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Manual de

Uso Correto de
Equipamentos
de Proteção
Individual

1
MANUAL DE USO CORRETO DE EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ANDEF - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL
COGAP - COMITÊ DE BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS

Presidente Executivo
José Otávio Menten

Gerente Técnico do COGAP


Luis Carlos Ribeiro

Membros do COGAP
Afonso Matsuyama – IHARA
Marssal Guella Tamagnone – SIPCAM
Valeska De Laquila – DOW AGROSCIENCES
Egídio Moniz – SYNGENTA
Marcos Navai – CHEMTURA
Liria Sayuri Hosoe – ARYSTA LIFESCIENCE
Luciano B. Fonseca – MONSANTO
Maria de Lourdes Fustaino – FMC
José Donizeti Vilhena – DU PONT
Luis Paulo Antonialli – SUMITOMO
Luiz Aldo Dinnouti – BAYER CROPSCIENCE
Vinicius Ferreira Carvalho – BASF

Elaboradores:
Alcino Iwami
Antônio Cesar Azenha
Celso P. Ferreira
Luiz Aldo Dinnouti
Paulo Flávio Maricondi
Otair Aparecido Menegazzo
Roberto Melo de Araújo
Thereza Hungria
Cyrus Augustus Moro Daldin
Hamilton Humberto Ramos

Revisão:
Donizeti Vilhena
Roberto Melo de Araújo
Thais Santiago

Associação Nacional de Defesa Vegetal

Rua Capitão Antônio Rosa, 376 • 13º andar


CEP 01443-010 • Fone/Fax: (11) 3087-5037
www.andef.com.br • e-mail: andef@andef.com.br
Dezembro/2008

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Índice

Introdução............................................................................04
Por que usar EPI?.................................................................05
Risco....................................................................................05
Responsabilidades..................................................................06
Aquisição dos EPI.................................................................08
Uso dos EPI..........................................................................15
Lavagem e manutenção.........................................................22
Mitos....................................................................................23
Considerações finais..............................................................24
Fornecedores de Equipamentos de Proteção Individual............25

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Manual de uso correto de equipamentos de proteção


idividual/ANDEF – Associação Nacional de
Defesa Vegetal. – Campinas, São Paulo: Linea Creativa,
2003.

1.Trabalhadores Rurais – Equipamentos de segurança


2.Trabalhadores Rurais – Saúde e Higiene.

01 – 1014 CDD – 331.7630284

Índices para catálogo sistemático:


1. Equipamentos de proteção individual: Trabalhadores
rurais 331.7630284
2. Trabalhadores rurais: Equipamentos de proteção
individual 331.7630284

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Introdução
O uso seguro de produtos fitossanitários exige o uso correto dos
Equipamentos de Proteção Individual (EPI). As recomendações hoje
existentes para o uso de EPI são bastantes genéricas e padronizadas,
não considerando varáveis importantes como o tipo de equipamentos
utilizadas, não considerando variáveis importantes como o tipo de
equipamento utilizado na operação, os níveis reais de exposição e, até
mesmo, as características ambientais e da cultura onde o produto será
aplicado.
Estas variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários,
recomendações inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador,
ao invés de diminuí-lo.
Este material foi desenvolvido com os seguintes objetivos:
• aprofundar a discussão sobre o uso adequado dos EPI;
• otimizar os investimentos em segurança;
• aumentar o conforto do aplicador;
• combater o uso incorreto, que vai desde o não uso até o uso
exagerado de EPI;
• melhorar a qualidade dos EPI no mercado;
• incentivar o uso da receita agronômica para recomendar de
forma criteriosa os EPI necessário para cada aplicação;
• acabar com alguns mitos.
Ao final, esperamos ajuda-lo a identificar a avaliar de forma mais
criteriosa o risco, em função dos níveis de exposição ao produto
fitossanitário e da operação a ser executada na lavoura, assim como
a maneira pela qual você recomenda, adquire, usa (veste, tira, lava,
guarda) e descarta os EPI.

