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O que é?
Conjunto de medidas utilizadas para reestabelecer a vida de uma vítima em parada
cardiorrespiratória (PCR). São ações organizadas e sistemáticas que vão fazer com que
o paciente tenha um retorno da circulação sanguínea espontânea e retorno sem
sequelas.
Como identificar?
1. Paciente não responde ao estímulo verbal.
2. Paciente não respira: sem elevação do tórax (para evidenciar respiração) ou
respiração agônica (também chamada de Gasping – CAI EM PROVA).
3. Ausência de pulso em grande artéria – carotídeo. Como identificar? Palpação em
ângulo da mandíbula.
Rítmos em PCR:
- Rítmos Não chocáveis
1. Assistolia: existe atividade elétrica mas o coração não apresenta movimentação –
pior prognóstico.
2. Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP): atividade elétrica está normal, porém o
coração não está bombeando sangue – ex.: Hipovolemia.
- Rítmos Chocáveis
3. Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP): ritmo extremamente acelerado de origem
ventricular, porém organizado. FC≥250bpm.
4. Fibrilação Ventricular: ritmo extremamente acelerado de origem ventricular, porém
desorganizado. FC≥250bpm.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
RÍTMOS DE PCR:
Resp.: D
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
Sinais Clínicos da PCR:
- Ausência de pulso central carotídeo ou femoral.
- Apneia
- Respiração Gasping
- Inconsciência
- Midríase ocular
Princípio C-A-B
Etapas:
1. SEGURANÇA DO LOCAL
• Verificar se o local é seguro para o profissional, para que ele também não se torne
uma vítima!
2. RESPONSIVIDADE DA VÍTIMA
• Avaliar a responsividade chamando-a em voz alta e tocando nos ombros, caso não
haja resposta, chamar ajuda.
3. CHAMAR AJUDA
• Se houver pessoas próximas, pedir para que chame o SAMU e peça um DEA
(ambiente extra-hospitalar: na rua, num shopping...).
OBS.: em ambiente intra-hospitalar a equipe já possui os aparelhos necessários – ECG
monitor; DEA.
http://publicacoes.cardiol.br/portal/
abc/portugues/2019/v11303/pdf/113
03025.pdf
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
5. INICIAR CICLO DE 30 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES
• Inicie ciclos de 30 compressões e duas ventilações, considerando que existe
um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso para aplicar as
ventilações).
• Se o profissional não possuir máscara de bolso ou não se sentir preparado
para aplicar as ventilações, ele pode realizar as compressões contínuas de 100
a 120 por minuto. Compressões torácicas efetivas são essenciais para
promover o fluxo de sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em
parada cardíaca.
• Se houver mais de um socorrista, alterne as funções de compressão e
ventilação a cada 2 minutos, a fim de manter a qualidade da RCP.
• Passo a passo:
- Posicionar-se ao lado direito da vítima e manter os joelhos com distância um
do outro para dar estabilidade;
- Deixar o tórax da vítima desnudo;
- Colocar a região tenar e hipotênar da sua mão dominante sobre a metade
inferior do esterno da vítima, e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando os
dedos, estender os braços e posicioná-los sobre a vítima em ângulo de 90º;
- Comprimir de 100 a 120 compressões por minuto e 5 a 6 cm de
profundidade, permitindo o completo retorno do tórax entre cada
compressão (CAI EM PROVA – INTERNATO DA SAMU - CARNAVAL);
- Minimizar interrupção das compressões e não pausar por mais de 10
segundos;
- Revezar socorrista a cada 2 minutos.
Obs.: VENTILAÇÃO
As ventilações são aplicadas após 30 compressões torácicas durante a RCP,
seguindo a sequência C-A-B. A prioridade para as compressões torácicas deve-se
ao fato da necessidade em gerar fluxo de sangue e também evitar os atrasos
práticos inerentes às tentativas de ventilações adequadas. Além disso, se a vítima
possui uma via aérea patente, ocorre a chamada ventilação passiva durante as
compressões torácicas.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
7. DESFIBRILAÇÃO
A B C D E
A. VIAS AÉREAS
• Imobilização da coluna cervical e permeabilidade das vias aéreas;
• Colar cervical: imobiliza apenas extensão e flexão do pescoço, não bloqueia
lateralização e rotação, por isso atenção!
• Procure sinais de obstrução da via aérea, fale com o paciente, se ele responder
normal você já pode se ligar que ele está com vias aéreas pérvias e orientado
(sistema nervoso ok)... Se a voz dele não sair (obstrução total) ou estiver rouca
(obstrução parcial), pode ter presença de corpo estranho, coágulo, aspiração de
sangue, etc.
Ju, se a via aérea está obstruída vamos intubar de cara? NÃO! Existem manobras
básicas que podemos realizar antes disso:
1. Aspiração: utilizar aspiração de ponta rígida, sugando sangue, coágulos, etc.
2. Pinçamento: pinçar objetos estranhos, unidades dentárias. Deve-se ter muito
cuidado e precisão, para não acabar obstruindo ainda mais as vias aéreas.
3. Cânula de guedel: Cânula utilizada para elevar e anteriorizar a língua em
pacientes inconscientes ou com rebaixamento do SNC.
4. Jaw thrust: protrusão da mandíbula.
5. Chin Lift: elevação do mento.
6. Máscara laríngea
SUPORTE DE VIDA AVANÇADO NO
TRAUMA (ATLS)
Se nenhuma manobra funcionar, partimos para a VIA AÉREA AVANÇADA
(Sinônimos que caem em PROVA: Via aérea segura; Via aérea denifitiva):
INTUBAÇÃO
1. Intubação Orotraqueal: tubo com balão insuflado, que se estende pela
laringe, abaixo das cordas vocais de forma fixada. Utilizada em paciente
dispneico, saturando, fraturas faciais...
