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Instrutor: Samuel França dos Santos

DEFINIÇÃO

Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma


pessoa, fora do ambiente hospitalar, cujo estado físico, psíquico e
ou emocional coloquem em perigo sua vida ou sua saúde, com o
objetivo de manter suas funções vitais e evitar o agravamento de
suas condições (estabilização), até que receba assistência médica
especializada.

Instrutor: Samuel França dos Santos


RESPONSABILIDADE LEGAL

 Art. 135 – Omissão de socorro: Deixar de prestar assistência, quando possível


fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:

 Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão


corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

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TÉCNICAS PARA O PRIMEIRO ATENDIMENTO
A EMERGÊNCIAS

Segurança na cena de emergência:

1-LOCAL SEGURO.

2- SOCORRISTA SEGURO.

3- VÍTIMA SEGURA.

Antes de agir em qualquer emergência observe todas as condições, seguindo os 3 passos e


acionando o serviço de emergência local para o apoio.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA NO LOCAL

Ao avaliar a vítima observe:

• Seqüência sistemática de avaliação da vítima (Análise Primária);

• Sinais e sintomas específicos de emergência médica ou de trauma apresentados pela vítima;

• Indícios de lesão na coluna vertebral, fraturas, grandes hemoragias, sempre que a vítima
sofrer um trauma, ou ainda quando for encontrada inconsciente;

• Conduta ou comportamento da vítima, atentando para qualquer alteração em suas condições


em quaisquer das etapas de avaliação
PRIMEIRO CONTATO COM A VÍTIMA

Se a vítima estiver consciente o socorrista deve:

1. Apresentar-se, dizendo seu nome e que esta para ajudar a socorrer;

2. Indagar se pode ajudá-la (obtenha o consentimento).

3. Questionar sobre o ocorrido;

4. Questionar a sua queixa principal;

5. Informar que vai examiná-la.

Se a vítima estiver inconsciente o socorrista deve:


ANÁLISE PRIMARIA
Processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que ameacem a vida
em curto prazo.

A de airway (ou via aérea). Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar


responsividade e verificar permeabilidade das vias aéreas.

B de breathing (ou respiração ). Verificar respiração.

C de circulation (ou circulação). Verificar circulação e hemorragias.

D de disability ou (ou incapacidade). Realizar exame neurológico sucinto.

E de exposure (ou exposição). Expor a vítima (prevenir hipotermia).


Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar responsividade e verificar permeabilidade das
vias aéreas.

Chamar a vítima pelo menos três vezes tocando em seu ombro sem movimentá-la.

Se a vítima estiver inconsciente, solicite imediatamente por apoio.

Faça abertura das vias aéreas, por uma das manobras:

 Manobra de elevação da mandíbula;


 Manobra de tração do queixo;
 Manobra de extensão da cabeça.

Faça a desobtrução / aspiração, caso haja objetos, vômito ou sangue nas vias aéreas.
Verificar respiração

Empregar técnica de “ver, ouvir e sentir” seguindo os passos:

 Aproximar o ouvido da boca e nariz da vítima voltando a face para seu tórax;
 Observar os movimentos do tórax;
 Ouvir os ruídos próprios da respiração;
 Sentir a saída de ar das VAS da vítima.
Verificar circulação.
Apalpe o pulso carotídeo.

Perfusão capilar na extremidade


Pressione a polpa digital ou o leito ungueal (unha) e observe o retorno sanguíneo:

PERFUSÃO MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES


Retorna em até 2 segundos Normal

Retorna após 2 segundos Hemorragia intensa

Se não retorna Choque - PCR


Verificar a presença de hemorragias que ameacem a vida.

1. Visualizar a parte anterior do corpo da vítima;

2. Apalpar a parte posterior do corpo da vítima;

3. Dispensar atenção inicialmente às hemorragias intensas, direcionando o exame da cabeça em


direção aos pés;

4. Procurar por poças e manchas de sangue nas vestes.


Realizar exame neurológico sucinto.

Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada e responde aos estímulos verbais e físicos.
Quaisquer alterações deste estado podem ser indicativas de doença ou trauma.

 Alerta: está orientado no tempo

 Verbal: responde somente quando estimulado

 Doloroso: somente responde ao estimulo através de fricção no esterno apresenta respostas


motoras, em geral está inconsciente ou incapaz de se comunicar com o socorrista;

 Irresponsivo: não apresenta nenhum tipo de resposta, mesmo sendo estimulado através de
ordens verbais ou dor.
Expor a vítima (prevenir hipotermia)

 Informar antecipadamente à vítima e/ou responsável sobre o procedimento que será efetuado.
 Executar a exposição do corpo da vítima somente quando indispensável para identificar
sinais de lesões ou de emergências clínicas.
 Evitar tempo demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia.
 Cobrir com manta aluminizada ou cobertor ou lençóis limpos.
 Respeitar as objeções da vítima, por motivos pessoais, incluindo religiosos, desde que isso
não implique em prejuízo para o atendimento com conseqüente risco de vida.
ENTREVISTA – ANÁLISE SUBJETIVA

Buscando informações com a própria vítima, testemunhas ou familiares, durante o atendimento,


concomitantemente com as demais avaliações, que possam ajudar no atendimento, usando a regra
mnemônica A M P L A:

A – Alergia :Você é alérgico a algum tipo de substância ou alimento?

