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SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................... 3
2. Favela ............................................................................. 4
3. Zona Rural e Ribeirinha..........................................11
4. Medicina Prisional.....................................................21
Referências Bibliograficas..........................................31
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 3
POPULAÇÃO RURAL
FAVELA
E RIBEIRINHA
MEDICINA PRISIONAL
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 4
Sem investimentos em
obras de infraestrutura urbana
Crescimento em
1950
direção a periferia:
Industrialização de grandes
• Economia não foi capaz de
cidades no Brasil
absorver a mão de obra
• Empobrecimento da população
• Deterioração de vida urbana
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 5
ADEQUADO INADEQUADO
Poço ou nascente:
Fornecimento de água Rede geral de distribuição carro-pipa; água da chuva
armazenada; rios; etc.
Agrupamento
Transmissão de microrganismos
familiar
Construções
Risco de desabamento, sem conforto térmico e proteção
inadequadas
Abastecimento
Risco de contaminação
de água
Coleta inadequada
Proliferação e transmissão de microrganismos
de lixo
Menor acesso
Proliferação e transmissão de microrganismos
a esgoto
Falta de planejamento
Incêndios, deslizamentos, alagamentos
urbano
Ausência de calçadas
Alagamentos, dejetos e lixo: transmissão de microrganismos
e pavimentação
Vulnerabilidade
Precariedade na educação e cultura
social e institucional
Broncopneumonia
MAIOR
Asma Doenças Infecciosas
RISCO DE:
Doenças sexualmente
Tuberculose
transmissíveis
NEGLIGÊNCIA QUEIMADURAS
Violência na comunidade
SAIBA MAIS!
COVID-19 e favela: A dificuldade de prevenção e de tratamento, a impossibilidade de manter
o distanciamento social, e a ausência de salários fixos ou benefícios para sobreviver à qua-
rentena são alguns dos fatores que delineiam esta dura realidade. Estatísticas recentes do
DataFavela, instituto de pesquisa associado à Central Única das Favelas (Cufa) e ao Instituto
Locomotiva, indicaram que metade dos trabalhadores que vivem nas favelas brasileiras não
possuem vínculos empregatícios formais: 47% são autônomos, 10% são aposentados, 8%
são empregados mas não têm carteira assinada, 5% são donas de casa. Só 19% são con-
templados pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). O instituto também apontou que 7
em cada 10 famílias já registraram diminuição na renda desde que o isolamento social foi
instituído como a melhor estratégia para enfrentamento do coronavírus.
Espaço compreendido no
campo, florestas, águas
Atividades da agricultura,
pecuária, extrativismo,
Região não urbanizada
turismo rural, silvicultura ou
conservação ambiental
Terras indígenas
Zonas economicamente
Próximos a centros urbanos
íntegras
SAIBA MAIS!
No Brasil, pelo último censo oficial (2010), 15% da população habita áreas consideradas ru-
rais. Embora essa porcentagem venha apresentando declínio em comparação com o censo
de 1996 (20% da população era considerada rural), número total de brasileiros nessas áreas
manteve-se estável e é ainda bastante expressivo, sendo de aproximadamente 30 milhões
de pessoas. Deve-se lembrar, além disso, que essas contagens sempre subestimam as po-
pulações rurais da Região Amazônica.
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 14
Sem esgotamento
Fossa séptica: Fossa rudimentar:
Esgoto sanitário:
28,2% - região sul 88.2% - centro-oeste
5,4% - nordeste
Taxa de
Urbana: 8% Rural: 25%
analfabetismo
Crianças fora
Urbana: 7,9% Rural: 11,15%
da escola
Enfermeiros
População mundial Médicos no mundo
no mundo
Realização de procedimentos
que seriam referenciados
Competência cultural
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 18
População ribeirinha
CONCEITO! A literatura define o ribeirinho
Tradicionalmente, as comunidades com base em sua forma de trabalho, es-
ribeirinhas são compostas de vários sencialmente extrativista e/ou agrícola, cen-
agrupamentos familiares, em casas trada na produção familiar. No sentido ge-
nérico, o termo ribeirinho designa qualquer
de madeiras, adaptadas ao sistema população que vive às margens dos rios.
de cheias e vazantes dos rios, disper-
sas ao longo de um percurso fluvial.
Vivem, em sua maioria, à beira de rios, As habitações ribeirinhas seguem
igarapés, igapós e lagos, estando iso- padrões específicos. As de várzea
lados, com pouco ou restrito acesso alta são do tipo “palafitas”, construí-
às mídias escrita e falada. das em solo, com assoalhos suspen-
sos. Já as de várzea baixa são do tipo
flutuante, permitindo acompanhar a
mudança do nível fluvial.
Figura 2. Exemplos de habitação de várzea alta e de habitação de várzea baixa. Fonte: GUSSO, Gustavo; LOPES, JosÉ Mauro
Ceratti. MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda, 2012
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 19
Ausência de
Condições sanitárias Dejetos depositados Doenças diarreicas
abastecimento
muito precárias próximos as casas e parasitárias
de água
SAIBA MAIS!
Para os ribeirinhos, existem, também, aqueles que possuem um saber especializado, como
os pajés (curandeiros), os rezadores (benzedeiros) e as parteiras, representantes legítimos
da cultura e identidade ribeirinha, por meio de suas práticas mágico-religiosas, responsáveis
pela resolução dos problemas corriqueiros de saúde, atuando como verdadeiros “terapeutas”
locais.
