza A

19. (CESPE/2015- DEPEN- Enfermagem)- Julgue o próximo item


com relação às ações de vigilância epidemiológica voltadas a
tuberculose.
Atualmente, a tuberculose já não é mais considerada agravo de
notificação compulsória, pois suas formas de transmissão estão
controladas no Brasil.
Comentário:

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Errado, já que acabamos de verificar que a tuberculose é uma doença
transmissível com quadro de persistência.
Gabarito: Errado

20. (FGV/2015- TJ-PI- Analista Judiciário - Enfermeiro)- A situação


das doenças transmissíveis no Brasil apresenta um quadro complexo,
que pode ser resumido em três grandes tendências: doenças
transmissíveis com tendência descendente, doenças transmissíveis com
quadro de persistência e doenças transmissíveis emergentes e
reemergentes.
Uma doença transmissível com tendência descendente é:
a) malária;
b) coqueluche;
c) tuberculose;
d) leptospirose;
e) hepatites virais.
Comentário:
Doenças Transmissíveis com tendência
declinante
Varíola
Poliomielite
Sarampo
Tétano neonatal
Raiva Humana
Difteria
Tétano acidental
Coqueluche
Doença de Chagas
Febre Tifóide
Oncocercose
Filariose
Peste

Gabarito: Letra B

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Vou parando por aqui e na próxima aula conheceremos os programas
nacionais de algumas doenças transmissíveis ainda na Vigilância
epidemiológica de Doenças transmissíveis.
As doenças são especificamente tratadas em um outro curso chamado
“Doenças transmissíveis”. O que faremos na aula que vem para
complementar esse assunto é tratar a fundo dos programas de controle
epidemiológico dessas doenças. OK? 

RESUMO

Conceito de vigilância epidemiológico, segundo


a Lei 8.080:

conhecimento, a detecção ou prevenção de


qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças
ou agravos.

Funções da Vigilância epidemiológica:

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análise e
processamento de
coleta de dados interpretação dos
dados coletados
dados processados

recomendação das avaliação da


promoção das
medidas de eficácia e
ações de controle
controle efetividade das
indicadas
apropriadas medidas adotadas

divulgação de
informações
pertinentes

Notificação é a comunicação da
ocorrência de determinada doença ou
agravo à saúde, feita à autoridade
sanitária por profissionais de saúde ou
qualquer cidadão, para fins de adoção
de medidas de intervenção pertinentes.

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Doenças emergentes Doenças Reemergentes

Associadas à descoberta Doenças bastante


de agentes até então conhecidas, que
desconhecidos, ou as estavam controladas, ou
que se expandem ou eliminadas de uma
ameaçam expandir-se determinada região, e
para áreas consideradas que vieram a ser
indenes reintroduzidas
P ex: AIDS e as P ex: cólera, dengue.
hantaviroses

Investigação epidemiológica

Consiste em um estudo de
campo realizado a partir de
casos (clinicamente
declarados ou suspeitos) e de
portadores.

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Epidemia Surto

• Elevação do número de • Tipo de epidemia em que os


casos de uma doença ou casos se restringem a uma
agravo, em um determinado área geográfica pequena e
lugar e período de tempo, bem delimitada ou a uma
caracterizando de forma população institucionalizada
clara, um excesso em (creches, quartéis, escolas,
relação à freqüência etc).
esperada

Doenças Transmissíveis com


tendência declinante
Doenças Transmissíveis
com quadro de persistência
Varíola
Poliomielite Hepatites virais (especial
Sarampo B e C)
Tétano neonatal Tuberculose
Raiva Humana Leptospirose
Difteria Meningites
Tétano acidental Leshimaniose
Coqueluche Esquistossomose
Doença de Chagas
Malária
Febre Tifóide
Oncocercose
Filariose Doenças Transmissíveis
Peste emergentes e reemergentes
AIDS
Cólera
Dengue
Hantavirose
Influenza A

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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS

1. (IDECAN/2016- Prefeitura de Miraí- MG- Enfermeiro)- Pelo


termo “endem̀a” deve-se entender que trata-se de doença
a) rara.
b) que ocorre de forma muito além do estipulado para uma região.
c) que ocorre dentro de limites estabelecidos pelos serviços de vigilâncias
em saúde.
d) que ultrapassa a média e dois desvios-padrão de limite de segurança
para uma área.

2. (FUNIVERSA/2011- SES-DF- Enfermeiro)- Na saúde pública, a


campanha de erradicação da varíola ocorreu por meio da vigilância
epidemiológica, sendo aprimorado o sistema de notificação compulsória
de doenças. Já a vigilância sanitária foi introduzida como proposta da
organização do Sistema Nacional de Saúde, incorporando serviços de
fiscalização. A respeito dessas vigilâncias, julgue o item.

