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Suporte Básico de Vida e Uso do DEA

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Parada cardiorrespiratória

Momento em que o coração deixa de bombear sangue para que o oxigênio chegue
aos tecidos. A checagem do ritmo deve acontecer pelas pás do desfibrilador (gel)
quando disponível, o que inclusive facilita chocar o paciente, caso necessário. As pás
devem ser colocadas em D2 (hemitórax direito, abaixo da clavícula e linha anterior axilar
perto do ictus). Os ritmos da PCR são:

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR: ritmo com traçado anárquico. Toda vez que há a presença desse
ritmo, o paciente está sem pulso.

TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO (se tiver pulso não é um ritmo a PCR): Toda vez que se
deparamos com uma TV, deve-se checar ritmo, pois o paciente tem chance de pulso.
Pode ser monomórfica ou polimórfica:

• Monomórfica: traçado mais organizado com repetição do complexo QRS.


• Polimórfica: apresentação pode ter formas diversas e em relação a clínica, tem
um aspecto pior. Traçado de mola torcida.
• TVP pode se assemelhar a uma FV, mas a FV não tem pulso. Então se você achar
um ritmo que parece FV, mas a pessoa tem pulso, deve ser TVP. Nesses casos, não
é possível sincronizar e ela não responde bem a cardioversão. Se for possível fazer
uma cardioversão, a TVP não responde a baixos níveis de choque, por isso deve
se desfibrilar com no mínimo 200 joules para ter alguma eficácia na terapia.

ASSISTOLIA: linha isoelétrica. É o pior ritmo, por isso é obrigatório realizar o protocolo da
linha isoelétrica para verificar se o ritmo que o paciente tem é esse mesmo, através do
mnemônico CAGADA.

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• Chegar CAbos: fios dos eletrodos e cabos conectados no aparelho.
• GAnho: ampliação do traçado, “zoom”, para verificar se não está diante de uma
FV fina, pois esta é um ritmo chocável o que modifica a conduta em relação a
assistolia.
• DA: mudança de derivação. Normalmente ritmo de parada é checado em D2,
mas nesse caso muda a derivação para D3.

ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO: há os movimentos que geram a onda, mas não há a
potência para gerar: contratilidade do musculo, pressão de pulso e oxigenação dos
órgãos do corpo.

Tratamento dos ritmos:

Desfibrilador Externo Automático (DEA): indica o ritmo da PCR, diagnóstica e carrega


para chocar automaticamente (não tem como definir a carga). Esse aparelho foi
programado para o manuseio por leigos.

Desfibrilador: é um aparelho que precisa do profissional médico para avaliar se o ritmo


é chocável ou não, assim dando o diagnóstico, definindo a carga e chocando. O
enfermeiro pode manusear o desfibrilador que tem a função DEA junto. Para chocar o
desfibrilador manual, deve-se buscar saber qual a carga recomendada pelos
fabricantes, mas diante de o fato não saber nessa carga, pode-se desfibrilar o
monofásico com 360 joules e o bifásico de 200 joules.

• Desfibrilação: é uma eletroterapia assíncrona, na qual choca-se independente


do momento em que o traçado elétrico se encontra. Após o choque disparado,
e imediatamente ressume-se as compressões. Habitualmente, a desfibrilação será
utilizada para paciente vítimas de PCR e na taquicardia ventricular polimórfica,
pois devido ao seu anarquismo, não é possível identificar o QRS para sincronizar
a cardioversão, então neste paciente instável deve-se fazer uma desfibrilação,
mesmo que ele ainda tenha pulso.
• Cardioversão: é uma desfibrilação síncrona com o QRS em que o choque é
disparado na onda R. O objetivo de definir onde o choque será disparado é evitar
que o choque em outra onda, exemplo à onda T, gere uma arritmia/fibrilação.
Após apertar o botão de disparo do choque, ás pás permanecem no local visto
que o fato de se ter apertado o botão, não significa que o choque foi disparado,
já que o choque ocorre na onda R.

Busca de causas da PCR dos ritmos chocáveis:

5HS:

• Hipóxia
• Hidrogênio iônico – Acidose
• Hipovolemia
• Hipotermia

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• Hipo e hipercalemia
• Em pediatria, temos um 6H que é a hipoglicemia.

