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AMBIENTAL
RENOVAÇÃO DE
LICENÇA AMBIENTAL
2
íNDICE
introdução 4
obtive minha licença de operação. o que devo fazer? 5
Gestão de Condicionantes 8
obrigações Ambientais pós-licenciamento Ambiental 11
relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - rADA 22
Gestão ambiental para revalidação da licença 25
renovação de licença 26
Produção mais limpa 30
Automonitoramento e Gestão 36
indicadores de Desempenho Ambiental 42
Bibliografia 47
3
INTRODUÇÃO
4
Meio ambiente se tornou muito mais que um modismo, deven-
do estar perfeitamente alinhado ao nível estratégico das orga-
nizações. Manter e conduzir um processo de gestão ambiental
melhora a competitividade e o acesso a novas oportunidades
de desenvolvimento de processos, produtos, serviços e merca-
do. Também estrutura ações focadas na utilização racional das
matérias-primas, água e energia, prevenindo a utilização de ma-
teriais perigosos e tóxicos e reduzindo a quantidade e toxidade
de todas as emissões e resíduos na fonte.
5
O processo inclui ainda as rotinas de acompanhamento de
licenças vinculadas à monitoração dos efeitos ambientais do
empreendimento, componentes essenciais do sistema, além de
normas técnicas e administrativas que o regulam (GUSMÃO,
MARTINI, 2009).
6
atenção constante ao longo da vigência da licença, sendo parte
integrante do processo de gestão ambiental. Este planejamento
deve ser tratado como item estratégico dentro do processo de
gestão empresarial, considerando o gerenciamento ambiental
como parte integrante do negócio.
7
GESTÃO DE CONDICIONANTES
Cumprimento de condicionantes:
As condicionantes estabelecidas no processo de licenciamento
deverão ser cumpridas dentro do prazo estabelecido e, na fal-
ta deste, dentro do prazo de validade da licença, sob pena de
autuações e até mesmo suspensão ou cancelamento da licen-
ça concedida. O cumprimento das condicionantes é um aspecto
fundamental para a obtenção da próxima licença.
8
Modificação de prazo para cumprimento e exclusão de
uma condicionante: Caso seja verificada a impossibilidade de
cumprimento de uma condicionante dentro do prazo estipulado
pelo órgão ambiental, o empreendedor deverá solicitar prorroga-
ção de forma prévia e devidamente justificada. Se houver a ne-
cessidade de exclusão de uma condicionante, a mesma também
deverá ser previamente solicitada ao órgão ambiental, com as
respectivas justificativas.
O COPAM deliberará, mediante decisão motivada, sobre a modi-
ficação ou exclusão das condicionantes solicitadas pelo empre-
endedor.
9
Código 103 105 114
Descumprir
Descumprir
condicionantes
condicionantes
aprovadas nas Licenças
Descumprir aprovadas na
Prévia, de Instalação
condicionantes Licença de Operação,
e de Operação,
aprovadas nas Licenças inclusive planos de
inclusive planos de
Prévia e de Instalação, controle ambiental, de
controle ambiental, de
Especificação relativas a essas medidas mitigadoras,
medidas mitigadoras,
das Infrações fases, ou cumpri-las de monitoração, ou
de monitoração, ou
fora do prazo fixado, equivalentes, ou cumpri-
equivalentes, ou
se não constatada a las fora do prazo fixado,
cumpri-las fora do prazo
existência de poluição ou se não constatada a
fixado, se constatada a
degradação ambiental. existência de poluição
existência de poluição
ou degradação
ou degradação
ambiental .
ambiental.
- multa simples,
- ou multa simples e
embargo da atividade ou
obra em implantação;
- ou multa simples,
embargo e demolição de
obras e das atividades - multa simples;
em implantação; - ou multa simples e
Advertência, sob pena
- ou multa simples e embargo de obra;
Pena de conversão em multa
demolição de obras em - ou multa simples e
simples.
implantação; demolição de obra
- ou multa simples e
suspensão da atividade
em operação; ou multa
simples, suspensão de
atividades e demolição
de obras das atividades
em operação.
10
O valor da multa simples será de no mínimo R$ 50,00 (cinquenta reais) e,
no máximo, R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), podendo atingir o valor
de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), em função do cruza-
mento da classificação da infração com o porte do empreendimento.
OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS
PÓS- LICENCIAMENTO AMBIENTAL
11
Inventário de Resíduos Sólidos Industriais
12
Declaração de Carga Poluidora
13
Legislação Relacionada - A obrigatoriedade da apresentação da De-
claração de Carga Poluidora está prevista na Deliberação Normativa
Conjunta COPAM/CERH nº 01/2008.
14
São obrigados a preencher o Cadastro Técnico Federal de Instrumen-
tos de Defesa Ambiental todos aqueles que realizam qualquer uma
das atividades descritas no Anexo I da Instrução Normativa IBAMA
nº 31, de 03 de dezembro de 2009.
Prazo para entrega - O Cadastro Técnico Federal deveria ser feito até
31 de março de 2001, sob pena de multa administrativa.
É uma espécie de tributo pago ao IBAMA para que este órgão contro-
le e fiscalize as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras
de recursos naturais, “in loco” ou indiretamente, através da análise
de dados relativos ao sujeito passivo.
15
Como é calculado o valor a ser pago - A TCFA é definida pelo cru-
zamento do potencial de poluição e grau de utilização de recursos
naturais com o porte da empresa. O potencial de poluição e o grau
de utilização de recursos naturais estão definidos no anexo VIII da
Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, para cada categoria de
atividade. O porte da empresa é dado em razão da receita anual bruta
do empreendimento.
16
Prazo para entrega - O Relatório Anual de Atividades deve ser preen-
chido e entregue de janeiro até o dia 31 de março de cada ano.
Certificado de Regularidade
17
Cadastro Técnico Estadual
Prazo para entrega - O Cadastro Técnico Estadual deveria ser feito até
31 de março de 2004, sob pena de multa administrativa.
18
Forma de apresentação - O Cadastro Técnico Estadual é feito através
do preenchimento do formulário do Cadastro Técnico Federal, disponí-
vel no site do IBAMA (http://servicos.ibama.gov.br).
19
Como é calculado o valor a ser pago - A TFAMG é definida pelo cru-
zamento do potencial de poluição e grau de utilização de recursos
naturais com o porte da empresa. O potencial de poluição e o grau de
utilização de recursos naturais estão definidos nos anexos I e II da Lei
Estadual nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003, para cada categoria de
atividade. O porte da empresa é dado em razão da receita anual bruta
do empreendimento.
20
Relatório Anual de Atividades
21
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO AMBIENTAL - RADA
1 http://www.meioambiente.mg.gov.br/noticias/1/1170-termos-de-referencia-para-elaboracao-de-relatorio-de-avaliacao-de-
desempenho-ambiental-rada
22
O desempenho ambiental do empreendimento é avaliado em função
das interações ambientais da atividade com o meio ambiente e do
nível de conformidade em relação à legislação ambiental. Portanto,
as informações requisitadas no RADA estão vinculadas à gestão dos
aspectos ambientais, mais comumente divididos em itens relaciona-
dos ao consumo de matérias-primas e insumos (água, energia, ar);
resíduos sólidos; efluentes líquidos; emissões atmosféricas; biodiver-
sidade; e ruído. Para tal, é preciso descrever o processo, medir, re-
portar resultados, comunicando ao órgão a performance do empreen-
dimento, demonstrando assim o atendimento às normas ambientais,
atestando a eficiência das operações e programas implementados.
23
Outro aspecto relevante para a consolidação de um bom RADA, é a
implementação de um sistema de gerenciamento ambiental, o qual
estabeleça formas de controle de informações ambientais. Esse tipo
de conduta facilita a obtenção de registros e indicadores ambientais
relacionados com a atividade industrial, além também de precaver o
empreendedor frente às fiscalizações, pois registram informações
que contemplam e comprovam conformidade com os requisitos apli-
cáveis a cada matéria.
24
GESTÃO AMBIENTAL PARA
REVALIDAÇÃO DA LICENÇA
25
Renovação da Licença
26
todos os documentos listados no FOB até 90 (noventa) dias antes do vencimen-
to da licença (Deliberação Normativa COPAM nº 17/1996).
