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GESTÃO

AMBIENTAL
RENOVAÇÃO DE
LICENÇA AMBIENTAL
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íNDICE

introdução 4
obtive minha licença de operação. o que devo fazer? 5
Gestão de Condicionantes 8
obrigações Ambientais pós-licenciamento Ambiental 11
relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - rADA 22
Gestão ambiental para revalidação da licença 25
renovação de licença 26
Produção mais limpa 30
Automonitoramento e Gestão 36
indicadores de Desempenho Ambiental 42
Bibliografia 47

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INTRODUÇÃO

As empresas estão hoje inseridas em um ambiente de árdua


competitividade em que a velocidade das mudanças tecnológi-
cas e organizacionais integra-se com a sistemática ambiental.
Neste contexto, o enriquecimento do arcabouço legal, a inser-
ção de critérios de desempenho ambiental como requisito de
mercado, as políticas operacionais de instituições financeiras
para concessão de crédito e a sociedade cada vez mais ante-
nada para as questões ambientais provocam a necessidade de
melhoria da performance do processo produtivo, considerando o
bom desempenho ambiental no processo de gestão empresarial.

Esse tipo de conduta empresarial está se tornando um aspec-


to fundamental na Governança Corporativa e empresas que não
trabalham sobre esse cerne enfrentam riscos de todas as ordens
como apresentado na Figura 1 a seguir:

Processo Mercado legais

• Desperdícios • Baixo valor de mercado • Aplicação de multas


• Acidentes de seus ativos • Enquadramentos na lei
• Risco potencial à saúde • Encarecimentos de de crimes ambientais
pública e ao meio ambiente financiamentos • Cancelamento da AAF ou
• Gestos adicionais com • Desvalorização da marca da licença ambiental
o tratamento • Insegurança de investidores • Suspensão das atividades
• Ações do Ministério Público

Figura 1 - Riscos Ambientais

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Meio ambiente se tornou muito mais que um modismo, deven-
do estar perfeitamente alinhado ao nível estratégico das orga-
nizações. Manter e conduzir um processo de gestão ambiental
melhora a competitividade e o acesso a novas oportunidades
de desenvolvimento de processos, produtos, serviços e merca-
do. Também estrutura ações focadas na utilização racional das
matérias-primas, água e energia, prevenindo a utilização de ma-
teriais perigosos e tóxicos e reduzindo a quantidade e toxidade
de todas as emissões e resíduos na fonte.

Os compromissos de ordem ambiental se traduzem em inúmeras


vantagens como fomento à competitividade, acesso a mercados,
prática de inovação, ganhos econômicos, conformidade com
os requisitos legais aplicáveis e cabendo destacar no assunto
explorado nesta publicação: renovação da licença ambiental.
Todo esse processo contribui significativamente para a produti-
vidade, além de ser estratégico para a manutenção das licenças
ambientais.

OBTIVE MINHA LICENÇA DE OPERAÇÃO.


O QUE DEVO FAZER?

O licenciamento ambiental está organizado em um formato que


possibilita o monitoramento e acompanhamento periódico das
interferências ambientais de uma atividade. Em todas as etapas
e modalidades de licenciamento, há formas de verificação do
cumprimento das restrições acordadas, que condicionam a ins-
talação, medidas de controle e as regras de operação.

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O processo inclui ainda as rotinas de acompanhamento de
licenças vinculadas à monitoração dos efeitos ambientais do
empreendimento, componentes essenciais do sistema, além de
normas técnicas e administrativas que o regulam (GUSMÃO,
MARTINI, 2009).

Possuir a licença ambiental, via de regra, não significa estar


livre da questão ambiental e seus riscos. A licença permite o
exercício de uma atividade, desde que essa mesma atividade
funcione dentro dos limites e respeite uma série de critérios
ambientais (as condicionantes e as obrigações legais aplicáveis
à organização). Toda licença ambiental (prévia, de instalação ou
de operação) possui condicionantes ambientais que demandam
da estruturação de um processo de ação, adequação, controle,
monitoramento e registro, sendo imprescindível seu atendimento.

Estar licenciado significa também estabelecer uma série de ações


para que a atividade permaneça, funcione e opere em acordo com
critérios e obrigações de ordem ambiental.

Vale ressaltar que as condicionantes ambientais vinculadas


à licença ambiental são instrumentos para assegurar que o
exercício da atividade esteja em consonância com critérios
ambientais. A renovação da licença está diretamente vinculada
ao cumprimento e validação de suas condicionantes, as quais
possuem prazos e especificações técnicas que demandam

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atenção constante ao longo da vigência da licença, sendo parte
integrante do processo de gestão ambiental. Este planejamento
deve ser tratado como item estratégico dentro do processo de
gestão empresarial, considerando o gerenciamento ambiental
como parte integrante do negócio.

A licença ambiental não deve ser encarada somente como um


procedimento burocrático ou um resultado final de um processo.
O empreendedor precisa ir além, internalizando a gestão ambiental
como um processo constante visando à manutenção da licença,
além de controlar os riscos ambientais.

Todos os aspectos ambientais relacionados à atividade precisam


estar em níveis aceitáveis conforme a legislação aplicável, as
condições ambientais devem ser monitoradas e os sistemas de
controle avaliados quanto à sua efetividade. Além das ações de
controle no processo, há as obrigações legais que precisam ser
cumpridas e também se relacionam com a necessidade de uma
gestão ambiental bem implementada. Como resultado, espera-se
o desenvolvimento de uma cultura ambiental dentro da empresa,
com o registro dos resultados, estabelecimento de indicadores e
a conformidade ambiental. Essa postura contribui e facilita o pro-
cesso de revalidação da licença, já que contribui para a elabora-
ção dos documentos e relatórios exigidos pelo órgão licenciador.

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GESTÃO DE CONDICIONANTES

Atrelado ao licenciamento ambiental há uma série de condi-


ções exigidas pelo órgão ambiental que o empreendimento de-
verá respeitar e cumprir durante sua permanência, operação e
funcionamento. Essas medidas devem ser implementadas para
assegurar o atendimento a padrões de qualidade dos efluentes
líquidos e gasosos, ruídos (ambiental), resíduos sólidos gerados
e degradação vegetal ou do solo. Esses requisitos ainda esta-
belecem a necessidade de implementar programas de monito-
ramento dos efeitos ambientais, determinando os parâmetros e
a periodicidade das medições, cujos resultados serão acompa-
nhados pelo órgão ambiental, sendo esses pontos fundamentais
para renovação da licença ambiental.
Essas obrigações e medidas são aceitas pelo empreendedor na
concessão da licença e em suma têm como principal objetivo
conformar e adequar o empreendimento ou atividade aos pres-
supostos de proteção, preservação, conservação e melhoria do
meio ambiente.

