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NOÇÕES BÁSICAS DE

PRIMEIROS
SOCORROS

Docente: Rosemeire Moreira de Souza


ORDEM DO ATENDIMENTO

Avaliação
Tratamento Transporte
Primária
Estabelecimento de Prioridades
❑Avaliação da(s) vítima(s)

Deve seguir essa sequência:


1. Condições que possam resultar em perda da vida;
2. Condições que possam resultar em perda de membros;
3. Todas as outras situações que não ameacem a vida e membros.
ABORDAGEM DA VÍTIMA
A abordagem da vítima deve ser realizada pelo lado que ela está

olhando, sendo firme e segura com a mão em “c” realizando o

controle cervical (no caso de vítima de trauma). Após isto, deve-se


chamá-la três vezes, tocando-lhe nos ombros; se a vítima responder
(consciente), informe que irá posicionar sua cabeça e em caso de
resistência ou dor, manter a cabeça na posição encontrada, deve-se
iniciar a avaliação primária;
VERIFICAR RESPONSIVIDADE

CHECAR RESPOSTA DA VÍTIMA

“Bata-lhe no ombro da pessoa e chame três vezes Sr., Sra?”, se ela


responder, se identifique, diga a pessoa que você está ali para
ajudá-la e peça permissão para iniciar o atendimento.

ESTÍMULOS TÁTEIS E VERBAIS


AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

❑ Avaliação Primária

Realizar a sequência X – A – B – C – D – E.
Completar cada etapa (LETRA) antes de passar para a próxima,
mantendo o controle da cervical (nos casos de vítimas de
trauma); muitas vezes na prática, alguns passos podem ser
abordados simultaneamente, o que não invalida a necessidade do
pensamento disciplinado.
SIGNIFICADO DO no PHTLS 9° edição
A 9°edição do PHTLS acrescentou o “X” antes de qualquer
procedimento.
É comprovado que o que mais se mata no trauma é a
hemorragia, ainda que a via aérea seja o que mate mais
rápido.

O X é a observação e contenção (principalmente por meio


de torniquetes) – “Hemorragias Graves”
– (VIAS AÉREAS)

1. ESTABILIZAR CERVICAL
2. LIBERAR VIAS AÉREAS
3. VERIFICAR OBJETO NA BOCA
– (VIAS AÉREAS)
❑Nível de Consciência:
❑Inconsciente
Se a vítima não responde a estímulos, realizar a abertura
das vias aéreas para que o ar possa ter livre passagem aos
pulmões
– (VIAS AÉREAS)
O socorrista deve assegurar que as vias aéreas estejam
livres para passagem do ar, sempre mantendo o controle da
cervical. Quando a vítima está consciente e respondendo
isto significa que a vias aéreas estão pérvias e liberada, e
que ela respirando, ou seja, que o ar está entrando e saindo
dos pulmões.

Certifique-se de que a vítima não faz uso de prótese


dentária ou estava mastigando algum alimento no momento
do acidente.
– (VIAS AÉREAS)
❑SUSPEITA DE LESÃO NA COLUNA CERVICAL

ELEVAÇÃO DO MENTO / CHIN LIFT TRAÇÃO DA MANDIBULA / JAW THUST

TODAS AS MANOBRAS DEVEM SER REALIZADAS


COM A PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL
– (VIAS AÉREAS)
❑ Inclinação da cabeça com elevação do queixo
Para as vítimas que tem afastada a possibilidade de lesão
cervical. NÃO REALIZAR ESSA MANOBRA EM VÍTIMA DE
TRAUMA

CASOS CLINICOS HEAD CHIN LIFT


ATENDIMENTO SAMU

https://www.youtube.com/watch?v=36Tv9ZLRkQw
BREATHING (RESPIRAÇÃO)
Ao verificar a qualidade da respiração, deve-se rapidamente avaliar
a frequência respiratória que deve está acima de 10 e abaixo de
30 por minutos.

