Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Características.............................................................. 5
3. Líquidos e gases......................................................... 6
4. Fluxo................................................................................ 8
5. Biofísica da circulação.............................................11
Referências bibliográficas .........................................16
BIOFÍSICA DOS FLUIDOS 3
Por outro lado, tem-se o fluido real, Situações que implicam com aumen-
em que as forças dissipativas não são to da viscosidade do sangue, culmi-
desprezadas, a exemplo do sangue. nam em importante consequências.
Compressibilidade Viscosidade
GASES
Como dito anteriormente, o Sangue
Alguns gases
termo fluidos pode se refe-
rir tanto a líquidos quanto a
gases, assim é importante LÍQUIDO GÁS
distingui-los. Líquido é a substância Mais interação Menos interação
que adquire a forma do recipiente, intermolecular intermolecular
possuindo volume definido e é pra- Volume definido Volume indefinido
ticamente incompressível. Já o gás, é Incompressível Compressível
uma substância que ao preencher o Ocupam todo o volume
recipiente não forma superfície livre Formam superfície livre do recipiente (não for-
mam superfície livre)
(ocupa todo o recipiente), não tem vo-
Não se opõe a força de Não se opõe a força de
lume definido e é compressível. A in- cisalhamento cisalhamento
teração entre as moléculas dos gases
também é muito mais fraca quando
comparada às substâncias líquidas.
BIOFÍSICA DOS FLUIDOS 7
SAIBA MAIS!
Princípios da Hidrostática
O comportamento de líquidos, especialmente da água, e de corpos neles mergulhados, é
objeto de observação e estudo desde a Antiguidade, no século III a.C.. Com Arquimedes,
matemático e inventor grego, iniciou-se a Hidrostática; a parte da Física que estuda o com-
portamento dos líquidos em repouso.
No seu famoso livro “Sobre os corpos flutuantes”, publicado naquele século, Arquimedes
enunciou o princípio que leva o seu nome e explica porquê corpos densos flutuam em líquidos
menos densos. Segundo este princípio, todo corpo mergulhado em um líquido, inteiramente
ou parcialmente, sofre a ação de uma força vertical, dirigida para cima, que é igual ao peso do
volume do líquido deslocado pelo corpo. Tal força recebe o nome de empuxo.
Mas a explicação da origem do empuxo, ou de por que ele surge, demorou quase dois mi-
lênios para aparecer. Nos séculos XVI e XVII, a Hidrostática se consolida como ciência, com
os trabalhos do engenheiro hidráulico holandês, Simon Stevin (1548-1620), do discípulo de
Galileu, Evangelista Torricelli (1608-47), e do filósofo francês, Blaise Pascal (1623-62).
BIOFÍSICA DOS FLUIDOS 8
Stevin mostrou que a força exercida pelo líquido sobre a base era igual, não ao peso de todo o
volume do líquido contido no vaso, mas apenas ao peso da coluna de líquido que se estende
da base até a superfície do líquido, independente da forma que o vaso apresente. Este resul-
tado de Stevin ficou conhecido como o paradoxo hidrostático.
Em realidade, ele é um falso paradoxo. O fato de a força ser igual para vasos de volumes
desiguais que têm bases iguais decorre somente do fato de a pressão exercida pelo líquido
ser a mesma em todos os pontos, pois a pressão exercida por um líquido em repouso, em um
ponto, depende apenas da profundidade do ponto considerado, da densidade do líquido e
da aceleração da gravidade, ela não depende da massa total do líquido, nem do seu volume.
Um outro princípio da hidrostática foi enunciado por Blaise Pascal. Segundo ele, qualquer ou-
tra pressão exercida sobre um líquido em repouso é transmitida por todo o fluido. O princípio
de Pascal tem muitas aplicações práticas que você conhece. Ele explica, por exemplo, como
funciona o elevador hidráulico e os freios hidráulicos dos automóveis.
SAIBA MAIS!
Uma das diferenças que existe no sistema arterial em relação a um sistema hidráulico simples
é que na extremidade final da maioria das arteríolas existem os esfíncteres pré-capilares. Es-
sas estruturas são constituídas por musculatura lisa e produzem um estreitamento importan-
te na extremidade arteriolar, fazendo com que o volume de sangue que chega aos capilares
flua de modo lento e contínuo.
O choque da coluna de sangue com o esfíncter produz grande dissipação de energia, fazendo
com que a pressão e a velocidade do sangue, após o esfíncter, fiquem reduzidas.
SAIBA MAIS!
Conservação de energia
Conforme visto pela fórmula acima, e desconsiderando perdas (fluido ideal), temos o prin-
cípio de Bernoulli, que diz que: em fluido ideal (sem viscosidade, nem atrito), em regime de
circulação por um conduto fechado, a energia do fluido permanece constante ao longo do seu
percurso.
Um outro princípio relativo à conservação de energia é o princípio de Pascal, que aponta
que: a pressão em um fluido é uma forma de energia potencial (Ep), pois ela tem a habilida-
de de executar trabalho útil. Em um fluido em movimento há energia cinética (Ec) devido ao
movimento.
BIOFÍSICA DOS FLUIDOS 14
Granuloma
Se atrito
interno: viscoso
Edema
Fechados (circulatório) Abertos (respiratório)
Líquido ou gás
Compressível: permite
alteração de densidade
Se deforma quando CIRCUITOS
submetido à força Fluido Incompressível
ideal e não viscoso
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
DELATORRE, P. Biofísica para Ciências Biológicas. UFPB, 2015. Disponível em: <https://
wp.ufpel.edu.br/nuclear/files/2017/09/biofisica-ufpb.pdf>.
DURAN, Jose Henrique Rodas. Biofísica: fundamentos e aplicações. São Paulo: Pearson
Education do Brasil Ltda, 2006.
GOMES, M.H.R. Apostila de Mecânica dos Fluidos. Faculdade de Engenharia, UFJF. 2012.
Disponível : <https://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/Apostila-de-Mec%-
C3%A2nica-dos-Fluidos.pdf>.
MOURÃO, Carlos Alberto; ABRAMOV, Dimitri Marques. Biofísica Essencial. Rio de Janeiro.
Guanabara Koogan, 2012.
OKUNO, Emico; CALDAS; Iberê Luiz; CHOW, Cecil. Física para Ciências Biológicas e Biomé-
dicas. São Paulo: Haper & Row do Brasil, 1982.
UFPB. Biofísica dos Sistemas Biológicos. Disponível em: <http://portal.virtual.ufpb.br/biolo-
gia/novo_site/Biblioteca/Livro_3/5-Biofisica_dos_sistemas_biologicos.pdf>.
WEISSMULLER, G.; PINTO, N.M.A.; BISCH, P.M. Biofsíca. Fundação CECIERJ, 2ª edição, mó-
dulos 2 e 3, 2016. Disponível em: <https://canal.cecierj.edu.br/012016/d2d629655953c-
8ded240955e7045eba1.pdf>.
BIOFÍSICA DOS FLUIDOS 17