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Por que usar EPI?
EPI são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador
rural, que utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os riscos de
intoxicações decorrentes da exposição.
As vias de exposição são:
Oral boca

Inhaladora nariz

Dérmica piel
Ocular ojos

A função básica dos EPI é proteger de exposições o organismo do produto


tóxico, minimizando o risco.
Intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de produtos fitossanitários é
considerado acidente de trabalho.
O uso do EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de
suas Normas Regulamentadoras*. O não cumprimento poderá acarretar ações
de responsabilidades cível e penal, além de multas ao infratores.

Risco
O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de uma
substância química causar efeito tóxico. O Risco é um função da toxicidade do
produto e da exposição.

Risco = f (toxicidade; exposição)

*Em revisão.

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A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito adverso
à saúde. Em tese, todas as substâncias são tóxicas e a toxicidade depende
basicamente da dose e da sensibilidade do organismo exposto (Quanto mais
tóxico o produto, menor é a dose necessária para causar efeitos adversos).
Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do produto, a
única maneira concreta de reduzir o risco através da diminuição da exposição.
Para reduzir a exposição, o trabalhador deve manusear os produtos de
conservação, além de vestir os EPI adequados.

RISCO TOXICIDADE EXPOSIÇÃO


ALTO ALTO ALTO
ALTO BAIXA ALTO
BAIXA ALTO BAIXA
BAIXA BAIXA BAIXA

Responsabilidades
A legislação trabalhista prevê que:

É obrigação do
empregador
• fornecer os EPI adequados
ao trabalho
• instruir e treinar quanto ao
uso dos EPI
• fiscalizar e exigir o uso dos
EPI
• repor os EPI danificados

É obrigação do
Trabalhador
• usar e conservar os EPI

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Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado
O empregador poderá vir a responder na área criminal ou cível, além de ser
multado pelo Ministério do Trabalho.
O funcionário estará sujeito a sanções trabalhistas,
podendo até ser demitido por justa causa.
É recomendado que o fornecimento de EPI e
que treinamentos ministrados sejam registrados
através de documentação apropriada para
eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas.
Os responsáveis pela aplicação devem ler e seguir
as informações contidas nos rótulos, bulas e nas
Fichas de Informação de Segurança de Produto (FISPQ) fornecidas pelas
indústrias, sobre os EPI que devem ser utilizados para cada produto.
O papel do Engenheiro Agrônomo durante a emissão da receita é fundamental
para indicar os EPI adequados pois, além das características do produto,
como a toxicidade, a formulação e a embalagem, o profissional deve
considerar os equipamentos disponíveis para a aplicação (costal, trator
de cabina aberta ou fechada, tipo de pulverizadores e bicos), as etapas da
manipulação e as condições da lavoura como o porte, a topografia do terreno
etc.

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Aquisição dos EPI
Os EPI existem para proteger a saúde do trabalhador e devem ser testados e
aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia.
O Ministério do Trabalho atesta a qualidade dos EPI disponíveis no mercado
através da emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). O fornecimento
e a comercialização de EPI sem o C.A. é a considerado crime e tanto o
comerciante quanto o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em
lei.
A indústria de produtos fitossanitários incentiva seus canais de distribuição a
comercializarem EPI de qualidade e a custos compatíveis
Consulte a lista de fornecedores de EPI no final deste publicação.

Pricipais equipamentos de proteção individual


Abaixo, estão listados pricipais itens de EPI disponíveis no mercadom, além
de informações e descrições importantes para assegurar a sua identificação e
o uso:
Luvas: um dos equipamentos mais
importantes, pois protege as partes do
corpo com maior risco de exposição: as
mãos. Existem vários tipos de luvas no
mercado e a utilização deve ser de acordo
com o tipo de formulação de produto a ser
manuseado. A luva deve ser impermeável
ao produto químico. Produtos que contêm
solventes orgânicos, como por exemplo
os concentrados emulsionáveis, devem ser
manipulados com luvas de BORRACHA
NITRÍLICA ou NEOPRENE, pois estes
materiais são impermeáveis aos solventes
orgânicos. Luvas de LÁTEX ou de PVC
podem ser usadas produtos sólidos ou
formulações que não contenham solventes
orgânicos.

