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Aula 00

Enfermagem em Clínica Cirúrgica p/ Concursos - Enfermeiro - Curso Regular 2018

Professor: Poliana Gesteira

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Enfermagem em Clínica Cirúrgica para Marinha
Teoria e exercícios comentados
Profª Poliana Gesteira – Aula 00

AULA 00: Conceitos iniciais

SUMÁRIO PÁGINA

1.Apresentação 2

2. Classificação e Tipos de Cirurgias 5

3. Nomenclatura cirúrgica 17
0

4. Riscos cirúrgicos 22

5.Tempos Cirúrgicos 26

6. Sistematização da assistência de enfermagem


perioperatória. Período pré-operatório. Período intra- 29
operatório. Período Pós-operatório e complicações.

7. Lista das questões apresentadas 50

8. Gabarito 48

9. Referências 60

1. Apresentação
Olá, prezados colegas!
Gostaria de desejar boas vindas e afirmar com toda certeza que a
equipe de professores do ESTRATÉGIA CONCURSOS preparou um
material diferenciado, de qualidade, focado e com muitos
exercícios.
Todos sabemos que o caminho para o sucesso é árduo, porém, todo
o esforço e dedicação valem muito à pena. Contem comigo para
auxiliá-los na trilha do caminho de seu sucesso.

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Antes de iniciar o curso propriamente dito, me apresentarei. Sou


Poliana Gesteira, professora e coordenadora dos cursos da saúde no
Estratégia Concursos, enfermeira, especialista em vigilância sanitária com
ênfase em saúde pública e também especialista em docência do ensino
superior. Trabalhei nas áreas de oncologia, clínica médica, consultório na
rua, Estratégia Saúde da Família e gerenciamento de planejamento,
monitoramento e avaliação da Atenção Básica. Atualmente trabalho na
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. AMO SER
ENFERMEIRA. AMO SER DOCENTE. Associar ambas as profissões: NÃO
TEM PREÇO!

Bom, este curso abrange os tópicos de clínica conforme cobrados


nos concursos de todo Brasil. Meu objetivo é garantir que você possa
gabaritar sua prova. Para isso, os estudantes matriculados no curso
terão acesso ao seguinte conteúdo:

1. Material em PDF.

2. Questões comentadas de várias bancas de concursos.

3. Figuras para facilitar a memorização dos principais tópicos da


disciplina.

4. Fórum de dúvidas. Qualquer dúvida me procure por meio dele.


Terei satisfação em contribuir para o seu aprendizado.

5. Videoaulas, que são ministradas pela professora Andreia


Freires.

E o que será abordado de fato?

Disciplina
Aula

Assistência de enfermagem perioperatória nas


Aula 00 afecções cirúrgicas – parte 01

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Assistência de enfermagem perioperatória nas


Aula 01 afecções cirúrgicas – parte 02

Programa Nacional de Segurança do Paciente.


Aula 02 Parte 01

Programa Nacional de Segurança do Paciente.


Aula 03 Parte 02

Então vamos nessa? FOCO, FORÇA e FÉ! =D

“Sem o esforço da busca torna-se impossível a alegria da conquista.”

1. CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE CIRURGIA

As cirurgias podem ser classificadas de três formas distintas:

- Pelo risco potencial de contaminação (Portaria 2616/98 – MS)


em:

Limpas

Potencialmente contaminadas

Contaminadas

Infectadas

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- Pelo momento operatório ou tempo de espera para a cirurgia


em:

Urgência

Emergência

Eletiva

- Pela finalidade em:

Curativas

Paliativa

Diagnóstica/Exploratória

Plástica reparadora/reconstrutora

Plástica cosmética/estética

Transplante

Vejamos mais detalhadamente uma por uma.

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1) Classificação segundo o risco potencial de contaminação:

Esta classificação é descrita pela Portaria MS nº. 930/92 - anexo III,


a qual resolve que as infecções pós-operatórias devem ser
criteriosamente analisadas conforme o potencial de contaminação,
sempre no final do ato cirúrgico, com o entendimento do número de
microrganismos presentes no tecido a ser operado. Segundo o risco
potencial de contaminação, as cirurgias podem ser classificadas em
limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas.

Cirurgias limpas: São cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou


passíveis de descontaminação, com ausência de processo
infeccioso e flogístico local ou falhas técnicas grosseiras.
Geralmente são caracterizadas pelas cirurgias eletivas e traumáticas
com cicatrização de primeira intenção e sem coleção de líquido
serosanguinolento. Também entram nesse rol as cirurgias nas quais não
ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou
urinário. Destacam-se também os procedimentos em que há
fechamento primário da ferida operatória sem presença de dreno.
São exemplos clássicos de cirurgias limpas:

• Cirurgias cardíacas: Inserção de Marca-passo definitivo;

 Cirurgia Vascular;

 Neurocirurgias: acesso através da pele (craniotomia);

 Cirurgia de mediastino;

 Cirurgia Ortopédicas eletivas;

 Cirurgias de cabeça e pescoço;

 Herniorrafia: Cirurgia de mama;

 Artoplastia do quadril

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 Cirurgia cardíaca

 Herniorrafias

 Neurocirurgia

 Procedimentos ortopédicos (eletivos)

 Mastoplastia e Mastectomias

Cirurgias potencialmente contaminadas: são as cirurgias que


acontecem em tecidos colonizados por flora microbiana pouco
numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Nesse tipo de
cirurgia há ausência de processo tanto infeccioso quanto inflamatório
e com falhas técnicas no transoperatório são discretas. Importante
lembrar que as cirurgias limpas com drenagem fazem parte dessa
categoria. As cirurgias potencialmente contaminadas são caracterizadas
por envolver manejo nos tratos digestivo, respiratório ou urinário
sem contaminação significativa. Fazem parte da classificação de
cirurgias potencialmente contaminadas:

 Histerectomia abdominal

 Parto cesáreo

 Cirurgia do intestino delgado (eletivas sem supuração)

 Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar

 Feridas traumáticas limpas (até 10h após)

 Colecistectomia não supurativa

 Cirurgias cardíacas com circulação extra-corpórea

 Cirurgia Cardíaca: quando houver sistema de drenagem aberta

 Neurocirurgias: acesso através da nasofaringe ou seios da face

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 Cirurgias da árvore traqueobrônquica

 Cirurgias Urológicas

1. (HUB – CESPE) São consideradas potencialmente contaminadas


as cirurgias realizadas em tecidos que, embora não apresentem
supuração local, sejam de difícil descontaminação e as cirurgias
em que haja penetração nos tratos digestório, respiratório ou
urinário, sem contaminação significativa, como, por exemplo, a
redução de fratura exposta. ERRADO. Fraturas expostas são feridas
traumáticas recentes abertas e se caracterizam como cirurgias
contaminadas e não potencialmente contaminadas. Feridas limpas não
são fraturas expostas, o examinador quis apenas confundir o candidato.

2. (CAERD – Gestão de Concursos – 2013) É considerada cirurgia


potencialmente contaminada:
A) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo.
B) cirurgia de mediastino.
C) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe.
D) cirurgia ortopédica eletiva.
E) cirurgia para retirada de nódulos da mama.
Comentário:
A) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo. (Cirurgia
limpa)
B) cirurgia de mediastino. (cirurgia limpa)
C) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe. (VERDADEIRA)
D) cirurgia ortopédica eletiva. (cirurgia limpa)
E) cirurgia para retirada de nódulos da mama. (cirurgia limpa)

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Lembre-se que cirurgias limpas são cirurgias realizadas em tecidos


estéreis ou passíveis de descontaminação, com ausência de processo
infeccioso e flogístico local ou falhas técnicas grosseiras; não ocorrem
penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Portanto, por
envolver contato com trato respiratório, a alternativa é invalidade por ter
contato com nasofaringe.

3. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) De acordo com os riscos


de contaminação, as cirurgias são classificadas como limpas,
potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. Qual
das cirurgias a seguir corresponde à cirurgia POTENCIALMENTE
CONTAMINADA?
(A) Cirurgia vascular.
(B) Cirurgia de mediastino.
(C) Herniorrafia.
(D) Safenectomia.
(E) Gastrectomia.
Comentários:
(A) Cirurgia vascular.
(B) Cirurgia de mediastino.
(C) Herniorrafia.
(D) Safenectomia.
(E) Gastrectomia.
Exceto a alternativa de letra E que é uma cirurgia potencialmente
contaminada por envolver o trato digestivo, todas as outras são
caracterizadas por serem cirurgias limpas.

Cirurgias contaminadas: São cirurgias que se caracterizam por terem


sido realizadas em tecidos traumatizados recentemente, abertos,
colonizados por flora bacteriana muito numerosa, cuja
descontaminação seja difícil ou impossível, ou ainda as cirurgias nas

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quais tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras. O trato digestivo é


característico desta classificação. Há ainda presença de inflamação
aguda na ferida operatória e a cicatrização se caracteriza por ser
por segunda intenção. Não há presença de pus no local. São
consideradas cirurgias contaminadas:

 Cirurgia das vias biliares com obstrução biliar

 Cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou hiperclorídricos

 Colecistectomia

 Cirurgias cardíacas prolongadas com circulação extracorpórea

 Cirurgias de vias biliares, estômago e duodeno, jejuno, íleo, cólo e


reto

 Apendicectomia

 Desbridamento de queimaduras

 Cirurgia bucal, dental e da orofaringe

 Cirurgia intranasal

 Fraturas expostas e feridas traumáticas com atendimento após dez


horas o trauma

4. (HUB – CESPE) Classificam-se como contaminadas as cirurgias


que se realizam em tecidos estéreis e na ausência de processo
infeccioso local, sem que haja penetração nos tratos digestório,
respiratório ou urinário, em sala de cirurgia que apresente
condições ideais.

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Comentário: tecidos estéreis e na ausência de processo infeccioso local


ERRADO. Cirurgias realizadas em tecidos estéreis e com ausência de
processo infeccioso local são cirurgias limpas.

Cirurgias infectadas: são as intervenções cirúrgicas realizadas em


qualquer tecido ou órgão em que há presença de processo infeccioso
com supuração local (presença de pus), necrose, corpo estranho e
feridas de origem suja. São exemplos de cirurgias infectadas:

 Cirurgia de reto e ânus com supuração

 Cirurgia abdominal em presença de conteúdo do cólo

 Nefrectomia com infecção

 Colescitectomia com empiema

 Cirurgia do reto e ânus com pus

 Cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon

 Exploração das vias biliares em colangite supurativa

5. (HUB – CESPE) Classificam-se como infectadas as cirurgias


realizadas em tecidos com supuração local, em tecido necrótico,
em feridas traumáticas sujas. CERTO. Em toda ferida infectada é
possível observar a presença de pus.

6. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Analise as


informações a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.

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(A) Cirurgias limpas são aquelas cujos procedimentos envolvem um


trauma penetrante, recente ou tardio; procedimentos que envolvam
feridas contaminadas, feridas traumáticas de abordagem tardia, tecido
isquêmico, presença de pus, de corpo estranho ou víscera perfurada.
(B) São recomendações para controle e prevenção de ISC: reduzir o
tempo de internação em cirurgias eletivas, sendo a meta um tempo
inferior a 24 horas; compensar doenças subjacentes; tratar infecções em
sítio remoto antes da realização do procedimento, a não ser que o quadro
clínico não permita adiamento do procedimento.
(C) As cirurgias potencialmente contaminadas ou contaminadas, de forma
geral, têm indicação de antibioticoprofilaxia. Também as cirurgias limpas
que envolvam a instalação de próteses ou cuja eventual infecção tenha
consequências desastrosas, como as cardíacas.
(D) Cirurgias potencialmente contaminadas são aquelas em que o sítio
cirúrgico entra nos tratos respiratório, genital, gastrintestinal ou urinário
em condições controladas e sem contaminação acidental.
(E) Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) profundas são infecções que
ocorrem relacionadas à manipulação cirúrgica acometendo tecido
subcutâneo, tecidos moles profundos (fáscia e músculo), órgão e
cavidades com incisão. Enquadram-se como aquelas que ocorrem até o
30º dia de pós-operatório ou até 01 ano nos casos de cirurgias com
implante de próteses.
Comentário: (A) Cirurgias limpas são aquelas cujos procedimentos
envolvem um trauma penetrante, recente ou tardio; procedimentos que
envolvam feridas contaminadas, feridas traumáticas de abordagem tardia,
tecido isquêmico, presença de pus, de corpo estranho ou víscera
perfurada.
Alternativa completamente errada! Essa descrição trata-se de cirurgias
infectadas. Cirurgias limpas não são provenientes de traumas, não
possuem tecido isquêmico, nem perfuração de vísceras muito menos têm
presença de pus.

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Classificação quanto ao momento operatório

Eletiva: cirurgia que pode ser programada, aguardada ou agendada


sem que isso traga risco de morte ou perda do membro ao
paciente. Geralmente a programação é baseada no momento mais
propício para a realização da mesma. São exemplos as mamoplastia,
gastrectomia, varizes de MMII, cirurgias plásticas estéticas.

Urgência: tipo de tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve


==0==

necessariamente ser realizado, via de regra, dentro de 24 a 48 horas. O


aguardo mais prolongado por trazer prejuízos ao paciente e em
alguns casos, até mesmo risco de morte por complicações. São
exemplos a apendicectomia não supurativa, úlceras supuradas, obstrução
intestinal aguda, hemorragia digestiva alta, retirada de corpo estranho do
trato digestivo.

Emergência: tratamento cirúrgico que envolve risco iminente de


morte ao paciente ou perda permanente do membro, e requer ação
imediata por se tratar de uma situação crítica. A janela de ação para o
procedimento cirúrgico é de no máximo 24h de espera, com período
ideal entre 6 e 24h para realização do procedimento que visa minimizar
ao máximo o dano ou risco de morte. São exemplos os ferimentos por
arma de fogo em região precordial, hematoma subdural, trauma de tórax,
trauma de abdome, aneurismas rompidos e situações em que haja grande
perda de sangue que podem evoluir para um choque.

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Atualmente, a AHA emprega o termo de “cirurgia time-sensitive”


(sensível ao tempo) para os procedimentos que não se enquadram nas
categorias acima, em casos em que os procedimentos adiados por um
período de algumas semanas podem causar danos ao paciente.
Geralmente emprega-se na maioria das cirurgias onde o diagnóstico é de
cunho oncológico ou cardiológico.

7. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Uma cirurgia pode ser


realizada por uma série de razões, como diagnóstica, paliativa,
curativa ou de reparação. Quanto à categoria de cirurgia com base
na URGÊNCIA, a cirurgia pode ser classificada em
(A) ambulatorial eletiva, hospitalar.
(B) ambulatorial, hospitalar de urgência.
(C) ambulatorial eletiva, hospitalar de urgência.
(D) emergência, eletiva.
(E) emergência, urgência, requerida, eletiva, opcional.
Comentário: Quando falamos de urgência, nos referimos ao tempo de
espera da cirurgia, portanto, a alternativa que melhor valida o tempo de
espera é a letra E, onde a cirurgia requerida, eletiva e opcional são
praticamente sinônimos.

Classificação quanto à finalidade

Já cansamos de ouvir que “fulano” fez uma cirurgia para retirada de


um tumor, outro para ligadura de trompas, outro para corrigir o nariz,
mas nunca pensamos na finalidade das cirurgias, certo?! Pois bem! As
cirurgias podem ser classificadas conforme a finalidade do tratamento
cirúrgico, podendo ser:

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Curativa:

Tem por objetivo destruir ou corrigir a causa da doença, e “devolver” a


saúde ao paciente. Em alguns casos dessa finalidade é necessária a retirada
parcial ou total de um órgão. Em alguns casos, é utilizada para cirurgias de
câncer, e nesses casos, a cirurgia curativa apenas aumenta a sobrevida do
paciente proporcionando qualidade de vida. Ex. Apendicectomia, colelitíase,
fístula anal.

Paliativa:

Como o nome mesmo diz, tem o objetivo de aliviar, atenuar ou buscar


uma alternativa para reduzir o mal, mas não tem objetivo de curar a
doença. Ex. Gastrostomia.

Diagnóstica/Exploratória:

Seu objetivo geralmente é auxiliar no esclarecimento da doença. Ex.


Laparotomia exploratória.

Plástica Reparadora/reconstrutora:

tem o objetivo de reconstruir artificialmente uma parte do corpo


lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex: enxerto de pele em
queimados e implante de prótese mamária pós-mastectomia.

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Plástica cosmética:

Realizada com objetivos estéticos para fins exclusivos de


embelezamento. Ex. Rinoplastia estética, mamoplastia de aumento,
otoplastia, blefaroplastia.

Transplante:

Realizada com o objetivo de permutar um órgão de um paciente para


outro ou inserir um dispositivo produzido em laboratório que realize as
funções do órgão inexistente.

8. Enfermeiro – EBSERH - (UFMG – AOCP – 2015) Michael, 45


anos, foi submetido à craniotomia para drenagem de hematoma
subdural após acidente de esqui. Não apresenta lesões externas.
Esse tratamento cirúrgico pode ser classificado quanto ao
MOMENTO OPERATÓRIO, FINALIDADE E POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO, RESPECTIVAMENTE como:
(A) Emergência – Diagnóstico – Limpo.
(B) Urgência – Curativo – Limpo.
(C) Emergência – Paliativo – Potencialmente Contaminado.
(D) Urgência – Radical – Potencialmente Contaminado.
(E) Emergência – Curativo – Limpo.
Comentário: toda cirurgia realizada dentro de até 24h é uma cirurgia de
emergência uma vez que envolve risco de morte ou comprometimento
permanente do membro/ é curativa já que tem a finalidade de curar o

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paciente através da drenagem/ é limpa uma vez que é realizada em


tecidos estéreis e não tem contato com trato urinário, respiratório ou
digestivo. Resposta certa letra E.

9. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) N. B., 27


anos, foi submetido à esplenectomia após acidente
automobilístico com trauma abdominal fechado e com hemorragia
interna. Esse tratamento cirúrgico pode ser classificado, quanto
ao Momento Operatório, Finalidade e Potencial de Contaminação,
respectivamente, COMO:
(A) Urgência – Paliativo – Contaminado.
(B) Emergência – Radical – Limpo.
(C) Urgência – Paliativo – Potencialmente Contaminado.
(D) Urgência – Radical – Limpo.
(E) Eletivo – Curativo – Limpo.
Comentário: Alternativa de letra B. Um trauma que desencadeia
hemorragia é um preditivo de choque hipovolêmico. Todo choque é
considerado uma emergência clínica, portanto, uma cirurgia dessa
dimensão deve ser realizada o quanto antes, preferencialmente o mais
breve possível e não deve-se esperar até 24h para sua realização/ é uma
cirurgia de retirada de órgão, logo, trata-se de uma cirurgia radical/ limpa
uma vez que não houve trauma aberto.

2. NOMENCLATURA CIRÚRGICA

Já sabemos que as cirurgias são classificadas por tipo, tempo,


potencial de contaminação, mas a nomenclatura do ato cirúrgico é de alta
relevância e importância, já que é por meio dela que são descritos os
tipos de cirurgia, que são preparados os instrumentais cirúrgicos, que são
descritos procedimentos e montadas as salas. Também é a nomenclatura

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que descreve, por si só, o objetivo cirúrgico e a localização do


procedimento.

