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PRIMEIROS

SOCORROS
BÁSICOS
Podemos definir primeiros socorros como sendo os cuidados
imediatos que devem ser prestados rapidamente a uma pessoa,
vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em
perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, aplicando medidas e
procedimentos até a chegada de assistência qualificada.

Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros,


conduzindo-se com serenidade, compreensão e confiança. Manter a
calma e o próprio controle, porém, o controle de outras pessoas é
igualmente importante.
Ações valem mais que as palavras, portanto, muitas vezes o ato de
informar ao acidentado sobre seu estado, sua evolução ou mesmo
sobre a situação em que se encontra deve ser avaliado com
ponderação para não causar ansiedade ou medo desnecessários.

O tom de voz tranqüilo e confortante dará à vítima sensação de


confiança na pessoa que o está socorrendo.
NR-7
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL
PCMSO

7.5. Dos primeiros socorros.


7.5.1. Todo estabelecimento deverá estar equipado com material
necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as
características da atividade desenvolvida; manter esse material
guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada
para esse fim.
Etapas Básicas de Primeiros Socorros

O atendimento de primeiros socorros pode ser dividido em etapas


básicas que permitem a maior organização no atendimento e,
portanto, resultados mais eficazes.
1. Avaliação do Local do Acidente
Esta é a primeira etapa básica na prestação de primeiros socorros.
Ao chegar no local de um acidente, ou onde se encontra um
acidentado, deve-se assumir o controle da situação e proceder a
uma rápida e segura avaliação da ocorrência. Deve-se tentar obter o
máximo de informações possíveis sobre o ocorrido.
Dependendo das circunstâncias de cada acidente, é importante
também:

a) evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas,


dando ordens breves, claras, objetivas e concisas;
b) manter afastados os curiosos, para evitar confusão e para ter
espaço em que se possa trabalhar da melhor maneira possível.
2. Proteção do Acidentado
Avaliação e Exame do Estado Geral do acidentado A avaliação e
exame do estado geral de um acidentado de emergência clínica ou
traumática é a segunda etapa básica na prestação dos primeiros
socorros. Ela deve ser realizada simultaneamente ou imediatamente
à "avaliação do acidente e proteção do acidentado".
O exame deve ser rápido e sistemático, observando as seguintes
prioridades:
● Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome,
idade, etc).
● Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e
saída de ar normalmente pelas narinas ou boca.
● Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do
sangue que se perde. Se é arterial ou venoso.
● Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre
as pupilas).
● Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e
extremidades
Deve-se ter sempre uma idéia bem clara do que se vai fazer, para
não expor desnecessariamente o acidentado, verificando se há
ferimento com o cuidado de não movimentá-lo excessivamente.
Se o acidentado está consciente, perguntar por áreas dolorosas no
corpo e incapacidade funcionais de mobilização. Pedir para apontar
onde é a dor, pedir para movimentar as mãos, braços, etc.
Em seguida proceder a um exame rápido das diversas partes do
corpo.
Cuidados com Cabeça e Pescoço

Sempre verificando o estado de consciência e a respiração do


acidentado, apalpar, com cuidado, o crânio a procura de fratura,
hemorragia ou depressão óssea.

Proceder da mesma forma para o pescoço, procurando verificar o


pulso na artéria carótida, observando freqüência, ritmo e amplitude,
correr os dedos pela coluna cervical, desde a base do crânio até os
ombros, procurando alguma irregularidade.

Aplique colar cervical e evite movimentos desnecessários que


possam agravar a situação do acidentado
Cuidados com Tórax e Membros
Verificar se há lesão no tórax, se há dor quando respira ou se há dor
quando o tórax é levemente comprimido.

Não permitir que o acidentado de choque elétrico ou traumatismo


violento tente levantar-se prontamente, achando que nada sofreu.
Ele deve ser mantido imóvel, pelo menos para um rápido exame nas
áreas que sofreram alguma lesão.