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De modo geral, recomenda-se a aquisição das luvas de “borracha NITRÍLICA
ou NEOPRENE”, materiais que podem ser utilizados com qualquer tipo de
formulação.
Existem vários tamanhos e especificações de luvas no mercado. O usuário
deve certificar-se sobre o tamanho ideal para sua mão, utilizando as tabelas
existentes na embalagem.

Respiradores: geralmente chamados


de máscaras, os respiradores têm o
objetivo de evitar a inalação de vapores
orgânicos, névoas ou finas partículas
tóxicas através das vias respiratórias.
Existem basicamente dois tipos de
respiradores: sem manutenção (chamados
de descartáveis) que possuem uma vida
útil relativamente curta e recebem a
sigla PFF (Peça Facial Filtrante), e os
de baixa manutenção que possuem filtros
especiais para reposição, normalmente
mais duráveis.
Os respiradores mais utilizados nas
aplicações de produtos fitossanitários são os que possuem filtros P2 ou P3.
Para maiores informações consulte o fabricante.
Os respiradores são equipamentos importantes, mas que podem ser
dispensados em algumas situações, quando não há presença de névoas,
vapores ou partículas no ar, por exemplo:
a) aplicação tratorizada de produtos granulados incorporados ao solo;
b) pulverização com tratores equipados com cabines climatizadas.
Devem estar sempre limpos, higienizados e seus filtros jamais devem estar
saturados.
Antes do uso de qualquer tipo de respirador, o usuário deve estar barbeado,
além de realizar um teste de ajuste de vedação, para evitar falha na selagem.

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Quando estiverem saturados, os
filtros devem ser substituídos ou
descartados.
É importante notar que, se
utilizados de forma inadequada,
os respiradores tornam-
se desconfortáveis e podem
transformar-se numa verdade
fonte de contaminação.
O armazenamento deve ser em
local seco e limpo, de preferência
dentro de um saco plástico.

Viseira facial: protege os olhos e o rosto


contra respingos durante o manuseio e a
aplicação.
A viseira deve ter a maior transparência
possível e não distorcer as imagens. Deve
ser revestida com viés para evitar corte.
O suporte deve permitir que a viseira não
fique em contato com o rosto do trabalhador
e embace. A viseira deve proporcionar
conforto ao usuário e permitir o uso
simultâneo do respirador, quando for
necessário.
Quando não houver a presença ou emissão de vapores, névoas ou partículas
no ar, o uso da viseira com o boné árabe pode dispensar o uso do respirador,
aumentando o conforto do trabalhador.
Existem algumas recomendações de uso de óculos de segurança para proteção
dos olhos. A substituição dos óculos pela viseira protege não somente os olhos
do aplicador mais também o rosto.

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Jaleco e calça hidro-repelentes:
são confeccionados em tecido de
algodão tratado para se tornarem
hidro-repelentes, são apropriados
para proteger o corpo dos respingos
do produto formulado e não para
conter exposições extremamente
acentuadas ou jatos dirigidos. É
fundamental que jatos não sejam
dirigidos propositadamente à
vestimenta e que o trabalhador
mantenha-se limpo durante a
aplicação.
Os tecidos de algodão com
tratamento hidro-repelente ajudam
a evitar o molhamento e passagem
do produto tóxico para o interior da
roupa, sem impedir a transpiração,
tornando o equipamento confortável.
Estes podem resistir até 30 lavagens,
se manuseados de forma correta. Os
tecidos devem ser preferencialmente
claros, para reduzir a absorção de
calor e ser de fácil lavagem, para
permitir a sua reutilização.
Há calças com reforço adicional nas
pernas, que podem ser usadas nas
aplicações onde exista alta exposição
do aplicador à calda do produto
(pulverização com equipamento
manual, por exemplo).