5TS:

• TEP
• Tensão pulmonar – pneumotórax hipertensivo
• Tamponamento cardíaco
• Trombocoronário – IAM;
• Tóxico

Importância do Atendimento Pré-Hospitalar

85% dos casos atendidos de morte súbita em ambiente pré-hospitalar tem como ritmos
cardíacos a FV e a TV sem pulso, para os quais o único tratamento efetivo é a
desfibrilação elétrica e a rápida implementação das manobras de suporte básico de
vida. A taxa de sobrevivência a uma PCR por FV declina de 7% a 10% por minuto de
atraso entre o colapso e a primeira desfibrilação. Tempo é músculo!

O que é preciso para respirar?

Respiração é um ato fisiológico feito pela pessoa. O médico atua através da ventilação,
e para que ela ocorra, é necessário ter uma via aérea pérvia; Ter uma ventilação
efetiva; Ter sangue circulante.

E quanto tempo tenho para começar a RCP?

As melhores chances de sobrevivência dependem da RCP e da desfibrilação precoce.


Se não for feito nada em uma PCR, em 4 minutos inicia-se a lesão cerebral e 10 min, já
a morte cerebral estabelecida.

Cadeira de sobrevivência para adultos

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No caso de pacientes vítimas de PCR que retornam à circulação espontânea, mas
continuam com o rebaixamento do nível de consciência, indica-se a indução
hipotérmica em todas as faixas etárias (até a pediátrica) com temperaturas de 32 a 36-
36,5°C, através do uso de compressas frias na testa, pescoço, axilas e virilhas, com o fito
de proteger o SNC e minimizar as sequelas neurológicas.

Cadeia de sobrevivência em pediatria

Em pediatria, os ritmos da PCR costumam ser em ritmos não chocáveis, decorrente de


tóxicos. Quando a criança tem uma PCR por ritmo chocável, costuma ser por uma
cardiopatia.

Frequência abaixo de 60 é considerada PCR!

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

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Não se deve ventilar porque o maior meio de contaminação é aerosolico, mesmo com
o uso de máscara, portanto, a ventilação só deve ser feita quando houver um filtro para
diminuir a aerosificação e a contaminação.

Na criança, a PCR é chamada de secundária ou hipóxia.

Divisão das crianças pela American Heart:

• RECÉM-NASCIDO: do nascimento até antes de 28 dias.


• LACTANTE OU BEBÊ: De 28 dias até menor que um ano.
• CRIANÇA: Um ano até o aparecimento dos caracteres pré-puberes (surgimento de
broto mamaria em meninas e surgimento de pelos em homens – aumento de
testículos).
• ADULTO: do aparecimento dos caracteres pré-puberes em diante.

Para a American Heart, a faixa etária pediátrica vai de 28 dias até o aparecimento dos
caracteres pré-puberes em diante, desde que os caracteres pré-puberes não sejam em
pacientes com puberdade precoce.

AVALIAÇÃO INICIAL

• Ambiente: seguro? Cena segura: analisar o ambiente, observar os riscos,


isolamento da área, animais no local, risco de passagem de carros, postes
caídos...
• Alerta: paciente consciente? Chamar o paciente através de dois sentidos: Tocar
nos pacientes e falar com ele “Senhor, Senhor, você está bem?”
• Se Consciente: Avaliar causas; chamar socorro; Reavaliar (sinais vitais); Colocar
paciente em posição de segurança.
• Posição lateral de segurança: minimiza-se a
possibilidade de broncoaspiração caso haja
regurgitação. Utilizada em pacientes clínicos
• Se o paciente não responde, “ei você! Ligue
192 e traga um DEA!” PEÇA AJUDA!!! Ligue 192:
Peça um DEA e uma Unidade Avançada

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• Checar pulso carotídeo (acima de 1 ano) e braquial (menos de um ano) e
respiração ao mesmo tempo durante 5 a 10 segundos. De preferência, palpar o
pulso do lado em que se está abordando.
• Se paciente tem pulso → quem tem pulso está vivo→ quem está vivo quer se
MOVer → protocolo ABCDE;
• Se paciente não tem pulso → quem não tem pulso está morto→ quem está morto
quer se PÁS/paz → protocolo CABDE
• Paciente inconsciente; Se paciente não respira e não tem pulso, deve-se iniciar
as compressões na metade inferior do esterno. As ventilações devem ter duração
de um segundo, observando a elevação do gradil costal. Relação 30:2.
• Cuidado com o apêndice xifoide, pois ao fazer força em cima dele, há um alto
risco de fratura podendo lacerar a capsula de glison do fígado.

Protocolo CABD

C - Circulation: Circulação.

PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE: CHECAR PULSO em 05 a10 segundos:

• Carotídeo → em adultos e crianças;


• Braquial → em crianças < 1 ano.

Se pulso ausente: FAZER 30 COMPRESSÕES TORÁCICAS e Trocar o compressor a cada 2


min.

COMPRESSÕES TORÁCICAS: Coloque a região hipotênar de uma mão, no


centro do tórax, na metade inferior do esterno e o da outra mão sobre
a primeira. Estique os braços e posicione seus ombros diretamente sobre
as mãos. Ideal elevar os dedos para centralizar a força no punho e ao
alinhar com o ombro, executar um vetor de 90°. Travar os membros
superiores retos e comprimir o tórax para baixo, deprimindo no mínimo
5 cm e no máximo 6 cm, num adulto, permitindo o retorno total do gradil
costal. Frequência mínima de 100/ min e máxima de 120/ min. Relação
universal com 1 socorrista: 30:2. Minimizar as interrupções das
compressões torácicas, tentando limitá-las a menos de 10 seg, sendo
que as condições que permitem a interrupção das compressões são:
checar pulso, checar ritmo e durante as ventilações (contudo, existem
protocolos que aceita a ventilação com a compressão). São
necessárias 8 a 11 compressão geram pressão de pulso adequada para
jogar no cérebro e o coração. A convenção do lado de abordagem é
o direito, mas isso não é algo obrigatório.

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COMPRESSÃO EM CRIANÇAS (1 ANO ATÉ À PUBERDADE): Usa-se 1 ou 2 mãos, a
depender da estrutura da criança, com frequência mínima de 100/ min.
e máxima de 120/ min., rebaixando aproximadamente 5 cm (1/3 do
gradil costal). Se 1 socorrista, a relação é de 30:2; se 2 socorristas, a
relação é de 15:2.

COMPRESSÃO EM BEBÊS (LACTENTE ATÉ 1 ANO): Usa-se 1 mão ou dois dedos a


depender da estrutura da criança, com frequência mínima de 100/
min. e máxima de 120/ min., rebaixando aproximadamente 4 cm. A
relação é de 30:2 com 1 socorrista, e 15:2 com 2.

COMPRESSÃO EM NEONATOS (ABAIXO DE 28 DIAS): Usa-


se apenas 2 dedos ou envolve-se o tórax da
vítima com as mãos, coloca-se os polegares na
metade inferior do externo na linha imaginária
intermamilar. A relação é de 3:1. Nos RNs, o
protocolo é o ABCDE e não está inserido pela
American Heart. A compressão com os dois polegares é mais efetiva e menos
preocupante, porém a recomendação em 2015 é que ela fosse feita quando tivesse
com dois socorristas, pois o médico se posiciona embaixo do paciente. Contudo em
2020, está liberado que mesmo que se esteja do lado com paciente a compressão
torácica com os dois polegares.

A - Airway: Ar / Vias aéreas.

Abrir Vias Aéreas

MANOBRA DE HEAD TILT + CHIN LIFT: inclinação da


cabeça + elevação do queixo (pacientes
sem história de trauma) para a retirar a língua
da hipofaringe.

Em pacientes vítimas de trauma, se faz a


manobra de Jan-Thrust para minimizar a
tração cervical, através do deslocamento da mandíbula.

B - Breathing: Boa Respiração.

Cada ventilação dura um segundo, devendo ocorrer com a via aérea liberada e a
quantidade de ar ventilada deve promover a elevação desse gradil costal. 2
VENTILAÇÕES DE RESGATE:

• Boca - a – Boca : usa em crianças acima de um


ano. Deve ser campear o nariz
• Boca - Boca - Nariz; usado em menores de um
ano. (cobre o nariz a boca).

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• Dispositivo de Barreira: Recomenda-se a utilização quando se tem mais de um
socorrista. Posicionamento na cabeça com utilização de técnica do C (acoplar a
mascará) e do E (elevar a cabeça), com os dedos no ramo da mandíbula. Quanto
mais a mascará está em cima do mento, melhor para vedar.
o Ventilação bolsa valva-máscara (barreira) e pocket mack não podem ser
utilizados em pacientes com covid, pois ambos aerosificam.