O acidentado deve ficar deitado de costas ou na posição que mais


conforto lhe ofereça.
Exame do acidentado Inconsciente
O acidentado inconsciente é uma preocupação, pois além de se ter
poucas informações sobre o seu estado podem surgir,
complicações devido à inconsciência.
O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores
desimpedidas fazendo a extensão da cabeça, ou mantê-la em
posição lateral para evitar aspiração de vômito. Limpar a cavidade
bucal.
O exame do acidentado inconsciente deve ser igual ao do
acidentado consciente, só que com cuidados redobrados, pois os
parâmetros de força e capacidade funcional não poderão ser
verificados. O mesmo ocorrendo com respostas a estímulos
dolorosos
É importante ter ciência que nos primeiros cuidados ao acidentado
inconsciente a deverá ser mínima. A observação das seguintes
alterações deve ter prioridade acima de qualquer outra iniciativa. Ela
pode salvar uma vida:
● Falta de respiração;
● Falta de circulação (pulso ausente);
● Hemorragia abundante;
● Perda dos sentidos (ausência de consciência);
● Envenenamento.
1. Para que haja vida é necessário um fluxo contínuo de oxigênio
para os pulmões. O oxigênio é distribuído para todas as células
do corpo através do sangue impulsionado pelo coração. Alguns
órgãos sobrevivem algum tempo sem oxigênio, outros são
severamente afetados. As células nervosas do cérebro podem
morrer após 3 minutos sem oxigênio.
2. Por isso mesmo é muito importante que algumas alterações ou
alguns quadros clínicos, que podem levar a essas alterações,
devem ter prioridade quando se aborda um acidentado de vítima
de mal súbito. São elas:
■ - obstrução das vias aéreas superiores;
■ parada cárdio-respiratória; -
■ hemorragia de grandes volumes; -
■ estado de choque (pressão arterial, etc); -
■ comas (perda da consciência);
■ convulsões (agitações psicomotoras);
■ envenenamento (intoxicações exógenas);
■ diabetes mellitus (comas hiper e hipoglicêmicos);
■ infarto do miocárdio;
■ e - queimaduras em grandes áreas do corpo.

3. Toda lesão ou emergência clínica ocorrida dentro do âmbito da


Instituição deve ser comunicada ao NUST - Núcleo de Saúde do
trabalhador, através de uma ficha de registro específica e anotada no
"livro de registro de acidentes".
4.É importante ter sempre disponível os números dos telefones e os
endereços de hospitais e de centros de atendimento de emergência;
socorro especializado para emergências cardíacas; plantão da
Comissão Nacional de Energia Nuclear; locais de aplicação de
soros antiveneno de cobra e de outros animais peçonhentos e
centro de informações tóxicofarmacológicas.
Sinais Vitais
Sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida. São
reflexos ou indícios que permitem concluir sobre o estado geral de
uma pessoa. Os sinais sobre o funcionamento do corpo humano
que devem ser compreendidos e conhecidos são:
● Temperatura,
● Pulso,
● Respiração,
● Pressão arterial.
Os sinais vitais são sinais que podem ser facilmente percebidos,
deduzindo-se assim, que na ausência deles, existem alterações nas
funções vitais do corpo.
A Figura 3 dá uma noção da relação entre o lapso de tempo
decorrido entre a identificação de parada cardío-respiratória e
a possibilidade de sobrevivência, com a instituição dos
métodos de suporte básico de vida.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR - APH

TRATAMENTO IMEDIATO E PROVISÓRIO


MINISTRADO A UM ACIDENTADO OU DOENTE,
GERALMENTE NO PRÓPRIO LOCAL, PARA
GARANTIR SUA VIDA E EVITAR AGRAVAMENTO
DAS LESÕES.
CLASSIFICAÇÃO DOS FERIMENTOS

● Leves e / ou superficiais

● Extensos e / ou profundos
PROCEDIMENTOS PARA FERIMENTOS
LEVES E / OU SUPERFICIAIS

● lavar o ferimento com água e sabão


● proteger o ferimento com gaze ou pano limpo
● não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do
ferimento
● não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante
PROCEDIMENTOS EM CASO DE FERIMENTOS
EXTENSOS E/OU PROFUNDOS

● cobrir o ferimento com pano limpo


● não lavar para não aumentar o risco de hemorragia
● não remover objetos fixados no ferimento
● usar técnicas para cessar hemorragia
● providenciar transporte
TIPOS DE OCORRÊNCIAS QUE NECESSITAM DE CUIDADOS