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Jaleco e calça em nãotecido:
são vestimentas de segurança
confeccionadas em nãotecido
(tipo Tyvek/Tychem QC) Existem
vários tipos de nãotecidos e a
diferença entre eles se dá pelo
nível de proteção que oferecem.
Além da hidro-repelência,
oferecem impermeabilidade e
maior resistência mecânica a
névoas e às partículas sólidas.
O uso de roupas de algodão por
baixo da vestimenta melhora
sua performance, com maior
absorção do suor, trazendo
conforto ao trabalhador com
relação ao calor.
As vestimentas confeccionadas
em nãotecidos tem durabilidade
limitada e não devem ser
utilizadas quando danificadas.
As vestimentas de nãotecido
não devem ser passadas a
ferro, não são a prova ou
retardantes de chamas, podem
criar eletrecidade estática e
não devem ser usadas próximo
ao calor, fogo, faíscas ou em
ambiente potencialmente
inflamável ou explosivo, pois se
auto-consumirão. As vestimentas
em nãotecido devem ser
descartadas em incineradores
profissionais para não causarem danos ao ambiente.

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Boné árabe: confeccionado em tecido
de algodão tratado para tornar-se hidro-
repelente. Protege o couro cabeludo e o
pescoço de respingos e do sol.

Capuz ou touca: peça integrante de


jalecos ou macacões, podendo ser tecido
de algodão tratado para tornar-se hidro-
repelente ou em nãotecido. Substitui o boné
árabe na proteção do couro cabeludo e
pescoço.

Avental: produzido com material


resistente a solventes orgânicos
(PVC, bagum, tecido emborrachado
aluminizado, nylon resinado ou
nãotecido), aumenta a proteção do
aplicador contra respingos de produtos
concentrados durante a preparação da
calda ou de eventuais vazamentos de
equipamentos de aplicação costal.

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Botas: devem ser impermeáveis,
preferencialmente de cano alto e resistentes
aos solventes orgânicos, por exemplo, PVC.
Sua função é proteção dos pés. É o único
equipamento que não possui C.A.

Risco X exposição X operação


Os EPI não foram desenvolvidos para substituir os demais cuidados
na aplicação e sim para complementa-los, evitando-se a exposição.
Para reduzir os riscos de contaminação, as operações de manuseio e
aplicação devem ser realizadas com cuidado, para evitar ao máximo a
exposição.
Relação Operação X EPI X Exposição

Operações Aplicação Aplicação


Manuseio/Dosagem Aplicação Manual
Tratorizada Áerea
Carga e descarga em armazéns

Abastecimento de aeronaves
Pó molhável / Grânulos WG
Embalagem hidro-solúvel
Varreção dos armazéns

Termo-nebulização
Sementes tratadas

Costal motorizado
Granulado de solo

Isca granulada

Polvilhadeira
Granuladeira

Bandeirinha
Mangueira

Granulado

Sementes
Pó seco
Líquido

Líquido
Costal

Turbo

Capacete ENTRA TABELA


Boné Árabe
Protetor de ouvido
Viseira facial
Respirador
Calça hidro-repelente
Jaleco hidro-repelente
Avental impermeável
Botas impermeáveis
Luvas impermeáveis
Botas com biqueira

Atenção: esta tabela não deve ser considerada como único critério para
utilização dos EPI. As condições do ambiente de trabalho poderão exigir o
uso de mais itens ou dispensar outros para aumentar a segurança e o conforto
do aplicador. Leia as recomendações do rótulo e bula. Observe a legislação
pertinete
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Uso dos EPI
Para proteger adequadamente, os EPI deverão ser vestidos e retirados de
forma correta.

Veja como vestir os EPI


1. Calça e Jaleco: a calça e o jaleco devem ser vestidos sobre a roupa
comum, fato que permitirá a retirada da vestimenta em locais abertos.
Os EPI podem ser usados sobre uma bermuda e camiseta de algodão,
para aumentar o conforto. O aplicador deve vestir primeiro a calça do
EPI, em seguida o jaleco, certificando-se que este fique sobre a calça e
perfeitamente ajustado. O velcro deve ser fechado com os cordões para
dentro da roupa. Caso o jaleco de seu EPI possua capuz, assegure-se que
este estará devidamente vestido pois, caso contrário, facilitará o acúmulo e
retenção de produto, servindo como um compartimento. Vale ressaltar que
o EPI deve ser compatível com o tamanho do aplicador.

