ATENDIMENTO

PRÉ-HOSPITALAR
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Assunto:
Estado de

Choque
(Manual Operacional de Bombeiros Resgate Pré-Hospitalar e Manual do Curso de Capacitação e Socorro Pré-Hospitalar Militar - CCSPHM-IFISAL)
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Objetivo
- Conceituar estado de choque;
- Identificar os sinais e sintomas do choque;
- Classificar o estado de choque; e
- Citar o tratamento específico para o estado de
choque.
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Introdução;
Desenvolvimento;
- Tipos de choque;
Hemorrágico/Hipovolêmico, Neurológico, Cardiológico, Anafilático
e Choque Séptico.
- Tratamento.
Conclusão.
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Introdução
Como sabemos, o sangue leva até às células os
nutrientes e o oxigênio para manutenção da
sua vida, através de pequenos vasos sanguíneos.
Quando, por qualquer motivo, isto deixa de
acontecer, as células começam a entrar em
sofrimento e, se esta condição não for revertida
à normalidade com urgência, as células
acabarão morrendo.
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O sistema nervoso é o que menos resiste a
esta situação.
O organismo, por sua vez, lança mão de
mecanismos de compensação para preservar a
vitalidade das células nervosas. Entretanto, estes
mecanismos de defesa se esgotam rapidamente.
Por isso, esta situação é extremamente grave e, se
não tratada precocemente, levará o paciente à
morte.
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Essa condição de má perfusão tecidual por

hemácias oxigenadas é chamada de choque ou
estado de choque.
No trauma, podem ocorrer estados de choque
de origem hemorrágica, neurológica ou
cardíaca. O choque hipovolêmico por
hemorragia (choque hemorrágico) é, de longe, a
causa mais comum.
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Para que haja alteração na pressão arterial, o

paciente deverá ter perda superior a 30% de
sangue, sendo no adulto em torno de 1500 a 2000
mL.
Veremos também o choque anafilático e o
choque séptico.
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Choque Hipovolêmico
É caracterizado pela perda de grandes
quantidades de sangue e líquidos, o que pode
levar à morte em poucos minutos. Uma das causas
do choque hipovolêmico é a hemorragia, mas,
outras situações, aparentemente menos graves,
também podem gerar este tipo de choque. Para o
seu tratamento, recomenda-se a reposição de
líquidos (soro, sangue) o mais rápido possível.
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Causa
O choque hipovolêmico é causado por
perdas de líquidos, como hemorragias em
caso de acidentes, vômitos intensos, cólera
e forte diarreia em casos de inflamações.
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Tratamento
O tratamento para o choque
hipovolêmico é feito através da transfusão
sanguínea e /ou administração de soro na
veia, sendo fundamental parar a causa do
sangramento, ou a situação que leva à
perda de líquidos.
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A morte causada pelo choque