HEMORRAGIA

● INTERNA

● EXTERNA
HEMORRAGIA INTERNA

● manter o paciente calmo, deitado com a cabeça de lado


● aplicar compressas frias ou gelo no local suspeito de
hemorragia
● afrouxar a roupa
● providenciar transporte urgente
● não oferecer líquidos e alimentos
HEMORRAGIA NASAL

● sentar a vítima
● apertar com os dedos a narina, fazendo a vítima respirar
pela boca
● colocar um chumaço de algodão na narina
● colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto
● não assoar nariz pelo menos 1 hora após cessar
sangramento
HEMORRAGIA EXTERNA
Tipos de hemorragias externas:
● Capilar:
○ É um sangramento com menos volume de sangue, que ocorre nas veias
capilares.
○ Nada mais são do que pequenos ferimentos, como esfolamentos ou
arranhões.
○ Quando pequenos, não há muita dificuldade em controlar o
sangramento.
○ Mas é de suma importância realizar a assepsia (limpeza) do local de
forma correta, já que a quantidade de bactérias em um ambiente ao ar
livre ou acampamento é grande e o contato dessas bactérias com o
corte pode gerar uma infecção.
○ A limpeza do corte deve ser feita com soro fisiológico ou água potável.
Depois que o ferimento estiver bem limpo, utilize gaze e micropore para
cobrir a área e impedir contato do ferimento com terra ou qualquer outro
tipo de sujeira.
Hemorragia venosa
● É decorrente do corte de uma veia onde o sangramento é contínuo e
lento. Ele poderá ser estancado com uma atadura, gaze ou ainda uma
toalha, pano ou roupa (desde que o tecido esteja limpo), que deve ser
pressionado sobre a hemorragia de forma contínua. Se o corte for nas
extremidades (pé, pernas, braços ou mãos), é importante levantar o
membro para diminuir o fluxo sanguíneo naquele local e facilitar o
processo de estancamento.
Hemorragia arterial
Quando uma artéria é rompida ou cortada e o sangramento ocorre em jatos
intermitentes, acompanhando o bombeamento cardíaco, esta situação já é bem
complicada e requer mais atenção. Por se tratar de uma artéria de grosso
calibre, a saída de sangue é muito rápida e em grande quantidade. Quando uma
pessoa perde 2,5 litros de sangue, ela já pode entrar em choque hipovolêmico –
quando seus batimentos diminuem até o ponto de a vítima ter uma parada
cardíaca. Nestes casos, quem estiver prestando socorro precisa ser rápido,
pressionando fortemente o local do corte. Dependendo do local, se for possível,
faça um torniquete para ajudar a impedir a passagem do sangue. Mas, nesses
casos, a procura pelo socorro especializado é de suma importância, com o
máximo de urgência.
Técnicas de controle de Hemorragias Externas:
● pressão direta no local da hemorragia
● elevação dos membros
● pontos de pressão arterial
● torniquete
TORNIQUETE

Usar essencialmente no caso de amputação de membro


( Braço ou Perna)

Como fazer?

● Usar panos resistentes e largos acima do ferimento


● Nunca usar arame, corda, barbante ou outros materiais muito
finos
● Desapertar gradualmente a cada 10 a 15 minutos ou quando
notar extremidades frias ou arroxeadas
● Não tirar do lugar caso pare a hemorragia
DESMAIO

◆ deitar a vítima com a cabeça e ombros mais baixo que o


resto do corpo
◆ se sentada, posicionar a cabeça entre as pernas e
pressionar para baixo
◆ colocar a vítima em ambiente arejado
◆ afrouxar a roupa da vítima
CONVULSÃO

☞ NÃO SEGURE A VÍTIMA


☞ NÃO DÊ TAPAS
☞ NÃO JOGUE ÁGUA SOBRE A VÍTIMA
- AFASTAR OBJETOS AO REDOR
- AFASTAR OS CURIOSOS
- PROTEGER A CABEÇA
- AFROUXAR AS ROUPAS
- TERMINADA A CONVULSÃO SOLICITAR TRANSPORTE
QUEIMADURAS

