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MÓDULO I

PRIMEIROS SOCORROS (APH)


PRINCIPAIS CONCEITOS

 EMERGÊNCIAS
São situações que apresentam alteração do estado de saúde com risco iminente de vida. O tempo para
resolução é extremamente curto, normalmente quantificado em minutos.

 URGÊNCIAS
São situações que apresentam alteração do estado de saúde, porém sem risco iminente de vida, e que, por sua
gravidade, desconforto ou dor, requerem atendimento médico com a maior brevidade possível.

 PRIMEIROS SOCORROS
É a ajuda imediata prestada no local do evento, com a finalidade de preservar a vida do paciente até a
chegada do socorro especializado.

 BOMBEIRO CIVIL
É a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para avaliar e identificar os problemas que comprometam a
vida. Cabe ao bombeiro civil prestar o adequado socorro pré-hospitalar e transportar o paciente sem agravar
as lesões já existentes.

 DEVERES DO BOMBEIRO CIVIL


Para ser um Bombeiro Civil, é preciso aprender a lidar com o público.
Pessoas que estão doentes ou feridas não se encontram em condições normais. Você deve ser capaz de
superar comportamentos grosseiros ou pedidos descabidos, supondo que esses pacientes estão agindo assim
devido à doença ou ao ferimento presente. Lidar com as pessoas é uma das mais exigentes tarefas do
bombeiro civil e, dependendo da situação, atuar de modo profissional pode ser muito difícil.

 O BOMBEIRO CIVIL deve ser Honesto e Autêntico


Quando estiver ajudando uma pessoa, você não deve dizer que ela está bem, se na verdade ela estiver doente
ou ferida. Tampouco dizer que tudo está bem quando você percebeu que existe algo errado. Dizer para a
pessoa não se preocupar é uma bobagem. Quando uma emergência acontece, certamente existe algo com que
se preocupar.

 No Local da Emergência, Deve Ser um Profissional Disciplinado.


Observe a sua linguagem diante dos pacientes e do público. Não faça comentários sobre os pacientes ou
sobre a gravidade do acidente. Concentre-se em auxiliar o paciente e evite distrações desnecessárias. Coisas
simples, como fumar um cigarro no local da emergência, mostra que você não é disciplinado e não pode ser
um bombeiro civil.

 AVALIAÇÃO DO LOCAL
A avaliação é realizada pelo bombeiro civil no momento em que chega ao local da emergência. A avaliação
é necessária para que ele possa avaliar a situação inicial e decidir o que fazer e como fazer.

 AVALIAÇÃO DO PACIENTE
A avaliação do paciente é um conjunto de procedimentos orientados para identificação e correção imediata
de possíveis doenças ou traumas, por meio de entrevista, aferição dos sinais vitais e exame físico, a fim de
determinar as ações a serem empreendidas.
A ordem da avaliação depende da natureza do problema (trauma ou emergência clínica/consciente ou
inconsciente).
Em um atendimento de uma emergência clínica, investigue a possibilidade de um trauma e vice-versa.

 AVALIAÇÃO INICIAL
Parte da avaliação do paciente que tem por finalidade identificar e corrigir imediatamente as situações de
risco de morte, relacionadas às vias aéreas, respiração e circulação.
Ao abordar o paciente, o bombeiro civil deverá se apresentar.
 Mencionar seu nome;
 Indicar que é uma pessoa treinada em primeiros socorros;
 Solicitar o consentimento da vítima.

 ETAPAS DA AVALIAÇÃO INICIAL

 ESTADO GERAL DO PACIENTE


Implica no que vemos em relação ao paciente desde a nossa chegada na cena; incluem detalhes como: estado
respiratório, circulatório e neurológico do paciente, etc. Dessa impressão geral pode depender nossa decisão
de transporte.

 NÍVEL DE RESPOSTA DO PACIENTE


O nível de resposta do paciente é avaliado com a ajuda do método AVDI, que significa:
 ALERTA – O paciente interage com o meio.
 VERBAL – O paciente pode parecer inconsciente, mas responde a um estímulo verbal;
 DOLOROSO – Caso a vítima não responda ao estímulo verbal, utiliza-se o estímulo doloroso.
 INCONSCIENTE – Se não responde aos estímulos verbal e doloroso, então está inconsciente.