Na terminologia cirúrgica, os termos são formados por um


prefixo – termo que designa a parte do corpo relacionada que seja
operada; e por um sufixo – termo que indica a finalidade cirúrgica.
Vejamos:

Nomenclatura de ralações cirúrgicas


Adeno Glândula
Blefaro Pálpebra
Cisto Bexiga
Cole Vesícula
Colo Cólon
Colpo Vagina
Entero Intestino delgado
Gastro Estomago
Histero Útero
Nefro Rim
Oftalmo Olho
Ooforo Ovário
Orqui Testículo
Osteo Osso
Oto Ouvido
Proto Reto
Rino Nariz
Salpingo Trompa
Traqueo Traqueia
Sufixo Significado
Ectomia Remoção parcial ou total
Pexia Fixação de um órgão

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Plastia Alteração da forma e/ou função


Rafia Sutura
Scopia Visualização do interior do corpo em geral por
meio de aparelhos com lentes especiais
(S)tomia Abertura de um órgão ou de uma nova boca

Terminologias que não seguem as regras citadas


Cirurgia Para abertura de
amputação remoção de um membro ou de parte necrosada
do corpo
anastomose conexão e sutura de dois órgãos ou vasos
artrodese fixação cirúrgica de articulação
bartholinectomia retirada de cisto de bartolin
biópsia remoção de um tecido vivo para fins
diagnósticos
cauterização destruição de tecido por meio de agente
caustico ou calor - bisturi elétrico
cesariana retirada do feto por incisão através da parede
abdominal
circuncisão ressecção da pele do prepúcio que cobre a
glande
cistocele queda da bexiga
curetagem uterina raspagem e remoção do conteúdo uterino
deiscência separação de bordos previamente suturados e
unidos
dissecção corte, retalhamento
divertículo bolsa que sai da cavidade
enxerto transplante de órgão ou tecido
episiotomia incisão perineal destinada a evitar a ruptura do

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períneo durante o parto


evisceração saída de víscera de sua cavidade
fístula orifício que põe em comunicação parte de um
órgão, cavidade ou foco supurativo com a
superfície cutânea ou mucosa
goniotomia cirurgia de glaucoma
onfalectomia remoção do umbigo
operação de bursh levantamento da bexiga
operação de hammsted correção de estenose pilórica
operação de manchester correção de prolapso de útero
0
paracentese punção cirúrgica da cavidade par retirada de
liquido
ressecção remoção cirúrgica de parte de órgão
retocele protrusão de parte do reto
toracocentese punção cirúrgica na cavidade torácica
varicocele veias ditadas no escroto
vasectomia corte de um segmento do canal deferente (para
controle da natalidade)

10. Enfermeiro – EBERH - (UFMG – AOCP – 2015) Os principais


objetivos da terminologia cirúrgica são: fornecer por meio da forma
verbal ou escrita uma definição do termo cirúrgico e descrever os
tipos de cirurgia. Ao solicitar a um paciente informações sobre a
história de doenças e cirurgias em sua família, o enfermeiro obteve
as seguintes respostas:
• a mãe foi submetida à retirada da bexiga.
• a irmã foi submetida à retirada das trompas uterinas.
• o pai foi submetido à retirada do baço.

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• um irmão foi submetido à fixação do testículo na bolsa escrotal.


Assinale a alternativa CORRETA. Ao fazer as anotações utilizando os termos
técnicos adequados, o profissional registrou:
(A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia – postectomia.
(B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia – orquipexia.
(C) cistectomia – salpingectomia – esplenectomia – orquipexia.
(D) cistectomia – trompectomia – bacectomia – postectomia.
(E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia – testiculoplastia.
Comentário:
(A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia – postectomia.
(Respectivamente: retirada do útero, retirada do ovário, retirada do fígado e
retirada de fimose)
(B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia – orquipexia.
(Respectivamente: retirada da bexiga, retirada do útero, retirada da vesícula
e fixação dos testículos)
(D) cistectomia – trompectomia – bacotomia – postectomia.
(Respectivamente: retirada da bexiga, não existe, não existe, retirada da
fimose)
(E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia – testiculoplastia.
(Respectivamente: retirada da bexiga, reconstrução das trompas, retirada do
fígado e reconstrução dos testículos)

6-RISCOS CIRÚRGICOS

O Risco Cirúrgico é uma avaliação do estado clínico do


paciente que deve ser feita previamente a procedimentos
cirúrgicos ou determinados procedimentos médicos, conforme padrões
pré-estabelecidos pelas principais sociedades médicas. O risco cirúrgico
serve para avaliar o risco antes mesmo de iniciar o procedimento.
No risco cirúrgico são considerados: estados de saúde do paciente, a

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complexidade dos procedimentos e o possível tempo de duração da


cirurgia. Os riscos cirúrgicos mais utilizados seguem a orientação da
SOBECC, ASA e Goldman e é ele que determina o porte da cirurgia.

O Risco Cirúrgico é composto por Raio-X de tórax, ECG, exames


de sangue (contagem de plaquetas, hemácias, leucócitos e hematócrito,
eletrólitos, função renal, função hepática, glicose, Beta-HCG para
mulheres, tipagem sanguínea) e avaliação pela anestesiologia.

11. Enfermeiro – EBSERH - (HUPES /BA - IADES – 2015) A


verificação do aumento do tempo de protrombina leva a riscos
pós-operatórios. Assinale a alternativa que indica corretamente
um desses riscos.
(A) Infecção.
(B) Queda de pressão arterial.
(C) Baixo débito urinário.
(D) Arritmia cardíaca.
(E) Sangramento
Comentário:
(A) Infecção.
(B) Queda de pressão arterial.
(C) Baixo débito urinário.
(D) Arritmia cardíaca.
(E) Sangramento (VERDADEIRA)
A protrombina é uma proteína plasmática precursora da trombina e
essencial para a coagulação sanguínea. É solicitada nos exames
laboratoriais que compõem o risco cirúrgico. O déficit de protrombina é
um fator de risco para hemorragias, portanto, nenhuma das demais

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afirmativas faz relação direta com a coagulação sangúinea, logo, resposta


correta letra E.

O momento ideal para a avaliação pré-operatória do risco cirúrgico


e quem deve fazê-la ainda não foi definido. O ideal é que o risco seja feito
em conjunto pela cardiologia, anestesia, clínico geral, equipe de
enfermagem e equipe cirúrgica. A ASA – American Society
Anestesiology sugere o uso de um algoritmo na avaliação do risco
cirúrgico onde é considerado o risco para o paciente, que tem como
principais componentes a natureza da condição clínica pré-operatória e a
natureza do procedimento em si.

A avaliação segundo a ASA é feita pelo anestesiologista e avalia o


estado de saúde do paciente em que o mesmo é classificado de 1 a 6 da
seguinte forma:

ASA 1: Indivíduo saudável, hígido, sem distúrbios fisiológicos, bioquímicos


ou psiquiátricos.

ASA 2: Indivíduo com distúrbio fisiológico de leve a moderado, porém


controlado. Sem comprometimento da atividade normal. A condição pode
afetar a cirurgia ou anestesia. Doença sistêmica leve, por ex. diabetes.

ASA 3: Indivíduo com distúrbio sistêmico importante, de difícil controle,


com comprometimento da atividade normal e com impacto sobre a
anestesia e cirurgia, por ex. falência renal e cirrose.

ASA 4: Indivíduo com desordem sistêmica severa, potencialmente letal,


com grande impacto sobre a anestesia e cirurgia. Doença sistêmica grave
com ameaça constante à vida, por ex. ICC severa.

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ASA 5: Indivíduo moribundo. A cirurgia é a única esperança para salvar a


vida. Sem possibilidade de sobrevida sem a cirurgia.

ASA 6: Paciente com morte cerebral cujos órgãos serão removidos para
fins de doação.

Lembremos que em todo pré-operatório devem ser considerados os


exames laboratoriais do paciente e segundo a avaliação das taxas séricas,
são definidas as necessidades de reposição de hemocomponentes, a
necessidade de leito de UTI, o tamanho e composição da equipe,
equipamentos especializados utilizados, etc. Dada a avaliação global do
paciente, os procedimentos são classificados em:

Procedimentos Cirúrgicos A – Procedimento minimamente invasivo


com baixo potencial para causar alterações homeostáticas. Raramente
relacionado com morbidade ligada ao procedimento anestésico.
Raramente requer hemotransfusões, monitorização invasiva ou CTI no
pós operatório.

Procedimentos Cirúrgicos B – Procedimento moderadamente


invasivo com potencial moderado para alterações homeostáticas. Pode
requerer hemotransfusão, monitorização invasiva ou CTI no pós-
operatório.

Procedimentos Cirúrgicos C – Procedimento altamente invasivo com


alteração da homeostase. Quase sempre requer hemotransfusão,
monitorização invasiva CTI no pós-operatório.

As cirurgias ainda podem ser classificadas quanto ao porte


cirúrgico ou risco cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou
seja, a probabilidade de perda de fluidos e sangue durante sua realização,
e quanto ao tempo.

Quanto ao PORTE em:

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Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluído e sangue.


Ex: cirurgias de emergência com comprometimentos vasculares arteriais.

Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluído e sangue.


Ex:troca de prótese de quadril.

Pequeno porte: Com pequena probabilidade de perda de fluído e


sangue. Ex: mamoplastia de aumento.

Quanto ao TEMPO:

Cirurgia de porte I: Com o tempo de duração de até 2 horas. Ex:


rinoplastia, colecistectomia, blefaroplastia.

Cirurgia de porte II: Com o tempo de duração de 2 a 4 horas. Ex:


gastrectomia, laparotomia exploratória.

Cirurgia de porte III: Com o tempo de duração de 4 a 6 horas. Ex:


craniotomia, revascularização do miocárdio.

Cirurgia de porte IV: Com tempo de duração maior que 6 horas. Ex:
hepatectomia, transplante cardíaco.

TEMPOS CIRÚRGICOS

1. Diérese: consiste no primeiro tempo cirúrgico e é caracterizado pela


separação dos tecidos por intervenção manual ou instrumental. É o
rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para
atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física.

 Mecânica: através de instrumentos cortantes (agulhas, trocaters,


dilatadores, bisturis, tesouras e lâminas especiais)

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 Física: através de recursos especiais (meio térmico, crioterápico e


por laser)

2. Hemostasia: é o segundo tempo cirúrgico que consiste em um


conjunto de manobras manuais ou instrumentais que tem como objetivo
conter ou prevenir uma hemorragia ou impedir a circulação de
sangue em determinado local em um período de tempo. A remoção
de sangue derramado durante a cirurgia pode ser realizada por aspiração
ou pela secagem com compressa estéril, realizada manualmente ou com
instrumental. As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa,
capilar ou mista. Podem trazer ameaça à vida do paciente ou a sua pronta
recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a infecção e podem
dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia.

Os métodos de hemostasia dividem-se em temporários e definitivos:

 Temporária: realizada através de torniquete, posição anti-


hemorrágica, vasoconstritor de aplicação local (ex.: adrenalina),
distensão dos tecidos, tamponamento compressivo, bandagem
compressiva, ligadura ou pinçamento transitório com clampeador,
com fios, com fitas ou com sondas.

 Definitiva: realizada por meio de substância de aplicação local como


adesivo de fibrina, gelatina absorvível, celulose oxidada, colágeno
absorvível, adesivo de cianocrilato, cera óssea, coagulação térmica
(por frio ou por calor), pinçamento dos vasos, forcitorção dos vasos,
ligadura, individual ou em massa, ligadura por transfixação,
ligadura de pedículos vasculares, síntese de vaso.

3. Exérese: é o terceiro tempo cirúrgico que consiste na remoção ou


extirpação cirúrgica de órgãos ou de estruturas anatômicas. É o momento
da cirurgia propriamente dita.