Cumprimento de condicionantes:
As condicionantes estabelecidas no processo de licenciamento
deverão ser cumpridas dentro do prazo estabelecido e, na fal-
ta deste, dentro do prazo de validade da licença, sob pena de
autuações e até mesmo suspensão ou cancelamento da licen-
ça concedida. O cumprimento das condicionantes é um aspecto
fundamental para a obtenção da próxima licença.

8
Modificação de prazo para cumprimento e exclusão de
uma condicionante: Caso seja verificada a impossibilidade de
cumprimento de uma condicionante dentro do prazo estipulado
pelo órgão ambiental, o empreendedor deverá solicitar prorroga-
ção de forma prévia e devidamente justificada. Se houver a ne-
cessidade de exclusão de uma condicionante, a mesma também
deverá ser previamente solicitada ao órgão ambiental, com as
respectivas justificativas.
O COPAM deliberará, mediante decisão motivada, sobre a modi-
ficação ou exclusão das condicionantes solicitadas pelo empre-
endedor.

Implicações da falta de cumprimento de condicionan-


tes: De acordo com a Resolução CONAMA nº 237/1997, o órgão
ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá mo-
dificar as condicionantes e as medidas de controle e adequação,
bem como suspender ou cancelar uma licença expedida, quando
ocorrer violação ou inadequação de quaisquer condicionantes
ou normas legais.
Em Minas Gerais, o Decreto nº 44.844/2008, que trata da fiscaliza-
ção e autuação ambiental, prevê as penalidades que poderão ser
aplicadas pelo descumprimento de condicionantes. De acordo
com seu texto são consideradas infrações:

9
Código 103 105 114
Descumprir
Descumprir
condicionantes
condicionantes
aprovadas nas Licenças
Descumprir aprovadas na
Prévia, de Instalação
condicionantes Licença de Operação,
e de Operação,
aprovadas nas Licenças inclusive planos de
inclusive planos de
Prévia e de Instalação, controle ambiental, de
controle ambiental, de
Especificação relativas a essas medidas mitigadoras,
medidas mitigadoras,
das Infrações fases, ou cumpri-las de monitoração, ou
de monitoração, ou
fora do prazo fixado, equivalentes, ou cumpri-
equivalentes, ou
se não constatada a las fora do prazo fixado,
cumpri-las fora do prazo
existência de poluição ou se não constatada a
fixado, se constatada a
degradação ambiental. existência de poluição
existência de poluição
ou degradação
ou degradação
ambiental .
ambiental.

- multa simples,
- ou multa simples e
embargo da atividade ou
obra em implantação;
- ou multa simples,
embargo e demolição de
obras e das atividades - multa simples;
em implantação; - ou multa simples e
Advertência, sob pena
- ou multa simples e embargo de obra;
Pena de conversão em multa
demolição de obras em - ou multa simples e
simples.
implantação; demolição de obra
- ou multa simples e
suspensão da atividade
em operação; ou multa
simples, suspensão de
atividades e demolição
de obras das atividades
em operação.

Classificação Leve Grave Gravíssima

Quando for o caso,


apreensão dos
instrumentos, petrechos,
Outras
equipamentos ou
cominações
veículos de qualquer
natureza utilizados na
infração.

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O valor da multa simples será de no mínimo R$ 50,00 (cinquenta reais) e,
no máximo, R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), podendo atingir o valor
de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), em função do cruza-
mento da classificação da infração com o porte do empreendimento.

As multas simples relativas às infrações gravíssimas terão seu valor


fixado entre o mínimo de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões e reais) e o
máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), se a infra-
ção for cometida por empreendimento ou atividade de grande porte
e causar dano ou perigo de dano à saúde pública, ao bem-estar da
população ou aos recursos econômicos do Estado.

OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS
PÓS- LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Após a obtenção da Licença Ambiental, existem outras obriga-


ções ambientais que precisam ser cumpridas pelo empreende-
dor. Entre estas obrigações, as principais são:

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Inventário de Resíduos Sólidos Industriais

É um relatório contendo informações a respeito dos resíduos gerados


na atividade. Os dados são compilados e usados no Inventário de Re-
síduos Sólidos de Minas Gerais.

Atividades obrigadas - Atividades enquadradas, de acordo com a Delibe-


ração Normativa COPAM nº 74/2004, nas classes 3, 4, 5, e 6, que possuem
as tipologias listadas na Deliberação Normativa COPAM nº 90/2005.

Prazo para entrega - O Inventário de Resíduos Sólidos Industriais


deve ser apresentado até o dia 31 março, anualmente se os empreen-
dimentos ou atividades forem enquadrados nas Classes 5 e 6 e a cada
2 anos se enquadrados nas Classes 3 e 4 da Deliberação Normativa
COPAM nº 74/2004.

Forma de apresentação - O formulário eletrônico para preenchimen-


to e entrega está disponível no Banco de Declarações Ambientais –
BDA no site http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br.
O Inventário de Resíduos Sólidos Industriais deve ser assinado pelo
administrador principal da empresa e pelo responsável técnico de-
vidamente habilitado, acompanhado da respectiva anotação da res-
ponsabilidade técnica.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade da apresentação do In-


ventário de Resíduos Sólidos Industriais está prevista na Deliberação
Normativa COPAM nº 90/2005 e nº 136/2009.

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Declaração de Carga Poluidora

É uma declaração contendo informações relativas a cada ponto de


lançamento de efluente líquido do empreendimento, com a composi-
ção da carga poluidora, bem como do corpo receptor.

Atividades obrigadas - São obrigados a preencher a Declaração de


Carga Poluidora os responsáveis por fontes potencial ou efetivamente
poluidoras das águas que realizam qualquer uma das atividades enqua-
dradas, de acordo com a Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004,
nas classes 3, 4, 5, e 6.

Prazo para entrega - A Declaração de Carga Poluidora deve ser apre-


sentada até o dia 31 março, anualmente se os empreendimentos ou ati-
vidades forem enquadrados nas Classes 5 e 6 e a cada 2 anos se enqua-
drados nas Classes 3 e 4 da Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004.

Forma de apresentação - O formulário eletrônico para preenchimen-


to e entrega está disponível no Banco de Declarações Ambientais –
BDA no site http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br.

A Declaração de Carga Poluidora deve ser assinada pelo administra-


dor principal da empresa e pelo responsável técnico devidamente ha-
bilitado, acompanhado da respectiva anotação da responsabilidade
técnica. O modelo de formulário a ser preenchido consta no anexo
único da Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 01/2008,
mas atualmente a apresentação da Declaração de Carga Poluidora
só pode ser feita em formato digital.

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Legislação Relacionada - A obrigatoriedade da apresentação da De-
claração de Carga Poluidora está prevista na Deliberação Normativa
Conjunta COPAM/CERH nº 01/2008.