M – Medicamentos: Você toma algum tipo de remédio?

P - Passado/Problemas anteriores: Você está realizando algum tratamento médico?

L - Líquidos/Alimentação: Você ingeriu alguma coisa recentemente?

A - Ambiente (mecanismo):O que aconteceu?


RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO
PULMONAR (RCP)

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DEFINIÇÃO
Conjunto de medidas emergenciais que permitem salvar uma vida pela
falência ou insuficiência do sistema respiratório ou cardiovascular.

 Sem oxigênio as células do cérebro morrem em 10 minutos.

 As lesões começam após 04 minutos a partir da parada respiratória.

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CAUSAS DA PARADA CARDIO
RESPIRATÓRIA

 Asfixia;
 Intoxicações;
 Traumatismos;
 Afogamento;
 Choque elétrico;
 Doenças.
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CORRENTE DA SOBREVIVÊNCIA
COMO PROCEDER
 Coloque a vítima em decúbito dorsal sobre uma superfície dura;

 Posicione as mãos sobre o externo, na direção da linha dos mamílos;

 Mantenha os dedos das mãos entrelaçados e afastados do corpo da vítima;

 Mantenha os braços retos ao corpo da vítima;

 Inicie a compressão cardíaca comprimindo o peito da vítima em torno de 03 a


05 cm;

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RCP

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COPRESSÕES TORÁCICAS-PROFUNDIDADE

NO MÍNIMO NO MÁXIMO
5 cm (adulto) 6 cm (adulto)
5 cm (criança) 6 cm (criança)
3 cm (bebê) 5 cm (bebê)

É melhor 1 compressão que


gere alguma circulação que
100 compressões que não
PERMITIR
Retorno completo gerem nenhuma circulação!
da parede
torácica.
DESFIBRILADOR EXTERNO
AUTOMATICO ( DEA )
Outras emergências
HEMORRAGIA

É a perda de sangue provocado pelo rompimento de um ou mais


vasos sanguíneos. A hemorragia pode ser:

 Externa : sangramento visível;

 Interna: os sintomas da hemorragia interna são lábios


pálidos, cor anormal da pele, suores frios e pulsos fracos.
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS

COMPRESSÃO DIRETA SOBRE A ELEVAÇÃO DO MEMBRO


LESÃO LESIONADO

COMPRESSÃO DOS PONTOS


ARTERIAIS
TORNIQUETE
QUEIMADURAS

São lesões dos tecidos produzidas por substância corrosiva ou


irritante, pela ação do calor ou frio e de emanação radioativa. A
gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau da
lesão (superficial ou profunda), mas também pela extensão ou
localização da área atingida.

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Classificação das queimaduras

Segundo Grau
Queimadura mais profunda,
apresenta bolhas

Primeiro Grau Terceiro Grau


Superficial atinge a primeira camada Tão profunda que causa necrose
da pele apresenta vermelhidão local, atinge ossos e
músculos
COMO PROCEDER
 Lave a região afetada com água fria e abundante (1ºgrau);

 Não esfregue a região atingida, evitando o rompimento das bolhas;

 Aplique compressas úmidas e frias utilizando panos limpos;

 Faça um curativo protetor com bandagens úmidas;

 Mantenha o curativo e as compressas úmidas com soro fisiológico;

 Não aplique graxas, óleos, pasta de dente, margarina, pó de café, etc. sobre a
área queimada;

 PROCURE IMEDIATAMENTE UM MÉDICO.

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OVACE
Obstrução das Vias Aéreas por Corpos Estranhos
OVACE EM RN
Convulsão

Ocorre quando há uma atividade elétrica anormal do cérebro,


acompanhada de espasmos musculares involuntários - que é
definido como crise convulsiva.
FRATURAS
Interrupção da continuidade óssea, quebra do osso.
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS

Fratura fechada: são Fratura exposta: são


aquelas em que não há aquelas em que há
rompimento do tecido rompimento do tecido
através das epitelial;
extremidades ósseas.
IMOBILIZAÇÃO
 Mantenha a vitima imóvel até a chegada dos profissionais de
emergência.
 Não tente realinhar uma fratura;

 Nunca exponha a lesão a vítima;


 Remova anéis e braceletes que podem comprometer a
circulação;
 Cubra lesões abertas com bandagens estéreis;
TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Vítima consciente que não sofreu nenhum tipo de trauma e podendo andar:
Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.

Vítima consciente ou inconsciente que sofreu algum tipo de trauma:


Transporte a vítima utilizando o recurso de Maca Rígida.
MATERIAIS PARA IMOBILIZAÇÕES

Colar cervical Talas moldáveis

Prancha longa
Talas Rígidas
Ked
AVALIAÇÃO !!!

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