4. Síntese: quarto e último tempo cirúrgico. Consiste na redução do


espaço morto e aproximação das bordas. É importante para evitar a

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formação de seroma, o que pode causar contaminação e consequente


deiscência de sutura por aumento da pressão no interior da cavidade ou
do tecido. Também é importante para diminuir a tensão sobre a sutura de
pele, o que diminuirá o risco de necrose por perda de irrigação do local.
Ao diminuir a tensão da sutura de pele, permite também a utilização de
fio de sutura mais fino, o que contribui para uma cicatriz mais
esteticamente aceitável. A síntese pode ser:

 Cruenta: por meio de fios cirúrgicos para aproximação das bordas.

 Incruenta: união das bordas não é realizada por sutura. Utiliza-se


artifícios como gesso, adesivos e ataduras.

 Imediata: a união das bordas da incisão é feita imediatamente


após o término da cirurgia.

 Mediata: a aproximação das bordas é feita após algum tempo de


incisão.

 Completa: aproximação das bordas é feita em toda a


dimensão/extensão da incisão cirúrgica.

 Incompleta: a aproximação das bordas não compreende toda a


extensão da lesão e mantém-se uma pequena abertura para a
colocação de um dreno.

 Temporária: quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos


da ferida após fechamento ou aderência dos bordos desta.

 Definitiva ou permanente: quando os fios cirúrgicos não


precisam de remoção já que permanecem encapsulados no interior
dos tecidos.

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12- Enfermeiro- AOCP- EBSERH- 2015- A expressão tempo


cirúrgico caracteriza a sequência de procedimentos utilizados no
ato operatório. Esses tempos são divididos e denominados em
quatro fases. São elas:
(A) diérese, hemostasia, exérese e síntese.
(B) dissecção, fulguração, exploração e conclusão.
(C) anestesia, preparo, ato cirúrgico propriamente dito, recuperação.
(D) identificação, anestesia, exploração e reversão da anestesia.
(E) pré-operatório, transoperatório, recuperação pós-anestésica e pós-
operatório imediato.
Comentário: Os tempos corretos e na ordem correta está descrito no
item A.
 Relembrando os tempos cirúrgicos:
1-Diérese
2-Hemostasia
3- Exérese
4- Síntese

PERÍODOS CIRÚRGICOS E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE


ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA

Perioperatório é o termo utilizado para descrever TODO o


período da cirurgia desde o momento em que o cirurgião decide indicar a
operação e comunica ao paciente, até que este último retorne, depois da
alta hospitalar, às atividades diárias normais.

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O PERIOPERATÓRIO inclui três fases de cuidados:

Essa divisão é fundamental principalmente para o emprego do


cuidado em cada fase uma vez é necessária a avaliação dos riscos e das
complicações relacionadas às intervenções cirúrgicas. Vamos mais a
fundo...

Pré-Operatório: inicia no momento em que o paciente recebe a


indicação da cirurgia e se estende até a sua entrada no centro
cirúrgico. O pré-operatório é dividido em Mediato e Imediato.

 Mediato:

Neste período o paciente é orientado sobre a cirurgia, são


realizados os exames pré-cirúrgicos, avaliado o uso de medicações de
rotina, os dados antropométricos e feita a conferência de exames.

Também é neste momento em que é prestado suporte emocional


ao paciente para cirurgia, já que qualquer ato cirúrgico contribui para o
aumento da ansiedade do indivíduo. Por esta razão, toda a equipe deve
estar alerta para esclarecer aspectos que não estejam claros, e detectar
sinais e sintomas de alterações físicas decorrentes da ansiedade como:
taquicardia, hipertensão, hipertermia, sudorese e insônia. Este momento
do pré-operatório não é propício ao ensino, pois o paciente não está
receptivo para tal.

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No pré-operatório mediato é de competência do enfermeiro o


planejamento, implementação e avaliação das ações de
assistência para o preparo físico do paciente de pré-operatório
imediato quanto à orientação para a deambulação no pós-cirúrgico,
quanto aos exercícios respiratórios e a necessidade de cuidados
específicos para cada cirurgia.

 Imediato

É o período compreendido nas 24h que antecedem a cirurgia. A


evolução técnica e científica alcançada pela enfermagem tornou possível a
visita pré-operatória pelo enfermeiro onde é realizada a entrevista de
enfermagem, que possibilita a obtenção de dados do paciente, detecção
de problemas e alterações relacionadas aos aspectos biopsico-sócio-
espirituais. É no período imediato que podemos realizar a
Sistematização da Assistência de Enfermagem e avaliar a
necessidade de intervir a fim de:

- Diminuir ansiedade do paciente e família em relação ao procedimento


anestésico-cirúrgico e ambiente do centro cirúrgico;

- Avaliar as condições físicas e emocionais do paciente para obter


subsídios necessários ao planejamento e implementação a assistência a
ser prestada durante a permanência do paciente na unidade do Centro
Cirúrgico e de recuperação pós-cirúrgica;

- Proporcionar continuidade na assistência de enfermagem de forma


individual;

- Contribuir para a melhoria da qualidade de assistência de enfermagem


prestada no período perioperatório.

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É durante a visita de enfermagem que é realizado o levantamento


de dados do paciente por intermédio do histórico e exame físico de
enfermagem, que objetiva identificar problemas, que são a base para o
diagnóstico situacional do paciente.

Com base nesses dados, é planejada a assistência a ser


prestada relacionada ao tipo cirúrgico, como por exemplo, a
necessidade de cateterizações, preparo da pele, necessidade de
cuidados para infusão anestésica, etc. Sempre que necessário, é
realizada consulta ao prontuário médico, a fim de pesquisar dados que
fizerem necessários.

É no pré-operatório imediato que deve ser conferido o Termo de


Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, documento que autoriza a
cirurgia e prova que o paciente está ciente do tratamento a que vai ser
submetido. Nunca se esqueça que o termo de responsabilidade deve ter
sido assinado pelo próprio paciente quando este for capaz, e/ou pela
família em casos de curatela ou menoridade. É papel da Enfermagem
assegurar que o Consentimento Informado esteja devidamente assinado e
esteja junto ao prontuário do paciente.

Nos cuidados específicos de Enfermagem estão incluídos:

1) Observação aos cuidados com esvaziamento intestinal: que deve


ser indicado e utilizado principalmente em cirurgias intestinais com a
função de limpar este órgão e assim reduzir a possibilidade de infecção
por eliminações trans e pós-cirúrgicas. Deve ser realizado de 8 a 12
horas antes do ato cirúrgico.

2) Modificação da dieta e jejum: o objetivo do jejum pré-operatório é


diminuir o risco e o grau de regurgitação do conteúdo gástrico,
prevenindo uma possível broncoaspiração. As recomendações para
Jejum Pré-Operatório Segundo a ASA Task Force on Preoperative Fasting
são:

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- Líquidos sem resíduos (água, chá, café, suco de fruta sem polpa, todos
sem álcool e com pouco açúcar): jejum de 2 horas para todas as idades;

- Leite materno: jejum de 4 horas para recém-nascidos e lactentes;

- Dieta leve (chá e torradas) e leite não materno: aceita-se até 6 horas de
jejum para crianças e adultos;

- Fórmula infantil: jejum de 6 horas para recém-nascidos e lactentes;

- Sólidos: jejum de 8 horas para crianças e adultos.

13. (FHEMIG – FCC – 2013) Na admissão do paciente no Centro


Cirúrgico, é importante verificar se:
I. O termo de consentimento de cirurgia foi preenchido
corretamente e assinado pelo paciente.
II. O prontuário, os exames de laboratório e de imagem foram
encaminhados junto com o paciente.
III. Os dados do paciente conferem com a pulseira de identificação.
IV. O tempo de jejum foi respeitado e se as próteses foram
retiradas, quando necessárias.
Está correto o que consta em:
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I, II, III, apenas.
(D) I, II, IV, apenas.
(E) I, II, III e IV
Comentário:
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I, II, III, apenas.

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(D) I, II, IV, apenas.


(E) I, II, III e IV (VERDADEIRA)
A conferência do TCLE, exames, dados pessoais, tempo de jejum e
adornos são de responsabilidade da Enfermagem. Lembre-se que em
90% dos casos a palavra “apenas” invalidade a alternativa.

3) Higiene corporal, oral e banho pré-operatório com antisséptico


degermante: a maior parte das referências fazem alusão de que um
banho com água e sabão é suficiente, mais em casos que colocação de
próteses são possíveis de serem prescritas, o banho com antisséptico é
fundamental.

4) Esvaziamento da bexiga: é neste momento que são feitas as


avaliações quando à instalação de sondagem vesical de demora. SVD são
indicadas para cirurgias longas onde o monitoramento da perda de
líquidos é essencial, ou para que seja evitada a distensão da bexiga
(comum em cirurgias ginecológicas devido a proximidade útero com a
bexiga). Por uma questão de humanização, orienta-se sondar o paciente
após a indução anestésica.

5) Passagem da sonda nasogástrica: orientada principalmente nos


casos onde existe a possibilidade de refluxo de conteúdo gástrico ou
acúmulo de líquido no estômago.

6) Punção calibrosa: sempre indicada, principalmente nos casos em


que a condição do paciente é grave e existe a possibilidade de necessitar
de volume durante o procedimento cirúrgico. Importante para realização
de medicações, manutenção da hidratação do paciente e fornecimento de
calorias em casos em que a NPT faz-se necessária.

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7) Controle de sinais vitais: a monitorização do paciente é essencial


uma vez que alterações na homeostase do indivíduo podem acarretar o
cancelamento do procedimento cirúrgico.

14. (HUB – CESPE) As prescrições de enfermagem mais comuns no


pós-operatório incluem aquelas relativas à verificação freqüente
dos sinais vitais, controle de líquidos e infusões, administração de
medicamentos para dor conforme prescrição médica e
posicionamento adequado do paciente no leito. CERTO. As
prescrições de Enfermagem se relacionam diretamente com o conforto e
bem estar do paciente.

8) Remoção de próteses dentárias e esmaltes: próteses dentárias


devem ser retiradas pois oferecem risco de obstrução de via aérea
durante a intubação. Materias de uso pessoal devem recolhidos e
deixados com familiares. O esmalte, principalmente os escuros, podem
alterar a sensibilidade do oxímetro de pulso (medidor de saturação
sanguínea), portanto, devem ser retirados antes do início da cirurgia.

9) Medicação pré-anestésica: auxilia na redução da ansiedade do


paciente a ajuda na indução anestésica. Geralmente é administrado entre
45-75 minutos que precedem a cirurgia.