Cadastro Técnico Federal

É um registro obrigatório para as pessoas físicas ou jurídicas no site


do IBAMA. O Cadastro Técnico Federal - CTF está dividido em:

Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras


ou Utilizadoras de Recursos Ambientais:
Deve ser feito por aqueles que se dedicam a atividades potencialmen-
te poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercializa-
ção de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim
como de produtos e subprodutos da fauna e flora.

Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa Ambiental:


Deve ser feito por aqueles que se dedicam à consultoria técnica so-
bre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de
equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.

Atividades obrigadas - São obrigados a preencher o Cadastro Técni-


co Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras
de Recursos Ambientais todos aqueles que realizam qualquer uma
das atividades listadas no anexo VIII da Lei Federal nº 6.938/1981 e
que possuam o Cadastro Nacional de Atividades Econômicas – CNAE
listado no anexo III da Instrução Normativa IBAMA nº 31, de 03 de
dezembro de 2009.

14
São obrigados a preencher o Cadastro Técnico Federal de Instrumen-
tos de Defesa Ambiental todos aqueles que realizam qualquer uma
das atividades descritas no Anexo I da Instrução Normativa IBAMA
nº 31, de 03 de dezembro de 2009.

Prazo para entrega - O Cadastro Técnico Federal deveria ser feito até
31 de março de 2001, sob pena de multa administrativa.

Forma de apresentação - Aquele que ainda não efetuou o Cadastro


Técnico Federal poderá fazê-lo através do preenchimento de formulá-
rio próprio disponível no site do IBAMA (http://servicos.ibama.gov.br).

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade do Cadastro Técnico Fe-


deral está prevista na Lei Federal nº 6.938/1981.

Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA

É uma espécie de tributo pago ao IBAMA para que este órgão contro-
le e fiscalize as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras
de recursos naturais, “in loco” ou indiretamente, através da análise
de dados relativos ao sujeito passivo.

Atividades obrigadas - Todas as atividades potencialmente poluido-


ras e utilizadoras de recursos ambientais sujeitas ao Cadastro Técni-
co Federal.

Prazo - A TCFA é devida no último dia útil de cada trimestre do ano


(março, junho, setembro e dezembro) e o recolhimento deve ser efe-
tuado em conta bancária vinculada ao IBAMA, até o quinto dia útil do
mês subsequente.

15
Como é calculado o valor a ser pago - A TCFA é definida pelo cru-
zamento do potencial de poluição e grau de utilização de recursos
naturais com o porte da empresa. O potencial de poluição e o grau
de utilização de recursos naturais estão definidos no anexo VIII da
Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, para cada categoria de
atividade. O porte da empresa é dado em razão da receita anual bruta
do empreendimento.

Como emitir o boleto - O boleto de cobrança da TCFA deve ser


emitido, trimestralmente, através do site do IBAMA, ou do link
http://servicos.ibama.gov.br. Caso o boleto seja solicitado após o ven-
cimento da parcela, será acrescido ao valor da TCFA a multa corres-
pondente.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade de pagamento da Taxa


de Controle e Fiscalização Ambiental está prevista na Lei Federal nº
6.938/1981 e na Instrução Normativa IBAMA nº 17, de 29 de dezembro
de 2011.

Relatório Anual de Atividades

Relatório das atividades exercidas no ano anterior, a ser entregue


para o IBAMA, com a finalidade de colaborar com os procedimentos
de controle e fiscalização.

Atividades obrigadas - Todas as atividades potencialmente poluidoras


e utilizadoras de recursos ambientais sujeitas ao Cadastro Técnico Fe-
deral e ao pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental.

16
Prazo para entrega - O Relatório Anual de Atividades deve ser preen-
chido e entregue de janeiro até o dia 31 de março de cada ano.

Forma de apresentação - A entrega do Relatório Anual de Ativida-


des só pode ser feita online. O formulário eletrônico para preenchi-
mento e entrega está disponível no site do IBAMA, ou através do link
http://servicos.ibama.gov.br.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade de entrega do Relatório


Anual de Atividades está prevista na Lei Federal nº 6.938/1981 e na
Instrução Normativa IBAMA nº 17, de 29 de dezembro de 2011.

Certificado de Regularidade

O Certificado de Regularidade é um documento que atesta o cumpri-


mento das exigências ambientais previstas em Leis, Resoluções do
CONAMA, Portarias e Instruções Normativas do IBAMA.

Atividades obrigadas - Todas aquelas sujeitas ao Cadastro Técnico


Federal.

Prazo de validade - A validade do Certificado de Regularidade será de


3 meses, contados a partir da data de sua emissão

Forma de emissão - O Certificado de Regularidade deve ser emitido


eletronicamente, através do site do IBAMA.

Legislação Relacionada - O Certificado de Regularidade está previs-


to na Instrução Normativa IBAMA nº 31, de 03 de dezembro de 2009.

17
Cadastro Técnico Estadual

O Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras


ou Utilizadoras de Recursos Naturais é um registro obrigatório para as
pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente
poluidoras e à extração, à produção, ao transporte e à comercialização
de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de
produtos e subprodutos da fauna e da flora em Minas Gerais.

Em 1º de setembro de 2011 ocorreu a integração do Cadastro Técnico


Estadual de Minas Gerais com o Cadastro Técnico Federal do IBAMA.
O cadastramento de novos usuários deverá ser feito diretamente no
site do IBAMA. O usuário que está registrado apenas no Cadastro
Técnico Estadual de Minas Gerais deve, necessariamente, efetuar
o cadastramento no site do IBAMA. Aqueles que possuem cadastro
apenas no site do IBAMA já são considerados devidamente cadastrados.

Atividades obrigadas - São obrigadas a preencher o Cadastro Técni-


co Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras
de Recursos Ambientais todos aqueles que realizam qualquer uma
das atividades listadas nos anexos I e II da Lei Estadual nº 14.940, de
29 de dezembro de 2003.

Prazo para entrega - O Cadastro Técnico Estadual deveria ser feito até
31 de março de 2004, sob pena de multa administrativa.

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Forma de apresentação - O Cadastro Técnico Estadual é feito através
do preenchimento do formulário do Cadastro Técnico Federal, disponí-
vel no site do IBAMA (http://servicos.ibama.gov.br).

Forma de apresentação - O Cadastro Técnico Estadual é feito através


do preenchimento do formulário do Cadastro Técnico Federal, dispo-
nível no site do IBAMA (http://servicos.ibama.gov.br).

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade do Cadastro Técnico Es-


tadual está prevista na Lei Estadual nº 14.940/2003.

Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental


do Estado de Minas Gerais – TFAMG

É uma espécie de tributo recolhido pela Secretaria Estadual de Fa-


zenda para que a FEAM e o IEF controlem e fiscalizem as atividades
potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais no Es-
tado de Minas Gerais.

Atividades obrigadas - Todas as atividades potencialmente polui-


doras e utilizadoras de recursos ambientais sujeitas ao Cadastro
Técnico Estadual.