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2. Botas: Impermeáveis, devem ser
calçadas sobre meias de algodão de
cano longo, para evitar atrito com os
pés, tornozelos e canelas. As bocas da
calça do EPI sempre devem estar fora
do cano das botas, a fim de impedir o
escorrimento do produto para o interior
do calçado.

3. Avental impermeável: deve ser utilizado na parte da frente do jaleco


durante o preparo da calda e pode ser usado na parte de trás do jaleco
durante as aplicações com equipamento costal. Para aplicações com
equipamento costal é fundamental que o pulverizador esteja funcionando
bem e não apresente vazamentos.

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4. Respirador: deve ser colocado de
forma que os dois elásticos fiquem
fixados corretamente e sem dobras,
um fixado na parte inferior, na altura
do pescoço, sem apertar as orelhas. O
respirador deve encaixar perfeitamente
na face do trabalhador, não permitindo
que haja abertura para a entrada de
partículas, névoas ou vapores. Para usar
1 o respirador, o trabalhador deve estar
sempre bem barbeado.

2 3 4

5. Viseira facial: deve ser ajustado


firmemente na testa, mas sem
apertar a cabeça do trabalhador.
A viseira deve ficar um pouco
afastada do rosto para não
embaçar.

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6. Boné árabe: deve ser colocado
na cabeça sobre a viseira. O
velcro do boné árabe deve ser
ajustado sobre a viseira facial,
assegurando que toda a face
estará protegida, assim como o
pescoço e a cabeça.

7. Luvas: último equipamento a


ser vestido, devem ser usadas
de forma a evitar o contato do
produto tóxico com as mãos.
As luvas devem ser compradas
de acordo com o tamanho das
mãos do usuário, (não podendo
ser muito justas, para facilitar
a colocação e a retirada, e
nem muito grandes, para não
atrapalhar o tato e causar
acidentes). As luvas devem ser
colocadas normalmente para
dentro das mangas do jaleco,
com exceção de quando o
trabalhador pulveriza dirigindo
o jato para alvos que estão
acima da linha do seu ombro
(para o alto). Nesse caso, as
luvas devem ser usadas para
fora das mangas do jaleco. O
objetivo é evitar que o produto
aplicado escorra para dentro
das luvas e atinja as mãos.

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Como retirar os EPI
Após a aplicação, normalmente a superfície externa dos EPI está
contaminada. Portanto, na retirada dos EPI, é importante evitar o contato das
áreas mais atingidas com o corpo do
usuário.
Antes de começar a retirar os EPI,
recomenda-se que o aplicador lave
as luvas vestidas. Isto ajudará
a reduzir os riscos de exposição
acidental. Veja agora o exemplo de
uma rotina correta para a retirada
dos EPI:

1. Boné árabe: deve-se


desprender o velcro e
retirá-lo com cuidado.

2. Viseira facial: deve-se


desprender o velcro e colocá-
la em um local de forma a
evitar arranhões.

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3. Avental: deve ser retirado
desatando-se o laço e puxando-se o
velcro em seguida.

4. Jaleco: deve-se desamarrar o cordão, em


seguida curvar o tronco para baixo e puxar a
parte superior (os ombros) simultaneamente, de
maneira que o jaleco não seja virado do avesso e
a parte contaminada atinja o rosto.

5. Botas: durante a pulverização,


principalmente com equipamento
costal, as botas são as partes mais
atingidas pela calda. Devem ser
retiradas em local limpo, onde o
aplicador não suje os pés.

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6. Calça: deve-se desamarrar o
cordão e deslizar pelas pernas do
aplicador sem serem viradas do
avesso.