OBS.: A intubação nasotraqueal não é indicada em pacientes com suspeita de
fratura em base de crânio.
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
1. Cricotireodostomia (Sinônimo que cai em PROVA: Coniotomia): quando não dá
pra intubar por situações de emergência, PAF em região de face, trauma
extenso em face. Só pode se estender por até 72h, após isso, deve-se
traqueostomizar.
2. Traqueostomia: quando não dá pra intubar por situações de emergência, PAF
em região de face, trauma extenso em face. Bastante invasivo.
B. BOA RESPIRAÇÃO
• Garantir o adequado fornecimento de oxigênio ao paciente.
• Garantir trocas gasosas efetivas.
NORMA MÉDICA: Todo paciente politraumatizado merece suplemento de oxigênio
através de máscara não-reinalante.
• Avaliamos o tórax (inspeção, palpação, percussão, auscultação) para saber se se
trata de Pneumotórax Hipertensivo, Pneumotórax Aberto, Hemotórax Maciço,
Tórax instável, Tamponamento Cardíaco.
C. CIRCULAÇÃO
• Investigar e conter hemorragias.
NORMA MÉDICA: Todo paciente politraumatizado recebe 1L de Ringer Lactato
(cristalóide) para reposição volêmica/interromper choque hipovolêmico.
• CHOQUE HIPOVOLÊMICO: regra dos 3P – Pele fria, Pele pegajosa, Pulso
piriforme.
• Classes de Hemorragia sempre caem em prova.
D. DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
• Avalia se há comprometimento do SNC
E. EXPOSIÇÃO
• Despir o paciente procurando outras lesões.
SE LIGUE!!!
A. VIAS AÉREAS:
Fraturas Gag Bite (Fraturas Parassinfisárias)
Nas fraturas bilaterais nas áreas dos caninos, a
sínfise da mandíbula é deslocada inferior e
posteriormente pela força dos músculos
digástrico, gênio-hióideo e genioglosso >
Obstrução de vias aéreas.
Fonte: Traumatologia Bucomaxilofacial, FONSECA 2014.
C. CIRCULAÇÃO
Classes de Hemorragia
D. ESTADO NEUROLÓGICO
Escala de Coma de Glasgow
SE LIGUE!!!
A. AINDA SOBRE... VIAS AÉREAS:
Fonte: sanarmed.com
SE LIGUE!!!
C. AINDA SOBRE... CIRCULAÇÃO:
ETIOLOGIA
1. Origem periapical: A infecção se propaga por meio de lesão cariosa através
do esmalte, da dentina, do cemento e da polpa dental. À medida que alcança a
região periapical, essas bactérias se disseminam em direção ao periápice e ao
osso alveolar.
2. Origem periodontal: As bactérias causadoras da placa subgengival e da
periodontite, por meio da liberação de toxinas, causam destruição óssea,
chegando ao osso alveolar
3. Origem pericoronária: Bactérias colonizam o tecido gengival que recobre
dentes semierupcionados, como, por exemplo, os terceiros molares,
propagando-se, então, aos tecidos gengival e ósseo circunjacentes.
DIAGNÓSTICO
A infecção pode se apresentar em diferentes estágios: Estágio inicial ou de
inoculação, Celulite e Abscesso.
Fonte: Cirurgia Bucomaxilofacial – 2º edição – Prado e Salim.
2. ESPAÇO BUCAL
• Dentes: Pré-molares superior e inferior; Molares superiores.
• Limitado medialmente pelo músculo bucinador e sua fáscia bucofaríngea;
lateralmente pela pele e tecido subcutâneo; anteriormente pela borda
posterior do músculo zigomático maior e depressor do ângulo da boca;
posteriormente pelo músculo masseter; superiormente pelo arco
zigomático; e inferiormente pela borda inferior da mandíbula.
• Na maxila, se a infecção disseminar acima do músculo bucinador: espaço
bucal | abaixo do músculo bucinador: espaço vestibular
• Na mandíbula, é o CONTRÁRIO!
3. ESPAÇO SUBMENTONIANO
• Dentes: Incisivos, caninos e pré-molares inferiores.
• Limitado lateralmente pelo ventre anterior do músculo digástrico;
superiormente pelo músculo milo-hióideo; e inferiormente pela pele, fáscia
superficial, músculo platisma e fáscia cervical profunda.
• Clinicamente: edema na região central submentual.
4. ESPAÇO SUBLINGUAL
• Dentes: Pré-molares e molares inferiores.
• Limitado inferiormente pelo músculo milo-hióideo, lateral e anteriormente
pela fáscia interna do corpo mandibular, superiormente pela mucosa oral e
medialmente pelos músculos genioglosso, gênio-hióideo e estiloglosso.
• Clinicamente: edema em região sublingual; “língua lenhasa”.
CASO (PROVA UFBA 2022.1): O segundo molar inferior localiza-se
centralmente no rebordo alveolar, ocorrendo a mesma probabilidade de
drenagem pela cortical vestibular e lingual. Sendo assim, a infecção poderá
relacionar-se em iguais proporções aos músculos bucinador (drenagem
vestibular) e milo-hióideo (drenagem lingual, podendo apresentar-se em
quatro possibilidades de localização:
• Vestibular, acima do músculo bucinador (intrabucal)
• Vestibular, abaixo do músculo bucinador (espaço bucal)
• Lingual, acima do músculo milo-hióideo (espaço sublingual)
• Lingual, abaixo do músculo milo-hióideo (espaço submandibular)
3. ESPAÇO TEMPORAL
• O espaço temporal é dividido em espaço temporal superficial e profundo. O
espaço temporal superficial estende-se até a fáscia superficial, enquanto o
espaço temporal profundo torna-se contínuo com o espaço infratemporal.
