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RESSUSCITAÇÃO

CARDIORRESPIRATÓRIA

Prof° André Luiz Thomaz de Souza


Enfermeiro pela Universidade José do Rosário Vellano
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas
Doutor em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
Docente no Centro Universitário do Vale do Ribeira
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO

A função coração é determinar CO2 O2

por meio de estímulos elétricos


a contração do músculo
cardíaco e o suprimento de
O2
nutrientes e oxigênio as células, CO2

através da circulação
sanguínea.
PARADA RESPIRATÓRIA

Se a vítima não estiver


respirando, mas tiver pulso,
trata-se de uma parada
respiratória apenas, que pode
evoluir rapidamente para uma
parada cardiorrespiratória se
não for tratada corretamente.
PARADA CARDÍACA

É definida como a interrupção súbita dos


batimentos cardíacos e circulação efetiva, ou
seja, o coração para de funcionar.
PARADA CARDIRRESPIRATÓRIA

PARADA CARDÍACA ACONTECE QUANDO O CORAÇÃO


PARA DE FUNCIONAR E CONSEQUENTEMENTE LEVA A
PARADA RESPIRATÓRIA

 Hipovolemia: perda sanguínea secundária a hemorragia;

 Falta de estímulo elétrico ou estímulo elétrico desordenado;

 Lesão no músculo cardíaco;

 Choque circulatório: séptico, hipovolêmico, obstrutivo,


neurogênico;

 Dentre outras causas.


PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Alguns sinais e sintomas associados a PCR:

 Dor torácica;  Dilatação das pupilas;

 Sudorese;  Palidez ou cianose;

 Palpitações;  Escurecimento visual;

 Tonturas;  Ausência de respiração;

 Ausência de pulso;  Perda da consciência.


PRIMEIROS SOCORROS

O QUE FAZER?

PARADA RESPIRATÓRIA

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
PRIMEIROS SOCORROS

TEMPO É VIDA!

A RCP imediata por alguém próximo pode dobrar


ou até triplicar a chance de sobrevida

AVALIAR CENA: Primeiro a sua segurança!


PRIMEIROS SOCORROS

CLASSIFICAÇÃO DE IDADES

LACTENTE: PRÉ-ESCOLAR: ADULTO:


1 mês á 1 ano e 29 dias 2 a 12 anos acima de 12 anos
PARADA RESPIRATÓRIA

Primeiros Socorros (Adulto)

Adultos: Desobstrução de vias aéreas sem suspeita


de lesão medular (Manobra de Ruben). Em seguida,
iniciar a compressão cardíaca.
PARADA RESPIRATÓRIA

Primeiros Socorros (Adulto)

Adultos: Desobstrução de vias aéreas com


suspeita de lesão medular
As duas mãos do
examinador, posicionando os
dedos médios e indicadores
no ângulo da mandíbula,
projetando-a para frente,
enquanto os polegares
deprimem o lábio inferior,
abrindo a boca.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Primeiros Socorros

1 - Diante de uma pessoa inconsciente, encoste a mão


em seus ombros e chame-a vigorosamente. Se não
responder, nem respirar e estiver sem pulso,
considere-a em parada (avaliação em 10 segundos).

2 - Chame ajuda; Ligue para o 192 (Registro-SP:


3821-6010); Solicite um Desfibrilador Externo
Automático (DEA), se disponível no local.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Primeiros Socorros

3 - Inicie as compressões torácicas até a chegada


de um DEA ou de outros socorristas treinados, ou
ainda até que a vítima comece a se movimentar
espontaneamente.

4 - Se no local estiver disponível um DEA dê um


choque na vítima, caso o dispositivo indique que a
necessidade do choque; e em seguida inicie a
ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
COMPRESSÕES TORÁCICAS
As compressões torácicas têm como finalidade reproduzir
o funcionamento do coração.

 As compressões devem ter a profundidade de 5 a 6 cm em


adultos.

 O número de compressões por minuto devem ser de


100 a 120.

 Permitir retorno total do tórax entre as compressões,


proporcionando o fornecimento de fluxo sanguíneo,
oxigênio e energia para o coração e cérebro.

 Os dedos do reanimador não devem tocar o tórax.


COMPRESSÕES TORÁCICAS
COMPRESSÕES TORÁCICAS

A face hipotenar da mão deve ser


posicionada sobre a incisura esternal
POSIÇÃO PARA RCP ADULTO

A vítima (tórax) sempre


deve estar sobre uma
superfície rígida!
COMPRESSÕES TORÁCICAS
COMPRESSÕES TORÁCICAS
RCP EM LACTENTE

1 - Consciência: A criança está consciente?


Cutuque-a e tente acordá-la. Se ela não reagir,
peça para chamar o socorro, ligando para 192
(Samu) ou 193 (Corpo de Bombeiros).

Caso não haja mais ninguém por perto, faça a


ressuscitação por dois minutos primeiro e só depois
peça ajuda.

Coloque o bebê de barriga para cima numa


superfície firme.
RCP EM LACTENTE
2 - Respiração: Coloque uma de suas mãos sobre a
barriga do lactente e verifique se ela está respirando ou
não.

Caso não haja movimento abdominal ou torácico, é


possível que ela esteja em uma parada
cardiorrespiratória.

Neste caso, e se não houver sangramento grave, inicie


imediatamente a manobra de reanimação
cardiopulmonar.
RCP EM LACTENTE
RCP: Caso o bebê esteja inconsciente e sem respiração
aparente, coloque-o na superfície rígida e exponha seu
tórax.

