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1. Introdução...................................................................... 3
2. DNA................................................................................. 4
3. Conceitos básicos sobre transcrição,
tradução e replicação do DNA..................................16
4. Princípios da evolução............................................20
5. Manipulação do DNA..............................................26
Referências Bibliográficas .........................................30
INTRODUÇÃO A GENÉTICA 3
SAIBA MAIS!
O Projeto Genoma Humano (PGH) consistiu num es-
forço internacional para o mapeamento do genoma hu-
mano e a identificação de todos os nucleotídeos que o
compõem. Após iniciativa dos Institutos Nacionais da
Saúde estadunidenses (NIH), centenas de laboratórios
de todo o mundo se uniram à tarefa de sequenciar, um
a um, os genes que codificam as proteínas do corpo hu-
mano e aquelas sequências de DNA que não são genes.
O projeto, iniciado formalmente em 1990, originalmente
foi planejado para ser completado em 15 anos, mas o
desenvolvimento da tecnologia acelerou seu final para
2003.
de ela ser rica em nitrogênio. Nove ácido nucléico que possuía a base ni-
anos mais tarde Richard Altmann trogenada uracila em lugar de timina.
(1852-1900), um aluno de Miescher, Esse ácido nucléico diferia também do
obteve nucleína com alto grau de pu- ácido timonucléico por apresentar o
reza e pode confirmar sua natureza glicídio ribose em lugar de desoxirribo-
ácida, dando-lhe o nome de ácido nu- se. Assim, foram caracterizados dois
cléico. O material mais utilizado para a tipos de ácidos que foram denomina-
obtenção de ácidos nucléicos passou dos, em função do glicídio constituin-
a ser o timo de bezerro, um tecido de te, ácido ribonucléico (RNA) e ácido
fácil obtenção e que apresenta células desoxirribonucléico (DNA).
com núcleos grandes. Foi descoberto, Em 1912, Phoebis Levene (1869-
então, que a degradação do ácido nu- 1940) e Walter Jacobs (1883-1967)
cléico do timo, na época chamado de concluíram que o componente básico
ácido timonucléico, liberava dois tipos dos ácidos nucléicos era uma estru-
de bases púricas, adenina e guani- tura composta por uma base nitro-
na, e dois tipos de bases pirimídicas, genada ligada a uma pentose que,
citosina e timina. Foi demonstrado por sua vez, estava unida ao fos-
também que um outro produto da de- fato. Esta unidade foi denominada
gradação do ácido nucléico era um gli- nucleotídeo. Uma molécula de ácido
cídio com 5 carbonos (uma pentose). nucléico seria, portanto, um polímero
O fósforo estava presente na forma constituído por uma série de nucle-
de um derivado do ácido fosfórico. otídeos unidos entre si, ou seja, um
Em 1900, descobriu-se em levedura polinucleotídeo.
(fermento de padaria) um outro tipo de
Figura 2. Da esquerda para direita, Johann Miescher, Albrecht Kossel e Phoebis Levene. Fonte: Google imagens
INTRODUÇÃO A GENÉTICA 6
Açúcar
(desoxirribose)
Nucleotídeo
Fosfato
Purinas Pirimidinas
Replicação
semiconservativa formado por Desoxirribose + Base + Grupo fosfato
≠
Se polimeriza em longas cadeias
de polinucleotídeos por meio
RNA RIBOSE + Base + Grupo fosfato
de ligações 5’-3’ fosfodiéster
formadas entre as unidades de
desoxirribose adjacentes Purinas Pirimidinas
CONCEITO!
SAIBA MAIS!
Toda vez que a célula se duplica ela também duplica os cromossomos. Este processo vai en-
curtando os telômeros das células a cada, pois a principal enzima que participa na replicação
semiconservativa do DNA - a DNA polimerase- necessita de uma âncora de 16 repetições
da sequência TTAGGG (no caso humano) e apenas copia o material genético daí em diante,
causando um encurtamento da extremidade da molécula de DNA. Portanto, teoricamente
pode-se definir com exatidão a expectativa de vida de um ser vivo analisando quantos telô-
meros ainda restam em suas células, ou seja, quantas vezes as células ainda poderão se du-
plicar antes de o indivíduo morrer. Assim, os telômeros podem ser considerados sofisticados
relógios biológicos e, também, um objeto de pesquisa para o alcance da superlongevidade.