• Clinicamente: observa-se tumefação da região temporal, superior ao arco
zigomático e posterior ao rebordo orbital lateral.
• Exames laboratoriais:
- Leucograma > 10.000 : possível infecção presente.
OBS.: Desvio à esquerda no leucograma (PROVA!) - O desvio à esquerda pode
ser defnido como aumento de neutróflos não segmentados ou imaturos
(mielócitos, metamielócitos e bastões) no sangue periférico. Está associado
principalmente a infecções bacterianas, de modo que a medula óssea é
estimulada a liberar células imaturas.
- VHS e PCR: marcadores inespecíficos que avaliam grau de destruição tecidual,
ou seja, não é um exame específico pra determinar qual tipo de infecção é
(como ocorre com a Cultura e Antibiograma), mas é utilizado para acompanhar
a evolução dessa infecção, se está progredindo ou regredindo.
Também podemos classificar a gravidade da infecção em 3 níveis de acordo
com a probabilidade de atingir vias aéreas ou estruturas vitais (nunca vi cair em
seleção de Internato, mas sim em seleção de Residência):
GRAVIDADE BAIXA
• Não são prováveis de atingir
• Espaços: vestibular, bucal, subperiosteal, infraorbitário ou canino.
GRAVIDADE MODERADA
• Dificultam o acesso às vias aéreas, pode dificultar a intubação endotraqueal
por causa do trismo e elevação da língua.
• Espaços: sublingual, submandibular, submentoniano e mastigador.
GRAVIDADE ALTA
• Comprime ou desvia as vias aéreas.
• Pode causar danos a órgãos vitais.
• Espaços: cervicais (laterofaríngeo, retrofaríngeo, pré-traqueal).
DICA DA JU:
• Quando é realizada a drenagem da infecção, é coletado material para o
exame de Cultura e Antibiograma. Mas esse exame demora muito para ficar
pronto (média de 10-14 dias!!!). E como vimos, um quadro de infecção
pode se disseminar pelos espaços fasciais, comprometer vias aéreas, causar
septicemia, comprometer a vida do paciente... Logo, administramos
antibioticoterapia empírica. Como a microbiologia e a sensibilidade aos
antibióticos dos microrganismos orais são bem conhecidas, é uma conduta
terapêutica usual utilizar antibióticos de forma empírica, isto é, administrar
um antibiótico considerando os principais microrganismos envolvidos na
infecção odontogênica e espectro de ação dos mesmos.
• O fármaco de primeira escolha é geralmente a penicilina. A clindamicina e a
azitromicina são opções para pacientes alérgicos à penicilina. Outra opção
menos utilizada atualmente para pacientes alérgicos à penicilina é a
eritromicina. As cefalosporinas são úteis quando é necessário um
antibiótico de largo espectro (geralmente é nossa primeira escolha no
HOSPITAL para Celulite!). O metronidazol é útil para infecções
predominantes por bactérias anaeróbias (Abscessos), muitas vezes
associados a outros grupos de antibióticos. Este não tem ação em aeróbios
e sua associação à penicilina apresenta ótima ação sinérgica contra
bactérias causadoras da infecção odontogênica.
CLASSE DE ANTIBIÓTICOS
(importante saber!)
TRAUMA DE FACE
TIPOS DE DANOS:
Abrasões: forças de cisalhamento que removem uma camada superficial da pele.
Deve atentar-se a presença de corpo estranho embutido. A presença de cicatriz
depende se a laceração estende-se significativamente na camada dérmica
reticular.
Contusões (PROVA!): trauma fechado que levam à formação de edema e
hematoma. Hematomas grandes devem ser drenados para prevenir mudanças
pigmentares permanentes.
Perfurações: ferimento por alfinete, agulha, prego, chave de fenda.
Lacerações: danos cortantes/perfurantes do tecido mole. Podem ter margem
bem definida, irregular, contusa ou lacerada. Fechamento é feito em camadas.
Quando as bordas estão laceradas, elas devem ser incisadas de forma
conservadora. Eliminação do espaço morto é importante.
Lesões avulsivas: perda de segmentos do tecido mole. Quando fechamento
primário não é possível retalhos locais ou cicatrização por segunda intenção com
tratamento do tecido é indicado. Se for muito grande usa enxerto de pele ou
transferência tecidual livre.
Mordidas humanas e de Animais: envolve abundante irrigação, debridamento e
fechamento primário meticuloso, sendo importantes para reduzir infecção. Amox
+ clavulanato é usada para profilaxia atb. A profilaxia anti-rábica é importante.
Ferimentos por Arma de Fogo (PROVA! Sinônimo: pérfuro-contuso): avaliar
fraturas faciais associadas. Avaliar as feridas de entrada e saída, esta última
produz destruição acentuada com debridamento acurado necessário. Retalhops
regionais são uteis para tratar.
TRATAMENTO
Dentes com higiene pobre, doença periodontal, carie extensão e abcesso não
devem ser reimplantados. O dente saudável deve ser reimplantado dentro de 2
horas pois as células do ligamento periodontal tornam- se irreversivelmente
necróticas após esse empo. Dente com ápice aberto tem melhor prognóstico,
coloca em solução de hank, depois em doxiciclina, reimplante e faz contenção.
Se o dente já esta desenvolvido, coloca na solução de hank por 30 min,
reimplanta e estabiliza por 10 dias, depois trata o canal. Se passar mais de 2
horas, limpa o dente com hipoclorito de sódio, trata o canal fora da boca, coloca
5 min no aido cítrico e depois em fluoreto estanhoso, coloca na doxiciclina,
reimplanta e faz contenção por 10 dias. A contenção faz com resina, e
raramente com barra de Erich.