Definimos queimadura como sendo uma lesão decorrente da ação


do calor, frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiações e
substâncias biológicas (animais e plantas)

CLASSIFICAÇÃO
– 1º Grau -
Característica principal : lesão das camadas superficiais da
pele:
Provoca : vermelhidão
dor local suportável
não há formação de bolhas
– 2º Grau -
Característica principal : lesão das camadas mais profundas da
pele:
Provoca formação de bolhas
desprendimento de camadas da pele
dor e ardência locais de intensidade variável
– 3º Grau
Característica principal : lesão de todas as camadas
Provoca comprometimento de tecidos, mais profundos
até o osso
Principais cuidados com as queimaduras:
Prevenir o estado de choque
Controlar a dor
Evitar contaminação

Atenção :
NÃO aplique óleos, loções ou outras substâncias em queimaduras
externas
NÃO retire nada aderido na queimadura
NÃO fure as bolhas
NÃO toque na queimadura
INSOLAÇÃO

Ação direta dos raios solares

INTERMAÇÃO

Ação indireta dos raios solares: abrigados do sol


INSOLAÇÃO E INTERMAÇÃO

• Retirar a vítima do local


• Oferecer líquidos frios, se consciente
• Transportar ao serviço de saúde
• Resfriar o corpo da vítima
FRATURA

FECHADA

EXPOSTA
COMO AGIR EM CASO DE FRATURA?

colocar a vítima em posição confortável


expor o local: cortar ou remover as roupas
controlar hemorragias e cobrir feridas antes de
imobilizar
providenciar remoção da vítima
COMO AGIR EM CASO DE FRATURA? (continuação)

para imobilização usar madeiras, tábuas, jornais, revistas,


panos.....
não fazer massagem no local
não amarrar no local da fratura
não tentar colocar o osso “no lugar”
LUXAÇÃO, ENTORSE E CONTUSÃO

Tratar como se houvesse fratura:


imobilizar a área traumatizada
colocar compressa fria no local
não fazer massagem no local
providenciar transporte
ACIDENTE OCULAR
◉ Lavar o olho com a água ou soro fisiológico, em abundância
◉ Não remover corpo estranho
◉ Proteger o olho
◉ Transportar a vítima para atendimento médico
ENVENENAMENTO OU INTOXICAÇÃO

Manter a calma
Não tomar medidas sem consultar profissional
Rapidez é essencial
Remover a vítima ao serviço de saúde imediatamente
Sempre manter ao alcance o número do telefone do
centro de toxicologia da região.
Causas de intoxicação e envenenamento