QUALIDADE DA RESPIRAÇÃO

VER OUVIR SENTIR


BREATHING (RESPIRAÇÃO)

Se a vítima
respira, se o
Expansão do hálito apresenta
Se apresenta
tórax se está halitose, suspeito
ruídos durantes a
sendo bilateral? que possa dizer o
respiração
Ou unilateral? motivo do
acidente. Ex:.
Hálito cetônico
BREATHING (RESPIRAÇÃO)
DISPOSITIVO PARA VENTILAÇÃO
Todo traumatizado deve receber suporte ventilatório apropriado com
oxigênio suplementar para garantir que a *hipóxia seja corrigida ou
completamente prevenida.

Deve ser considerado os seguintes dispositivos e as concentrações de


oxigênio que cada um pode fornecer * valores aproximados*:

Hipóxia = é a diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos, ou seja, falta de


oxigênio no sangue, e pode danificar órgãos vitais como o cérebro e coração
BREATHING (RESPIRAÇÃO)

Toda vítima de trauma deve receber suporte


ventilatório, com utilização de dos
dispositivos apresentados no Slide
SEGUINTE.
DISPOSITIVO PARA VENTILAÇÃO
SEM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
Fluxo CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
TIPO DE MASCARA
(l/min) OFERTADO

1° Boca a boca N/A 16%

2° Boca máscara N/A 16%

3° Bolsa- máscara N/A 21%


DISPOSITIVO PARA VENTILAÇÃO
COM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR
TIPO DE MASCARA Fluxo CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
(l/min) OFERTADO

1° Máscara facial simples 8 -10 40% a 60 %

2° Bolsa-válvula mascara
8 -10 40% a 60 %
sem reservatório

3° Bolsa- válvula máscara


10-15 90% a 100%
com reservatório

4° Boca máscara 10 50%


IMPORTANTE
• As mascara ideal para dar suporte ventilatório deve ter as
seguintes características:

1. Ter um bom ajuste;


2. Esta equipada com válvula unidirecional;
3. Ser feita de material transparente;
4. Ter entrada para aporte de oxigênio;
5. Ter disponível em tamanhos (bebês, crianças e adultos).
APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL
❑ APLICAÇÃO DE COLAR CERVICAL

O colar cervical deve ser colocado após verificação do


objeto estranho, sempre com um dos socorrista mantendo
o controle cervical, mesmo após colocação do colar.

1. Mensurar tamanho do pescoço 1. Mensurar tamanho do pescoço


APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL
❑ MODELOS DE COLAR CERVICAL

G M
P PP
Colar padrão Colar com regulagem Colar Lubo (Técnica de liberação de vias
aéreas)
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)

PELE PULSO PERFUSÃO CAPILAR SANGRAMENTO

Temperatura Presença, qualidade e maior 2 seg. (retorno Verificar e controlar


Fria – Perfusão diminuída regularidade. comprometido) SANGRAMENTO
Umidade (Na avaliação primária não é menor de 2 seg.
Úmida – Coque e perfusão necessário determinar a (normal)
diminuída frequência do pulso)
Coloração

O socorrista NÃO deverá ultrapassar 10 segundos na verificação do pulso.


CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
PELE
❑Indicativo que o sistema circulatório

está tendo dificuldades para

transportar o oxigênio.

❑Verificar Temperatura
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
PELE
Existem parâmetros da pele que devem ser observados com muita atenção, como
cianose (extremidades dos dedos arroxeados ou lábios, pele descorada ou
lesões da pele).

Pele rosada indica que a pessoas


está bem oxigenado sem
metabolismo anaeróbio.