Revalidação automática:
Haverá revalidação automática da Licença de Operação se os documentos
do FOB forem protocolados em até 90 (noventa) dias antes do vencimento da
licença e o COPAM não se manifestar sobre o requerimento até a data de ven-
cimento da Licença de Operação vigente, hipótese em que o órgão licenciador
emitirá, no primeiro dia útil seguinte à data do vencimento, novo certificado de
Licença de Operação.
Consequências da não
revalidação da Licença de Operação:
Para a revalidação da Licença de Operação o cumprimento das condicionan-
tes deverá ser comprovado ao órgão ambiental por meio da apresentação de
uma Avaliação do Cumprimento das Condicionantes, que é um dos itens que
deve constar no Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - RADA.
27
O parecer do órgão ambiental servirá como base para o julgamento do pro-
cesso de revalidação da Licença de Operação pelo COPAM.
28
inclui a definição de uma estrutura organizacional, atividades de pla-
nejamento, responsabilidades, procedimentos, processos e recursos
para desenvolver, implementar, atingir, analisar e manter na empresa
uma política ambiental (ABNT, 2004).
29
Para processos produtivos, esta ferramenta resulta em medidas de
conservação de matérias-primas, água e energia; eliminação de
substâncias tóxicas e matérias-primas perigosas; redução da quanti-
dade e toxicidade de todas as emissões e resíduos na fonte geradora
durante o processo produtivo, de modo isolado ou combinado. Já em
produtos visa a reduzir os impactos ambientais e de saúde, além de
oferecer segurança dos produtos em todo o seu ciclo de vida. Para
serviços implica em incorporar a preocupação ambiental no projeto e
na realização dos serviços.
O que é?
Aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica
integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso
de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou
reciclagem de resíduos sólidos gerados, com benefícios ambientais e
econômicos para os processos produtivos (CNTL, 1998).
30
Quais são os benefícios da PmaisL?
Avalia-se que a aplicação de programas de Produção mais Limpa,
de um modo geral, resulta em:
Aumento da produtividade;
Aumento da rentabilidade do negócio;
Expansão no mercado dos produtos da empresa;
Melhoria da imagem corporativa e apoio em ações de marketing;
Melhoria da qualidade do produto;
Melhoria do relacionamento com a comunidade
e com os órgãos públicos;
Redução da geração de resíduos, efluentes e emissões
e de gastos com seu tratamento e destinação final;
Redução dos custos de produção;
Redução dos riscos de acidentes ambientais e ocupacionais;
Redução no uso de substâncias tóxicas;
Retorno do capital investido nas melhorias em curtos períodos;
Uso mais racional da água, da energia e das matérias-primas.
31
Exigências Potencial Pressão do
Competidores dos Credores de Mercado Consumidor
Pressões Associações
Empregados Externas Comerciais
Figura 2 - Interesses que influenciam na decisão de uma empresa para adotar práticas de PmaisL
32
Como qualquer ação de gerenciamento, um programa de PmaisL é
fundamentado em um diagnóstico do processo produtivo baseando-
se em medições que permitam o planejamento de ações preventivas.
A metodologia recomenda que as empresas implementem sistemas de
monitoramento dos seus aspectos ambientais dentro do processo pro-
dutivo, mapeando causas e priorizando as ações conforme criticidade
e viabilidade técnico-financeira.
ENTRADAS Saídas
Matérias-Primas Matérias-Primas
Matérias-Primas Água ETAPA 1 Água Resíduos Sólidos
.........................kg Produto .........................kg
Energia Energia
.........................kg Intermediário .........................kg
Insumos Insumos
.........................kg .........................kg
.........................m3
Matérias-Primas Matérias-Primas
Água ETAPA 2 Água Efluentes
Produto .........................m3
Energia Energia
Água Intermediário Substâncias
.........................m3 Insumos Insumos ........................kg
........................kg
Matérias-Primas Matérias-Primas
Água ETAPA 3 Água
Energia Produto Emissões
Energia Energia
........................kw Intermediário ........................kg
Insumos Insumos Calor Residual
........................kw
Insumos
.........................kg Matérias-Primas Matérias-Primas Produtos
.........................kg ETAPA N ..........Unidade(s)
Água Água
.........................kg Produto .........................kg
.........................m3 Energia
Final Energia .........................m3
Insumos Insumos
33
São avaliados os usos de matérias-primas, insumos, água e ener-
gia que entram no processo e que são liberados pelo mesmo. Atra-
vés do um balanço material, é possível a identificação e a quan-
tificação das perdas ou emissões anteriormente desconhecidas.