 VIAS AÉREAS
O primeiro passo no tratamento das vias aéreas deve ser uma rápida inspeção visual da orofaringe. Corpos
estranhos, como pedaços de alimentos, dentes quebrados e sangue, podem ser encontrados dentro da boca de
um traumatizado.

 CIRCULAÇÃO
Verifique o pulso carotídeo até 10 segundos. Caso não haja pulso, ATUE IMEDIATAMENTE.

 SINAIS VITAIS
Sinais vitais são indicativos do funcionamento normal do organismo e diz respeito a:
1 - Pulso;
2 - Respiração;
3 - Pressão arterial;
4 - Nível de consciência;

 PULSO (Sentindo o Coração)

Coloque o dedo indicador e médio da mão mais hábil sobre o pescoço, onde passa a artéria (carótida),
exercendo leve pressão e conte os batimentos cardíacos (pulsações).

 RESPIRAÇÃO

Recomenda-se avaliar as respirações, juntamente com a aferição do pulso.

 PRESSÃO ARTERIAL

É definida como a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. A PA é
verificada em dois níveis, a PA sistólica e a diastólica. A sistólica é a pressão máxima à qual a artéria está
sujeita durante a contração do coração (sístole). A diastólica é a pressão remanescente no interior do sistema
arterial quando o coração fica relaxado (diástole). A pressão arterial é diretamente influenciada pela força do
batimento cardíaco; quanto mais força, mais elevada a PA e o volume de sangue circulante. Dentro desses
valores, consideramos a PA normal. Se exceder à máxima, denominamos alta (hipertensão) e, ao contrário,
se não atinge o nível mínimo, denominamos baixa (hipotensão).
Nos casos de hemorragias ou choque, a PA mantém-se constante dentro de valores normais para no final
desenvolver uma queda abrupta.

 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

1. Posicionar o braço do paciente para que fique no mesmo nível do coração.

2. Escolher um manguito de tamanho adequado e envolvê-lo na parte superior do braço do paciente, dois e
meio centímetros acima da prega do cotovelo. O centro do manguito deve ser colocado sobre a artéria
braquial.

3. Usando seu dedo indicador e dedo médio, apalpar a artéria braquial acima da prega do cotovelo a fim de
determinar o local para posicionar o diafragma do estetoscópio.

4. Colocar a extremidade final do estetoscópio (olivas) em seus ouvidos e posicionar o diafragma do


estetoscópio sobre o pulso da artéria braquial.

5. Fechar a válvula e insuflar o manguito. Enquanto isso, aferir o pulso radial com os dedos indicador e
médio. Continuar insuflando o manguito até 30 mmHg além do ponto onde o pulso radial se tornou
imperceptível.

6. Abrir lentamente a válvula para que a pressão do aparelho seja liberada. A pressão deverá cair numa
velocidade de três a cinco mmHg por segundo.

7. Escutar atenciosamente e anotar o valor indicado no manômetro, no momento do primeiro som (esta é a
PA sistólica).

8. Deixar que o manguito continue esvaziando. Escutar e anotar o momento do desaparecimento do som
(esta é a PA diastólica). Retirar todo ar do manguito (recomendamos manter o esfigmomanômetro no mesmo
lugar para facilitar uma nova aferição).

 OUTROS SINAIS E SINTOMAS IMPORTANTES NA AVALIAÇÃO DO PACIENTE


 PUPILAS

As pupilas, quando normais, são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares. Pupilas contraídas
podem ser encontradas nas vítimas que fizeram uso de drogas (miose). As pupilas indicam estado de
relaxamento ou inconsciência; geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca
(midríase), nos casos de TCE ou AVC, a irregularidade da reatividade pupilar, será observada no lado
oposto em que ocorreu a lesão (anisocoria).

 CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO

A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e pode ser resultante de
uma doença ou traumatismo.
A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode ser o indicativo de
uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna cervical). A incapacidade de movimentar
somente os membros inferiores pode indicar uma lesão medular abaixo do pescoço. A paralisia de um lado
do corpo, incluindo a face, pode ocorrer como resultado de um rompimento de um vaso intracraniano
(Acidente Vascular Cerebral (AVC – derrame).

 REAÇÃO À DOR

A perda do movimento voluntário das extremidades após uma lesão geralmente é acompanhada também de
perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o movimento é mantido e a vítima se queixa apenas de
perda da sensibilidade ou dormência nas extremidades. É extremamente importante que esse fato seja
reconhecido como um sinal de provável lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do
acidentado não agrave o trauma inicial.

 EXAME FÍSICO DETALHADO

1. Verificar a cabeça (couro cabeludo) e a testa;


2. Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos e pálpebras;
3. Inspecionar o nariz, a boca, a mandíbula e os ouvidos antes da aplicação do colar cervical;
4. Verificar o pescoço antes da aplicação do colar cervical;
5. Inspecionar os ombros bilateralmente (clavícula e escápula);
6. Inspecionar as regiões anterior e lateral do tórax;
7. Inspecionar os quatro quadrantes abdominais separadamente;
8. Avaliar a simetria e dor na região pélvica, comprimindo-a levemente para dentro;
9. Avaliar a região genital;
10. Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de pulso distal, a
capacidade de movimentação, a perfusão e a sensibilidade;
11. Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de pulso distal, a
capacidade de movimentação, a perfusão e a sensibilidade;
12. Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a região dorsal.

 PARADA RESPIRATÓRIA

Se o bombeiro civil verificar que a vítima não responde e não está respirando ou apresenta respiração
anormal (GASPING agônico), deve-se verificar o pulso. Na ausência de pulso, iniciar a RCP com
compressões torácicas contínuas, até a chegada do socorro e do desfibrilador.

 REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)

SABER SE ESTÁ CONSCIENTE:


PEDIR AJUDA (192,193,190):

VERIFICAR PULSO E RESPIRAÇÃO:


AUSÊNCIA DE PULSO CONFIRMADA…INICIAR MASSAGENS:

RCP EM BEBÊ:

 DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA)

A ressuscitação cardiopulmonar e o uso de DEA no primeiro atendimento é recomendada para aumentar as


taxas de sobrevivência em PCR súbita extra hospitalar. As diretrizes da Associação Americana do Coração
(American Heart Association – AHA 2010) para RCP e ACE (Atendimento Cardíaco de Emergência),
recomendam, mais uma vez, estabelecer programas de DEA em locais públicos nos quais exista
probabilidade relativamente alta de PCR presenciada (por exemplo, aeroportos, cassinos, instituições
esportivas).

 COMO OPERAR UM DEA:

1. Posicionar o aparelho ao lado do paciente e ligá-lo;


2. Conectar os eletrodos autocolantes no tórax do paciente e depois no próprio aparelho DEA;
3. Aguardar as orientações do DEA ou iniciar a análise do ritmo cardíaco;
4. Aplicar o choque caso seja indicado e seguro fazê-lo.

 OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE)

É a obstrução súbita das VA superiores causada por corpo estranho. A OVACE em adultos geralmente
ocorre durante a ingestão de alimentos e, em crianças, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos
pequenos).

 SINAIS DE OBSTRUÇÃO GRAVE OU COMPLETA DAS VIAS AÉREAS:

 A vítima segura o pescoço com o polegar e o dedo indicador;


 Incapacidade para falar;
 Dificuldade respiratória crescente;
 Pele cianótica.

 MANOBRAS PARA DESOBSTRUÇÃO EM ADULTOS E GESTANTES:


 MANOBRA PARA DESOBSTRUÇÃO EM CRIANÇAS E BEBÊS:

 SE HOUVER DESMAIO:

 DESMAIO
O desmaio caracteriza-se por uma perda repentina de consciência. Ocorre quando o fluxo sanguíneo para o
cérebro é interrompido. Muitas são as causas que geram esta interrupção como: reação à dor, ao medo,
perturbação emocional, exaustão, falta de alimentação..., ENTRETANTO, o restabelecimento da vítima é
normalmente rápido.