2nm 10 nm 30 nm
Octâmero Porção de um
de histona cromossomo
em intérfase
- 140 bp
de DNA
2
do DNA em cadeias polipeptídicas. O código é degenerado ou re-
O código genético se expressa por dundante, quase todos os ami-
trincas de bases, que foram denomi- noácidos têm mais de um códon.
nadas códons. Cada códon, forma- Três aminoácidos têm 6 códons
do por três letras, corresponde a um possíveis, 5 têm 4 códons, 1 tem
certo aminoácido. A correspondência 3 e nove têm 2 códons alterna-
entre o trio de bases do DNA, o trio de tivos. Somente dois aminoácidos
bases do RNA e os aminoácidos por têm apenas 1 códon: a metionina
eles especificados constitui uma men- e o triptofano.
sagem em código. As características
INTRODUÇÃO A GENÉTICA 14
3
3. O código contém 3 códons
para os quais não foram encon-
trados aminoácidos; são eles:
UAA, UAG e UGA. Esses códons
foram chamados códons sem
sentido (“nonsense” códons).
Ocorre na:
• Fase S da interfase
• É um processo
semiconservativo
• A DNA polimerase só
alonga fitas, não as começa Necessita do PRIMER
• A DNA polimerase
adiciona nucleotídeos
no sentido 5’- 3’
FITA LÍDER –
replicação contínua
Replicação
FITA RETARDADA –
replicação descontínua
DNA Transcrição RNA Tradução PROTEÍNA
Fragmentos de Okazaki
Figura 9. Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, respectivamente. Fonte: Google Imagens
CONCEITOS
BÁSICOS DA
EVOLUÇÃO
Imigração
INTRODUÇÃO A GENÉTICA 26
dos organismos. Junto com a deter- pela mutação, essa técnica é chama-
minação do padrão de descendentes, da de genética direta (forward gene-
a genética molecular ajuda a compre- tics). Embora os rastreios da forward
ender as mutações genéticas que po- genetics sejam eficazes, podemos
dem causar certos tipos de doenças. usar uma abordagem mais direta ao
Através da utilização dos métodos de determinar o fenótipo resultante da
genética e biologia molecular, a ge- mutação de um determinado gene. A
nética molecular descobre as razões isto chama-se genética reversa. Em
pelas quais as características são alguns organismos, tais como leve-
exercidas e como e porque algumas duras, ratos e camundongos, é pos-
podem sofrer mutações. sível induzir uma detecção num gene
Uma das primeiras ferramentas a ser específico, criando um gene nocaute.
utilizada pelos geneticistas molecula- Uma alternativa possível é induzir
res na década de 1970 foi o rastreio deleções aleatórias no DNA e sele-
genético. O objetivo desta técnica é cionar posteriormente as deleções
identificar o gene que é responsável em genes de interesse, usar inter-
por um determinado fenótipo. Mui- ferência de RNA e criar organis-
tas vezes usa-se um agente muta- mos transgênicos em que vai haver
gênico para acelerar este processo. uma sobre-expressão do gene de
Uma vez isolados os organismos mu- interesse.
tantes, torna-se possível identificar
molecularmente o gene responsável
INTRODUÇÃO A GENÉTICA 29
INTRODUÇÃO A GENÉTICA
Conceitos
básicos DNA
Telômero
A–T U–C
INTRODUÇÃO A GENÉTICA 30
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Klug, William S., et al. Conceitos de genética. Artmed Editora, 2009.
Nussbaum, Robert. Thompson & Thompson genética médica. Elsevier Brasil, 2008.
Matioli, Sérgio Russo. “Biologia molecular e evolução.” (2001).
Silva, Mariane Tavares, and Charles Morphy D. Santos. “Uma análise histórica sobre a se-
leção natural: de Darwin-Wallace à Síntese Estendida da Evolução.” Amazônia: Revista de
Educação em Ciências e Matemáticas 11.22 (2015).
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