Prazo - A TFAMG é devida no último dia útil de cada trimestre do ano


(março, junho, setembro e dezembro) e o recolhimento deve ser efe-
tuado em conta bancária vinculada ao IBAMA, até o quinto dia útil do
mês subsequente.

19
Como é calculado o valor a ser pago - A TFAMG é definida pelo cru-
zamento do potencial de poluição e grau de utilização de recursos
naturais com o porte da empresa. O potencial de poluição e o grau de
utilização de recursos naturais estão definidos nos anexos I e II da Lei
Estadual nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003, para cada categoria de
atividade. O porte da empresa é dado em razão da receita anual bruta
do empreendimento.

Como emitir o boleto - A cobrança da TFAMG ocorre juntamente com


a cobrança da TCFA, através do boleto de cobrança da TCFA, que
deve ser emitido, trimestralmente, através do site do IBAMA ou do
link http://servicos.ibama.gov.br.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade do pagamento da Taxa


de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais está
prevista na Lei Estadual nº 14.940/2003

Em 1º de setembro de 2011 ocorreu a integração do Cadastro Técnico


Estadual do Estado de Minas Gerais com o Cadastro Técnico Federal
do IBAMA. Com a unificação dos Cadastros, o recolhimento da TFAMG
passou a ser feito pelo IBAMA, que posteriormente repassa ao Estado
de Minas Gerais 60% do valor arrecadado a título de TCFA.

20
Relatório Anual de Atividades

Relatório das atividades exercidas no ano anterior, a ser entregue ao


órgão ambiental, com a finalidade de colaborar com os procedimen-
tos de controle e fiscalização.

Atividades obrigadas - Todas as atividades potencialmente poluido-


ras e utilizadoras de recursos ambientais sujeitas ao Cadastro Técni-
co Estadual e ao pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Am-
biental do Estado de Minas Gerais.

Prazo para entrega - O Relatório Anual de Atividades deve ser preen-


chido e entregue de janeiro até o dia 31 de março de cada ano.

Forma de apresentação - Com a unificação do Cadastro Técnico Es-


tadual de Minas Gerais com o Cadastro Técnico Federal do IBAMA,
a apresentação do Relatório Anual de Atividades passou a ser feita
eletronicamente, através do site do IBAMA.

O formulário eletrônico para preenchimento e entrega está disponível


no site do IBAMA, ou através do link http://servicos.ibama.gov.br

21
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO AMBIENTAL - RADA

O processo de revalidação da licença tem como um dos principais instru-


mentos a apresentação do RADA – Relatório de Avaliação de Desempenho
Ambiental. Esse estudo é uma ferramenta para uma avaliação do desem-
penho ambiental do empreendimento em consonância com o cumprimento
das condicionantes ambientais no período da vigência da licença ambien-
tal. O relatório funciona como base técnica para o órgão licenciador no pe-
dido da revalidação da licença. As características e informações prestadas
no RADA são requeridas em função das condições ambientais (local e re-
gional); tipologia da atividade, produtos e serviços; e aspectos ambientais
relevantes.

Em Minas Gerais, o RADA encontra-se referenciado com itens especí-


ficos por tipo de atividade (MINERÁRIAS, INDUSTRIAIS, INFRAESTRU-
TURA, AGROSSILVIPASTORIS), disponibilizado no site da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD1.

1 http://www.meioambiente.mg.gov.br/noticias/1/1170-termos-de-referencia-para-elaboracao-de-relatorio-de-avaliacao-de-
desempenho-ambiental-rada

22
O desempenho ambiental do empreendimento é avaliado em função
das interações ambientais da atividade com o meio ambiente e do
nível de conformidade em relação à legislação ambiental. Portanto,
as informações requisitadas no RADA estão vinculadas à gestão dos
aspectos ambientais, mais comumente divididos em itens relaciona-
dos ao consumo de matérias-primas e insumos (água, energia, ar);
resíduos sólidos; efluentes líquidos; emissões atmosféricas; biodiver-
sidade; e ruído. Para tal, é preciso descrever o processo, medir, re-
portar resultados, comunicando ao órgão a performance do empreen-
dimento, demonstrando assim o atendimento às normas ambientais,
atestando a eficiência das operações e programas implementados.

Essas informações permitem ao órgão avaliar as intervenções ambien-


tais decorrentes do empreendimento, compatibilizando com as altera-
ções ocorridas no prazo de vigência da licença alterando ou não as
condições da nova licença ambiental. “Dessa forma, quaisquer licen-
ças de operação secundárias, referentes a modificações e / ou amplia-
ções do mesmo empreendimento, serão incorporadas no procedimento
de revalidação da Licença de Operação principal. Portanto, é neces-
sário que todas as informações pertinentes às licenças de operação
secundárias estejam contempladas no RADA” (SÁ, 2010).

O processo de revalidação possibilita ao órgão licenciador avaliar o


desempenho ambiental da atividade de forma periódica, permitindo
também ao empreendedor destacar os compromissos voluntários as-
sumidos, assim como algum passivo ambiental desconhecido ou não
declarado no ultimo processo de regularização (LP; LI; LO ou REVLO).
As não conformidades apontadas pelo RADA ou identificadas em vis-
torias do órgão ambiental, na maioria dos casos são inseridas como
novas condicionantes da licença objeto de revalidação.

23
Outro aspecto relevante para a consolidação de um bom RADA, é a
implementação de um sistema de gerenciamento ambiental, o qual
estabeleça formas de controle de informações ambientais. Esse tipo
de conduta facilita a obtenção de registros e indicadores ambientais
relacionados com a atividade industrial, além também de precaver o
empreendedor frente às fiscalizações, pois registram informações
que contemplam e comprovam conformidade com os requisitos apli-
cáveis a cada matéria.

Além de permitir uma analise das medidas implementadas, dos con-


troles ambientais e resultados dos planos de monitoramento ambien-
tais, o RADA fornece uma ponderação sobre o progresso do geren-
ciamento ambiental no empreendimento. Para tal são requisitadas
informações referentes a ações de melhorias, implementação de
novas tecnologias, ocorrências (acidentes e incidentes) ambientais,
investimentos, permitindo uma comparação sistematizada com as in-
formações antes prestadas, avaliando o desempenho dos componen-
tes ambientais do empreendimento.

A implementação de um sistema de gerenciamento ambiental é


uma ferramenta para a consolidação de um bom RADA.

24
GESTÃO AMBIENTAL PARA
REVALIDAÇÃO DA LICENÇA

25
Renovação da Licença

A Licença de Operação poderá ser revalidada mediante análise de re-


querimento do interessado acompanhado dos seguintes documentos:

I - Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - RADA do siste-


ma de controle e demais medidas mitigadoras, elaborado pelo reque-
rente, conforme Termo de Referência específico por tipo de atividade,
disponibilizado no site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável - SEMAD.