 SINAIS E SINTOMAS
O desmaio pode ocorrer repentinamente ou precedido de sinais de aviso, que pode ser um ou todos os
seguintes:

 Tontura;
 Ver pontos escuros;
 Náuseas;
 Palidez;
 Grande transpiração.
 CRISE CONVULSIVAS

 EPILEPSIA

Toda convulsão é uma crise epiléptica, mas além da convulsão existem várias formas de crises epilépticas.
Na convulsão o paciente apresenta movimentos grosseiros de membros, desvio dos olhos, liberação de saliva
e perda de consciência.

O QUE FAZER:

 Manter A Vítima Segura;


 Afastar Objetos Da Vítima;
 Segurar Cabeça, Pernas E Braços, Quando Possíveis;
 Aguardar O Socorro.

 HEMORRAGIAS:

É perda de sangue interna ou externa dos vasos sanguíneos, causada por ruptura, dilaceramento ou corte. O
socorrista identificará uma hemorragia através dos sinais e sintomas verificados na vítima.

 SINAIS E SINTOMAS DE UMA HEMORRAGIA.

 Agitação;
 Palidez;
 Sudorese intensa;
 Pele fria;
 Pulso acelerado;
 Hipotensão;
 Sede;
 Fraqueza.
 TÉCNICAS DE CONTENÇÃO HEMORRÁGICA:

 Pressão direta;
 Curativo compressivo;
 Elevação;
 Ponto de pressão;
 Torniquete (no Brasil apenas se usa em amputações).

 ESTADO DE CHOQUE

Quando o corpo de uma pessoa sofre um ferimento (trauma) ou apresenta uma enfermidade, ele
imediatamente reage, tentando corrigir os efeitos do dano. Se o problema é severo, uma das reações é o
choque; portanto, o choque indica a existência de um problema no sistema circulatório.

 SINAIS E SINTOMAS GERAIS DO CHOQUE

 Agitação ou ansiedade;
 Respiração rápida e superficial;
 Pulso rápido e filiforme (fraco);
 Pele fria e úmida;
 Sudorese;
 Face pálida e posteriormente cianótica;
 Olhos estáveis, sem brilho e pupilas dilatadas;
 Sede;
 Náuseas e vômitos;
 Queda da pressão arterial.

 TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR:

 Use EPI (biossegurança).


 Verifique se a cena está segura.
 Deite o paciente.
 Mantenha as vias aéreas permeáveis.
 Realize reanimação, se necessário.
 Controle a hemorragia.
 Administre oxigênio, caso esteja disponível.
 Imobilize as fraturas, se necessário.
 Evite o manejo brusco.
 Previna a perda de calor corporal.
 Não ministre alimentos nem líquidos.
 Verifique os sinais vitais.
 Transporte o paciente.
 Na entrevista, pergunte se o paciente é alérgico a alguma substância e se teve contato com ela. No
mais, trate igualmente como outro choque já visto anteriormente. Nesse caso, a vítima precisa
receber medicamentos para combater a reação alérgica.

 QUEIMADURAS:
As queimaduras são lesões que podem acontecer na pele e consequência da ação do calor, do frio ou agentes
químicos.
É importante lembrar que a exposição ao sol, que é fonte de radiação e calor, também pode causar
queimaduras graves.

 EM GRAUS

 1º Grau- Apenas vermelhidão da pele e ardor;


 2º Grau- Formação de bolhas e dor suportável;
 3º Grau- Destruição total ou parcial da pele, atingindo músculos e ossos. Poderá ser indolor no foco
principal.

 FRATURAS

 FECHADA (SIMPLES)
A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas.

 ABERTA (EXPOSTA)
O osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida associada que se estende desde o osso fraturado
até a pele.