D - Desfibrilation: Desfibrilação

Desfibrilador Externo Automático: Aparelho capaz de aplicar


uma corrente elétrica determinada no coração, com o objetivo
de cessar o ritmo anormal e reestabelecer as funções normais
(elétricas e mecânicas). O DEA é um dispositivo para leigos, por
isso o profissional ao utilizado deve adiantar as etapas. Ele deve
é colocado no lado oposto ao socorrista que está fazendo as
compressões do lado da cabeça, sendo prioridade em relação
a elas. Passos a passo:

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• Se o ritmo for não chocável, deve-se imediatamente iniciar as compressões e
ventilações.
• Se o ritmo for chocável, o DEA entra no modo carregando, então você como
profissional de saúde deve realizar compressões durante esse período. Depois que
ele fica pronto, você pode parar as compressões e chocar o paciente. Isso
permite respeitar o prinicipio de minimizar a interrupção e trabalhos demonstram
que o miocardio que é desfibrilado imediatamento após as compressões, tem
uma resposta melhor a essa eletroterapia do que aqueles que passam um tempo
muito grande sem ser comprimido.
• O ciclo sempre inicia com as compressões e terminar com as ventilações.
• Sempre que estiver analisando o ritmo, deve-se parar as compressões.
• A cada 2 minutos há a analise de ritm e deve haver a troca da posição dos
socorristas. Em 2 minutos, se observa que são feito 5 ciclos de 30:2 e 10 ciclos de
15:2.
• O soco precordial é contraindicado desde 2010, só sendo aceito em ambiente
intra-hospitalar em algumas condições especiais, pois ele gera mais injúria do que
benefícios.

Ressuscitação Cardiorrespiratória

• SUCESSO SEM DEA: 2 - 5 %;


• SUCESSO COM DEA: 50 - 80 %.

LEMBRE-SE: Compressões Torácicas de Qualidade!

Comprima forte e rápido; Mantenha uma frequência de no mínimo 100/min. e no


máximo 120/min.; Deixe o tórax voltar à posição de repouso, após cada compressão –
o retorno do gradil costal a posição anatômica permite que a diástole ocorra
adequadamente, oxigenando as coronárias; Minimize as interrupções; Alterne os
socorristas a cada 2 min;

Lactante:

• Cena segura
• Testar consciência: falar com o bebê e não mexer com os ombros para não causar
a síndrome de shanking baby/ síndrome do bebê sacudido, na qual o bebê não tem
uma sustentação da coluna como um todo, por isso deve ser atesta-se a consciência
em menores de um ano na planta.
• “você, ligue um 192 e traga um DEA”
• Checar pulso braquial e avalia a respiração de 5 a 10 segundos;
• Paciente não responde e não tem pulso: compressão com os dois dedos ou dos
polegares na metade inferior do externo.
• Paciente com pulso, mas não respiração: Uma ventilação a cada 2 ou 3 segundos
na faixa etária pediátrica e uma ventilação a cada 6 segundos no protocolo de
adulto.

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• Sinais de retorno a circulação espontânea: TRM – tosse, respira ou movimenta.
Checar todos os dados vitais.

Paciente dentro da faixa etária pediátrica com sinais de má perfusão (cianose, tempo
de enchimento capilar prolongado, dificuldade de respiração, diminuição do nível de
consciência) e uma FC menor que 60 bpm (bradicardia), deve-se iniciar o suporte básico
e avançado de vida imediatamente com a ventilação. Se ao oxigenar, ele melhora a
saturação, mas continua com sinais de má perfusão, deve se iniciar a compressão
torácica. A droga para bradiarritmias em pediatria é adrenalina.

Outras observações:

• Condições em que se interrompe a compressão: quando o paciente retorna à


circulação espontânea, quando a equipe chega à exaustão, quando o
ambiente torna-se de risco e quando existe uma mudança de prioridade.
• A american heart fala para considerar parar de reanimar no suporte avançado
de vida (ainda em debate, não existe consenso): durante as compressões a
capnometria abaixo de 10 por mais de 10 minutos e em casos de afogamento
com assistolia durante 20 minutos.
• Em suporte básico de vida não se checa pulso pois, para isso seria necessário a
interrupção das compressões. Em suporte avançado isso pode acontecer com a
assistência adequada.

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Obstrução das Vias Aéreas por Corpo
Estranho – OVACE
O QUE FAZER QUANDO ALGUÉM ENGASGA?

Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho – OVACE: Corpos estranhos podem
causar uma gama de sintomas, desde obstrução parcial das vias aéreas até a
completa. A identificação precoce é a chave para um bom resultado. E quais são os
sinais de asfixia?

OVACE Parcial:

Em casos de obstrução parcial, o paciente se manifesta tossindo, e o que você deve


fazer é estimular a tosse. Na grande maioria das vezes, o paciente desobstruir sozinho.
Sinais: Boa troca de ar; Capaz de tossir de maneira forçada; e Pode apresentar sibilos
entre as tosse.