7. Luvas: deve-se
puxar a ponta dos
dedos das duas luvas
aos poucos, de forma
que elas possam ir
se desprendendo
simultaneamente.
Não devem ser
viradas ao avesso,
o que dificultaria
o próximo uso e
contaminaria a parte
interna.

8. Respirador: deve ser o último EPI retirado,


sendo guardado separado dos demais
equipamentos para evitar contaminação das
partes internas e dos filtros.

Importante: após a aplicação, o


trabalhador deve tomar banho com
bastante água e sabonete, vestindo
roupas LIMPAS a seguir.

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Lavagem e manutenção
Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente, para assegurar maior
vida útil. Os EPI devem ser mantidos separados das roupas da família.

Lavagem:
A pessoas que for lavar os EPI, deve usar luvas a base de Nitrila ou Neoprene.
As vestimentas de proteção devem ser abundantemente enxaguadas com água
corrente para diluir e remover os resíduos da calda de pulverização.
A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com o sabão neutro (sabão de
coco). As vestimentas não devem ficar de molho. Em seguida, as peças devem
ser bem enxaguadas para remover todo sabão.
O uso de alvejantes não é recomendado, pois vai danificar o tratamento do
tecido.
As vestimentas devem ser secas à sombra. Atenção: somente use máquinas de
lavar ou secar, quando houver recomendações do fabricante.
As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água abundante após
cada uso. É importante que a VISEIRA NÃO SEJA ESFREGADA, pois isto
poderá arranha-la, diminuindo a transparência.
Os respiradores devem ser mantidos conforme instruções específicas que
acompanham cada modelo. Respiradores com manutenção (com filtros
especiais para respiração) devem ser higienizados e armazenados em local
limpo. Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma embalagem em
local limpo. Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma embalagem
limpa para diminuir o contato com o ar.
22
Reativação do tratamento hidro-repelente:
Testes comprovam que, quando as calças e jalecos confeccionados em tecido
de algodão tratado, para tornarem-se hidro-repelentes, são passados a ferro
(150 a 180ºC), a vida útil é maior. Somente as vestimentas de algodão podem
ser passadas a ferro.

Descarte:
A durabilidade das vestimentas devem ser informadas pelos fabricantes e
checada rotineiramente pelo usuário. Os EPI devem ser descartados quando
não oferecerem os níveis de proteção exigidos. Antes de ser descartadas, as
vestimentas devem ser lavadas para que os resíduos do produto fitossanitário
sejam removidos, permitindo-se o descarte comum.
Atenção: antes do descarte, as vestimentas de proteção devem ser rasgadas
para evitar a reutilização.

Mitos
Existem algus mitos que não servem mais como desculpa para não usar EPI:

EPI são desconfortáveis


Realmente os EPI eram muito desconfortáveis no passado, mas, atualmente,
existem EPI confeccionados com materiais leves e confortáveis. A sensação
de desconforto está associada a fatores como a falta de treinamento e ao uso
incorreto.

O aplicador não usa EPI


O trabalhador recusa-se a usar os EPI somente quando não foi conscientizado
do risco e da importância de proteger sua saúde. O aplicador profissional
exige os EPI para trabalhar. Na década de 80, quase ninguém usava cinto de
segurança nos automóveis. Hoje, a maioria dos motoristas usa e reconhece a
importância.

23
EPI são caros
Estudos comprovam que os gastos com EPI
representam, em média, menos de 0,05% dos
investimentos necessários para uma lavoura. Em
alguns casos como a soja e o milho, o custo cai 99,95%
Insumos,
para menos de 0,01%. Insumos, fertilizantes, fertilizantes,
sementes, produtos fitossanitários, mão-de-obra, sementes, material,
mão-de-obra,
custos administrativos e outros materiais somam custo administrativo,
mais de 99,95%. O uso dos EPI é obrigatório e o produtos fitossanitários etc.

não cumprimento da legislação poderá acarretar


em multas e ações trabalhistas. Precisamos
considerar os EPI como insumos agrícolas obrigatórios.