 SINAIS E SINTOMAS

 DEFORMIDADE: A fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não possui
articulação.
 SENSIBILIDADE: Geralmente o local da fratura está muito sensível à dor.
 CREPITAÇÃO: Se a vítima se move, podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito das
extremidades fraturadas. Não se deve pesquisar esse sinal intencionalmente, porque aumenta a dor e
pode provocar lesões.
 EDEMA E ALTERAÇÃO DE COLORAÇÃO: Quase sempre a fratura é acompanhada de um
certo inchaço provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá
demorar várias horas para aparecer.
 IMPOTÊNCIA FUNCIONAL: Há a perda total ou parcial dos movimentos das extremidades. A
vítima geralmente protege o local fraturado; não pode mover-se ou o faz com dificuldade e dor
intensa.
 FRAGMENTOS EXPOSTOS: Em uma fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar
através da pele ou serem vistos no fundo do ferimento.

 LUXAÇÃO

É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação, fazendo com que as superfícies articulares
percam o contato entre si.
As luxações mais frequentes ocorrem em: ombro, cotovelo, punho, dedos, fêmur, joelho e tornozelo.

 SINAIS E SINTOMAS DA LUXAÇÃO

 Deformidade: mais acentuada na articulação luxada


 Edema: acúmulo de sangue ou plasma no local.
 Dor: aumenta se a vítima tenta movimentar a articulação.
 Impotência funcional: perda completa ou quase total dos movimentos articulares.

 ENTORSE

É a torção ou distensão brusca de uma articulação além de seu grau normal de amplitude.

 SINAIS E SINTOMAS:

São similares aos das fraturas e aos das luxações. Mas nas entorses os ligamentos geralmente sofrem ruptura
ou estiramento, provocados por movimento brusco.

 RAZÕES PARA A IMOBILIZAÇÃO PROVISÓRIA:

 Diminuir a dor;
 Prevenir ou minimizar outras lesões, tais como: lesões musculares, nervos e vasos sanguíneos;
 Manter a perfusão no membro;
 Auxiliar a hemostasia.

 REGRAS GERAIS DE IMOBILIZAÇÃO NO TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR


 Acionar o Serviço de Emergência Médica (192 ou 193).
 Informar ao paciente o que você fará.
 Expor o local. As roupas devem ser cortadas e removidas sempre que houver suspeita de fratura ou
luxação.
 Controlar hemorragias e cobrir feridas. Não empurrar fragmentos ósseos para dentro do ferimento,
nem tentar removê-los. Usar curativos estéreis.
 Não recolocar fragmentos expostos no lugar.
 Observar o pulso distal, a mobilidade, a sensibilidade e a perfusão.
 Reunir e preparar todo o material de imobilização (usar, se possível, talas acolchoadas).
 Imobilizar, usar tensão suave para que o local fraturado possa ser colocado na tala. Movimentar o
mínimo possível. Imobilizar todo o osso fraturado, uma articulação acima e abaixo. Em alguns casos,
a extremidade deve ser imobilizada na posição encontrada.
 Revisar a presença de pulso e a função nervosa. Assegurar-se de que a imobilização está adequada e
não restringe a circulação.
 Prevenir ou tratar o choque

 TRANSPORTE E MANIPULAÇÃO DE VÍTIMAS

Manipulação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior. Manipulação e transporte correspondem
a qualquer procedimento organizado para manipular, reposicionar ou transportar um paciente doente ou
ferido de um ponto para outro.

 TIPOS DE TRANSPORTES:

 Manipulação por um bombeiro civil: paciente consciente (transporte de apoio);


 Manipulação por dois bombeiros civil;
 Manipulação e transporte em mochila;
 Manipulação e transporte “cadeirinha”;
 Arrastamento por um bombeiro civil;
 Rolamento de 90º e 180º;
 Elevação a cavaleiro.
 PARTO DE EMERGÊNCIA:

 TRABALHO DE PARTO

 PRIMEIRA FASE

Inicia-se com as contrações e termina no momento em que o feto entra no canal de parto (dilatação completa
do colo do útero).

 SEGUNDA FASE
Vai do momento em que o feto está no canal de parto até seu completo nascimento.

 TERCEIRA FASE
Vai do nascimento até a completa expulsão da placenta, que tem duração média de 10 a 30 minutos.

 SINAIS E SINTOMAS INDICATIVOS DE EXPULSÃO PRÓXIMA

 Sangramento ou presença de secreções pelo rompimento do saco amniótico.