II - cópia da publicação do pedido de revalidação;

III - cópia da publicação da Licença de Operação vigente;

IV - comprovante de recolhimento do custo de análise (Para o ano


de 2012, os valores do custo de análise são R$ 8.354,01 para empre-
endimento classe 3, R$ 10.924,48 para empreendimento classe 4, R$
20.563,74 para empreendimento classe 5 e R$ 28.275,13 para empre-
endimento classe 6);

V - certidão negativa do débito financeiro de natureza ambiental.

Prazo para solicitar a


revalidação da Licença de Operação:
O requerimento de revalidação da Licença de Operação deverá ser pro-
tocolado com a documentação necessária em até 90 (noventa) dias an-
tes do vencimento da licença. Ou seja, o empreendedor deverá preen-
cher e apresentar o Formulário de Caracterização do Empreendimento
- FCE, receber o Formulário de Orientações Básicas - FOB e protocolar

26
todos os documentos listados no FOB até 90 (noventa) dias antes do vencimen-
to da licença (Deliberação Normativa COPAM nº 17/1996).

Revalidação automática:
Haverá revalidação automática da Licença de Operação se os documentos
do FOB forem protocolados em até 90 (noventa) dias antes do vencimento da
licença e o COPAM não se manifestar sobre o requerimento até a data de ven-
cimento da Licença de Operação vigente, hipótese em que o órgão licenciador
emitirá, no primeiro dia útil seguinte à data do vencimento, novo certificado de
Licença de Operação.

Não haverá revalidação automática da Licença de Operação nos casos em


que houver a solicitação de informações complementares, hipótese em que
a licença vincenda será prorrogada pelo prazo de até seis meses, cabendo
ao órgão licenciador emitir, até a data de vencimento, documento compro-
batório da prorrogação, determinando o prazo adequado. Decorrido o prazo
da prorrogação e desde que não exista pendência de esclarecimentos ou
informações complementares por parte do empreendedor, a revalidação da
Licença de Operação ocorrerá automaticamente (Deliberação Normativa
COPAM nº 17/1996).

Consequências da não
revalidação da Licença de Operação:
Para a revalidação da Licença de Operação o cumprimento das condicionan-
tes deverá ser comprovado ao órgão ambiental por meio da apresentação de
uma Avaliação do Cumprimento das Condicionantes, que é um dos itens que
deve constar no Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - RADA.

Se as condicionantes não forem cumpridas, o órgão ambiental emitirá parecer


pelo indeferimento da revalidação da Licença de Operação do empreendimento,
além de lavrar Auto de Infração por descumprimento de condicionantes.

27
O parecer do órgão ambiental servirá como base para o julgamento do pro-
cesso de revalidação da Licença de Operação pelo COPAM.

Quando o empreendedor não consegue comprovar um bom desempenho


ambiental, o que se dá por meio da demonstração do cumprimento de con-
dicionantes, não é possível deliberar a favor da renovação da Licença de
Operação.

O indeferimento do pedido de revalidação da Licença de Operação gera gra-


ves consequências para o empreendedor, como a obrigação de paralisar as
atividades do empreendimento até a sua regularização ambiental, ou até que
seja firmado Termo de Ajustamento de Conduta com o órgão ambiental.

Além disso, o empreendedor fica obrigado a formalizar um processo de Li-


cença de Operação Corretiva no órgão ambiental para análise e posterior
decisão do COPAM. Para o novo processo, serão cobrados os custos de
análise de uma Licença de Operação Corretiva, que para o ano de 2012 pos-
sui os seguintes valores:

R$ 18.635,89 para empreendimento classe 3


R$ 25.062,04 para empreendimento classe 4
R$ 64.261,68 para empreendimento classe 5
R$ 96.392,50 para empreendimento classe 6

Para a manutenção da regularidade e controle dos riscos de ordem ambien-


tal é preciso implementar uma série de ações que internalizem a questão nos
processos gerenciais e operacionais de uma atividade. Além de desenvolver
respostas para esses itens, o estabelecimento de uma gestão ambiental fo-
menta iniciativas de prevenção e controle da poluição, já que também pro-
move uma postura proativa que congrega inúmeros benefícios. Esse conjun-
to de ações, comumente chamado de Sistema de Gestão Ambiental - SGA,

28
inclui a definição de uma estrutura organizacional, atividades de pla-
nejamento, responsabilidades, procedimentos, processos e recursos
para desenvolver, implementar, atingir, analisar e manter na empresa
uma política ambiental (ABNT, 2004).

A principal falha no processo de revalidação da licença por parte dos re-


querentes é o não desenvolvimento de um processo de gestão ambiental
ao longo do período de vigência da sua licença. Muito mais que a apre-
sentação de documentos e relatórios técnicos, cabe ao requerente de-
monstrar que o compromisso firmado no ato da concessão da licença
ambiental foi mantido e incorporado nas atividades do empreendimento.
A implementação de sistemas de controle eficientes, ações de minimiza-
ção de impactos ambientais e adoção de boas práticas ambientais são
essenciais para a comprovação de que um empreendimento mantém sua
regularidade perante a temática ambiental.

Este capítulo apresenta as principais ferramentas de gestão ambien-


tal, destacando aqui a necessidade da internalização destas para a
revalidação da licença ambiental.

Produção mais Limpa

Produção mais Limpa – PmaisL é uma importante ferramenta para a


gestão ambiental. O princípio básico desse tipo de abordagem é a vi-
são da prevenção como prioridade dentro das ações de gestão am-
biental. Para tal, são estudadas medidas que visem reduzir ou eliminar
os aspectos ambientais na fonte de geração por meio de reformula-
ção de produto, modificação de processos ou procedimentos, altera-
ção de tecnologias e equipamentos, substituição de matérias-primas,
manutenção e treinamento.

29
Para processos produtivos, esta ferramenta resulta em medidas de
conservação de matérias-primas, água e energia; eliminação de
substâncias tóxicas e matérias-primas perigosas; redução da quanti-
dade e toxicidade de todas as emissões e resíduos na fonte geradora
durante o processo produtivo, de modo isolado ou combinado. Já em
produtos visa a reduzir os impactos ambientais e de saúde, além de
oferecer segurança dos produtos em todo o seu ciclo de vida. Para
serviços implica em incorporar a preocupação ambiental no projeto e
na realização dos serviços.

O que é?
Aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica
integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso
de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou
reciclagem de resíduos sólidos gerados, com benefícios ambientais e
econômicos para os processos produtivos (CNTL, 1998).

As tecnologias ambientais convencionais trabalham, principalmente,


no tratamento dos aspectos ambientais do processo produtivo atuan-
do apenas com a remediação (tecnologias fim de tubo). Já a Produção
Mais Limpa integra os objetivos ambientais aos processos de produção
através de uma postura proativa e preventiva, reduzindo as interferên-
cias ambientais negativas em termos de quantidade e periculosidade.