*A cianose (pele azulada) é um indicativo que o sistema circulatório está tendo


dificuldade para transportar oxigênio.
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
❑ PULSO
❑Verificar pulso arterial distal (artéria radial);

❑Quando palpável significa que a pressão

sistólica se encontra acima de 60mmhg;

❑Se está forte, fraco, cheio ou fino e se tem


Pulso radial

ritmo ou arritmo.
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
PULSO – Normal
TIPO bpm
BEBÊ 120 – 160 bpm
12 Meses 90 – 140 bpm
Pré-escolar 80 – 110 bpm
Escolar 75 – 100 bpm
Adolescente 60 – 90 bpm
Adulto 60 – 100 bpm
*bpm = batimentos por minuto
BATIMENTO CARDÍACO
NORMAL EM IDOSOS
A frequência cardíaca em pessoas com mais de 65 anos é igual à dos
adultos.
As pessoas mais velhas são mais propensas a sofrer de:

Bradicardia (frequência inferior a 60 batimentos por minuto),


Taquicardia (batimento cardíaco superior a 100 batimentos por
minuto).
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
PULSO
PERGUNTAS IMPORTANTES

❖ O pulso é forte ou filiforme (fraco)?


❖ Está normal, muito rápido ou muito lento?
❖ É regular ou irregular?
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
PULSO PONTOS PARA AVALIAÇÃO

CARÓTIDA

BRAQUIAL

RADIAL
Temos outros pontos, porém,
FEMORAL esses são os mais utilizados!
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
✓ Oxímetro de pulso é um aparelho que mede indiretamente a
quantidade de oxigênio no sangue de uma vítima, ou seja, a
saturação de oxigênio, também conhecida como SpO2. O oxímetro
também é utilizado para pulso, porém não deve substituir a
verificação manual.

VERIFICA NÍVEL DE O² NO SANGUE


CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
❑ Parâmetros para análise da oxigenação:
➢ Normais entre 93% a 95% no nível do mar.
➢ Quando for menor que 90%, na maioria das vezes existirá
comprometimento grave da oxigenação tecidual.

VERIFICA NÍVEL DE O² NO SANGUE


CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
❑ PERFUSÃO CAPILAR / PERIFÉRICA
Técnica utilizada para avaliar a oxigenação tecidual,
utilizando a técnica de pressão sobre a unha, que
deve mudar de cor, de levemente rosada para branca,
após ter aliviado a pressão a coloração rosada deve
retornar antes de 2 segundos, se ultrapassar 2
segundos é sinal que a circulação periférica está
comprometida.
CIRCULATION (CIRCULAÇÃO)
CONTROLE DE SANGRAMENTO
Verificar e tratar sangramentos que não foi percebido no X
1 – Tratamento do
sangramento
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
(DISABILITY)
Após, ter avaliado e corrigido na medida do possível o transporte do oxigênio
aos pulmões e na sua circulação pelo corpo, a próxima etapa da avaliação
primária é avaliação cerebral, que é uma avaliação indireta do oxigênio
cerebral.

❑Nível de consciência diminuído


1 – Oxigênio cerebral diminuída (hipóxia ou hipoperfusão);
2- Lesão do sistema nervoso central – SNC;
3 – Intoxicação por drogas ou álcool;
4 – Distúrbios metabólicos (diabetes, convulsões parada cardíaca).
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
(DISABILITY)

❑Método para utilizar nesta etapa


➢ Solicitar que a vítima responda algumas perguntas simples.
➢ Que dia é hoje? Qual a cor da minha camisa
➢ Consegue apertar minha mão?
➢ Consegue mexer essa perna?
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
(DISABILITY)
❑Método para utilizar nesta etapa
Ao examinar as pupilas de um doente, é necessário avaliar a
simetria da resposta, assim como o tamanho

REAÇÃO DA PUPILA
Incidência a luz Constrição (contrai)
Retirada da Luz Retorno a dilatação
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA (DISABILITY)

Ao examinar as pupilas de um doente, é necessário avaliar a simetria


da resposta, assim como o tamanho

REAÇÃO DA PUPILA
Incidência a luz Constrição (contrai)
Retirada da Luz Retorno a dilatação
Exposição

O corpo da vítima é exposto para avaliar locais menos óbvios


de perda externa de sangue e indicações de hemorragia
interna.

Devemos também considerar a possibilidade de hipotermia,


por isso é indicado cobrir a vítima com uma manta térmica.

Ao expor à vítima, devemos levar em consideração sua


proteção contra olhares e curiosos.

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