11) Retirada de brincos, adornos, roupa íntima: deve-se ao uso do


bisturi elétrico. O bisturi transforma a corrente alternada em corrente
elétrica de alta freqüência. O uso da placa dispersiva serve como fio terra,
mas na presença de materiais de metal pelo corpo, a energia pode
acumular naquele determinado local e causar queimadura. Atenção para

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roupas íntimas que podem ser feitas de material sintético e possuir


ornamentos de metal.

15. EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte dos


cuidados de enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO
para esse paciente, EXCETO:
(A) suspender medicação antihipertensiva.
(B) jejum de 06 a 08 horas.
(C) orientar e supervisionar a retirada de próteses e possíveis adornos.
(D) controle de sinais vitais.
(E) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré-
anestésico.
Comentário: A suspensão de anti-hipertensivos não é uma medida
adotada para cirurgias uma vez que eles controlam a condição
hemodinâmica do paciente e esta uma vez alterada pode comprometer a
realização da cirurgia. Excetua-se dos cuidados pré-operatórios apenas a
letra A.

16. Enfermeiro - EBSERH(HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte


dos cuidados de enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO
para essa paciente, EXCETO
(A) jejum de 06 a 08 horas.
(B) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré-
anestésico.
(C) orientar a não elevar a cabeça, pois pode ser necessário modificar a
cirurgia para aberta e indicar a raquianestesia.
(D) remoção de prótese dentária e outras, joias e adornos, esmalte e
maquilagem.
(E) certificar-se do consentimento do paciente.

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Comentário: (C) orientar a não elevar a cabeça, pois pode ser necessário
modificar a cirurgia para aberta e indicar a raquianestesia.
A orientação de não levantar a cabeça não existe no período pré-
operatório. Geralmente quando esse tipo de orientação é fornecida, é
realizada no período PÓS-OPERATÓRIO após realizada a raquianestesia.
Orienta-se manter a posição de 180º com vistas a evitar cefaleia pós-
raqui, onde o paciente pode fazer uma cefaleia por extravasamento do
líquido raquimedular pelo orifício do local da anestesia. Não é regra, varia
de paciente para paciente e conforme a orientação da anestesia. Exceto
esta explicação, não existe outra justificativa.

Trans/Instra-Operatório: Trans-operatório é descrito como o momento


em que o paciente é admitido no CC e o intraoperatório é o momento
compreendido entre o início da infusão anestésica até a saída do paciente
da sala operatória. O Intraoperatório e o Transoperatório acabam juntos.

É durante o transoperatório, imediatamente antes do procedimento


cirúrgico, que deve ser realizada a tricotomia por meio do tricótomo com
a finalidade de evitar lesões na pele e diminuir o índice de infecção
cirúrgica. A tricotomia, sempre que necessária, facilita o acesso às regiões
a serem operadas.

É no transoperatório que o paciente é posicionado conforme


o tipo de cirurgia. As posturas mais comumente utilizadas são:

- Decúbito dorsal ou posição supina: dorso no paciente em contato


com a superfície da mesa operatória (ex: parto cesáreo)

- Decúbito ventral ou posição prona: tórax do paciente em contato


com a superfície da mesa operatória (ex: hérnia de disco)

- Decúbito lateral ou SIMS: região lateral do paciente posicionada


na mesa operatória com pernas fletidas (ex: cirurgia renal)

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- Posição litotômica ou ginecológica: pernas do paciente suspensas


e seguras em apoio específico para joelhos (ex: parto natural)

- Posição de Tredelemburg: corpo do paciente pendente com os pés


para cima; essa postura reduz a pressão sobre vísceras abdominais e
aumenta o espaço existente entre elas. (ex: laparotomia de abdome
inferior)

- Posição de Tredelemburg reverso: corpo do paciente pendente


com os pés para baixo; reduz a pressão sanguínea em região apical (ex:
craniotomia)

- Posição de Fowler ou sentada: paciente sentado com o tronco num


ângulo de aproximadamente 45º com relação ao solo (ex: inserção de
dreno de tórax)

17. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) A assistência de


enfermagem ao paciente cirúrgico deve ser individualizada e
sistematizada, visto que nem sempre ele sairá da operação nas
mesmas condições físicas anteriores à cirurgia. Na abordagem de
posicionamento cirúrgico, todas as recomendações para posições
cirúrgicas a seguir estão corretas, EXCETO:
(A) Posição de Sims - decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça
apoiada. O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o
braço esquerdo esticado Para trás, de forma a permitir que parte do peso
do corpo apoie sobre o peito. MMII devem estar flexionados; o direito,
mais que o esquerdo.
(B) Lateral - manter o alinhamento espinhal, observar orelhas, colocar um
apoio sob a cabeça, região da axila e entre as pernas, manter a perna em
contato com a mesa flexionada na região do quadril e a superior esticada.

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(C) Litotomia - manter os braços em braçadeiras em um ângulo máximo


de 90º, acolchoar quadril, nádegas e laterais do corpo, utilizar a menor
elevação das pernas pelo menor tempo possível e minimizar o grau de
abdução do quadril.
(D) Prona - proteger rosto, olhos e queixo, favorecer o acesso aos tubos
e linhas de monitoramento, manter o alinhamento do pescoço, colocar
coxins em formato de rolos da clavícula à crista ilíaca e sob as pernas e
pés, deixar as genitálias livres, proteger os pés de hiperflexão.
(E) Supina - utilização de apoio de cabeça e abaixo dos joelhos, os braços
em ângulo máximo de 90º com o corpo, manter as pernas descruzadas,
com os pés em hiperextensão.
Comentário: (E) Supina - utilização de apoio de cabeça e abaixo dos
joelhos, os braços em ângulo máximo de 90º com o corpo, manter as
pernas descruzadas, com os pés em hiperextensão.
Alternativa errada letra E. A posição supina mantem o paciente deitado de
costas com as pernas e braços estendidos em relação ao corpo e apoiado
em talas. Os pés ficam em posição anatômica respeitando a postura do
indivíduo e não em hiperextensao. Essas duas afirmativas erradas
invalidam a questão.

Pós-Operatório: Inicia-se no momento que o paciente sai da sala


operatória e é admitido na sala de recuperação pós-anestésica e estende-
se até a alta, acompanhamento e avaliação domiciliar. Dividido em
Imediato e Mediato.

 Pós-Operatório Imediato

Também conhecido por POI ou PO Zero. Corresponde às primeiras


24h após o término da cirurgia e começa a ser contato à partir da hora
em que a anestesia é suspensa pelo boletim anestésico. É comum que
nesta fase o paciente apresente hematomas, equimoses, edema
intersticial e dor de intensidade leve a moderada. Neste período é

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avaliada a condição d recuperação pós-anestésica do paciente a cada 15


minutos na primeira hora e a cada 30 minutos nas horas subsequentes.
Utiliza-se como avaliação as escalas de Glasgow, Aldrete-Kroulik e
Ramsey. Abordaremos esses assuntos mais afundo num momento mais
oportuno.

 Pós-Operatório Mediato:

Estende-se das 24h após o procedimento cirúrgico até a alta médica


do paciente, o que não quer necessariamente dizer que seja a alta
hospitalar.

ATENÇÃO! A alta hospitalar pode acontecer no dia seguinte à


cirurgia, mas às vezes o paciente demora meses para ter alta médica
ainda que já esteja em domicílio.

Cuidados de Enfermagem no Pós-Operatório

Todo paciente que foi submetido a algum tipo de cirurgia terá


desconforto de alguma espécie. O objetivo da assistência de
Enfermagem no Pós-Operatório é reduzir a ocorrência desses
desconfortos e prevenir as complicações advindas da cirurgia. As
complicações que podem ocorrer a qualquer momento, tanto no POM
quanto no POI.

 Desconfortos: são descritos como situações esperadas e


facilmente resolvidas. Entre eles podemos ter:

- Náuseas e vômitos (hiperêmese): ocorrem em virtude do efeito


anestésico, deglutição de sangue ou de muco durante o ato cirúrgico.
Facilmente resolvida com medicamentos antieméticos administrados logo
após a cirurgia e ao longo do período de internação. Atenção sempre para
o posicionamento do paciente quanto à cabeça, que deve estar

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lateralizada com a finalidade de evitar broncoaspirações. A cabeceira deve


permanecer elevada sempre que possível e quando não for contra-
indicado. Recomenda-se a realização da higiene oral a cada episódio de
vômito.

- Distensão abdominal: acontece em virtude do acúmulo de gases ou


líquidos na cavidade abdominal. É comum que aconteça quando existe
forte manipulação abdominal, como nos casos de retiradas de órgãos.
Nestes casos recomenda-se manter a cabeceira do paciente entre 30 e
40º de elevação, estimular a deambulação sempre que possível, verificar
posição do dreno quando este estiver presente e oferecer medicação
prescrita que reduza a sensação de desconforto (ex: simeticona).

- Retenção urinária: ocorre principalmente pelo bloqueio anestésico e


psicológico, mas também pode ser proveniente de manipulações em
tecidos próximos à bexiga. Orienta-se que o paciente seja encorajado a
urinar com auxílio de massagens locais, compressa de água morna e em
último caso, com passagem de sondas de alívio. Não esqueça que toda
sondagem vesical traz riscos de infecções, portanto, a sondagem deve ser
utilizada como último recurso ou quando houver presença de distensão
vesical importante, nosso conhecido “bexigoma”.

- Polidipsia: pode ocorrer em virtude de distúrbios hidroeletrolíticos


quando há perda excessiva de sangue, líquido ou quando há indução
anestésica ou de analgésicos. Alguns medicamentos causam ressequidão
de mucosas, nestes casos recomenda-se umedecer os lábios do paciente
com compressas com água, mas nunca oferecer água quando não for
orientação médica e quando paciente estiver em dieta zero. A oferta de
água só está permitida quando o nível de consciência do indivíduo for
satisfatório e quando essa manobra não oferecer risco para
broncoaspiração.

- Temperatura: pacientes pós-cirúrgicos costumam fazer hipotermia por


diversas razões: perda de líquido, efeitos deletérios da anestesia geral,

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perda de calor para o ambiente frio da sala operatória, perda da fluídos e


exposição das vísceras quando expostas, descobertura do corpo durante o
ato cirúrgico, infusão de soros gelados e antissepsia com agentes frios.
Todos esses itens causam queda da temperatura corporal e podem induzir
a perda de calor o que consequentemente evolui para hipotermia. Nesses
casos, orienta-se aquecer o paciente com manta térmica e limpar os
curativos sempre que estiverem saturados.

18. Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2015 -A Sistematização da


Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) preconiza a
atuação do enfermeiro de centro cirúrgico, sequencialmente, nos
seguintes períodos operatórios:
(A) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós-
operatório tardio.
(B) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós-
operatório imediato.
(C) transoperatório, pós-operatório imediato, pós-operatório mediato.
(D) pré-operatório imediato, transoperatório, pós-operatório mediato,
pós-operatório tardio.
(E) pré-operatório imediato, recuperação anestésica, pós-operatório
imediato.
Comentário:
(A) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação anestésica, pós-
operatório tardio.
Correta: (B) pré-operatório mediato, transoperatório, recuperação
anestésica, pós-operatório imediato.
(C) transoperatório, pós-operatório imediato, pós-operatório mediato.
(D) pré-operatório imediato, transoperatório, pós-operatório mediato,
pós-operatório tardio.

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(E) pré-operatório imediato, recuperação anestésica, pós-operatório


imediato.
Preste atenção no comando da questão! Ela pede sequencialmente, por
isso as outras não estão corretas ou estão incompletas. Na sequência
correta só está a letra B. Lembrando que a sequência correta é:

 Pré-operatório: mediato e imediato.


 Transoperatório
 Pós-operatório: imediato e mediato.

HIPOTERMIA SEVERA: considerada uma condição de emergência onde


a temperatura corporal fica abaixo dos 30ºC; a respiração torna-se
superficial e paradoxal, a pulsação irregular ou inexistente e as pupilas
dilatadas. Em situações assim, deve ser imediatamente iniciada
soroterapia aquecida com o a presença de um médico. Nesses casos o
soro deve estar em temperatura tátil de aproximadamente 37ºC.

HIPERTERMIA MALIGNA: caracterizada por temperaturas maiores que


40ºC que podem ocorrer no intra-operatório em virtude de
hemotransfusão, de efeitos anestésicos ou ainda por indução de
relaxantes musculares. Os primeiros sintomas são taquicardia e oscilação
na pressão arterial, com o prolongar do tempo de anestesia os sintomas
vão se agravando causando alterações cardiovasculares, rigidez muscular,
sudorese intensa, hipertermia, mioglobinúria, dentro outros. Neste caso
recomenda-se expor o paciente o máximo possível a baixas temperaturas,
utilizar compressas frias, soroterapia gelada e antitérmicos como
coadjuvantes de tratamento.

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- Dor da ferida operatória: dor na ferida operatória lesa a quadros de


ansiedade e pode desencadear o aumento da PA e da FR em pacientes
pós-operados. Orienta-se que o paciente seja mantido em posições de
conforto com a finalidade de controle álgico. A utilização de analgésicos
deve ser realizada sempre que prescrita.

19. (HUB – CESPE) Na avaliação dos resultados esperados,


relacionados à cicatrização normal da ferida cirúrgica, o
enfermeiro deve observar as condições da ferida, como a ausência
de sinais de inflamação e a aproximação das bordas. CERTO.
Qualquer alteração na ferida cirúrgica pode prejudicar a cicatrização. Uma
vez que há presença de processo inflamatório há processo infeccioso, o
que pode comprometer a recuperação do paciente e se não tratada a
tempo, evoluir para um séptico.

20. Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2014 - No processo anestésico


cirúrgico, a hipertermia maligna (HM) configura-se como uma
desordem farmacogenética potencialmente fatal, sendo comum
nos primeiros sintomas o paciente apresentar:

(A) diplopia.

(B) anorexia.

(C) hipotermia.

(D) perda de tônus muscular.

(E) taquicardia.

Comentário: A correta é a letra E. A taquicardia é um dos primeiros


sinais, com a progressão dos sintomas podem ocorrer agravamentos em

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vários sistemas. A letra D pode confundir, mas não há perdas musculares


e sim rigidez.

Complicações: são descritas por situações fisiológicas relacionadas


direta ou indiretamente ao procedimento anestésico ou cirúrgico, seja
durante ou após a cirurgia.

- Atelectasia: pode ocorrer em virtude do tipo de anestesia ou tipo de


cirurgia. Mais comum em cirurgias torácicas por acúmulo de líquido na
cavidade pulmonar ou por obstrução na passagem de ar para os alvéolos
em virtude de algum coágulo. Pode ser apresentar-se clinicamente por
dor torácica, falta de ar e febre. Pede-se posicionar o paciente sentado
em posição de Fowler, realizar instalação de cateter nasal ou máscara de
Venturi (visando melhora o desconforto respiratório), realizar analgesia
medicamentosa e exercícios respiratórios para recrutamento alveolar.

- Trombose venosa profunda (TVP): causada por deslocamento de


trombo em virtude da estase venosa no centro cirúrgico ou por trombo
proveniente da própria cirurgia. O corte, algumas vezes, pode ser o
responsável pela TVP nos casos em que partículas gordurosas podem se
desprender do tecido e migrar para vasos de pequeno calibre. A TVP é
caracterizada por sinais flogísticos locais (dor, calor, rubor e edema) e seu
surgimento pode ser decorrente de uma flebite. O tratamento envolve o
uso de anticoagulantes, analgésicos e antiinflamatórios. Para que a TVP
seja prevenida, o paciente é orientado quanto à utilização de meias
elásticas, enfaixamento compressivo e a deambulação precoce no pós-
operatório. Durante o período agudo dos sintomas da TVP, orienta-se que
o paciente mantenha repouso do membro afetado com a finalidade de
evitar migração do coágulo para a região pulmonar.

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- Tromboembolismo Pulmonar (TEP): geralmente ocorre como uma


complicação da TVP quando algum trombo migra para a região pulmonar.
O paciente com TEP geralmente refere dor na inspiração e pode evoluir
para rebaixamento do nível de consciência. Nos casos de TEP a orientação
é a manutenção do paciente com suporte de O2 suplementar, em posição
de Fowler sob repouso, com monitorização dos sinais vitais, sob uso de
anticoagulantes, analgésicos e antiinflamatórios.

- Hemorragia: ocorre quando há rompimento da sutura na ferida


operatória ou quando ocorre rompimento interno de algum vaso ou ainda
por extrusão do dreno. Pode ser primária (quando ocorre durante o
transoperatório) ou secundária (no pós-operatório). Em casos de
hemorragia é necessário que seja feito trendelemburg , contenção do foco
do sangramento, realização de reposição volêmica caso seja necessário
sempre por acesso venoso calibroso ou duplo.

- Infecção da ferida cirúrgica: geralmente ocorre por técnica asséptica


inadequada (contaminação) pela equipe durante o procedimento cirúrgico
ou mesmo pelo paciente durante os cuidados no pós-operatório. Ocorre
aparecimento dos sinais flogísticos locais e exudato purulento. Em casos
graves pode não ter aproximação das bordas e a vascularização
prejudicada pode levar à necrose do tecido local.

Cirurgias nas quais são utilizados OPME (órtese, prótese e materiais


especiais) são potenciais para focos de infecção de fundo hospitalar. São
consideradas infecções hospitalares as provenientes de uso de
OPME até um ano após o implante (ex: prótese de quadril) e sem o

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uso de OPME até 30 dias após a realização do ato cirúrgico (ex:


amigdalectomia).

-Deiscência da ferida operatória: é a abertura da ferida cirúrgica por


técnica de sutura inadequada, por aumento da pressão intrabdominal ou
por movimentação brusca do paciente. Orienta-se controlar a
temperatura corporal a fim de avaliar possíveis infecções do sítio
cirúrgico, cobrir a ferida e unir as bordas. Geralmente não é feita
reabordagem para união das bordas uma vez que a ferida operatória está
contaminada e existe o risco de disseminação do processo infeccioso. É
PRIVATIVO do Enfermeiro a escolha da cobertura para a deiscência de
ferida operatória.

- Evisceração: consiste na saída de vísceras através da incisão cirúrgica.


Geralmente é reoperável na tentativa de reduzir o edema visceral. O
tratamento é baseado em antibiótico, dieta zero e consideração de dieta
parenteral total, uso de luvas estéreis para manipulação (que deve ser
mínima nesses casos) e uso de compressa cirúrgica estéril e umedecida
com água destilada para cobertura. Não é recomendado o uso de soro
fisiológico, pois este tem valor osmolar de alta densidade e pode
causar desidratação local pela presença de sódio. As compressas
devem ser trocadas toda vez que estiverem saturadas de exudato
sanguinolento. Importante observar para que não seja feito enfaixamento
do local da evisceração uma vez que a compressão pode aumentar a
pressão dentro da cavidade abdominal.

21.Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Dentre as complicações


no pós operatório, podemos citar alterações respiratórias,

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cardíacas, distúrbios hidroeletrolítico, processos alérgicos entre


outras. Assim, a EVISCERAÇÃO é:
(A) deiscência parcial de sutura cirúrgica.
(B) drenagem de exsudato purulento pela cicatriz cirúrgica.
(C) hemorragia, sangramento visível ou não no local da incisão.
(D) ruptura parcial ou total dos planos anatômicos que compõem a ferida
cirúrgica.
(E) deiscência completa ou total com saída para o exterior de vísceras
intraperitoniais.
Comentário: Alternativa correta letra E. Como vimos, é uma emergência
cirúrgica e necessita de cuidados diferenciados.

22. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Diante


das características específicas do paciente cirúrgico, entendemos
que a sistematização da assistência de enfermagem
perioperatória possibilita a melhoria da qualidade da assistência
prestada ao paciente, pois se torna um processo individualizado,
planejado, avaliado e, principalmente, contínuo, ou seja, abrange
os períodos pré, intra e pós-operatório da experiência cirúrgica do
paciente. De acordo com o exposto, assinale a alternativa correta.
(A) O período Transoperatório compreende desde o momento em que o
paciente é recebido na instituição de saúde até sua alta hospitalar.
Envolvida nesta fase, temos a fase do intraoperatório, que compreende o
momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou
seja, do início do processo anestésico até a sua reversão.
(B) O período pré-operatório inicia-se no momento em que o paciente é
avisado da necessidade do procedimento cirúrgico e as ações de
enfermagem, neste período, objetivam condições físicas e psicológicas
adequadas.
(C) Portadores de diabetes melittus não podem fazer jejum de 8 horas,
quando vão se submeter à cirurgia de grande porte, porque apresentam
hipoglicemia.