30
Quais são os benefícios da PmaisL?
Avalia-se que a aplicação de programas de Produção mais Limpa,
de um modo geral, resulta em:

Aumento da produtividade;
Aumento da rentabilidade do negócio;
Expansão no mercado dos produtos da empresa;
Melhoria da imagem corporativa e apoio em ações de marketing;
Melhoria da qualidade do produto;
Melhoria do relacionamento com a comunidade
e com os órgãos públicos;
Redução da geração de resíduos, efluentes e emissões
e de gastos com seu tratamento e destinação final;
Redução dos custos de produção;
Redução dos riscos de acidentes ambientais e ocupacionais;
Redução no uso de substâncias tóxicas;
Retorno do capital investido nas melhorias em curtos períodos;
Uso mais racional da água, da energia e das matérias-primas.

Além dessas vantagens, evitam-se custos do não cumprimento da


legislação; redução de custos de seguros; facilitação do acesso ao
crédito e financiamentos específicos.

A metodologia constitui-se de uma avaliação técnica, econômica e am-


biental de um processo produtivo, por meio da análise detalhada e pos-
terior identificação de oportunidades, que possibilitem melhorar a efi-
ciência, podendo ser aplicada em todos os setores, incluindo indústria,
comércio e serviços, além de atividades do setor primário. Os interesses
são os mais variados (Figura 2), porém, a empresa deve levar em conta a
seguinte questão: como os interesses responderão à iniciativa de PmaisL
influenciará a manutenção da licença ambiental em minha empresa?

31
Exigências Potencial Pressão do
Competidores dos Credores de Mercado Consumidor

Responsabilidade Imperativos Grupos de


Social Comerciais Pressão

Assuntos Família dos


Comerciais Empregados
Pressões Insumo
EMPRESA
Internas Externo
Organismos do
Sindicatos Governo

Pressões Associações
Empregados Externas Comerciais

Organismos Legislação Comunidade Grupos de


Regulatórios & Normas Local Pressão

Figura 2 - Interesses que influenciam na decisão de uma empresa para adotar práticas de PmaisL

Como a PmaisL integra-se ao processo


de revalidação da licença?

A PmaisL possibilita à empresa uma melhor noção da relação do pro-


cesso com os aspectos ambientais. O grande diferencial desse tipo de
abordagem é o desenvolvimento de um sistema eficiente de produção
inter-relacionando indicadores ambientais como o produto produzido
ou serviço prestado – indicadores ambientais e de processo. Item este
fundamental para a consolidação do RADA, atendimento às obrigações
legais como Declaração de Carga Poluidora, Inventário de Resíduos e
cumprimento das condicionantes.

Conhecer o quê e quanto se consome e se emite em cada etapa do


processo facilita a identificação das oportunidades e o estabelecimento
de prioridades de gestão ambiental (BASTISTAN, 2009).

32
Como qualquer ação de gerenciamento, um programa de PmaisL é
fundamentado em um diagnóstico do processo produtivo baseando-
se em medições que permitam o planejamento de ações preventivas.
A metodologia recomenda que as empresas implementem sistemas de
monitoramento dos seus aspectos ambientais dentro do processo pro-
dutivo, mapeando causas e priorizando as ações conforme criticidade
e viabilidade técnico-financeira.

A etapa de diagnóstico na PmaisL consiste em um estudo detalhado das


atividades do processo produtivo definindo seu fluxograma (Figura 3),
tabelas quantitativas e qualitativas, indicadores que fundamentam o
balanço de massa e energia, avaliação dos dados e causas.

ENTRADAS Saídas
Matérias-Primas Matérias-Primas
Matérias-Primas Água ETAPA 1 Água Resíduos Sólidos
.........................kg Produto .........................kg
Energia Energia
.........................kg Intermediário .........................kg
Insumos Insumos
.........................kg .........................kg
.........................m3
Matérias-Primas Matérias-Primas
Água ETAPA 2 Água Efluentes
Produto .........................m3
Energia Energia
Água Intermediário Substâncias
.........................m3 Insumos Insumos ........................kg
........................kg
Matérias-Primas Matérias-Primas
Água ETAPA 3 Água
Energia Produto Emissões
Energia Energia
........................kw Intermediário ........................kg
Insumos Insumos Calor Residual
........................kw

Insumos
.........................kg Matérias-Primas Matérias-Primas Produtos
.........................kg ETAPA N ..........Unidade(s)
Água Água
.........................kg Produto .........................kg
.........................m3 Energia
Final Energia .........................m3
Insumos Insumos

Figura 3 – Fluxograma – FONTE: CNTL

33
São avaliados os usos de matérias-primas, insumos, água e ener-
gia que entram no processo e que são liberados pelo mesmo. Atra-
vés do um balanço material, é possível a identificação e a quan-
tificação das perdas ou emissões anteriormente desconhecidas.
Essas informações servem para realçar as fontes e as causas dos
resíduos e emissões e as perdas de energia e água, proporcionan-
do o entendimento de onde, por que e quantos resíduos e emis-
sões são gerados e quanto de energia e água é perdido.

A metodologia fortalece a cultura dos indicadores ambientais e


a relação do processo produtivo com o meio ambiente que por
hora são considerados como pontos marginais. Por meio do mo-
nitoramento da performance desses indicadores é possível ava-
liar o funcionamento do processo periodicamente, identificando
falhas e estruturando ações corretivas de forma mais eficiente.

A ferramenta PmaisL (Figura 4) é composta por um conjunto in-


tegrado de fases, que tecnicamente obedece à lógica da cons-
trução do ciclo de melhoria contínua, inteirando planejamento,
execução, controle, avaliação a aprendizado,
ou seja, o PDCA (TERRA, 2010).

Outro ponto relevante na metodologia de implementação da


PmaisL é a formação de uma equipe interna de trabalho. Esse
grupo denominado Ecotime são os facilitadores no levantamento
das informações e identificação de oportunidades de melhorias.
Sendo assim, a formação de uma equipe interna comprometida e
organizada desenvolve o capital humano da empresa na compre-
ensão e internalização das questões ambientais.

34
Planejamento
e Organização

Avaliação e Pré-Avaliação
Manutenção e Diagnóstico

Action Plan

check do

Implementação Avaliação

Estudos de
Viabilidade

Figura 4 - PmaisL

Além disso, o Programa PmaisL irá integrar-se aos Sistemas de


Qualidade, Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde Ocupacio-
nal, considerando a variável ambiental em todos os níveis da em-
presa. A estruturação e implementação de um Programa PmaisL
consolida o gerenciamento ambiental, contribuindo para a admi-
nistração desses riscos ambientais. Todas as ações fortalecem o
compromisso ambiental de uma empresa, além de fornecer sub-
sídios técnicos para o processo de revalidação da licença.