Uma das formas de intoxicação quando se está no campo podem


ser frutos ou vegetais. Existem plantas perigosas que podem
matar facilmente um adulto de 80 kg.
A seguir vamos ver as 10 plantas mais venenosas encontradas no
Brasil.
Oleandro (Nerium Oleander)
Conhecida por ser a planta mais venenosa do mundo, a Oleandro
ataca seu sistema gastrointestinal e pode te matar em poucos
minutos. Tem como princípios ativos a oleandrina e a neriantina,
substâncias extraordinariamente tóxicas, que não prejudica as aves
ou alguns animais, mas possuem um alto risco para os seres
humanos.
Basta que seja ingerida uma folha para
matar um homem de 80 kg. Embora muito
poucos casos de morte tenham sido
relatados, esta planta ainda é
cuidadosamente estudada hoje em dia.
Cana-do-mudo (Dieffenbachia)
As células do caule e folhas das plantas deste gênero contém cristais
aciculares de oxalato de cálcio chamados ráfides. Se as partes da
planta que contém ráfides forem ingeridas, os cristais perfuram as
mucosas, causando ardor na boca e garganta e em seguida em
inflamação, levando à formação de edema, que pode ser severo, o
qual em humanos em geral leva à perda temporária da voz.
Estas plantas receberam no sul dos
EUA, onde são comuns, o nome de
dumb-cane (cana-do-mudo). O inchaço
pode ser fatal se levar ao bloqueio dos
canais respiratórios, levando a pessoa à
morte.
Veneno Bosquímano (Acokanthera oppositifolia)
Todas as partes da planta são tóxicas. A ingestão pode causar
letargia, agitação e convulsões. Espécies relacionadas a esta planta
em outras partes do mundo têm sido relatadas como causadoras de
mortes. Comer a fruta pode causar irritação gastro-intestinal grave
com dor abdominal, salivação excessiva e vômito. A toxicidade do
fruto parece ser variável e a seiva é irritante para a pele e os olhos.
Snakeroot Branco ou Sanicle Branco (Ageratina altissima)
As Snakeroot Branco contém uma toxina chamada tremetol; quando
as plantas são consumidas pelo gado, por exemplo, a carne e o leite
ficam contaminadas com a toxina. Quando o leite ou carne
contendo a toxina são consumidos, o veneno é então transmitido
aos seres humanos. Se consumidos em quantidades suficientes,
podem causar envenenamento nos seres humanos. O
envenenamento é também chamado de doença do leite, pois muitas
vezes a toxina entra no corpo humano através do leite de vacas que
comeram Snakeroot Branco.
Semente-da-lua (Menispermum canadense)
Todas as partes dessas plantas são conhecidas por serem
venenosas. A toxina principal é o alcaloide dauricine. Os frutos da
semente-da-lua são tóxicos e podem ser fatais. Seus frutos são
parecidos com uvas selvagens, o que muda é que a semente-da-lua
tem uma única semente de forma de crescente, enquanto as uvas
têm várias sementes redondas.
Mamonas (Ricinus communis)
As sementes das mamonas são tóxicas devido a uma proteína
chamada ricina contida nela, que quando purificada é mortal mesmo
em pequenas doses. O óleo é de difícil digestão (provoca diarreia),
mas o maior risco na ingestão da semente é a toxina ricina. Mais de
três sementes podem matar uma criança; mais de oito, um adulto.
Possui ainda uma potente proteína alergênica chamada CB-1A ou
Albuminas 2S presente nas sementes e no pólen. Um terceiro
componente ativo na mamoneira é a ricinina (não confundir com
ricina). A ricinina é um alcaloide que pode ser encontrado em todas
as partes da planta. Este alcaloide tem efeito sobre o sistema
nervoso central e pode causar diversos efeitos como convulsão, falta
de memória, falta de equilíbrio e outros. As maiores concentrações
de ricinina são encontradas nas flores e em folhas jovens
Trombeta ou trombeta-de-anjo (Brugmansia suaveolens)
Todas as partes da planta são tóxicas para as pessoas e para a
maioria dos vertebrados. As sementes e as folhas são
particularmente perigosas para os humanos. São ricas em
escopolamina (hioscina), hiosciamina, atropina e diversos outros
alcaloides tropânicos. Os efeitos da ingestão podem incluir paralisia
da musculatura lisa, confusão, taquicardia, boca seca, diarreia,
alucinações visuais e auditivas, midríase, aparecimento rápido de
cicloplegia e morte.
Beladona (Atropa belladonna)
A beladona é uma das plantas mais tóxicas encontradas no
hemisfério oriental. A ingestão de apenas uma folha pode ser fatal
para um adulto, embora a toxicidade possa variar em função do
estado vegetativo da planta, da sua idade e de fatores genéticos e
ambientais. A raiz da planta é geralmente a parte mais tóxica.
Apesar de todas as partes da planta
conterem alcaloides, os fruto
constituem o maior perigo por serem
atrativas, com a sua aparência negra e
brilhante, além do sabor adocicado. A
ingestão de quantidades superiores a
cinco frutos pode ser fatal para um
adulto.
Cicuta (Cicuta douglasii)
Cicutoxina é a toxina que é produzida pela cicuta, tornando ela uma
das plantas mais venenosas na América do Norte. A cicutoxina é um
líquido amarelado encontrado em suas raízes. É um álcool
insaturado que tem um grande impacto sobre o sistema nervoso
central de animais e humanos. Os primeiros sintomas de
envenenamento por cicutoxina incluem salivação excessiva –
espumando pela boca -, nervosismo e falta de coordenação. Estes
sintomas podem se transformar em tremores, fraqueza muscular,
convulsões e insuficiência respiratória. Pequenas quantidades de
materiais verdes da planta – cerca de 0,1% do peso corporal de uma
pessoa – pode até mesmo levar à morte. A morte pode ocorrer
dentro de quinze minutos após a ingestão desta toxina.
Acônito (Aconitum napellus)
Todas as partes da planta são muito venenosas em virtude de
possuírem alcaloides distintos. Os sintomas do envenenamento por
acônitos são salivação excessiva, falta de ar, tremores e aceleração
dos batimentos cardíacos. Apenas 10 gramas de sua raiz
constituem uma dose letal para um ser humano adulto, podendo
provocar ataque cardíaco.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
◆ Perguntar à vítima: Você consegue falar?
Se ela não consegue falar ou a tosse é ineficiente:
Aproxime-se por trás posicionando as mãos entre o umbigo e o
apêndice xifóide*
Efetuar sucessivas compressões, para dentro e para cima até a
desobstrução
◆ Auto desobstrução: apoie o abdômen sobre o encosto de uma
cadeira e comprima-o na tentativa de deslocar o corpo estranho