Quando ocorre necrose pulpar ou do ligamento periodontal ocorre reabsorção
infamatória ou por substituição, respectivamente.
TRATAMENTO
Resp.: E.
FRATURAS CONDILARES
Fratura intracapsular:
• Desvio da mandíbula para o lado afetado durante a abertura bucal
(Prova!).
• Edema pré-auricular
Fratura subcondilar:
• Desvio da mandíbula para o lado afetado durante a abertura bucal.
• Aumento da dimensão vertical da face
DIAGNÓSTICO (PROVA!)
• Equimose e Edema Periorbital: Edema e sangramento no tecido conjuntivo
frouxo das pálpebras e áreas periorbitais constituem o sinal mais comum
seguindo a fratura da borda orbital. Edema massivo, muitas vezes, pode estar
presente e é mais drástico no tecido periorbital, onde as pálpebras podem
estar edemaciadas. A equimose pode estar na pálpebra inferior e na área
infraorbital ou em torno da borda orbital inteira.
• Aplainamento da Proeminência Malar: Um sinal característico e marcante da
lesão zigomática é o aplainamento da proeminência malar. Achado
especialmente comum em lesões do CZM, especialmente naqueles em que
ocorrem diástase da sutura zigomatofrontal e rotação medial e/ou
fragmentação do zigomático. Se o edema estiver presente, o achatamento
pode ser de difícil percepção logo após a lesão; no entanto, pode-se
geralmente avaliar melhor este sinal pressionando os dedos nos tecidos moles
das áreas zigomáticas e comparando um lado com o outro a partir de uma
vista superior do paciente.
• Aplainamento sobre o Arco Zigomático: A impacção ou perda de projeção
geralmente acompanha fraturas do arco zigomático. A comparação visual e
digital com o lado oposto é extremamente útil para a detecção de depressões
do arco zigomático.
• Dor: Dor intensa normalmente não é uma característica de lesões zigomáticas,
a menos que o segmento fraturado esteja móvel. Pacientes, no entanto,
queixam-se de desconforto associado ao hematoma. O exame de palpação
dos locais fraturados também provoca uma resposta álgica.
• Equimose do Sulco Vestibular Maxilar: Um importante sinal de fratura
zigomática ou maxilar é a equimose do sulco vestibular maxilar. A equimose
pode ocorrer mesmo com uma pequena fratura da maxila anterior ou lateral e
deve ser procurada em pacientes com suspeita de fraturas zigomáticas.
• Deformidade no Pilar Zigomático da Maxila e/ou margem infraorbital.
• Trismo: Esta condição ocorre com uma incidência ainda maior em fraturas
isoladas do arco zigomático. A razão citada para este trismo pós-fratura é o
bloqueio na translação do processo coronoide da mandíbula abaixo dos
fragmentos zigomáticos deslocados.
• Hipoestesia do nervo infraorbital: A parestesia do nervo infraorbital é mais
comum em fraturas que estão deslocadas do que aquelas que não estão. É
difícil diferenciar anestesia da sensação alterada do edema tecidual, mas,
conforme o edema regride, a anestesia do nervo infraorbital se torna
aparente. A anestesia infraorbital ocorre quando a fratura através do assoalho
orbital e/ou maxila anterior provoca lesão, secção ou compressão do nervo
infraorbital ao longo do seu ducto ou forame PROVA! Composição
• Creptação/Ensifema subcutâneo. do Arco Zigomático:
• Distopia ocular. Processo temporal do
osso zigomático +
• Diplopia. Processo zigomático
• Enoftalmo. do osso temporal.
DIAGNÓSTICO (PROVA!)
• Equimose periorbital
• Diplopia PROVA!!!!
NÃO SE ESQUEÇA
• Hiposfagma QUE SINAL É O QUE O
• Ptose palpebral PROFISSIONAL
• Anisocoria OBSERVA E SINTOMA
O QUE O PACIENTE
• Degrau ósseo SENTE!
• Enfisema subcutâneo
• Enoftalmia ou exoftalmia
• Acuidade visual diminuída
• Motilidade ocular preservada ou prejudicada
SÍNDROME DA FISSURA ORBITAL SUPERIOR: O conteúdo da fissura orbital superior
inclui, a partir do ápice para baixo, o nervo lacrimal, o nervo frontal, a veia oftálmica superior, o IV nervo craniano
(NC), a divisão superior do IIINC, o nervo nasomaxilar, o VINC, da divisão inferior do IIINC, e a veia
oftálmica.
Os sintomas da síndrome da fissura orbital superior são o resultado da diminuição do seu conteúdo.
Dependendo da localização e grau de envolvimento, eles podem incluir perda de sensibilidade sobre a testa por causa
do envolvimento do ramo frontal do V NC, perda de reflexo da córnea resultante da participação do ramo nasociliar
da primeira divisão do V NC, pupila dilatada fixa, resultante do bloqueio do fornecimento parassimpático realizado via IIINC e sem
oposição do controle simpático da pupila. Várias apresentações de oftalmoplegia externa também podem estar
presentespeloenvolvimentosecundáriodosIII,IVeVIpares cranianos.
O reflexo e acomodação à luz direta podem ser afetados pelo bloqueio do arco eferente
por paralisia do IIINC e perda da raiz parassimpática (motor) do gânglio ciliar através do IIINC. Um edema persistente é
notado por causa da obstrução venosa da veia oftálmica. Proptose também pode ocorrer como resultado direto de
pressão, hemorragia antral e extraconal ou secundária à diminuição do tônus muscular causada pela inervação motora
comprometidadosmúsculos extraoculares.
Os sinais e sintomas clínicos guiam o tratamento. Se houver suspeita de síndrome do compartimento orbital, a
descompressãocirúrgicaéimediatamenteindicada.Issoémaisfacilmenterealizadoporcantotomialaterale cantóliseinferior,
como discutido anteriormente.