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(D) Pacientes que farão cirurgia não devem chegar ao centro cirúrgico
com acesso venoso, pois esse procedimento é de responsabilidade
exclusiva do anestesista.
(E) Um exame físico do paciente na internação não é necessário se já foi
feito na consulta de enfermagem, no período pré-operatório mediato.
Comentário:
(A) O período Transoperatório compreende desde o momento em que o
paciente é recebido na instituição de saúde até sua alta hospitalar.
Envolvida nesta fase, temos a fase do intraoperatório, que compreende o
momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou
seja, do início do processo anestésico até a sua reversão. ERRADO! O
trans inicia no momento em que o paciente entra na sala operatória.
(C) Portadores de diabetes melittus não podem fazer jejum de 8 horas,
quando vão se submeter à cirurgia de grande porte, porque apresentam
hipoglicemia. ERRADO! Todo paciente pode e deve fazer jejum, exceto em
casos de cirurgia de emergência onde não há possibilidade de jejum
prévio e a cirurgia é vital para o paciente. Nesses casos é feito
esvaziamento gástrico por sonda ou aspiração. Nos casos em que o
paciente seja diabético, o Enfermeiro realizará a avaliação deste e caso
seja necessário, serão tomadas medidas terapêuticas como a reposição
de glicose por via parenteral.
(D) Pacientes que farão cirurgia não devem chegar ao centro cirúrgico
com acesso venoso, pois esse procedimento é de responsabilidade
exclusiva do anestesista. ERRADO! O paciente deve dar entrada
preferencialmente com um acesso calibroso puncionado, mas isso não é
uma prerrogativa exclusiva do anestesista. Atenção para as palavras que
invalidam as afirmativas: nunca, somente, exclusivamente, jamais, etc.
(E) Um exame físico do paciente na internação não é necessário se já foi
feito na consulta de enfermagem, no período pré-operatório mediato.
ERRADO! O paciente deve ser reavaliado constantemente. Lembre-se que
cada indivíduo reage de uma forma diferente e tratando-se de organismo,

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tudo é mutável. O processo de enfermagem é contínuo e o paciente deve


ser avaliado a todo instante.
Gabarito: Letra B.

Finalizo minha aula por aqui.


Até a próxima! =D
Qualquer dúvida, encontro-me no fórum.
Abraço!

1. Enfermeiro – EBSERH -(HUPES /BA - IADES – 2015) A verificação do


aumento do tempo de protrombina leva a riscos pós-operatórios. Assinale
a alternativa que indica corretamente um desses riscos.
(A) Infecção.
(B) Queda de pressão arterial.
(C) Baixo débito urinário.
(D) Arritmia cardíaca.
(E) Sangramento (VERDADEIRA)

2. (HUB – CESPE) As prescrições de enfermagem mais comuns no pós-


operatório incluem aquelas relativas à verificação freqüente dos sinais
vitais, controle de líquidos e infusões, administração de medicamentos
para dor conforme prescrição médica e posicionamento adequado do
paciente no leito.

3. (HUB – CESPE) Na avaliação dos resultados esperados, relacionados à


cicatrização normal da ferida cirúrgica, o enfermeiro deve observar as
condições da ferida, como a ausência de sinais de inflamação e a
aproximação das bordas.

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4. (HUB – CESPE) Classificam-se como infectadas as cirurgias realizadas


em tecidos com supuração local, em tecido necrótico, em feridas
traumáticas sujas.

5. (HUB – CESPE) Classificam-se como contaminadas as cirurgias que se


realizam em tecidos estéreis e na ausência de processo infeccioso local,
sem que haja penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário,
em sala de cirurgia que apresente condições ideais.

6. (HUB – CESPE) São consideradas potencialmente contaminadas as


cirurgias realizadas em tecidos que, embora não apresentem supuração
local, sejam de difícil descontaminação e as cirurgias em que haja
penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, sem
contaminação significativa, como, por exemplo, a redução de fratura
exposta.

7. (FHEMIG – FCC – 2013) Na admissão do paciente no Centro Cirúrgico,


é importante verificar se:
I. O termo de consentimento de cirurgia foi preenchido
corretamente e assinado pelo paciente.
II. O prontuário, os exames de laboratório e de imagem foram
encaminhados junto com o paciente.
III. Os dados do paciente conferem com a pulseira de identificação.
IV. O tempo de jejum foi respeitado e se as próteses foram
retiradas, quando necessárias.
Está correto o que consta em:
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I, II, III, apenas.
(D) I, II, IV, apenas.
(E) I, II, III e IV (VERDADEIRA)

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8. (CAERD – Gestão de Concursos – 2013) É considerada cirurgia


potencialmente contaminada:
A) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo.
B) cirurgia de mediastino.
C) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe.
D) cirurgia ortopédica eletiva.
E) cirurgia para retirada de nódulos da mama.

9. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Uma cirurgia pode ser realizada


por uma série de razões, como diagnóstica, paliativa, curativa ou de
reparação. Quanto à categoria de cirurgia com base na URGÊNCIA, a
cirurgia pode ser classificada em
(A) ambulatorial eletiva, hospitalar.
(B) ambulatorial, hospitalar de urgência.
(C) ambulatorial eletiva, hospitalar de urgência.
(D) emergência, eletiva.
(E) emergência, urgência, requerida, eletiva, opcional.

10- Enfermeiro – IBFC- EBSERH – 2015- Considerando as terminologias


cirúrgicas, correlacione as colunas abaixo, enumerando-as de cima para
baixo e a seguir assinale a alternativa correta:
(1) Nefrostomia ( ) remoção de um rim
(2) exérese ( ) punção de uma cavidade natural cheia de
líquido com agulha ou trocater para aspiração
de tal conteúdo.
(3) Paracentese ( ) extirpação total ou parcial de de um
segmento corpóreo; retirada de um tecido,
órgão, tumor ou cisto.
(4) Nefrectomia ( ) Elevação ou fixação do rim à parede
abdominal

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( 5) Nefropexia ( ) abertura da pelve renal e colocação de


sonda exteriorizada na região lombar para
drenagem de urina.

(A)5,3,2,1,4
(B)4,3,2,5,1
(C)4,2,3,1,5
(D)5,2,3,4,1
(E)1,3,2,5,4

11. Enfermeiro – EBSERH – AOCP – 2015 - Paciente, 70 anos, sexo


feminino, foi submetida a uma cistectomia parcial, sob anestesia geral e
peridural. Qual das alternativas a seguir está relacionada com o
procedimento realizado?
(A) Exame direto do interior da bexiga.
(B) Abertura para a retirada de um cisto.
(C) Abertura da bexiga para drenagem da urina por sonda.
(D) Extirpação total ou parcial da bexiga.
(E) Remoção da vesícula biliar.

12. Enfermeiro – IBFC – 2015 – EBSERH - Para que os profissionais de


saúde possam comunicar-se entre si, de maneira mais fácil, foi criada
uma terminologia específica. Assinale a alternativa que contemple o
significado correto do primeiro elemento da composição das palavras:
adeno; blefaro; colecisto; ooforo.
a) Adenóide; Baço; Cólon; Osso.
b) Glândula; Pálpebra; Vesícula; Ovário.
c) Vaso; Artérias; Útero; Ouvido.
d) Rim; Meninges; Reto; Trompa.

13. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) De acordo com os riscos de


contaminação, as cirurgias são classificadas como limpas, potencialmente

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contaminadas, contaminadas e infectadas. Qual das cirurgias a seguir


corresponde à cirurgia POTENCIALMENTE CONTAMINADA?
(A) Cirurgia vascular.
(B) Cirurgia de mediastino.
(C) Herniorrafia.
(D) Safenectomia.
(E) Gastrectomia.

14. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) Dentre as complicações no pós


operatório, podemos citar alterações respiratórias, cardíacas, distúrbios
hidroeletrolítico, processos alérgicos entre outras. Assim, a EVISCERAÇÃO
é:
(A) deiscência parcial de sutura cirúrgica.
(B) drenagem de exsudato purulento pela cicatriz cirúrgica.
(C) hemorragia, sangramento visível ou não no local da incisão.
(D) ruptura parcial ou total dos planos anatômicos que compõem a ferida
cirúrgica.
(E) deiscência completa ou total com saída para o exterior de vísceras
intraperitoniais.

15. Enfermeiro – EBSERH - (AOCP – 2015) A assistência de enfermagem


ao paciente cirúrgico deve ser individualizada e sistematizada, visto que
nem sempre ele sairá da operação nas mesmas condições físicas
anteriores à cirurgia. Na abordagem de posicionamento cirúrgico, todas
as recomendações para posições cirúrgicas a seguir estão corretas,
EXCETO:
(A) Posição de Sims - decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça
apoiada. O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o
braço esquerdo esticado Para trás, de forma a permitir que parte do peso
do corpo apoie sobre o peito. MMII devem estar flexionados; o direito,
mais que o esquerdo.

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(B) Lateral - manter o alinhamento espinhal, observar orelhas, colocar um


apoio sob a cabeça, região da axila e entre as pernas, manter a perna em
contato com a mesa flexionada na região do quadril e a superior esticada.
(C) Litotomia - manter os braços em braçadeiras em um ângulo máximo
de 90º, acolchoar quadril, nádegas e laterais do corpo, utilizar a menor
elevação das pernas pelo menor tempo possível e minimizar o grau de
abdução do quadril.
(D) Prona - proteger rosto, olhos e queixo, favorecer o acesso aos tubos
e linhas de monitoramento, manter o alinhamento do pescoço, colocar
coxins em formato de rolos da clavícula à crista ilíaca e sob as pernas e
pés, deixar as genitálias livres, proteger os pés de hiperflexão.
(E) Supina - utilização de apoio de cabeça e abaixo dos joelhos, os braços
em ângulo máximo de 90º com o corpo, manter as pernas descruzadas,
com os pés em hiperextensão.

16-Enfermeiro – EBSERH – AOCP – 2014 - Posição cirúrgica é aquela em


que é colocado o paciente, depois de anestesiado, para ser submetido a
um procedimento cirúrgico. O posicionamento cirúrgico é um fator chave
no desempenho do procedimento seguro e eficiente, por meio da
aplicação de conhecimentos relacionados à anatomia, fisiologia e
patologia. Sobre esse assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) No decúbito lateral, o paciente permanece em decúbito lateral,
esquerdo ou direito, com a perna que está do lado de cima flexionada,
afastada e apoiada na superfície de repouso.
(B) Posição de trendelemburg reverso ou proclive é usada
frequentemente para oferecer acesso à cabeça e pescoço para facilitar
que a força de gravidade desloque as vísceras para adiante do diafragma
e na direção dos pés, indicada para manter as alças intestinais na parte
inferior do abdome e reduzir a pressão sanguínea. Nessa posição, o
paciente estará em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e
abaixamento dos MMII.