 Abaulamento da vulva.
 Apresentação da cabeça do feto.
 Necessidade frequente de urinar e/ou defecar

 CONDUTAS DO BOMBEIRO CIVIL PARA O PARTO DE EMERGÊNCIA

 Assegure a privacidade da parturiente, pois nem sempre o local será apropriado.


 Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranquilizá-la, recordando que o que está
acontecendo é normal. Peça a ela para que, após cada contração, relaxe, pois isso facilitará o
nascimento.
 Deite-a em posição ginecológica (joelhos flexionados e bem separados e os pés apoiados sobre a
superfície em que está deitada).
 Sinta as contrações colocando a palma da mão sobre o abdômen da paciente, acima do umbigo.
 Tente visualizar a parte superior da cabeça do bebê (coroamento).
 Apoie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo dela com os dedos bem separados. Apenas
sustente a cabeça, ajudando com a outra mão. Não tente puxá-la.
 Se o cordão estiver envolvendo o pescoço do bebê, libere-o com muito cuidado.
 Geralmente a cabeça do bebê apresenta-se com a face voltada para baixo e logo gira para a direita ou
esquerda. Guie cuidadosamente a cabeça para baixo, sem forçá-la, facilitando assim a liberação do
ombro e posteriormente de todo o corpo.
 Apoie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isso se faz para permitir que o sangue, o
líquido amniótico e o muco que estão na boca e nariz possam escorrer para o exterior.

 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO PARTO:

 Apresentação das nádegas


 Prolapso de cordão umbilical
 Hemorragia excessiva
 Circular de Cordão umbilical
 Apresentação de membros
 Aborto
 Expulsão de bebê morto
 Parto múltiplo
 Parto prematuro

 TRIAGEM DE MÚLTIPLAS VÍTIMAS – MÉTODO STAR


INTRODUÇÃO

A maioria dos incêndios de grande proporção, aqueles que por vezes até provocam fatalidades, tem
sua origem num insignificante princípio de incêndio que, simplesmente, deixa de ser controlado no tempo
certo. Dentre os diversos fatores que prejudicam um combate eficaz aos chamados princípios de incêndio,
podemos destacar a dificuldade que um usuário leigo, ou com apenas o treinamento básico de utilização dos
equipamentos de combate a incêndios, enfrenta ao tentar manusear aqueles equipamentos numa situação real
de emergência. Tais restrições de uso fazem com que as edificações fiquem expostas à sorte no que tange à
segurança contra incêndio e pânico. Porém, sabemos que o fogo não escolhe o local, a hora, e nem fica
esperando a chegada dos Bombeiros Militares. Neste caso, os poucos segundos perdidos podem representar
a diferença que transforma um princípio de incêndio, num incêndio de consequências desastrosas. Dessa
forma, a importância do Bombeiro Profissional Civil, qualificado para agir e decidir nos momentos iniciais
de um incêndio, torna-se notória e, certamente, colaborará sobremaneira para a segurança das edificações.

Quem é o bombeiro civil?

De acordo com a Lei Federal 11.901 de 12 de janeiro de 2009, editada com o propósito de
reconhecer juridicamente a profissão, o Bombeiro Civil é aquele que exerce, em caráter habitual, função
remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio como empregado contratado diretamente por
empresas privadas ou públicas, sociedade de economia mista ou empresas especializadas em prestação de
serviços de prevenção e combate a incêndio. A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) número
517110 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atribui ao Bombeiro Civil a seguinte descrição:
“Agente de investigação de incêndio, Bombeiro de empresas particulares, Bombeiro de estabelecimentos
comerciais, Bombeiro de estabelecimentos industriais, Bombeiro de segurança do trabalho. Previnem
situações de risco e executam salvamentos terrestres, aquáticos e em altura, protegendo pessoas e
patrimônios de incêndios, explosões, vazamentos, afogamentos ou qualquer outra situação de emergência,
com o objetivo de salvar e resgatar vidas; prestam primeiros socorros, verificando o estado da vítima para
realizar o procedimento adequado; ” Segundo dados do Ministério do Trabalho, são mais de 20 mil
Bombeiros Civis no Brasil. São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal concentram o maior número de
profissionais.

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