A síndrome do ápice orbital é uma síndrome do ápice orbital superior com concomitante lesão do
nervo óptico. Isso é muitas vezes o resultado de uma fratura que se propaga através do ducto óptico, devendo ser
tratadade formasemelhanteàneuropatiaópticatraumática.
FRATURAS NASO-ORBITO-
ETMOIDAIS (NOE)
Uma lesão naso-orbito-etmoidal (NOE) é uma fratura da face média que afeta um
complexo de estruturas envolvendo o osso nasal, processo frontal da maxila, osso
lacrimal, lâmina papirácea, osso etmóide, osso esfenoidal, septo nasal e processo
nasal do osso frontal. A anatomia patológica pertinente inclui as regiões das
cavidades nasal, orbital e craniana. Sua característica mais crítica envolve o
fragmento ósseo central do processo frontal da maxila, sobre o qual se insere o
tendão do canto medial.
• O status do tendão cantal medial, sua inserção óssea e o grau de cominuição do
fragmento central têm sido tradicionalmente usados para classificar a gravidade
da fratura e orientar o manejo. A posição anatômica normal do tendão cantal
medial é responsável pela função, posição e aparência palpebral medial e pela
drenagem lacrimal. Seguindo essa anatomia, Markowitz et al. classificou as
fraturas em tipo 1, tipo 2 e tipo 3:
FRATURA RADIOGRAFIA
O acesso é a incisão e divulsão por planos que fazemos até expor a fratura óssea
para posterior redução e fixação.
É importante que você saiba os princípios da incisão para o acesso, pois as feitas
em áreas não-visíveis como dentro da boca ou atrás da linha de contorno do couro
cabeludo são menos preocupantes esteticamente do que as expostas em face.
• Evitar importantes estruturas neurovasculares;
• Usar tantas incisões quanto necessárias;
• Posicionar a incisão perpendicular à superfície de pele sem pelo;
• Posicionar a incisão em linhas de mínina tensão;
• Procurar outros locais favoráveis quando não puder ser feita dentro das linhas
de mínima tensão.
ACESSO SUBMANDIBULAR
• Vantagem: Afasta o ramo e possui maior acesso ao ângulo goniano.
• Desvantagem: Incluem sítio cirúrgico com limitação na exposição do campo (a
incisão é distante da fratura), dificuldade para reduzir os côndilos deslocados
medialmente e fixação de placa e parafuso restrito sem o trocater transfacial.
• Reparos anatômicos: N. mandibular, Artéria facial e Veia facial.
ACESSO RETROMANDIBULAR
• Qualquer fratura grande o suficiente para ser reduzida e estabilizada por RAFI
(Redução Aberta e Fixação Interna).
• Vantagem: Incluem as seguintes: existe uma curta distância entre a incisão e o
local da fratura, permitindo um melhor acesso ao local da fratura e evitando a
necessidade de uso de um trocater transfacial; a cicatriz facial é menos
perceptível do que com uma incisão submandibular; é eficaz em pacientes
com edema e permite acesso para uma osteotomia, se necessário, a fim de
alcançar o côndilo.
• Desvantagem: Cicatriz facial mais perceptível do que se feito com acesso pré-
auricular.
• Reparos anatômicos: N. Facial e Veia Retromandibular.
ACESSO CIRÚRGICO
RITIDECTOMIA
• Mesmo acesso do retromandibular com melhor resposta estética e precisa de
dreno pós-operatório.
TRANSMASSETÉRICO-ANTEROPAROTÍDEO
• Fratura subcondilar alta e baixa do ramo.
• Vantagens: Acesso rápido e direto às fraturas locais para plaqueamento
direto e fixação de parafusos, com excelente exposição e capacidade de
afastar ramo mandibular por causa do acesso ao ângulo goniano, consistindo
no melhor acesso de todas as abordagens.
• Desvantagens: Há uma cicatriz visível, que é mais perceptível do que nas
outras abordagens e há potencial de danos ao nervo facial.
• Reparos Anatômicos: N. Marginal Mandibular e N. Bucal.
ACESSO PRÉ-AURICULAR
• Incluem a fixação com fio de fraturas altas com deslocamento anteromedial
do fragmento proximal.
• Vantagens: Proporciona acesso à porção mais superior da articulação.
• Desvantagens: Não é indicado para a colocação de placa e parafuso de
fixação. Não há acesso ao ângulo da mandíbula para afastar inferiormente o
ramo, porém um clipe colocado transcutaneamente pode ser um substituto
razoável. A exposição limitada do ramo faz com que a osteossíntese e a
colocação da placa sejam extremamente difíceis. Isso resulta em maior
descolamento do segmento proximal, levando a um aumento do risco de
necrose.
• Reparos Anatômicos: Artéria Temporal Superficial, Veia Retromandibular, N.
Facial, N. Auriculotemporal.
ACESSO CIRÚRGICO
Abordagem Transconjuntival:
• A abordagem transconjuntival, também denominada abordagem do fórnice
inferior, foi originalmente descrita por Bourguet em 1928. Duas incisões
transconjuntivais básicas, desde então, foram descritas: as abordagens pré-
septal e retrosseptal, que variam em relação ao septo orbital durante a
dissecção.
• Tenzel e Miller desenvolveram a incisão transconjuntival retrosseptal, e
Tessier elaborou a incisão transconjuntival pré-septal. A abordagem
retrosseptal é mais direta do que a abordagem pré-septal e é mais fácil de
executar. Converse et al. adicionaram uma cantotomia lateral à incisão
retrosseptal transconjuntival para melhor exposição lateral.
