Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em função da sua titularidade, a empresa pode ser pública ou estatal, sendo esta última
aquela cuja titularidade e gestão são exclusivamente da pessoa colectiva pública
Estado, estando a empresa integrada no Estado.
A empresa pública é toda a entidade detida exclusivamente pelo Estado, nos termos do
artigo 36 da Lei n.º 3/2018, de 19 de Junho.
Nos termos do artigo 1 desta Lei, as empresas estatais eram então definidas como
unidades sócio-económicas, propriedade do Estado que as cria, dirige e afecta os
recursos materiais, financeiros e humanos adequados à ampliação do seu processo de
reprodução no cumprimento do plano. As empresas estatais eram de âmbito nacional
e âmbito local, sendo que as de âmbito nacional eram criadas pelo Conselho de
Ministros e as de âmbito local criadas por diploma ministerial conjunto, dos ministros
do plano, das finanças e o dirigente do órgão central do Estado que superintende o
ramo ou sector de actividade.
Eram dirigidas por um Director geral, que devia garantir a execução dos planos. O
pessoal das empresas estatais estava sujeito ao regime da lei do trabalho, podendo os
trabalhadores do aparelho do Estado exercer funções nas empresas estatais em regime
de comissão de serviço.
***
Nos termos do n.º 2 do artigo 39, ressalva-se que as empresas públicas que exploram
serviços públicos, asseguram actividades de interesse fundamental ou exerçam a sua
actividade em monopólio, poderão ser atribuídas um regime exclusivamente de
direito público ou será lhe concedido privilégios especiais ou prerrogativas de
autoridade.
No que respeita à gestão, nos termos do n.º 3 do artigo 21, sempre que a empresa
pública seja forçada a praticar preços abaixo dos normais ou seja obrigada a prosseguir
objectivos sociais mas não viáveis economicamente para a empresa, o Estado
concederá um subsídio orçamental para compensar os custos não cobertos através de
receitas próprias.
Contrariamente ao que acontecia nas empresas estatais, as empresas públicas não são
subordinadas ao Estado, mas sim estão sujeitas ao regime de supervisão exercido
IGEPE – Instituto de Gestão das Participações do Estado – enquanto não for cria a
entidade que coordena o sector empresarial do Estado, tal como refere o artigo 7 da
Lei 3/2018.
As empresas estatais, nos termos dos artigos 15 a 19, da Lei 2/81, tinham como órgãos
o Director-geral, que era assistido por um ou mais Directores e os Colectivos de
trabalho.
O Director-geral era nomeado, exonerado ou demitido por despacho do dirigente do
órgão central do aparelho do Estado que superintende o respectivo sector de
actividade, dispõe de amplos poderes de decisão relativamente aos actos que visem a
prossecução das atribuições da empresa.
Os directores são órgãos executivos, são também nomeados e mandados cessar por
despacho do dirigente do órgão central do aparelho do Estado que superintende o
sector de actividade, sob proposta do Director-geral.
À luz da Lei 17/91, os órgãos das empresas públicas são o Conselho de Administração
e o Conselho Fiscal. O mesmo regime foi mantido na Lei n.º 6/2012 e, actualmente o
artigo 10 da Lei n.º 3/2018 veio estabelecer como órgãos a Assembleia Geral, o Conselho
de Administração, o Conselho Fiscal e as Comissões Especializadas.
Princípios de gestão
a) legalidade,
b) prossecução do interesse público,
c) integridade-ética e boa-fé,
d) responsabilização da administração pública;
e) transparência financeira e prestação de contas;
f) economicidade, racionalidade de recursos e de boa governação;
g) imparcialidade e meritocracia.