Em vigilância epidemiológica, há pandemia quando ocorre enfermidade ou


agente infeccioso de forma contínua em uma determinada área geográfica.

3. (CESPE/2013- MPU- Analista - Enfermagem)- Com relação à


vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue o item.
Em caso de pandemia, constata-se elevação do número de casos de
uma doença ou agravo, em determinada localidade, por período de
tempo determinado, havendo excesso de ocorrências dessa doença ou
agravo em relação à frequência esperada.

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4. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- É a ocorrência de dois ou mais casos
epidemiologicamente relacionados, restrita a um espaço extremamente
delimitado: colégio, quartel, creches, um quarteirão, um bairro etc.
a) Surto
b) Zoonose
c) Endemia
d) Epidemia
e) Pandemia

5. (FCC/2009- TRT- MG- Analista Judiciário - Enfermagem)-


Conjunto de atividades que permitem reunir informações indispensáveis
para conhecer, a cada momento, o com- portamento ou a história
natural de um agravo. A partir desse conhecimento, detectar ou prever
mudanças que possam ocorrer nos fatores que o condicionam, com a
finalidade de recomendar medidas oportunas que levem à prevenção e
ao controle do agravo.
Essa definição do Ministério da Saúde refere-se à
a) Vigilância Sanitária.
b) Política de Atenção Básica à Saúde.
c) Agência Nacional de Saúde.
d) Vigilância Epidemiológica.
e) Diretrizes Nacionais de Implantação para Saúde do Trabalhador.

6. (CESPE/2013- DEPEN- Enfermagem)- Acerca dos sistemas de


vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue os próximos
itens. Considere que a sigla DCNT, sempre que empregada, refere-se a
doenças crônicas não transmissíveis.
A vigilância epidemiológica e a vigilância em saúde contribuem para o
planejamento e a tomada de decisões dos gestores da saúde em nível
federal, estadual e municipal

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7. (FUNCAB/2014- SEDS-TO- Analista Socioeducador -
Enfermagem)- Os princípios básicos para atenção às Infecções
Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como em qualquer processo de
controle de epidemias, são:
a) tratar os casos suspeitos e confirmados e notificar as incidências.
b) promover educação continuada aos usuários de drogas e profissionais
do sexo
c) interromper a cadeia de transmissão e prevenir novas ocorrências.
d) priorizar regiões vulneráveis e população masculina, maiores
transmissores de ISTs

8. (CESPE/2013- MPU- Analista enfermagem)- É o conjunto de ações


que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual e
coletiva. Tem como finalidade recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.
a) Vigilância Epidemiológica.
b) Vigilância Sanitária.
c) Vigilância da saúde.
d) Vigilância Ambiental.
e) Vigilância Cultural.

9. (Processo Seletivo Unificado Minas Gerais 2011- Residência


Enfermagem)- A v̀g̀la nc̀a ep̀dem̀olog̀ca d̀spoǹb̀l̀za ̀nformacoes
atual̀zadas sobre a ocorre ncia de doencas e agravos, bem como dos seus
fatores cond̀c̀onantes em uma area geograf̀ca ou populacao determ̀nada
para a execucao de acoes de controle e prevencao. A v̀g̀la nc̀a
ep̀dem̀olog̀ca
a) deve ser baseada em unidades sentinela, para eventos erradicados ou
em eliminacao.
b) deve usar definicão de caso que contenha cr̀ter̀os para pessoa, tempo
e lugar.

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c) e pass̀va quando real̀zada por mèo de v̀s̀tas de prof̀ss̀onàs da
v̀g̀la nc̀a as uǹdades de saude.
d) representa um conjunto de atividades pontuais de prevencao, real̀zadas
nos muǹc̀p̀os de grande porte.
10. (IADES/2013- EBSERH- Enfermeiro)- A equipe de enfermagem
tem papel fundamental no trabalho da Vigilância Epidemiológica (VE)
que é o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção
ou prevenção de qualquer mudança, nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a fnalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças
ou agravos. Portanto, constitui-se ainda, em importante instrumento
para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços
de saúde como também para a normatização de atividades técnicas
correlatas. Função, esta, dos gestores competentes. Assinale a
alternativa que caracteriza uma função da Vigilância Epidemiológica.

a) Imposição de medidas de controle apropriadas.


b) Análise dos dados para arquivamento.
c) Crítica sobre a efcácia das ações adotadas.
d) Coleta de dados.
e) Arquivamento das informações pertinentes.