• A vantagem da abordagen transconjuntival é que ela produz resultados
cosméticos superiores quando comparada com qualquer outra incisão
utilizada porque a cicatriz está escondida por trás da pálpebra inferior
Abordagem Coronal:
• O acesso coronal, ou bicoronal, alterado para incluir algumas das vantagens
do retalho préauricular na modificação Al-Kayat e Bramley, é uma incisão
extremamente útil para a cirurgia do zigoma e arco. Embora possa aparecer
inicialmente como uma abordagem agressiva para o tratamento de fraturas
do zigomático, oferece excelente acesso às órbitas e ao corpo e arcos
zigomáticos, quase sem complicações.
• É uma incisão extremamente útil se houver cominuição dos rebordos
supraorbital e orbital lateral e do corpo e arco zigomáticos. A cicatriz
produzida estará escondida dentro da linha do cabelo, sendo, portanto,
invisível.
Neurocrânio :
Corresponde ao terço superior do crânio e recebe esse nome porque aloja o encéfalo. É constituído
de oito ossos que se unem rigidamente: frontal (1), parietais (2), occipital (1), temporais (2),
esfenoide
(1) e etmoide (1).
• Limitações – Anteriormente pela glabela, Posteriormente pela protuberância occipital
externa (calvária).
Osso Frontal :
É um osso ímpar, plano e pneumático, constitui o teto e a margem superior da cavidade orbital. A
parte que constitui o teto denomina-se parte orbital do osso frontal, onde está a fossa da glândula
lacrimal, lateralmente.
• Limitações : Em vista anterior, o osso frontal articula-se com o osso zigomático, através da
sutura frontozigomática, situada na margem lateral da cavidade orbital; com o osso nasal,
através da sutura frontonasal; com a maxila, através da sutura frontomaxilar.
Osso parietal :
É um osso par que se localiza na parte superolateral do crânio.
• Limitações :Na calvária, os ossos parietais se articulam por meio de uma sutura
mediana(sutura sagital), articulam-se com o osso frontal por meio da sutura coronal; com o
osso occipital por meio da sutura lambdoide.
• O ponto de encontro das suturas coronal e sagital denomina-se bregma.
• O ponto de encontro das suturas sagital e lambdoide denomina-se lambda.
Osso temporal :
Esse osso pode ser dividido em partes escamosa, petrosa e timpânica.
A parte escamosa corresponde a parte achatada do osso, que compõe sua porção mais superior, a
parte timpânica delimita uma abertura circular, o meato acústico externo, localizado atrás das
estruturas articulares. Esse meato representa o canal ósseo da orelha externa, a parte petrosa tem
uma forma piramidal e se projeta anteromedialmente para a base e a parte interna do crânio, tendo
como base o processo mastoide, que é uma saliência robusta, de projeção inferior e anterior,
localizada entre a parte timpânica do
Osso Esfenoide :
É um osso ímpar, pneumático. Em seu interior, está o seio esfenoidal; O esfenoide ocupa o
neurocrânio de um lado a outro, podendo ser identificado melhor em uma vista anterior do crânio.
Na vista da parte interna da base do crânio, observa-se a forma que dá o nome ao osso esfenoide,
“forma de morcego”, identificam-se um corpo central e as asas lateralmente. No corpo, localizam-
se divesos acidentes anatômicos .
Osso Etmoide:
Trata-se de um osso ímpar, pneumático, que tem em seu interior vários seios pequenos, os seios
ou células etmoidais, que se comunicam com a cavidade nasal por aberturas nos meatos nasais
médio e superior.
• Limitações : Na vista interna, o osso etmoide encontra-se articulado com o osso frontal, que
o delimita por meio da incisura etmoidal, e com o corpo do esfenoide, posteriormente
Osso Occipital
É perfurado por uma abertura grande e oval, o forame magno, através do qual a cavidade craniana
comunica -se com o canal vertebral. Apresenta duas porções: escamosa e basilar.
Fonte/imagens : SOBOTTA, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 19.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993. v.1
VISCEROCRÂNIO :
O viscerocrânio ou esqueleto da face corresponde aos dois terços inferiores do crânio e recebe o
esse nome porque nele se localizam as aberturas dos sistemas digestório e respiratório. É
constituído de 14 ossos – mandíbula (1), maxilas (2), palatinos (2), zigomáticos (2), lacrimais (2),
nasais (2), conchas nasais inferiores (2) e vômer (1), dos quais apenas a mandíbula possui
mobilidade.
Osso lacrimal :
É um osso par, que se localiza na parede medial da cavidade orbital. Tem uma concavidade que,
ao se juntar com o sulco lacrimal da maxila, forma a fossa do saco lacrimal, que aloja o saco
lacrimal.
Osso nasal :
Osso par, de forma retangular, que se localiza na região da raiz do nariz. Os ossos nasais, com as
maxilas, delimitam a abertura óssea da cavidade nasal, a abertura piriforme.
Vômer :
É um osso ímpar, que se localiza na cavidade nasal. Juntamente com a lâmina perpendicular do
etmoide e a cartilagem do septo, constitui o septo nasal. Inferiormente, articula-se com os
ossos do palato). Sua margem posterior constitui o limite mediano das coanas, que são as
aberturas posteriores da cavidade nasal.
Osso palatino :
Osso par, constituído por lâmina horizontal e lâmina perpendicular.
As duas lâminas horizontais articulam-se com os processos palatinos das maxilas por meio da
sutura palatina transversa, constituindo o palato ósseo, ou seja, a parte óssea do palato duro. A
lâmina perpendicular localiza-se medialmente ao processo pterigoide do esfenoide, na parte mais
posterior da cavidade nasal.
Osso zigomático :
O osso zigomático é um osso par, considerado como osso da “maçã do rosto”, por ser mais
saliente na face. Tem os seguintes processos: processo maxilar, que anteroinferiormente articula-
se com a maxila, por meio da sutura zigomaticomaxilar; processo frontal, extremidade que se
articula superiormente com o osso frontal, por meio da sutura frontozigomática; processo
temporal, que se articula com o processo zigomático do osso temporal, constituindo o arco
zigomático.