Imagine uma linha logo abaixo dos mamilos. Posicione


os dedos indicador e médio bem no centro do peito do
bebê e faça de 100 a 120 compressões vigorosas por
um minuto.
RCP EM LACTENTE
Repita a manobra por mais um minuto e verifique
se o bebê acordou ou voltou a respirar. Em caso
negativo, você deverá realizar essa manobra até a
chegada do serviço médico especializado.

Vá repetindo os ciclos, parando por no máximo 10


segundos para verificar se a criança voltou a
respirar.

Se houver outra pessoa, vocês podem se revezar


nos esforços.
RCP EM LACTENTE

ATENÇÃO

Mesmo que o bebê acorde, leve-o ao hospital:


Qualquer perda de consciência precisa ser avaliada
com mais detalhes por profissionais de saúde.

Leve o bebê ao hospital mais próximo e explique o


que aconteceu, mesmo que ele aparente estar bem.
RCP EM PRÉ-ESCOLAR
RCP: Com a criança apoiada na superfície rígida,
exponha o tórax e imagine uma linha entre os mamilos.
Apoie sua mão dominante bem no centro do peito da
criança e faça de 100 a 120 compressões torácicas em
um minuto.

Pode ser feita apenas com uma mão ou dois dedos.


Compressão de aproximadamente 5 cm.
PRIMEIROS SOCORROS
Para Profissionais do SBV

Continua
PRIMEIROS SOCORROS
Para Profissionais do SBV

Conclusão
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
PASSO A PASSO:
1 - Verifique se a vítima está seca
Antes de usar o desfibrilador, é preciso ter certeza de que a pessoa
que você está ajudando não está molhada.

 Se estiver, é preciso secá-la primeiro. Se houver água por perto, é


preciso mover a pessoa para um local seco.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)

2 - Ligue o desfibrilador
Assim que tiver certeza de que não há água, é preciso ligar
o aparelho.

Assim que ele ligar, dará instruções de como agir.

 Geralmente eles devem ser


colocados acima da luz piscante em
cima da máquina. Ele também dará
instruções de como preparar a
pessoa assim que as pás estiverem
conectadas.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
3 - Prepare a área do peito
Para usar as pás do desfibrilador, é preciso:

 Abra ou corte a camisa da pessoa.

 Se o peitoral tiver muito pelo, é preciso removê-lo. A maioria dos


desfibriladores vem com uma lâmina para depilar ou uma tesoura
para cortar os pelos do peito da vítima, se for necessário.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
ATENÇÃO

 Procure também por sinais de dispositivos


implantados, como marca-passos.

 Retire joias ou acessórios de metal, remova-os


também, já que o metal conduz eletricidade.

 Se a vítima for mulher, é preciso tirar qualquer sutiã


que tenha suporte de metal embaixo.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)

4 - Aplique as pás
Os eletrodos do desfibrilador geralmente
possuem pás adesivas.

 O aparelho dirá para você colocar os


eletrodos ou as pás no lugar.

 É preciso ter certeza de que eles estão


colocados de forma correta para que a
vítima receba o maior choque necessário.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
Uma pá deve ser colocada abaixo da clavícula na
parte superior direita do peito nu. A outra deve ser
colocada abaixo do mamilo à esquerda (abaixo do
coração), um pouco mais para o lado esquerdo.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
5 - Deixe o desfibrilador automático analisar a situação

 Assim que as pás estiverem posicionadas corretamente, é


preciso afastar todas as pessoas da vítima.

 Assim que todos derem alguns passos para trás,


pressione o botão “analisar” no aparelho. Ele vai começar
a analisar o ritmo cardíaco da vítima.

 O desfibrilador então dirá se é preciso aplicar um choque


ou se você deve continuar com a compressão cardíaca.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
 Se não for necessário dar choque, isso significa que a
vítima recuperou o pulso ou está com um ritmo que não
necessita de choque.

 Se aparecer “não é recomendado choque”, é preciso


continuar a compressão cardíaca até que a equipe de
emergência chegue.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
6 - Dê o choque na vítima se necessário
Se o aparelho aconselhar que é necessário dar o
choque na pessoa?

 Assim que fizer isso, aperte o botão “choque” no


desfibrilador automático. Isto enviará um choque
elétrico pelos eletrodos para ajudar a reanimar o
coração.

 O desfibrilador dará apenas um choque por vez. Não


é demorado, mas espere ver a vítima se mover pela
força do choque.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
7 - Continue a compressão cardíaca
Assim que tiver dado um choque na vítima, é preciso
continuar a compressão. Faça-a por mais 2 minutos e então
recomece o desfibrilador para verificar o ritmo cardíaco
novamente.
 Mantenha essa sequência até que o
SAMU chegue.

 Se a vítima voltar a respirar sozinha


ou recuperar a consciência, pode
parar. O desfibrilador automático
provavelmente o lembrará de que já
se passaram dois minutos e dizer
“pare a compressão cardíaca”.
Desfibrilador Externo Automático (DEA)
Cadeias de Sobrevivência
REFERÊNCIAS
Destaques da American Heart Association 2015: Atualização das
Diretrizes de RCP e ACE. 2015. Disponível em:
https://eccguidelines.heart.org/wp-
content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-
Portuguese.pdf

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