E quais as ações do socorrista?

Ações do Socorrista: Incentive a vítima a continuar a tossir e a se esforça para respirar


espontaneamente; Permaneça do lado monitorando sua condição, sem interferir nas
tentativas de expelir o corpo estranho; Se a obstrução parcial persistir, acione o serviço
de emergência.

OVACE completa:

E quais são os sinais de uma OVACE completa?

Sinais: Tosse fraca e ineficaz, ou incapaz de tossir; Troca de ar


deficiente ou ausente; Incapacidade de falar/chorar; Maior
dificuldade respiratória; Ruídos agudos inspiratórios ou ausência de
ruídos; Possível cianose; Sinal universal de asfixia (entrelaçar dos
dedos ao redor da via aérea).

• Sibilos expiratórios, obstrução de via aérea baixa.

E quais as ações do socorrista?

Ações do Socorrista: Pergunte a vítima se ela está se sentindo sem ar: se disser que sim e
não puder falar, significa que há presença de obstrução completa das vias aérea e
você deverá tentar aliviar a obstrução:

• Se vítima ≥ 1 ano: manobra de Heimlich;


• Se vítima < 1 ano: 5 golpes nas costas e 5 compressões torácicas

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Em casos de crianças, casos observa-se obstrução, deve-se retirar o objetivo. A
varredura às cegas está proscrita (não deve ser executada).

MANOBRA DE HEIMLICH EM ADULTO: colocar o dedo no umbigo e girar a mão para colocá-la
acima da cicatriz umbilical e abaixo da eminência xifoidiana. A partir disso, se faz um
movimento para dentro e para cima em jota. Um pé deve ficar entre os pés do paciente
e o outro atrás, permitindo mobilidade.

MANOBRA DE HEIMLICH EM CRIANÇAS: posicionamento de joelho com um ângulo de 90° para


da suporte e segurar a criança em caso de perda de consciência.

MANOBRA DE HEIMLICH EM VÍTIMAS GRÁVIDAS OU OBESAS: é feito na metade inferior do externo


(mesmo local das compressões torácicas).

Bebê Consciente com Obstrução Grave

Inspecione a cavidade oral, se o objeto estiver visível e alcançável, retire-o usando o


dedo mínimo; Caso contrário, posicionar as pernas da criança no braço do socorrista,
apoiando toda a coluna no braço e segurar no rosto no ramo da mandíbula ou

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posicionar em fúrcula. Assim, realizar 5 golpes (tapas) no dorso (entre as escápulas) e
depois virar o bebê para cima, segurando com uma mão na nuca, polegar e indicador
na parte óssea, pernas penduras com toda a coluna no braço, deixando a criança na
posição de trendelemburg (inclinado). Devem ser realizadas 5 compressões torácicas,
logo abaixo da linha mamilar.

OVACE: Vítima Inconsciente

Ações do socorrista: Se vítima inconsciente: peça ajuda (acionar serviço de


emergência), coloque-a em uma superfície plana e firme, e inicie a RCP (começando
pela compressão), com uma etapa extra: toda vez que abrir vias aéreas, procure objeto
obstrutor, removendo-o se for fácil.

• Antes de cada ventilação, deve-se voltar a cabeça para a posição anatômica


e inspecionar a cavidade oral para avaliar se as compressões mobilizaram o
corpo estranho, facilitando sua retirada.
• Após dois minutos de checar via aérea, ventilação e compressão no paciente
com obstrução de via aérea por corpo estranho, deve-se checar pulso pois em
algum momento esse paciente pode checar a um nível de oxigênio tão baixo a
ponto de parar o coração dele, sendo necessário reassumir o protocolo normal
de PCR.
• Ao ventilar, nesses casos de obstrução, não será observada a elevação do gradil
costal. Caso seja observada essa elevação, foi possível desobstruir.
• As compressões torácicas são feitas com o objetivo de mobilizar o corpo estranho,
sendo mais efetivas e causam menos injuria que as compressões abdominais em
pacientes inconscientes.
• Ao fazer uma ventilação com pressão positiva, em algum momento o corpo
pode ser empurrado, devido a anatomia, para o brônquio fonte direito, liberando
o brônquio fonte esquerdo. Assim, permite-se a liberação parcial da via aérea do
paciente e posteriormente faz-se uma bronquioscopia eletiva.

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