BASE DO CRÂNIO
A base do crânio forma o soalho da cavidade do crânio. Ela é rica em acidentes anatômicos causados pela
morfologia do encéfalo. É dividida em três depressões denominadas fossas anterior, média e posterior do
crânio.
• A asa menor do esfenóide separa a fossa anterior da média, e a parte petrosa do temporal separa
a fossa média da posterior.
FORAMES DO VISCEROCRÂNIO
Forame/incisura supra-orbital: Vasos e nervos supra-orbitais (V/1 par)
Incisura frontal: Vasos e nervos supratrocleares (V/1 par)
Forame infra-orbital : Vasos e nervos infra-orbitais (V/2 par)
Canal lacrimonasal: Ducto lacrimonasal
Forames etmoidal anterior e posterior: Vasos e nervos etmoidais (V/1
par)
Fissura orbital inferior : Nervo maxilar/infra-orbital (V/2
par)
Artéria infra-orbital : (a. maxilar) N. zigomático (V/2
par)
Forame zigomaticofacial :Vasos e nn. zigomaticofaciais (V/2 par)
Forame zigomaticotemporal :Vasos e nn. zigomaticotemporais (V/2 par)
Forame mentual: Vasos e nn. mentuais (V/3 par)
Forame e canal mandibulares: Vasos e nn. alveolares inferiores (V/3 par)
Forame incisivo : Vasos e nn. nasopalatinos (V/2 par)
Forame palatino maior : Vasos e nn. palatinos maiores (V/2
par)
Forame palatino menor : Vasos e nn. palatinos menores (V/2
par)
Forame esfenopalatino : Vasos e nn. esfenopalatinos (V/2
par)
FORAMES DO NEUROCRÂNIO :
Lâmina crivosa do etmóide : N. olfatório (I par) Canal óptico N. óptico (II par) A. oftálmica
Fissura orbital superior : N. oculomotor (III par) N. troclear (IV par) N. oftálmico (V/1 par) N.
abducente (VI par)
Forame lácero : Fechado no vivente, porém se relaciona com: A. carótida interna Canal carótico A.
carótida interna forame jugular Veia jugular interna N. glossofaríngeo (IX par) N. vago (X par) N.
acessório (XI par) Meato acústico interno N. facial (VII par) N. vestíbulo-coclear Canal do hipoglosso
N. hipoglosso (XII
par)
Forame magno : Medula espinhal e meninges Aa. vertebrais N. acessório (XI par) — raízes espi-
nhais fissura petrotimpânica N. corda do tímpano (facial — VII par)
A maxila é um osso par, pneumático, que constitui a porção mais central do esqueleto da face,
articulando-se com todos os ossos do viscerocrânio, com exceção da mandíbula. Tem osso pouco
denso, ou seja, com maior proporção de parte esponjosa em relação a parte compacta. A maxila
direita se une a maxila esquerda na linha mediana por meio da sutura intermaxilar.
A maxila é constituída de um corpo central e quatro processos:
•Processo frontal, que se projeta superiormente para se articular com o osso frontal, por
meio da sutura frontomaxilar.
•Processo zigomático, que se articula com o processo maxilar do osso zigomático, por meio da
sutura zigomaticomaxilar.
•Processo alveolar, que representa a área onde se localizam os alvéolos dentais, para inserção
das raízes dos dentes superiores. Na base do processo alveolar, na linha mediana, está a
espinha nasal anterior, exatamente na parte mais superior da sutura intermaxilar e mais
inferior da abertura piriforme
•Processo palatino, que se articula com a lâmina horizontal do osso palatino, em ambos os
lados, constituindo o palato ósseo. A articulação dessas peças ósseas na linha mediana se dá
por meio da sutura palatina mediana. A articulação dos processos palatinos das maxilas com
as lâminas horizontais dos palatinos se dá por meio da sutura palatina transversa.
Mandíbula
A mandíbula é um osso ímpar, único do crânio com mobilidade e onde estão alojados os dentes
inferiores. Tem maior densidade óssea que a maxila. Essa estrutura resistente é capaz de
suportar a força dos músculos que nela se inserem: todos os músculos da mastigação, já que é o
único osso passível de movimento; músculos supra-hióideos; músculo da língua. Consiste de
uma
porção horizontal , o corpo, e duas porções perpendiculares, os ramos, que se unem ao corpo
em um ângulo quase reto.
MÚSCULOS DA FACE
Músculos do Couro Cabeludo
• Músculo occipitofrontal
É um músculo plano que se estende desde a protuberância occipital externa e linha superior da
nuca até a pele da região superciliar. É constituído por dois ventres — frontal e occipital —sendo
intercalados por uma aponeurose craniana, denominada gálea aponeurótica.
Ação : O ventre occipital torna tensa a gálea aponeuró-tica, fixando-a, para a ação do ventre frontal.
Quando tensa a gálea, o frontal eleva a pele das sobrancelhas e forma pregas horizontais na pele
da fronte. É considerad o o músculo da atenção.
Origem do ventre Occipital : 2/3 laterais da linha nucal superior do osso occipital e processo
mastóide.
Origem do ventre Frontal : Suas fibras estão unidas com as do prócero, corrugador e orbicular do
olho.
• Músculos Auriculares
São atrofiados e estão dispostos ao redor do pavilhão da orelha, a qual eles movem. São três
músculos: auricular anterior, auricular superior e auricular posterior.
Origem: gálea aponeurótica
Inserção: Na pele da orelha.
Ação — Possuem ação limitada, podendo movimentar a orelha.
