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ACPSUE – Aula 4 - RCP

PCR - Parada Cardiorrespiratória

 Parada cardíaca é a cessação da atividade mecânica do coração,


que resulta na ausência de fluxo sanguíneo circulante. A parada
cardíaca impede que o sangue flua para os órgãos vitais,
privando-os de oxigênio e, se não tratada, resulta em morte.
Parada cardiorrespiratória
 PCR é uma emergência relativamente frequente em qualquer
serviço de emergência. É sempre uma situação muito grave e de
muita urgência, requerendo manobras imediatas de reanimação
que devem ser realizadas por um profissional de saúde treinado
ou mesmo por um leigo, até a chegada de socorro especializado.
 Caso o paciente apresente-se irresponsivo, sem respiração e sem
pulso, solicite que alguém acione a Central de Regulação Médica
de Urgência através do número gratuito 192, inicie as manobras
de reanimação cardiopulmonar utilizando a mnemônica do CAB,
 A Recuperação da circulação deve a
acontecer num período inferior a 4 min.

 ATENÇÃO: Sem fazer nenhuma manobra de reanimação, a


cada minuto se perde 10% da chance de reanimar a vítima. Se
a reanimação não for feita em 10 minutos, a pessoa tem
chances muito reduzidas de se salvar. É importante identificar
a parada e começar imediatamente a manobra.
A PCR pode estar associada a diversos fatores
como:
 Asfixia
 Intoxicações
 Traumatismos
 Afogamento
 Eletrocussão
 Estado de choque
 Doenças
O que é uma RCP:
 Trata-se de um conjunto de técnicas e procedimentos utilizados
na vitima de PCR, na tentativa de restabelecer a ventilação
pulmonar e a circulação sanguínea.

 Esta sequencia deve ser diferente para pacientes que sofrem


PCR no hospital ou no ambiente extra- hospitalar.
 É importante ressaltar que independente de onde ocorra a PCR, o
destino final desse paciente é sempre um SME (Serviço Médico de
Emergência) e UTI.

 Pacientes que tem uma PCR extra-hospitalar dependem da ação da


comunidade que precisam reconhecer a PCR.
 No ambiente hospitalar, é necessário um sistema de vigilância
continua para evitar uma PCR e caso ela ocorra, é necessário
uma interação harmoniosa dos vários setores do serviço.
Desfibrilação:
 Trata-se de um choque elétrico aplicado em situações de
emergência de forma assíncrona, para tratamento da fibrilação
atrial ou ventricular.
Cardioversor
 Cardioversão: É o uso
terapêutico do choque elétrico
que visa restabelecer o ritmo
normal do coração. Aqui o
choque é sincronizado com a
atividade cardíaca
São Indicações para iniciar uma RCP:

 1- Parada Respiratória:

 2- Parada Cardíaca:
Principais sinais e sintomas que podem preceder
uma PCR.
 Dor torácica;
 Sudorese;
 Palpitações;
 Tontura;
 Escurecimento visual;
 Perda de consciência;
 Sinais de baixo débito.
Sinais que Determinam uma PCR:

 Inconsciência sem resposta a qualquer estímulo;


 Ausência de Movimentos Respiratórios;
 Ausência de pulso
 Midríase
 (Cianose, pele fria, palidez...)

 IMPORTANTE: Vitima que respira bem


PROVAVELMENTE não esta em parada Cardíaca.
PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER
REALIZADOS APÓS UMA PCR:

 Na parada CARDIORRESPIRATÓRIA a sequência “X A B C” deve


ser substituída pela sequência “C A B”

 A RCP deve ser iniciada rapidamente desde que a PCR esteja


bem estabelecida.
 C- Circulação – Fazer compressões torácicas.

 Verificar o pulso do paciente. (Radial, carótida ou femoral) Não


havendo pulso iniciar compressões torácicas da seguinte
forma:

 Manter vitima deitada em superfície dura rígida e plana;


 A- Manter VAs. Pérvias.
 B- Respiração (Boa ventilação)

 Manter oxigenação e ventilação pulmonar:


 Na ventilação pulmonar, inflamos e desinflamos os alvéolos
pulmonares, por meio da contração e relaxamento da musculatura
do diafragma (inspiração e expiração). As contrações do diafragma
provocam diferenças de pressão entre o interior dos pulmões e a
atmosfera e isso garante a entrada do ar no corpo.
Métodos de Ventilação:

 Ventilação boca-a-boca ou boca-máscara. (*Em ambiente


hospitalar é proibido esse tipo de ventilação):
 Manter abertura de VAs;
 Pinçar o nariz da vitima;
 Inspirar profundamente;
 Soprar lentamente, injetando ar nas VAs da vitima;
 Manter ritmo de insuflações de 10 p/ min.
 Localizar o apêndice xifoide, dois dedos acima é o ponto de
compressão (abaixo da linha dos mamilos).
 Aplicar a parte saliente da mão (hipotênar) com a outra mão
sobre esta. Não tocar os dedos no tórax do paciente;
 Alinhar ombros sobre o esterno do paciente, mantendo os
cotovelos estendidos;
 Exercer pressão vertical, deprimindo a parte inferior do
esterno por no mínimo 5 cm e não excedendo a 6 cm.
 Manter uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto;
 Permita que o tórax volte a sua posição normal após cada
compressão;
 Realize 5 ciclos de 02 ventilações para 30 compressões num
tempo estimado de dois minutos;
RCP - Reanimação Cardiopulmonar
Reavaliação:
 A interrupção das compressões para reavaliação do ritmo
cardíaco não deve exceder a 10 segundos;
 Se o pulso estiver presente, monitorizar SSVV e iniciar os
cuidados pós PCR;

 Mantenha ventilação 10/min em Via aérea definitiva;


 OBS.:

 A cada 5 ciclos de 02 ventilações e 30 compressões ou a cada 2


minutos, deve ocorrer a troca de posições entre os profissionais;

 Providencie acesso venoso (dois) de grande calibre em MMSS;


IMPORTANTE:
 Técnica cada vez menos utilizada devido à ineficiência, e pela
grande exposição do socorrista ao risco de contaminação. Em
ambiente hospitalar esta técnica é proibida.
Ventilação com dispositivo Bolsa-
valva-mascara (BVM) “Ambú”:

 Equipamento sempre disponível nos serviços de emergências,


constituindo de uma bolsa para insuflação do ar, valva e mascara
destinada a cobrir hermeticamente a face do paciente.
Três tamanho de Ambú
Deve ser utilizado da seguinte maneira:

 Colocar máscara facial da BVM de forma apropriadamente


cobrindo o nariz e a boca concomitantemente, vedando-os com a
mão não dominante e promovendo a abertura da via aérea
(técnica do C + E).
 Com a mão dominante, aperte a bolsa até haver a expansão do
tórax.
 Comprimir a BVM de forma que o paciente apresente a
expansão torácica simétrica e como resultado eleve a saturação
de oxigênio.
 Manter frequência de 2 ventilações/30 compressões ou proceder
10 ventilações/minuto;
 Monitorar a saturação de oxigênio, avaliando se houve melhora
da saturação e do padrão de perfusão periférica. (coloração das
extremidades).
Indicadores de uma boa ventilação:
 Observação da expansão do tórax;
 Sensação do fluxo de ar na expiração,
 Melhora da saturação e
 Perfusão periférica.
• Dificuldades e Complicações da RCP

 Fratura de costelas ou esterno;


 Pneumotórax;
 Hemotórax;
 Lesões pulmonares;
 Separação da cartilagem das costelas;
 Laceração de fígado com hemorragia interna;
 Distensão gástrica.
Quando não iniciar o RCP?

 A RCP somente não é iniciada quando as seguintes situações


estiverem presentes:
 Rigidez cadavérica;
 Decapitação;
 Decomposição;
 Esmagamento do tórax;
 Quando a execução da RCP for colocar o profissional em risco.
DIFERENÇAS DA RCP NA CRIANÇA

 Neonato (0 – 29 dias)

 Checar a responsividade da criança – estimulo Plantar


 -C Checar pulso femoral ou braquial: Se pulso ausente, iniciar
manobras utilizando dois dedos da mão posicionados abaixo do
nível dos mamilos ou, com as mãos em garra na frequência 3x1.
 A - Abrir e manter VAs pérvias;

 B - Checar a respiração - Avaliar a expansão torácica

 OBS: Profundidade de 4 cm; pacientes cardiopatas manter


frequência de 15x2.
Lactente (29 dias - 1 ano)

 Seguir sequencia CAB

 Manter frequência de 15x2.

 Profundidade de 4 cm
Criança (1 - 8 anos)

 Seguir sequencia CAB;

 Na compressão, utilizar a região hipotênar de apenas uma das


mãos;
 Manter frequência: 30x2 ou 15x2.

 Profundidade: 5 cm
 OBS:

 Em todos os casos, manter criança em superfície dura rígida e


plana (Lactentes pode ser utilizado o antebraço do profissional
como apoio).
 Ao final de cada compressão, sem remover os dedos ou a mão
do tórax, libere a pressão, permitindo que o esterno retorne a
posição inicial;
 Sempre que houver apenas um socorrista, deve se manter
compressões continuas.

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