* parte inferior do osso externo.


AFOGAMENTO
• atirar à vítima um objeto flutuante
• nadar até a vítima e acalma-lá
• virar a cabeça da vítima para fora da água
• segurar a vítima pelas costas ou punho nadando até a margem
• se necessário, fazer respiração artificial e massagem cardíaca

SE VOCÊ NÃO SOUBER NADAR DE FORMA EFICIENTE, NÃO SE


ARRISQUE TENTANDO SALVAR A VÍTIMA.
A PESSOA QUE SE AFOGA PERDE O CONTROLE, É PRECISO
IMOBILIZA-LA ANTES DE PROCEDER O RESGATE
PICADA DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

acalme a vítima
deite a vítima
aplique compressas frias ou gelo
transporte imediatamente a vítima
não deixe a vítima caminhar
não dê álcool, querosene ou infusões à vítima
não faça garroteamento
não corte a pele
PARADA RESPIRATÓRIA
Identificação: ✶ não espere ajuda – aja rápido
Primeiramente: ✶ verifique se há objeto obstruindo a boca ou
✶ ver garganta
✶ afrouxe a roupa
✶ ouvir
✶ inicie rapidamente a respiração
✶ sentir ✶ mantenha a vítima aquecida
✶ remova a vítima quando for absolutamente
Sinais: necessário e a respiração voltar ao normal
● INCONSCIÊNCIA
● PARADA DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS ( ver, ouvir,
sentir)
● AUSÊNCIA DE PULSAÇÃO
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)
1 - Constatado inconsciência: solicitar atendimento de emergência
2 - Liberar vias aéreas superiores
3 - Verificar a respiração
4 - Inspecionar a cavidade oral e efetuar 2 ventilações, boca a boca
ou com qualquer meio de barreira (protetor)
5 - Verificar se há variação no tamanho da pupila
6 - Se ausente:
Deitar a vítima em uma superfície rígida
Efetuar 15 compressões torácicas
PROCEDIMENTOS NAS EMERGÊNCIAS
✠ efetuar avaliação inicial da vítima
✠ indicar suas condições e determinar acionamento dos
órgãos de atendimento
✠ acionar atendimento de emergência
✠ Resgate / Bombeiro
✠ SAMU - 192
✠ Centro de Toxicologia
PROCEDIMENTOS NAS EMERGÊNCIAS (continuação)

✠ transmitir:
✠ tipo de emergência clínica ou traumática
✠ idade, sexo e situação atual da vítima
✠ localização: endereço completo e ponto de referência
✠ telefone para contato
✠ necessidade de apoio adicional
✠ acionar responsáveis
✠ executar medidas iniciais de socorro
DEZ MANDAMENTOS DO SOCORRO EFICIENTE
1 - Manter a calma
2 - Ter ordem de segurança
3 - Verificar riscos no local
4 - Manter o bom senso
5 - Ter espírito de liderança
6 - Distribuir tarefas
7 - Evitar atitudes intempestivas
8 - Dar assistência a vítima que corre o maior risco de
vida
9 - Tente socorrer e não ser herói
10 - Pedir auxílio: telefonar para atendimento de urgência

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