• Músculo Risório
Origem: Fáscia parotidcomassetérica.
Inserção: Lábio superior, ângulo da
boca.
Ação-Puxa levemente o ângulo da boca para baixo e para lateral e ligeiramente para
cima.
• Músculo levantador do ângulo da boca
Origem: Fossa canina da maxila
Inserção :Ângulo da boca
Ação-Eleva o ângulo da boca
• Músculo zigomático Maior
Origem: Zigomático próximo da sutura
zigomaticotemporal Inserção: Lábio superior, ângulo da
boca
Ação-Traciona o ângulo da boca para cima e lateralmente.
• Músculo zigomático Menor
Origem: Zigomático próximo da sutura
zigomaticomaxilar Inserção: Lábio superior, ângulo da
boca.
Músculos do Pescoço
• Platisma
Origem: Tem origem na fáscia que reveste a porção superior dos músculos peitoral maior e
deltóide. Ação: Traciona o lábio inferior e o ângulo bucal, abrindo parcialmente a boca (expressão de horror).
Eleva e puxa para a frente a pele do pescoço e ombro.
Inervação: Ramo cervical do nervo facial (VII par)
• Esternocleidomastóideo
Origem: Apresenta duas -uma esternal e outra clavicular, originadas respectivamente do manúbrio
do esterno e do terço medial da clavícula.
Ação: Inclina a cabeça para o mesmo lado em direção ao ombro, tornando bem evidente sua ana-
tomia de superfície. Atuando em conjunto, move a cabeça para a frente (o mento aproxima-se do
manúbrio do esterno).
Inervação: C2, C3 e parte espinhal do nervo Acessório (11º par craniano).
• Digástrico
Ventre Anterior: Fossa digástrica da mandíbula
Ventre Posterior: Processo mastoide
Inervação: Nervo Facial (ventre posterior) e Nervo Mandibular (ventre anterior)
Ação: Elevação do Osso Hioide e Abaixamento da Mandíbula (abertura da boca). O ventre anterior
traciona o osso hioide para frente e o ventre posterior para trás.
• Estilo-Hióideo
Origem: Processo estiloide
Inserção Inferior: Corpo do osso hioide
Inervação: Nervo Facial (VII par craniano)
Ação: Elevação e Retração do Osso Hioide.
• Milo-Hióideo
Origem: Linha milo-hioidea da mandíbula
Inervação: Nervo Mandibular (Ramo do nervo
Trigêmeo – V par craniano)
Ação: Elevação do osso Hioide e da Língua.
• Gênio-Hióideo
Origem: Tubérculo inferior da espinha
mentual.
Inervação: Nervo Hipoglosso (C1)
Ação: Tração Anterior do osso Hioide e da Língua.
• Esterno-hióideo Origem :
Manúbio do esterno
Inervação: Ramos da Alça Cervical (N. do Hipoglosso) com fibras de C1 a C3
Ação: Baixar o Osso Hioide.
• Esternotireóideo Origem:
Manúbio do esterno
Inserção Superior: Cartilagem tireoide
Inserção Inferior: Face posterior do manúbrio do esterno
Inervação: Ramos da Alça Cervical (N. do
Hipoglosso) com fibras de C1 a C3
Ação: Baixar a Cartilagem Tireoide
• Tireóideo
Inserção Superior: Corno maior do osso hioide
Origem: Cartilagem tireoide
Inervação: Nervo do Hipoglosso (C1 e C2)
Ação: Baixar o Osso Hioide.
• Omo-hióideo
Anatomia
Os limites da cavidade oral são: lábios-anteriormente; bochechas-lateralmente; palato-
superiormente; soalho da boca-inferiormente; arcos palatoglosso e palatofaríngeo,
posteriormente.
Palato
É uma região em forma de ferradura, aberta para trás, limitada à frente e nos lados pelos
processos alveolares da maxila. No lado oral, o palato é recoberto por um mucoperiósteo que
contém vasos sanguíneos, nervos e um grande número de glândulas salivares menores (palatinas)
do tipo mucoso.
• Irrigação e drenagem
A região posterior do palato é irrigada pela artéria palatina maior. A porção anterior do palato (até
os caninos) é irrigada pela a. nasopalatina. Estes vasos podem-se anastomosar no palato.As veias
acompanham as artérias e apresentam a mesma nomenclatura, drenando para o plexo venoso
pterigóideo.
• Inervação
A sensibilidade geral da região posterior do palato é dada pelo nervo palatino maior (V/2 par),
enquanto a da região anterior (até caninos) pelo nervo nasopalatino (V/2 par).
Língua
A mobilidade e força da língua são importantes para os processos da fala e mastigação. Estas
habilidades são determinadas pelos músculos da língua.
Origina-se da fossa interpeduncular, na fossa média do crânio (Fig. 8.1). Ele penetra na órbita
através da fissura orbital superior juntamente com os nervos troclear (IV), oftálmico (V/1) e
abducente (VI), emitindo ramos para os músculos do bulbo do olho e para o gânglio ciliar.
• Motor para a maioria dos músculos extrínsecos do bulbo do olho (reto medial, reto
superior, reto inferior e oblíquo inferior). Inerva ainda os músculos intrínsecos do bulbo do
olho (SNA parassimpático). É re sponsáve l, por t ant o, por m ovim e nt os do bu lbo
do olho, pela contração da pupila (miose) e pela convergência do cristalino.
É um nervo misto, com predomínio da sua função sensorial, sendo o nervo sensitivo mais
importante da cabeça. A sua raiz motora inerva os músculos da mastigação e acompanha apenas
os ramos do nervo mandibular (V/3). Suas fibras motoras são classificadas como eferentes
viscerais especiais. A sua raiz sensitiva conduz impulsos de sensibilidade geral ou
extereoceptivas.