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ATUAÇÃO NA PARADA

CARDIORRESPIRATÓRIA
Prof. Tamara Guimarães
Definição

Urgência: Ocorrência
imprevista de agravo à saúde
com ou sem risco potencial à
vida.

Emergência: Constatação de
agravo à saúde que impliquem
em risco iminente de morte ou
sofrimento intenso.
Quando acontece?
• Situações de urgência e emergência podem acontecer
com pacientes críticos/ graves e com pacientes de menor
complexidade.

• O ideal é caracterizar situações de potencial urgência ou


emergência, para que possam ser rapidamente
priorizadas e assim receber o atendimento adequado no
menor tempo possível.

Códi
Códi
go
go
Ama
Azul
relo
Priorização/ Sinalização
Código Amarelo Código Azul

• visa à prevenção de • Parada cardíaca súbita


intercorrências clínicas • 2 minutos
graves em pacientes
internados nas unidades
não críticas do hospital
• 5 minutos
Qual necessidade do código amarelo?
Código
Amarelo
Sinais e ou sintomas de emergência
• Precordialgia/ Dor torácia
• Febre contínua
• Dispnéia grave
FC: > 150 < 40
• Sangramento intenso FR: > 36 < 8
SAT < 90%
• Alteração dos sinais vitais
• Arritmias cardíacas

PCR
Código Amarelo
Código Azul
Definição
• A parada cardiorrespiratória é conhecida como PCR.
• É definida como a interrupção brusca dos batimentos
cardíacos e da respiração, em que, consequentemente,
ocorre a cessação da circulação sanguínea no
organismo.
• Após este episódio, o indivíduo leva de 10 a 15 segundos
para perder a consciência.
PCR
Define-se como parada cardiorrespiratória (PCR) a
interrupção súbita e brusca da circulação sistêmica e ou da
respiração.

Iniciar prontamente as manobras de reanimação,


antes mesmo da chegada da equipe de suporte avançado
aumenta a chance de sobrevida e evita sequelas pós-PCR
PCR
• Segundo a American Heart Association − AHA (2015), o
processo de atendimento é estruturado em uma
sequência de intervenções de forma contínua e integrada,
em que uma falha pode comprometer todo o elo,
chamado de cadeia de sobrevivência no atendimento
cardiovascular de emergência,
Sinais
• Estado de alerta
• Nivel de consciência
Sinais

Respiração

Pulso
Ressuscitação cardio-pulmonar
O maior objetivo em realizar a Reanimação Cárdio-
Pulmonar (RCP) é prover oxigênio ao cérebro e coração
até que o tratamento adequado restaure os batimentos
cardíacos normais.
RCP
Quando o início da RCP for retardado, a chance de
sobrevida é prejudicada e o tecido cerebral sofre danos
irreversíveis, resultando em morte ou sequela neurológica
severa e permanente.
Sinais de PCR
Inconsciência
da vítima

Ausência de
Não
pulso em
responsiva a
artéria de
estímulos
grosso calibre

Inexistência
Ausência de
de
respiração
movimentos
Tipos de parada cardíaca

Fibrilação Ventricular
(FV)

Taquicardia Ventricular
(TV) sem pulso

Assistolia

Atividade Elétrica Sem


Pulso (AESP)
Tipos de PCR
Tipo chocável Tipo não chocável
• Fibrilação Ventricular (FV) • Assistolia
• Taquicardia Ventricular • Atividade Elétrica Sem
(TV) sem pulso Pulso (AESP)
CHOCÁVEL
Fibrilação Ventricular (FV)
• Total desorganização da atividade elétrica do coração que
deixa de bombear o sangue.
• Não há débito cardíaco e fluxo cerebral.
• Mais frequente tipo de PCR e com maior chance de
reversão com o uso de desfibrilador.
Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso
• Sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares
• Deterioração hemodinâmica
• Mesma conduta para FV
NÃO CHOCÁVEL
Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP)
• Há estímulos elétricos regulares, mas sem resposta
mecânica que gere débito suficiente para pulso arterial
central.

• Mau prognóstico
Assistolia
• Mais comum em paradas de origem respiratória
(crianças, afogamentos, hipotermia).
• Cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica nos
ventrículos.
• Muitas vezes é o estágio final evolutivo da PCR.
Suporte básico de vida
Consiste em iniciar imediatamente manobras que
restituam a oxigenação e a circulação em órgãos nobres
(coração e cérebro), ABCD primário.
SBV
Compressão torácica externa
• 30 compressões
• 100 compressões em 1 minuto

Via aérea
• Jaw Thurst
• Chin Lift

Repiração
1 segundo
Elevação do tórax

Desfibrilação
• FV ou TV sem pulso
• Seguir instruções
Como agir?
Segundo as recomendações do ILCOR 2010, a
sequência da PCR/RCP varia conforme a experiência do
socorrista.
Ações para reanimação fora das unidades
hospitalares, com auxílio do desfibrilador externo
automático (DEA).

