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Atenção domiciliar

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A Atenção Domiciliar faz parte da Rede de Atenção à Saúde disponível pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) e consiste na atenção primária oferecida à domicílio para cada paciente, permitindo
a promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, realizados pela equipe
multiprofissional de Saúde da Família.

O serviço envolve um cuidado direto ao paciente que precisa de cuidados de saúde mais
intensivos, de abordagem integral, com assistência por um processo que visa avaliar a estrutura
familiar, a infraestrutura do domicílio buscando evitar hospitalizações desnecessárias e reduzir os
riscos de infecções.

Atualmente o Serviço de Atendimento Domiciliar ocorre por meio do Programa Melhor em


Casa, e o acesso realizado no hospital que o paciente estiver internado ou por solicitação da equipe
de Saúde da Família ou da Unidade de Pronto Atendimento.

Há uma classificação para as modalidades de Atenção Domiciliar:

MODALIDADES DE ATENÇÃO DOMICILIAR

Para pacientes que possuam problemas de saúde estabilizados

Modalidade AD1 – Atenção e não podem se locomover até a unidade de saúde. Destina-se

Básica também à pacientes que necessitem de menor frequência de

visitas e menor recursos de saúde.

O AD2 é voltado para pacientes que apresentem problemas de

saúde com impossibilidade de locomoção para a unidade de

Modalidade AD2 e AD3 – saúde. Pacientes que necessitam de uma maior intensidade de

Melhor em Casa cuidado. Enquanto o AD3 abrange os usuários com as mesmas

características do AD2, contudo precisam de equipamentos

específicos para a continuidade do tratamento.

As ações da Atenção domiciliar são baseadas pela Gestão do Cuidado, visando fornecer
ao paciente tecnologias de Saúde conforme for necessário. Baseando-se na Política Nacional de
Humanização, é necessário realizar um Acolhimento adequado do paciente e da comunidade
permitindo a construção de um vínculo eficaz e resolutiva por meio da escuta qualificada da equipe
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de saúde. A equipe necessita de um compromisso ético e intenso com o paciente que permita uma
análise integral e ao mesmo tempo individual do sujeito que lhe permita uma melhor qualidade de
vida, através da Clínica Ampliada, isso se torna possível através do Método Clínico Centrado na
Pessoa (MCCP), uma vez que, possui como metodologia a exploração da doença, a experiência da
doença, compreendendo a pessoa como um todo e dessa forma guiando um plano terapêutico
amplo associado a prevenção e a promoção de saúde. Outro passo importante, diz respeito as
condutas relacionadas ao Apoio Matricial que permite a desburocratização e a desfragmentação
do cuidado em saúde, buscando eficácia dos serviços de referência e contrarreferência. A equipe
multidisciplinar deve ter em mente a construção do Projeto Terapêutico Singular, que consiste em
um conjunto de medidas voltada para o sujeito individual ou coletivo através do acompanhamento
transversal do paciente.

Fases do Projeto Terapêutico Singular:

• Diagnóstico: conhecer os riscos e a vulnerabilidade (psicológica, orgânica e social) do


paciente.
• Definição de metas: criação voltado ao singular de cada usuário e junto a cada paciente,
propostas de curto, médio e longo prazo.
• Definição de responsabilidades: permite a continuidade e a articulação entre a formulação,
ações e reavaliações.
• Reavaliação: permite discutir a evolução e se necessário repensar em medidas mais
apropriadas.
• Para a adequada abordagem familiar, a equipe de saúde deve estar preparada para abordar
os pacientes utilizando-se de ferramentas como: olhar sistêmico, os tipos de família, a
estrutura familiar, a dinâmica familiar e a conferência familiar.
• Olhar sistêmico: envolve o observar de todo o contexto social, econômico e político que
interfere diretamente ao bem estar do indivíduo. Buscando-se compreender o contexto
interpessoal do paciente.
• Tipos de família: que podem ser, família nuclear, extensa, adotiva, temporária, birraciais ou
multiculturais, casais que moram separadamente, monoparentais, chefiadas por pai ou mãe,
casais homossexuais com ou sem crianças, divórcios anteriores, o conhecimento do tipo de
família permite a visão integral.
• Estrutura familiar, como por exemplo a quantidade de pessoas que moram em determinada
casa e um mapeamento da história da cada um permitindo uma abordagem mais eficaz.
• Dinâmica familiar que envolve o ciclo familiar de filhos, até o envelhecimento.
• Conferência familiar: permite uma abordagem mais efetiva, através do conhecimento de
pessoas próximas.
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REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 2 v.: il.
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