SE LIGA! Nas populações ribeirinhas, ainda mais do que nos centros urbanos, o nível primá-
rio de atenção à saúde é, por vezes, a única porta de entrada ao sistema de saúde, incluindo
situações de urgência e de emergência. Nesse sentido, a qualificação e a valorização da figura
do agente comunitário de saúde rural, para atuar nas mais diversas situações - visto que é
o primeiro contato da comunidade com o serviço de saúde local - deve ser levada em consi-
deração, assim como a disponibilidade de transporte fluvial adequado, como o uso de canoa,
rabeta ou voadeira.
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 21
SAIBA MAIS!
A Lei 7.210/1984, que trata da Lei de Execução Penal – LEP garante ao indivíduo sob custó-
dia do Estado os seus direitos fundamentais, ainda neste sentido, a Constituição Federal de
19884 oferece uma gama de direitos por meio de ações e de serviços públicos para todos os
brasileiros ou estrangeiros em território brasileiro, de tal forma que, não são excludentes as
pessoas em situação de privação de liberdade.
Contudo, por inúmeros fatores, socioculturais, financeiros, de organização das estruturas pú-
blicas nos territórios, entre outros, estas pessoas são “timidamente visualizadas” pelas polí-
ticas públicas brasileiras, sobretudo a de saúde, de tal forma que órgãos responsáveis pela
execução penal nos estados (Secretarias de Justiça, Cidadania, Administração Penitenciárias,
segurança pública) no decorrer dos anos se organizaram de maneira a ofertar serviços de
saúde desvinculados do SUS, dos territórios e da sistemática preconizada pelas diretrizes
atuais.
Condições propícias a
• Má-alimentação
proliferação de epidemias
• Sedentarismo
e ao desenvolvimento
• Falta de higiene
de patologias e psicopatias
enquanto o crescimento masculino aos estados do MS, SP, DF, AC, RO,
foi de 220% no mesmo período. ES e AP. Já o estado do Maranhão tem
A taxa de encarceramento (popula- a menor taxa de ocupação, 121%,
ção prisional para cada 100.000 ha- apresentando também a menor taxa
bitantes) é de 698 nos Estados Uni- de pessoas privadas de liberdade
dos, 119 na China, 468 na Rússia e para cada 100 mil habitantes.
de 300 no Brasil. Quando observa- A superlotação, observada nas
mos a taxa de pessoas privadas de análises sobre a taxa de pessoas
liberdade por Unidade da Federação, privadas de liberdade e a taxa de
essa taxa é maior nos estados do ocupação se torna ainda mais dra-
Mato Grosso do Sul, São Paulo e Dis- mática quando contrastamos com
trito Federal e as menores no Mara- o indicador de pessoas privadas de
nhão, Piauí e Bahia. liberdade sem condenação, ou seja,
A taxa nacional de ocupação é de a porcentagem de presos provisó-
161%, o estado de Pernambuco a rios, que chega a 41% em todo o
lidera com 265%, porém a taxa de Brasil.
pessoas presas é menor comparado
Figura 3. Faixa etária das pessoas privadas de liberdade no Brasil. Fonte: Levantamento Nacional de Informações
Penitenciárias - Infopen, Junho/2016.
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 24
Setembro de 2003
Entidades religiosas
Plano nacional de saúde
Ínicio
no sistema penitenciário
Janeiro de 2014
Política nacional para
Década de 80
atenção integral à saúde da
Aparecimento da AIDS
pessoa privada de saúde no
Sistema prisional (PNAISP)
Tratamento
Controle da
tuberculose
Controle dos
comunicantes
Rastreio
SAÚDE Controle de
Tratamento Hanseníase
NA PRISÃO HAS e DM
Adoção de hábitos
saudáveis
Busca ativa
Pré-natal
Diagnóstico e controle de
câncer cérvico-uterino e mama
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 28
HIV/AIDS
Hepatites virais
Atendimento antirrábico humano
Hanseníase
Rastreamento com radiografia Síndrome do corrimento uretral
de tórax, mas se sintomático, masculino
faz o exame do escarro Violências
Leptospirose
Esforços na melhoria
das condições que
favorecem a transmissão Prevalência de 75%
PRINCIPAIS
TUBERCULOSE Tabagismo
AGRAVOS
Permissão de fumar
Difícil investigação em local fechado
de contatos
Comportamentos
Simulação
Incidência: 1106/100 mil disruptivos
habitantes 23x mais que a
população geral (48/100 mil)
Alucinações e crises
Autolesão
convulsivas
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 30
Defasagem Rural-Urbana
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
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dade carente na zona sul de São Paulo. Revista APS, v.9, n.1, p. 20-28, jan./jun. 2006
BUSS, P. M.; FILHO A. P. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Rev. Saúde Coletiva, Rio de
Janeiro, 17(1):77-93, 2007
GONÇALVES, Helen; TOMASI, Elaine; TOVO-RODRIGUES, Luciana; BIELEMANN, Renata
Moraes; MACHADO, Adriana Kramer Fiala; RUIVO, Ana Carolina Oliveira; BORTOLOTTO,
Caroline Cardozo; JAEGER, Gustavo Pêgas; XAVIER, Mariana Otero; FERNANDES, Mayra
Pacheco. Population-based study in a rural area. Revista de Saúde Pública, [s.l.], v. 52, p.
1-12, 6 set. 2018
GUSSO, Gustavo; LOPES, JosÉ Mauro Ceratti. MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE:
princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda, 2012
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e
da Floresta. 1ª edição. Brasília – DF, 2013
Soares, M M e Bueno, P M M G. Demografia, vulnerabilidades e direito à saúde da população
prisional brasileira. Ciência & Saúde Coletiva. v. 21, n. 7. 2016
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS 32