35
AutoMonitoramento e Gestão

O automonitoramento é definido como o conjunto de medições ambien-


tais sistemáticas, periódicas ou contínuas, que objetiva o registro, o
acompanhamento ou a avaliação de fonte de poluição e que é de res-
ponsabilidade do empreendedor, a quem cabe a preparação e o en-
caminhamento do relatório, conforme programa aprovado pelo órgão
ambiental competente, inclusive aquele que conste de condicionante
estabelecida por ocasião do licenciamento ambiental2.

O automonitoramento ambiental pode ser uma condicionante do pro-


cesso de licenciamento, portanto relacionado com a revalidação da
mesma. Para tal, o órgão ambiental estabelece quais os procedimen-
tos a serem adotados para a avaliação das emissões, efluentes (Ex.:
Figura 3), ruídos, resíduos sólidos e a qualidade do ambiente no qual
o empreendimento está inserido. Outras determinações a serem cum-
pridas são as especificações de métodos de amostragens, análises
laboratoriais, locais de coleta, parâmetros contemplados, confec-
ção dos relatórios e envio dos dados ao órgão gestor (FLORÊNCIO,
2010). Além do cumprimento de uma exigência legal, o procedimento
do automonitoramento ambiental fornece subsídios para a avaliação
da efetividade dos sistemas de controle instalados, possibilitando a
implementação de ações corretivas quando algo não atenda às con-
dições de qualidade ambiental. Sendo assim, cabe à atividade manter
procedimento e ações de gestão para monitorar e medir, de forma
periódica e sistematizada suas operações, sistemas de controle e
ambiente, mantendo todas as informações documentadas.

2 DN COPAM N.º 89, de 15 de setembro de 2005

36
Essa ideia fortalece ainda mais que, para a manutenção da licença
ambiental, faz-se necessário o desenvolvimento de uma série de
ações que executadas sinergicamente caracterizam um programa de
gestão ambiental eficiente.

DQO mg/l
400
350
300
250
200
150
100
50
0
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01
/02/2 /02/2 /02/2 /02/2 /02/2 /03/2 /0 3/2 /03/2 /03/2 /04/2 /04/2 /04/2 /04/2 /05/2 /05/2
01 08 15 22 29 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09

01/02/20 16/02/20 01/02/20 15/03/20 30/03/20 15/04/20 30/04/20 15/05/20


12 12 12 12 12 12 12 12
DQO mg/l 355 360 329 300 350 298 305 270

Figura 5 - Monitoramento DQO

37
Gestão da Água e Efluentes Líquidos

Para a gestão do uso da água em qualquer empreendimento, cabe o


desenvolvimento de operações e sistemas hidráulicos voltados para
o consumo racional, aumentando a eficiência da sua aplicação, bus-
cando também a reciclagem e o reuso. É de suma importância pos-
suir quais são as finalidades do consumo hídrico no empreendimento,
tendo uma estimativa da quantidade consumida em cada ponto ma-
peado. Através da definição desses indicativos é possível fazer uma
análise detalhada de como economizar e melhorar o uso do recurso.

A adoção destes princípios possibilita benefícios que se estendem des-


de a minimização de impactos ambientais à redução de custos opera-
cionais e até mesmo na promoção comercial desta ação.

A descarga de efluente industrial na rede de esgoto ou galerias de


águas pluviais deve ser devidamente autorizada pelo órgão de sanea-
mento (aplicável caso o município possua coleta e tratamento). Cabe
à empresa assegurar os padrões de lançamento exigidos no ato da
autorização com a companhia de saneamento e, caso não se aplique
essa condição, o efluente deve ser controlado utilizando-se sistemas
de tratamento de efluentes líquidos.

38
Mantenha também uma estimativa do volume do efluente gerado,
lembrando a diferenciação do efluente industrial e sanitário, cruzando
o volume gerado com o que é produzido no empreendimento. Estabe-
leça procedimento para avaliar periodicamente os parâmetros físico-
-químicos dos efluentes líquidos em duas etapas: efluente bruto (sem
tratamento) e efluente tratado (pós-tratamento). Desta forma, avalie a
efetividade dos sistemas de tratamento empregados e o atendimento
às condições impostas pelos órgãos ambientais. Qualquer anormali-
dade nos resultados devem ser relatados e justiçados, descrevendo
também quais foram as ações corretivas implementadas.

O cumprimento dessas orientações está alinhado com a obrigação le-


gal Declaração de Carga Poluidora - uma declaração contendo infor-
mações relativas a cada ponto de lançamento de efluente líquido do
empreendimento, com a composição da carga poluidora bem como
do corpo receptor. A declaração é obrigatória para todas as ativida-
des enquadradas, de acordo com a Deliberação Normativa COPAM nº
74/2004, nas classes 3, 4, 5, 6.

Gestão de Emissões Atmosféricas

Inventariar as emissões é um primeiro passo para identificar as


prioridades de ação e monitoramento. A qualidade do ar deve ser
monitorada com maior frequência em regiões metropolitanas e in-
dustriais. Através do inventário você poderá identificar as suas fon-
tes de emissões, qualificar e quantificar os poluentes produzidos em
seu processo. Esquematize um processo de gestão identificando
o tipo de emissão, a origem, vazão, sistema de controle utilizado e
ponto de lançamento.

39
Gestão de Resíduos Sólidos

Resíduos são matérias-primas (na maioria das vezes adquiridas a alto


preço) que não foram transformados em produtos comercializáveis
ou em matérias-primas a serem usadas como insumos em outro pro-
cesso de produção (KIPERSTOK et al, 2002). Esse aspecto ambiental
deve ser considerado como perda de processo e também associado
à ineficiência produtiva.

40
O gerenciamento de resíduos sólidos deve constituir um amplo
conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados,
visando à minimização da produção de resíduos e assegurar que
os resíduos gerados sejam coletados de forma correta, tendo um
adequado armazenamento, tratamento, transporte e destino final
conforme a legislação vigente.

O empreendedor deve manter documentado um histórico de toda mo-


vimentação e certificados de destinação dos resíduos sólidos de sua
atividade. Cabe ressaltar que a destinação final com a inserção de
prestadores de serviços não exime o gerador de sua responsabilidade
sobre seus resíduos. Pelo espírito da legislação ambiental brasileira,
compete ao gerador adotar todas as medidas para impedir que suas
atividades causem algum dano ambiental, incluindo-se entre elas ze-
lar para que seus contratados façam o mesmo.

A adoção de um processo de gestão apoiado no princípio da preven-


ção da poluição é uma estratégia eficaz, principalmente para otimizar
o fluxo de matérias-primas e insumos, evitando ao máximo a conver-
são desses materiais em resíduos (desperdícios). Um outro ponto re-
levante é que esse tipo de postura não se baseia somente em tecno-
logia, mas também na internalização e utilização de indicadores de
processos e gestão sobre os mesmos.

41
Indicadores de Desempenho Ambiental

Indicadores são ferramentas utilizadas pelas organizações para mo-


nitoramento e avaliação de seu desempenho, fundamentais para o
planejamento e o gerenciamento dos processos, orientando o pro-
cesso de tomada de decisão.