Considerações finais
O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não
garante a proteção da saúde do trabalhador e nem evita contaminações.
Incorretamente utilizados, Os EPI podem comprometer ainda mais a
segurança do trabalhador.
Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um
conjunto de informações e regras básicas de segurança são as ferramentas
mais importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas
individuais de proteção a saúde do trabalhador.
O uso correto dos EPI é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige
a reciclagem contínua dos profissionais que atuam na área de ciências
agrárias através de terinamentos e do acesso a informações atualizadas. Bem
informado, o profissional de ciência agrária poderá adotar medidas cada vez
mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores, alem de
evitar problemas trabalhistas.

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Fornecedores de equipamentos de proteção individual
Vestimenta em tecido Vestimenta em Nãotecido
Hidrorrepelente
DUPONT DO BRASIL S.A – DIVISÃO NÃOTECIDOS
ADN ROUPAS PROFISSIONAIS Alameda Itapecuru, 506 – Alphaville
Rua fiação da Saúde, 391
Barueri – SP – 06454-080
Saúde – SP – 04144-020
Tel: (11) 4166 8304 – Fax: (11) 4166 8257
Tel: (11)2275 5436 – Fax (11) 2275 3443
E-mail: adn@adnroupas.com.br TeleDuPont: 0800 171715
WebSite: www.adnroupas.com.br
Luvas
AZEREDO & CIA LTDA
Rua Largo São João, 23 ANSELL
Bairro Largo São João 13990-000 Rua Manoel Matheus, 1084 – Sala 3
Espírito Santo do Pinhal-SP Vinhedo – SP – 05501 010
Fone/ Fax 19 3651 8012
Tel. (19) 3129-0031 – Fone: (19) 3129-0032
e-mail: mmazza@ansell.com
AZR IND. COM CONFECÇÕES LTDA.
Rua das Camélias, 864 – Bairro Mirandópolis
São Paulo – SP – 04048-061 I.C LEAL Ltda
Tel: (11) 5589 8523 – Fax: (11) 5583 0923 Rua Agostinho Cantú, 190
E-mail: azr@azr.com.br Butantã – SP – 05501 010
WebSite: www.azr.com.br Tel. (11) 2189 5300
Fax. (11) 2189 5305
ENGESEL EQUIPAMENTO
E-mail: vendas@leal.com.br
DE SEGURANÇA LTDA.
Rua Manoel Fernandes Dias, 126
Tel. (19) 3227 9844 – 0800 7719844 MUCAMBO S. A
E-mail: www.engesol@engesol.com.br Rua do Rocio, 351 – conj. 32 – 3º andar
WebSite: www.engesol.com.br São Paulo – SP – 04552-000
Tel: (11) 3846 1888 – Fax (11) 3846 2450
PROTEC CONFECÇÕES LTDA. E-mail: mucambo@mapaspontex.com.br
R: Maria Mantovani Cunha, 15 WebSite: www.mucambo.com.br
Sumaré/ SP CEP: 13181-640
E-mail: epi@terra.com.br
Fone: (19) 3832 4662 Cel.: (19) 9156-7479 Respiradores
TNT UNILINE ROUPAS DE 3M DO BRASIL
PROTEÇÃO E DESCARTÁVEIS Via Anhanguera, km 110 – Caixa Postal 123
Rua São Judas Tadeu, 198 Sumaré – SP – 13001-970
Piracicaba – SP – 13424-200 Disque Segurança: 0800 550705
Tel/Fax: (19) 3422 3326 Tel: (19) 3838 7000 (19) 3838 6606
E-mail: tntuniline@tntuniline.com.br
WebSite: www.uniline.com.br
AIR SAFETY INDÚSTRIA & COMÉRCIO LTDA.
TEM TEM Rua Titicaca, 611 – Bairro Jardim Regina Lice
Av. Afonso Pena, 1064 – Aparecida Barueri – SP – 06412-080
Uberlândia – MG – 38400706 Tel. 0800 100044
E-mail: fernando@temtemferramentas.com.br E-mail: airsafety@airsafety.com.br
WebSite: temtemferramentas.com.br WebSite: www.airsafety.com.br