Desfibrilador até o 3º ou
4º minutos da PCR em
FV – reversão em 47 a
72% dos casos
Como agir?
• Avalie a cena

• Para que a equipe possa atuar de maneira segura, ela


deve avaliar:
• - Se o local é seguro.
• Atentar-se ao risco de explosão do local, por exemplo, se o acidente
envolver algum tipo de gás inflamável.
• - O que aconteceu e como.
• No caso de um capotamento de carro, por exemplo, em que a vítima
pode sair ilesa, é preciso considerar não o estado aparente da vítima,
mas sim a gravidade e o tipo de ocorrência.
Leigo com nenhuma experiência
o Reconhecer a PCR (não responsivo),
o ativar o SEM(193/192)
o iniciar compressão cardíaca somente.

Só encerrará as compressões quando:


• chegar o DEA,
• exaustão,
• houver sucesso da RCP.
Leigo com algum treinamento
• Reconhecer PCR
• Acionar serviço de emergência (193 / 192)
• Iniciar a RCP C-A-B (compressões torácicas (30), abrir
vias aéreas, respiração(2))
• Manter a RCP e re-checar com DEA a cada 2 minutos até
o serviço de emergência chegar.
Profissionais de saúde
• Reconhecer PCR (inclui também utilizar a palpação do
pulso por no máximo 10 seg).
• Acionar serviço de emergência (193 / 192).
• Iniciar a RCP C-A-B (compressões torácicas (30), abrir
vias aéreas, respiração(2)) em adultos, crianças e bebês
(excluindo-se recém-nascidos).
• Pegar o desfibrilador se disponível de imediato ou
solicitar a outro que pegue.
• Instalar o DEA (desfibrilador automático) e chocar se
indicado.
• Manter a RCP e re-checar com DEA a cada 2 minutos.
• Ajudar quando o socorro chegar.
Profissional treinado: 30 compressões para 2 ventilações
podendo usar a “pocket mask” – válvula unidirecional.

Leigo ou sem dispositivo: pode fazer somente as


compressões (hands only - AHA).
Atendimento em ambiente hospitalar
Com VA artificial
Sem VA artificial

• Dois socorristas • 1 ventilação a cada 6


• Com reanimador manual segundos
• 2 ventilações • 10 ventilações por minuto
• Elevação do tórax
• Sem pausar as
• Dois socorristas compressões
• Ventilação boca-boca
• 2 ventilações

Conectar AMBU ao Oxigênio – 100%


Atribuição dos profissionais na PCR
Enfermeiro
• Direciona as atribuições da equipe de enfermagem.
• Instala o desfibrilador semi automático (DEA)
• Instala o monitor
• Auxilia o médico nas manobras de RCP, assumindo a
ventilação ou a compressão torácica.

Auxiliar e Técnico de Enfermagem


• aproximação do carro de emergência e colocação da tábua
rígida;
• preparo de medicação;
• controle do tempo de administração de cada medicamento;
• obtenção de via de acesso venoso.
Atribuição dos profissionais na PCR
Fisioterapeuta
• Responsável pela ventilação
• Auxilia o médico na intubação e na utilização do
respirador artificial.

Médico
• Procede à intubação.
• Controla os medicamentos utilizados, o tempo de PCR, o
tempo entre uma dose e outra das drogas utilizadas e o
número de desfibrilações efetuadas e suas cargas.
• Determina o momento de cessar as manobras de
reanimação.
Sobre as compressões
• Comprima com força e rápido - > 100 por/min

• Interrompa o mínimo possível


Compressões torácicas
• Tábua
• No centro do tórax
• Mão dominante embaixo
• Afundar tórax em 5 cm
• Retornar à posição
original
• Frequência >100 a 120
por min
• Alternar o responsável
pela compressão a cada
2min.
Compressões
Sobre as ventilações
• Ventile a cada Segundo

• Ventile o suficiente para elevar o tórax


Sobre as ventilações
Um Ciclo – 2 minutos
Sem VAS artificial Com VAS artificial

1 ventilação a
30 Compressões
2 ventilações cada 6
compressões contínuas
segundos

Checagem DVA Checagem DVA


Ação
1) Identifique sinais de PCR
2) Sem pulso: Priorize a compressão
3) Não interrompa a compressão
4) Verifique padrão pupilar
5) Trabalhe em equipe
Sobre o DEA
• Ligue o DEA

• Siga as ordens verbais do aparelho

• Reassuma as compressões imediatamente após o


choque ou ordem de não chocar.
Quando parar?
• Aproximadamente 20 minutos de MRCP
• Avaliação pupiar

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