Essas informações servem para realçar as fontes e as causas dos
resíduos e emissões e as perdas de energia e água, proporcionan-
do o entendimento de onde, por que e quantos resíduos e emis-
sões são gerados e quanto de energia e água é perdido.
34
Planejamento
e Organização
Avaliação e Pré-Avaliação
Manutenção e Diagnóstico
Action Plan
check do
Implementação Avaliação
Estudos de
Viabilidade
Figura 4 - PmaisL
35
AutoMonitoramento e Gestão
36
Essa ideia fortalece ainda mais que, para a manutenção da licença
ambiental, faz-se necessário o desenvolvimento de uma série de
ações que executadas sinergicamente caracterizam um programa de
gestão ambiental eficiente.
DQO mg/l
400
350
300
250
200
150
100
50
0
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01
/02/2 /02/2 /02/2 /02/2 /02/2 /03/2 /0 3/2 /03/2 /03/2 /04/2 /04/2 /04/2 /04/2 /05/2 /05/2
01 08 15 22 29 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09
37
Gestão da Água e Efluentes Líquidos
38
Mantenha também uma estimativa do volume do efluente gerado,
lembrando a diferenciação do efluente industrial e sanitário, cruzando
o volume gerado com o que é produzido no empreendimento. Estabe-
leça procedimento para avaliar periodicamente os parâmetros físico-
-químicos dos efluentes líquidos em duas etapas: efluente bruto (sem
tratamento) e efluente tratado (pós-tratamento). Desta forma, avalie a
efetividade dos sistemas de tratamento empregados e o atendimento
às condições impostas pelos órgãos ambientais. Qualquer anormali-
dade nos resultados devem ser relatados e justiçados, descrevendo
também quais foram as ações corretivas implementadas.
39
Gestão de Resíduos Sólidos
40
O gerenciamento de resíduos sólidos deve constituir um amplo
conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados,
visando à minimização da produção de resíduos e assegurar que
os resíduos gerados sejam coletados de forma correta, tendo um
adequado armazenamento, tratamento, transporte e destino final
conforme a legislação vigente.
41
Indicadores de Desempenho Ambiental
42
Qual a importância dos Indicadores
de Desempenho Ambiental?
Tendo em vista a premissa de que sem medição não há gestão, a de-
finição e o acompanhamento de indicadores de desempenho ambien-
tal pelas empresas possibilitam o gerenciamento de sua performance
ao longo do tempo, de forma a minimizar os impactos ambientais de
suas atividades, produtos e serviços, gerenciar riscos e reduzir per-
das de processo, com vistas à melhoria contínua da organização.
43
A ABNT NBR ISO 14031 – Gestão ambiental – avaliação de desem-
penho ambiental, fornece exemplos de indicadores de desempenho
gerencial e operacional.
44
Consumo de Água
290
280
270
260
250
240
230
45
Exemplos de Indicadores de Desempenho Ambiental
Aspectos Exemplos de Indicadores
Consumo de matéria-prima e insumos
Consumo de matéria-prima e insumos por produto produzido
Matéria-prima
Quantidade de materiais usados provenientes de reciclagem.
Quantidade de matéria prima reutilizada no processo produtivo
Consumo de água por dia
Consumo de água por unidade de produção.
Água
Consumo de água por tipo de fonte e por finalidade de consumo
Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada.
Quantidade de energia utilizada por ano ou por unidade de produto
Energia Consumo de energia obtida de fontes renováveis
Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência
Consumo de combustível por tipo
Combustíveis
Percentual de combustíveis renováveis utilizados
46
BIBLIOGRAFIA
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Janeito: SMS Digital.
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CNTL. Qual a vantagem de se adotar Produção mais Limpa. Manual. Porto Alegre: CNTL,
1998.
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TErrA, Gizela Pires. Produção mais Limpa Aplicada à Indústria Gráfica: Lições
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Niterói - RJ, 2010. Disponível em: <http://www.bdtd.ndc.uff.br/> acessado em: 25 jul.
2012.
www.fiemg.com.br