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(C) Na posição litotômica ou ginecológica,o paciente permanece em


decúbito dorsal,com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em
perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados em talas.
(D) A posição supina pode ser usada nas cirurgias: torácicas, cranianas e
peritoneais; colecistectomia, cesariana e tireoidectomia, entre outras.
(E) No decúbito ventral, o paciente fica deitado sobre o dorso, braços em
posição anatômica e pernas levemente afastadas. As palmas das mãos
voltadas para o corpo. A posição da cabeça deve manter as vértebras
cervicais, torácicas e lombares em uma linha reta. Os quadris paralelos.
As pernas ficam paralelas e descruzadas para prevenir traumas nos
nervos peroneal, tibial, atrito e comprometimento circulatório.

17. (UFMG – AOCP – 2015) Os principais objetivos da terminologia


cirúrgica são: fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma definição
do termo cirúrgico e descrever os tipos de cirurgia. Ao solicitar a um
paciente informações sobre a história de doenças e cirurgias em sua
família, o enfermeiro obteve as seguintes respostas:
• a mãe foi submetida à retirada da bexiga.
• a irmã foi submetida à retirada das trompas uterinas.
• o pai foi submetido à retirada do baço.
• um irmão foi submetido à fixação do testículo na bolsa escrotal.
Assinale a alternativa CORRETA. Ao fazer as anotações utilizando os
termos técnicos adequados, o profissional registrou:
(A) histerectomia – ooforectomia – hepatectomia – postectomia.
(B) cistectomia – histerectomia – colecistectomia – orquipexia.
(C) cistectomia – salpingectomia – esplenectomia – orquipexia.
(D) cistostomia – trompectomia – bacectomia – postectomia.
(E) cistectomia – salpingoplastia – hepatectomia – testiculoplastia.

18. (UFMG – AOCP – 2015) Michael, 45 anos, foi submetido à craniotomia


para drenagem de hematoma subdural após acidente de esqui. Não

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apresenta lesões externas. Esse tratamento cirúrgico pode ser classificado


quanto ao MOMENTO OPERATÓRIO, FINALIDADE E POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO, RESPECTIVAMENTE como:
(A) Emergência – Diagnóstico – Limpo.
(B) Urgência – Curativo – Limpo.
(C) Emergência – Paliativo – Potencialmente Contaminado.
(D) Urgência – Radical – Potencialmente Contaminado.
(E) Emergência – Curativo – Limpo.

19. (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte dos cuidados de


enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO para esse paciente,
EXCETO:
(A) suspender medicação antihipertensiva.
(B) jejum de 06 a 08 horas.
(C) orientar e supervisionar a retirada de próteses e possíveis adornos.
(D) controle de sinais vitais.
(E) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré-
anestésico.

20. (HUCAM/ES – AOCP – 2014) N. B., 27 anos, foi submetido à


esplenectomia após acidente automobilístico com trauma abdominal
fechado e com hemorragia interna. Esse tratamento cirúrgico pode ser
classificado, quanto ao Momento Operatório, Finalidade e Potencial de
Contaminação, respectivamente, COMO:
(A) Urgência – Paliativo – Contaminado.
(B) Emergência – Radical – Limpo.
(C) Urgência – Paliativo – Potencialmente Contaminado.
(D) Urgência – Radical – Limpo.
(E) Eletivo – Curativo – Limpo.

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21-Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2015 - Uma cirurgia pode ser


realizada por uma série de razões, como diagnóstica, paliativa, curativa
ou de reparação. Quanto à categoria de cirurgia com base na urgência, a
cirurgia pode ser classificada em
(A) ambulatorial eletiva, hospitalar.
(B) ambulatorial, hospitalar de urgência.
(C) ambulatorial eletiva, hospitalar de urgência.
(D) emergência, eletiva.
(E) emergência, urgência, requerida, eletiva, opcional.

22. (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Analise as informações a seguir e


assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Cirurgias limpas são aquelas cujos procedimentos envolvem um
trauma penetrante, recente ou tardio; procedimentos que envolvam
feridas contaminadas, feridas traumáticas de abordagem tardia, tecido
isquêmico, presença de pus, de corpo estranho ou víscera perfurada.
(B) São recomendações para controle e prevenção de ISC: reduzir o
tempo de internação em cirurgias eletivas, sendo a meta um tempo
inferior a 24 horas; compensar doenças subjacentes; tratar infecções em
sítio remoto antes da realização do procedimento, a não ser que o quadro
clínico não permita adiamento do procedimento.
(C) As cirurgias potencialmente contaminadas ou contaminadas, de forma
geral, têm indicação de antibioticoprofilaxia. Também as cirurgias limpas
que envolvam a instalação de próteses ou cuja eventual infecção tenha
consequências desastrosas, como as cardíacas.
(D) Cirurgias potencialmente contaminadas são aquelas em que o sítio
cirúrgico entra nos tratos respiratório, genital, gastrintestinal ou urinário
em condições controladas e sem contaminação acidental.
(E) Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) profundas são infecções que
ocorrem relacionadas à manipulação cirúrgica acometendo tecido
subcutâneo, tecidos moles profundos (fáscia e músculo), órgão e
cavidades com incisão. Enquadram-se como aquelas que ocorrem até o

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30º dia de pós-operatório ou até 01 ano nos casos de cirurgias com


implante de próteses.

23. Enfermeiro – AOCP – EBSERH – 2014 - No processo anestésico


cirúrgico, a hipertermia maligna (HM) configura-se como uma desordem
farmacogenética potencialmente fatal, sendo comum nos primeiros
sintomas o paciente apresentar:

(A) diplopia.

(B) anorexia.

(C) hipotermia.

(D) perda de tônus muscular.

(E) taquicardia.

24. Enfermeiro – EBERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Diante das


características específicas do paciente cirúrgico, entendemos que a
sistematização da assistência de enfermagem perioperatória possibilita a
melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente, pois se torna
um processo individualizado, planejado, avaliado e, principalmente,
contínuo, ou seja, abrange os períodos pré, intra e pós-operatório da
experiência cirúrgica do paciente. De acordo com o exposto, assinale a
alternativa correta.
(A) O período Transoperatório compreende desde o momento em que o
paciente é recebido na instituição de saúde até sua alta hospitalar.
Envolvida nesta fase, temos a fase do intraoperatório, que compreende o
momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou
seja, do início do processo anestésico até a sua reversão.
(B) O período pré-operatório inicia-se no momento em que o paciente é
avisado da necessidade do procedimento cirúrgico e as ações de

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enfermagem, neste período, objetivam condições físicas e psicológicas


adequadas.
(C) Portadores de diabetes melittus não podem fazer jejum de 8 horas,
quando vão se submeter à cirurgia de grande porte, porque apresentam
hipoglicemia.
(D) Pacientes que farão cirurgia não devem chegar ao centro cirúrgico
com acesso venoso, pois esse procedimento é de responsabilidade
exclusiva do anestesista.
(E) Um exame físico do paciente na internação não é necessário se já foi
feito na consulta de enfermagem, no período pré-operatório mediato.

25. Enfermeiro – EBSERH - (HUCAM/ES – AOCP – 2014) Fazem parte dos


cuidados de enfermagem no período pré-operatório IMEDIATO para essa
paciente, EXCETO
(A) jejum de 06 a 08 horas.
(B) encaminhar ao banho de aspersão, antes da administração do pré-
anestésico.
(C) orientar a não elevar a cabeça, pois pode ser necessário modificar a
cirurgia para aberta e indicar a raquianestesia.
(D) remoção de prótese dentária e outras, joias e adornos, esmalte e
maquilagem.
(E) certificar-se do consentimento do paciente.

26.Enfemeiro – EBSERH – AOCP – 2014 – O histórico de enfermagem


compreende uma avaliação de uma ampla variedade de fatores físicos e
psicológicos tendo por finalidade buscar conhecer e conseguir
informações. Desta maneira, uma série de problemas do paciente, ou
diagnósticos de enfermagem, podem ser previstos ou identificados com
base nos dados coletados. Ao solicitar a um paciente informações sobre a
história de doenças e cirurgias em sua família, o enfermeiro obteve as
seguintes respostas:

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I. A mãe retirou uma trompa de Falópio.


II. Um tio retirou o prepúcio.
III. O pai retirou a próstata.
IV. Uma irmã retirou a vesícula biliar.
Considerando as respostas, assinale a alternativa que apresenta os
termos técnicos adequados utilizados pelo profissional para realizar o
registro das anotações.

(A) I – histerectomia; II – circuncisão; III – litotripsia; IV - cistectomia.


(B) I – ooforoplastia; II – circuncisão; III – postectomia; IV – colectomia.
(C) I – salpingectomia; II – postectomia; III – prostatectomia; IV –
colectomia.
(D) I – salpingoplastia; II – prostatectomia; III – circuncisão; IV -
colecistectomia.
(E) I – salpingectomia; II – postectomia ; III – prostatectomia; IV –
colecistectomia.

1.E 9.E 17.C

2.Certo 10.B 18.E


3.Certo 11.D 19.A
4.Certo 12.B 20.B
5.Errado 13.E 21.E
6.Certo 14.E 22.A
7.E 15.E 23.E
8.C 16.E 24.B
25.C
26.E

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Referências

CARVALHO, Rachel; BIANCHI, Estela R. F. Enfermagem em centro


cirúrgico e recuperação. Barueri, SP: Manole, 2007.

LADEIRA, Márcia C. B. A necessidade de exames complementares pré-


operatórios. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ, Ano 6,
Junho/Dezembro, 2007.

MORO, Eduardo T. Prevenção da Aspiração Pulmonar do Conteúdo


Gástrico. Rev. Bras. Anestesiologistas Vol. 54, Nº 2, Março-Abril, 2004.

SMELTZER,S.C.;BARE,B.G., Brunner/ Suddarth Tratado de Enfermagem


Médico-Cirúrgica, Tratamento pré-operatório. 10.ed.v.4 Rio de Janeiro:
Guanabara,2006.

SOBECC - Práticas Recomendadas - SOBECC – 6ª Edição, Brasil, 2013.

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