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No.

: POP CM002
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Emissão: 16/05/2019
Revisão: 16/05/2019
ATENDIMENTO DO PACIENTE Validade: 2 Anos
VÍTIMA DE TRAUMA CRANIO-
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ENCEFÁLICO

UPA III DR.THELMO DE ALMEIDA CRUZ Versão: 1ª


AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO DE PROPRIEDADE DA SBCD, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DE SUA FINALIDADE.
INTRODUÇÃO
O traumatismo crânio-encefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro causada por
agressão física externa, que pode produzir alteração no nível de consciência e
resultar em comprometimento das habilidades cognitivas, físicas e comportamentais.
Os comprometimentos específicos nos componentes de desempenho, tais como as
sequelas físicas motoras (hemiparesia e dupla hemiparesia com hipertonia alfa e/ou
espasticidade, desordens de equilíbrio e coordenação, alterações sensitivas e
sensoriais, distúrbios da fala, linguagem e deglutição) e sequelas cognitivas
(habilidades de pensamento como: atenção, organização, planejamento, tomada de
decisões e resolução de problemas, noções de julgamento e segurança, raciocínio,
percepção de seus limites e déficits de memória remota e recente) estão diretamente
relacionados com a localização das lesões.
COMPETÊNCIA
- Médicos (clinica médica, pediatria)
- Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem

MATERIAL E RECURSOS HUMANOS

Recursos humanos:
 Plantão 24 horas presencial:

 02 a 03 médicos de clínica médica

 01 a 02 médicos pediatras

 03 enfermeiros (um exclusivo para classificação de risco,


outro para atendimento do paciente em
urgência/emergência e o terceiro para pacientes
internados/observação), equipe de técnicos e auxiliares
de enfermagem

o Recursos tecnológicos:

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Dr. Danilo Blanco Dr. Danilo Blanco
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 Presentes na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas:

 Análises clínicas laboratoriais

 Eletrocardiografia

 Radiologia convencional

 Sala de emergência com RX móvel

 Ambulância com Suporte UTI


OBJETIVOS
Diminuição da mortalidade e redução de sequelas por trauma crânio encefálico
através da normatização da abordagem multidisciplinar de assistência ao
paciente desde o momento da comunicação do pré-hospitalar e/ou chegada do
paciente ao pronto-socorro até o momento da sua alta.
CONCEITO
O Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro, de origem física,
causada por uma força externa, que pode produzir lesão anatômica ou
comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio ou meninges, gerando um
estado temporário ou permanente de diminuição ou alteração de consciência, que
pode comprometer parcial totalmente as habilidades cognitivas. Funcionamento
físico e o funcionamento comportamental ou emocional do indivíduo
AVALIAÇÃO
O exame neurológico durante a avaliação primária é realizado:

 Classificando o paciente de acordo a Escala de Coma de Glasgow (ECG),

 Examinando a pupila (diâmetro e reatividade à luz),

 Motricidade dos membros.


A ECG que categoriza a gravidade do traumatismo craniano deve ser calculada
na ausência de efeitos de fármacos sedativos (janela farmacológica de tempo
suficiente para a eliminação do fármaco) e uma vez excluído o efeito de álcool ou
drogas (GABBE, CAMERON, FINCH, 2003). O exame neurológico se inicia pela
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aplicação da escala de coma de Glasgow, que para Reis e Py (2002) é um importante
instrumento para medir a gravidade do TCE e seu prognóstico. Deve-se ter cuidado,
entretanto, de afastar a possibilidade de uso de álcool e drogas ou instabilidade
hemodinâmica que podem interferir no resultado da escala. 

A seguir a avaliação pupilar também possui importância diagnóstica e prognóstica.


Reis e Py (2002) comentam que a midriase fixa bilateral na fase aguda do traumatismo
é indicativa de mau prognóstico com 74% dos casos evoluindo para estado
vegetativo e apenas 25% recuperando vida independente. 

Por outro lado a miose bilateral pode indicar herniação diencefálica, devendo-se,
contudo excluir a possibilidade de intoxicação por narcóticos, principalmente os
opióides. A midriase fixa unilateral indica provável massa intracraniana (hematomas
extra-axiais) deslocando e comprimindo o III nervo craniano. 

A avaliação pupilar consiste em:

- Avaliar diâmetro, simetria, assimetria e reflexo fotomotor;

- Comparar uma pupila à outra;

- Diâmetro normal: em média 3,5mm;

- O diâmetro pode ser medido com uma régua ou por pupilômetro. A avaliação da
motricidade ocular é explicada por Ferreira (2007) é realizada em pacientes em coma,
avaliados os movimentos dos nervos cranianos (oculomotor, troclear e abducente). A
avaliação realizada em 5 etapas: 

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- Movimentos oculares espontâneos; 

- Manobra dos olhos de boneca; 

- Manobra vestíbulo-ocular; 

- Reflexo córneo palpebral; 

- Pálpebras. 

O próximo passo da avaliação neurológica consiste na avaliação motora, que é


direcionada para identificar o grau de incapacidade e/ou de dependência do paciente
em realizar um movimento ou de movimentar-se. 

Durante a avaliação da força muscular, deve-se avaliar: 

- A postura; 

- O tono muscular; 

- Os reflexos; 

- Os tipos de movimentos; 

- A coordenação dos grupos musculares.

CONDUTA
CLASSIFICAR O TRAUMA:
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TCE Leve:

Classificar quanto à presença de fatores de risco e realizar TC de crânio se


presentes.

TCE Moderado e Grave:

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 Realizar TC de crânio no hospital de referência nos pacientes estáveis


ou estabilizados.

 Repetir TC se:

a. TC inicial for negativa – em 24h;

b. TC inicial positiva para lesão em evolução (hematoma de alta a


média densidade) – em 6h;

c. O paciente apresentar hipotensão, ou fratura craniana, ou alteração


de coagulação – em 12h;

d. Casos de deterioração (perda de dois pontos na ECG ou um ponto


na resposta motora, piora neurológica ou anisocoria) - sempre.

Transferir os pacientes críticos para hospital de referência.

FLUXOGRAMA

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