Desta forma, os indicadores de desempenho ambiental são instru-


mentos para monitorar e avaliar a gestão ambiental de uma empresa
e, consequentemente, a eficiência do processo.

Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se


define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que
não se gerencia”. William Edwards Demin.

42
Qual a importância dos Indicadores
de Desempenho Ambiental?
Tendo em vista a premissa de que sem medição não há gestão, a de-
finição e o acompanhamento de indicadores de desempenho ambien-
tal pelas empresas possibilitam o gerenciamento de sua performance
ao longo do tempo, de forma a minimizar os impactos ambientais de
suas atividades, produtos e serviços, gerenciar riscos e reduzir per-
das de processo, com vistas à melhoria contínua da organização.

O monitoramento contínuo dos indicadores de desempenho ambiental


é também um fator importante para facilitar o processo de elaboração
do RADA (Relatório de Desempenho Ambiental), necessário para a
revalidação da Licença de Operação, bem como o cumprimento das
demais obrigações legais como o Inventário de Resíduos Sólidos, o
Cadastro Técnico Estadual/Federal, a Declaração de Carga poluidora,
dentre outros.

A análise destes indicadores permite avaliar não apenas o desempe-


nho ambiental, mas também a produtividade e competitividade, sendo
um processo fundamental na gestão de uma empresa.

Como estabelecer indicadores de desempenho ambiental?


Os indicadores de desempenho ambiental devem ser estabelecidos
considerando os diversos aspectos, dentre eles:

abrangência das atividades, produtos e serviços


aspectos ambientais significativos
requisitos legais aplicáveis
condicionantes da licença ambiental
requisitos relacionados a demandas da sociedade
condições ambientais locais e regionais

43
A ABNT NBR ISO 14031 – Gestão ambiental – avaliação de desem-
penho ambiental, fornece exemplos de indicadores de desempenho
gerencial e operacional.

Indicadores de desempenho da Gestão Indicadores de desempenho operacional

• Fornecem informações relativas a todos • Fornecem informações relacionadas às


os esforços de gestão da empresa que operações da empresa com reflexos no seu
influenciam no seu desempenho ambiental. desempenho ambiental.

• Exemplos: cumprimento da legislação, no de • Estabelecidos com base nas entradas,


não conformidades com requisitos legais, instalações e equipamentos e saídas do
número de objetivos e metas alcançados, processo produtivo.
número de iniciativas de prevenção da
poluição implementadas, número de • Exemplos: consumo, em quantidades totais
fornecedores e contratados avaliados ou em relação ao volume de produção, de
sobre 1o tema ambiental, etc. materiais, energia e água, e à geração de
emissões e resíduos.

Figura 6 – Indicadores de Desempenho Ambiental

Assim, cada empresa deve selecionar indicadores, quantitativos ou


qualitativos, que reconheça como importantes para definir seus crité-
rios de desempenho ambiental.

Observe o exemplo da Figura 7 sobre o indicativo do consumo mensal


de água, bem como a definição de uma média do uso desse insumo
em um determinado processo.

44
Consumo de Água

290

280

270

260

250

240

230

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

Figura 7 - Consumo Água

Geralmente, após a implementação do monitoramento contínuo


e análise de seus indicadores, que subsidiam a tomada de ações,
as empresas observam a obtenção de diversos ganhos, tanto
ambientais quanto econômicos. Já que ao conhecer melhor seu
processo promove melhorias visando à redução no consumo de
água, otimização do uso energia, redução na geração de resídu-
os, emissões atmosféricas e consumo de matéria-prima, acarre-
tando melhoria ambiental e redução de custos (PmaisL).

Indicadores GRI: os indicadores do Global Reporting Initiative (GRI)


também podem ser uma boa referência para as empresas que
desejam estabelecer indicadores de desempenho ambiental (Mais
informações: www.globalreporting.org).

45
Exemplos de Indicadores de Desempenho Ambiental
Aspectos Exemplos de Indicadores
Consumo de matéria-prima e insumos
Consumo de matéria-prima e insumos por produto produzido
Matéria-prima
Quantidade de materiais usados provenientes de reciclagem.
Quantidade de matéria prima reutilizada no processo produtivo
Consumo de água por dia
Consumo de água por unidade de produção.
Água
Consumo de água por tipo de fonte e por finalidade de consumo
Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada.
Quantidade de energia utilizada por ano ou por unidade de produto
Energia Consumo de energia obtida de fontes renováveis
Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência
Consumo de combustível por tipo
Combustíveis
Percentual de combustíveis renováveis utilizados

Instalações Número de horas de operação de um equipamento específico por ano


físicas e Percentual de veículos da frota com tecnologia de redução da poluição
equipamento Número de horas de manutenção preventiva do equipamento por ano
Quantidade de resíduos por ano ou por unidade de produto
Quantidade de resíduos perigosos, recicláveis ou reutilizáveis
Resíduos produzidos por ano
Quantidade de resíduos perigosos eliminados devido à
substituição de material
Volume total de efluentes líquidos gerados por mês ou por
Efluentes
unidade de produto produzido
Volume total de efluentes líquidos industriais; Taxa de geração
de efluentes líquidos industriais/dia.
Taxa de geração de efluentes líquidos sanitários/ trabalhador/dia
Vazão de efluentes líquidos e efluentes sanitários
Taxa de geração de efluentes líquidos
Padrões físico-químicos dos efluentes (DBO, DQO, ph, turbidez, etc)
Vazão das emissões de Material Particulado, NOx, SOx e outros
Emissões
parâmetros significativos por fonte
Emissões de GEE por ano, por unidade de produto
Ruído Nível máximo detectado em determinado local

Fonte: Adaptado de ABNT NBR ISO 14031 e Indicadores GRI

46
BIBLIOGRAFIA

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBr-iso 14.001:2004 - sistemas de


gestão ambiental - requisitos com orientação para uso. rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBr-iso 14.031 - Gestão Ambiental


- Avaliação de Desempenho Ambiental - Diretrizes. rio de Janeiro: ABNT, 2004.

GUSMÃo, Antônio Carlos Freitas de, L. C. (2009). Gestão Ambiental na Indústria. rio de
Janeito: SMS Digital.

BAsTiAN, Elza Y. onishi. Guia técnico ambiental da indústria têxtil / Elaboração Elza Y.
onishi; Bastian, Jorge Luiz Silva Rocco; colaboração Eduardo San Martin ... [et al.]. -
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CNTL. Qual a vantagem de se adotar Produção mais Limpa. Manual. Porto Alegre: CNTL,
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MG, 2010.

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Fabriciano – MG, 2009.

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Aprendidas para a Sustentabilidade do Setor. Dissertação Mestrado Profissional -
Niterói - RJ, 2010. Disponível em: <http://www.bdtd.ndc.uff.br/> acessado em: 25 jul.
2012.
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