11. (Residência/2015- CEREMRR- Enfermeiro)- O propósito de


investigar uma epidemia de doença transmissível é identificar a causa e a
melhor maneira de controlá-la. Para isso deve ser feito um trabalho
epidemiológico sistemático e detalhado, envolvendo os seguintes passos,
em sequência ou simultaneamente, EXCETO
a) Investigação preliminar
b) Identificação e notificação dos casos
c) Coleta sem necessidade de análise dos dados
d) Manejo e controle, divulgação dos resultados e acompanhamento

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12. (CESPE/2013- DEPEN- Enfermagem)- Acerca dos sistemas de
vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue os próximos
itens. Considere que a sigla DCNT, sempre que empregada, refere-se a
doenças crônicas não transmissíveis.
A vigilância epidemiológica centralizada visa à formulação de um plano
nacional de combate às DCNT, com o objetivo de subsidiar
prioritariamente o repasse de recursos aos estados e municípios,
inclusive em situações não previstas no plano de saúde local.

13. (IF-PB/2015- Enfermeiro)- A Estratégia de Saúde da Família


(ESF) vem se apresentando como um novo modelo de reorientação da
AB a partir do trabalho de equipes, constituídas por profissionais de
saúde e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), com a finalidade de
executar as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Dentro das Ações de Vigilância à Saúde, compreendendo o planejamento
e as tomadas de decisões na vigilância sanitária e epidemiológica, são
consideradas ações do enfermeiro a Vigilância epidemiológica no seu
território, busca ativa de casos suspeitos de doenças transmissíveis ou
agravos à saúde individual e coletiva.

14. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- Informações oriundas da imprensa sobre


possíveis surtos de doenças não devem ser consideradas para investigação,
pois a mídia, constantemente, faz sensacionalismo sobre o caso, alarmando
a comunidade.

15. (CESPE/2013- MPU- Analista - Enfermagem)- Com relação à


vigilância epidemiológica e vigilância em saúde, julgue o item.
A disponibilidade de indicadores demográficos e socioeconômicos é
fundamental para que se conheçam a dinâmica populacional e as
condições gerais de vida da população, informações que se vinculam a
fatores condicionantes de doenças ou agravos.

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16. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- A vigilância epidemiológica compreende o
conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e
agravos. Um dos pilares da vigilância para doenças com potencial
epidêmico é a notificação compulsória de casos:
a) Confirmados
b) Suspeitos
c) De morte
d) Em tratamento
e) Internados

17. (FCC/2011- TER-AP- Analista Judiciário - Enfermagem)- Em


2004, foram notificados 30 casos de uma determinada doença na região
Y. A doença já tinha sido detectada em outras regiões do país, mas
nunca nessa região. O termo epidemiológico que define a situação
descrita é
a) reemergente.
b) emergente.
c) reepidêmico.
d) endemia.
e) ciclo endêmico.

18. (EQUIPE ESTRATÉGIA)- A Investigação epidemiológica, realizada a


partir de casos notificados e seus contatos, tem por principais objetivos:

1. Identificar o agente etiológico causador da doença.


2. Observar dados sobre a frequência usual da doença, relacionados a
pessoas, lugar e tempo, no intuito de confirmar a existência de um surto
ou epidemia.

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3. Conhecer o modo de transmissão, incluindo veículos e vetores que
possam estar envolvidos no processo de transmissão da doença.
4. Identificar a população susceptível que esteja em maior risco de
exposição ao agente para proceder às medidas específicas de controle e à
estratégia para a sua aplicação.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.


a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) É correta apenas a afirmativa 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 1,3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

19. (CESPE/2015- DEPEN- Enfermagem)- Julgue o próximo item


com relação às ações de vigilância epidemiológica voltadas a
tuberculose.
Atualmente, a tuberculose já não é mais considerada agravo de
notificação compulsória, pois suas formas de transmissão estão
controladas no Brasil.

20. (FGV/2015- TJ-PI- Analista Judiciário - Enfermeiro)- A situação


das doenças transmissíveis no Brasil apresenta um quadro complexo,
que pode ser resumido em três grandes tendências: doenças
transmissíveis com tendência descendente, doenças transmissíveis com
quadro de persistência e doenças transmissíveis emergentes e
reemergentes.
Uma doença transmissível com tendência descendente é:
a) malária;
b) coqueluche;
c) tuberculose;
d) leptospirose;
e) hepatites virais.

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Conhecimentos de enfermagem p/ AL-TO (Assistência Técnica em enfermagem)
Teoria e exercícios comentados
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GABARITO

Questão Gabarito
1. C
2. Errado
3. Errado
4. A
5. D
6. Correto
7. C
8. A
9. B
10. D
11. Errado
12. Errado
13. Correto
14. Errado
15. Correto
16. B
17. B
18. E
19. Errado
20. B

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