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CONNEX COMERCIAL LTDA. VICSTORE
Av. Paschoal da Rocha Falcão, 373 – Sala 2 – Rua General Osório, 624, Santa Efigênia, CEP: 012013-001
Jardim Suzana – interlagos Tel: (11) 3331-3000
São Paulo – SP – 04785-000 WebSite: www.vicstore.com.br
Tel/Fax: (11) 5666-8333 E-mail: vicstore@vicstore.com.br
E-mail: epr@connex.ind.br
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Associações e Entidades
EPICON – IND. DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ANIMASEG – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS
INDIVIDUAL LTDA. INDUSTRIAS DE MATERIAL DE SEGURANÇA E
Rua Álvares Cabral, 1370 – Bairro Serraria – Bairro Serraria PROTEÇÃO DO TRABALHO
Diadema – SP – 09980 160 Tel/Fax: (11) 4043 4296 Rua Francisco Tapajós, 627 – sala 3 – saúde
E-mail: epicon@epicon.com.br São Paulo – SP – 04153-001
Tel/Fax: (11) 5058 5556
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E-mail: animaseg@animaseg.com.br
WebSite: www.animaseg.com.br
PROTECH EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA LTDA
Rua Taquaritinga, 70 FUNDACENTRO
Mooca – SP 03170 010 Rua Capote Valente,710 – Pinheiros
Tel. (11) 6696 3804 São Paulo – SP – 05409-002
Fax: (11) 6696 3800 Tel/Fax: (11) 3066 6343
E-mail: protech@protech.ind.br E-mail: dev@fundacentro.gov.br
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SINDISEG – SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MATERIAL DE


MSA DO BRASIL EQUIPAMENTOS E
SEGURANÇA E PROTEÇÃO AO
INSTRUMENTOS DE SEGURANÇA LTDA. TRABALHO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Av. Roberto Gordon, 138 Praça da República, 473 – 1º andar
Diadema – SP – 09990-901 – Caixa Postal 376 São Paulo – SP – 01045 001
Tel: (11) 4071 1499 – Fax: (11) 4071 2020 Tel: (11) 3361 9355 – 3361 7593
E-mail: info@msanet.com.br E-mail: sindiseg@sindiseg.com.br
WebSite: www.draeger.com.br WebSite: www.sindiseg.com.br

SINTESP – SINDICATO DOS TÉCNICOS DE


Botas SEGURANÇA DO TRABALHO DO ESTADO DE
SÃO PAULO
BRACOL IND. COM. Rua 24 de maio, 104 – 5º andar
Rua Bauru, 964 – Lins – SP – 16400 000 República – Centro – SP – 01041 000
Tel: (14) 3533 2211 – Fax: (14) 3533 2202 / 06 Tel: (11) 3362 1104 – Fax: (11) 3333 4251
E-mail: bracol@bertin.com.br
E-mail: www.bracolonline.com.br IPT – INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA
DE SÃO PAULO
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FUJIWARE EPI Franca – SP – 14406 091
Av. Governador Roberto da Silveira, 751 Vila São Carlos Tel/Fax: (16) 3720 1033
Apuracana – PR – 86800-520 E-mail: iptctcc@ipt.com.br
Tel: (43) 3420 5000 – Fax (43) 3420 5137 WebSite: www.ipt.com.br
E-mail: fujiwara@fujiwara.com.br
WebSite: www.fujiwara.com.br APAEST – ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ENGENHEIROS
DE SEGURANÇA DO TRABALHO
SÃO PAULO ALPARGATAS S.A. Rua Genebra, 17
São Paulo – SP – 01316 901
Rua Urussai, 300 – Itaim Bibi
Tel/Fax: (11) 4545 4545
São Paulo – SP – 04542-903 – Tel: (11) 3847 7322 E-mail: jorgereis@uol.com.br
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CEP 01443 010, São Paulo – SP, Tel.: (11) 3081 5033 – Fax: (11) 3085 2637
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