hipovolêmico só ocorre se a quantidade de
sangue e líquido perdida corresponder a 1/5
do volume total da quantidade de sangue de
um ser humano, o que
significa, aproximadamente, 1,5 litro de
sangue.
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Choque Neurogênico
Esse tipo de choque é decorrente de uma
lesão medular que leva à perda do tônus
simpático (capacidade de vasoconstrição),
interrompendo o estímulo vasomotor
ocasionando intensa vasodilatação periférica
e, subsequente, uma diminuição do retorno
venoso com queda do débito cardíaco.
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Causa
A insuficiência circulatória periférica
aguda de causa neurogênica acontece nos casos de
sofrimento intenso do tronco cerebral, precedendo a
morte encefálica, com falência hemodinâmica e
vasodilatação generalizada por perda do
tônus vasomotor simpático, ou em lesões da
medula espinhal alta, caracterizando o “choque
espinhal”.
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Tratamento
Este quadro exige que o socorrista
monitore e mantenha os sinais vitais da
vítima e providencie, o mais rápido possível,
sua extração do local do acidente.
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Choque Cardiogênico
Pode ser definido como uma
incapacidade primária do coração de fornecer
um débito cardíaco suficiente para as
necessidades metabólicas, na presença de um
volume circulante adequado.
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Causa
Pode ser encontrado em diversas situações
clínicas, porém, sua principal causa é a perda súbita
de massa muscular por infarto agudo do
miocárdio. O choque cardiogênico ocorre em cerca
de 7 a 10% dos casos de IAM, com mortalidade de 70
a 90%, sendo geralmente associado à perda superior
a 40% da massa muscular do ventrículo esquerdo.
Esta perda pode ocorrer em consequência de um
grande infarto ou com infartos menores sucessivos.
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Tratamento
O resultado do tratamento clínico no choque
cardiogênico é extremamente desfavorável. A
mortalidade é alta e os sobreviventes apresentam
baixa expectativa de vida devido ao avançado grau
de insuficiência cardíaca que se estabelece. A infusão
de drogas inotrópicas deve ser iniciada
imediatamente. A introdução de vasodilatadores
são benéficos, pois diminuem a pré e pós-carga do
coração facilitando o esvaziamento ventricular.
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Choque Anafilático
É uma reação alérgica, de hipersensibilidade
imediata e severa, que por afetar o corpo todo em
poucos segundos. A sua manifestação mais grave é
quando provoca inchaço e obstrução de vias
aéreas e/ou hipotensão, que pode ser fatal.
A falta de ar pode ser fatal, a menos que o
indivíduo receba o tratamento de emergência
prontamente.
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Causa
Contato com substâncias a que se tem alergia.
Medicamentos;
- Penicilina, Aspirina, Ibuprofeno ou Naproxeno.
Comida;
- Amendoins, nozes, amêndoas, trigo, peixes,
marisco, leite e ovos.
Picadas de insetos.
- Abelhas, vespas e formigas.
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Sintomas
Podem incluir:
Dificuldade em respirar, sudorese, pele pálida
e fria, pulso rápido, chiado ao respirar, coceira,
vermelhidão pelo corpo, inchaço da boca, olhos e
nariz, sensação de bola na garganta, taquicardia,
confusão mental, inconsciência, hipotensão vascular,
incontinências, vômito e dor abdominal.
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Tratamento
O tratamento inicial é realizado com uma injeção
intravenosa de adrenalina de 0.3 a 0.5mg, que pode
ser repetida a cada 3 a 5 minutos e oferecer oxigênio
ao indivíduo, por meio de uma máscara.
Se a garganta estiver fechada e impedir a
passagem do ar, é necessário realizar uma
cricotomia, que é um procedimento cirúrgico para
manter a respiração, a oxigenação e a integridade
cerebral, até que a situação seja normalizada.
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Após a resolução dos sinais e sintomas é

importante observar o paciente por 4-6 horas. Já
nos casos severos e refratários, é importante
observar de 10-24 horas.
Alguns pacientes alérgicos costumam ter uma
medicação antialérgica no bolso ou na carteira,
pergunte a ele e, se for o caso, dê a medicação o
mais rápido possível.
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Choque Séptico
É uma infecção generalizada que se dá
quando as bactérias, fungos ou vírus de uma
infecção local chegam à corrente sanguínea,
espalhando-se por todo o corpo, causando os
sintomas do choque. Seu tratamento é feito com a
internação do paciente na UTI, uso de
antibióticos e de medicamentos, para
regularizar a função cardíaca e renal.
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O choque séptico provoca uma diminuição

da pressão arterial (hipotenção), dificultando a
chegada de sangue e de oxigênio no cérebro,
coração, rins e outros órgãos. Isto leva à presença de
sinais e sintomas como febre, dificuldade para
respirar, pouca urina, inchaço e alterações da
pressão sanguínea. Quando tratado a tempo, o
choque séptico tem cura.
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Causa
Pode ser causado por diversos fatores. O mais
comum é a migração de bactérias, fungos ou
vírus, que estão localizados num único órgão,
para a corrente sanguínea, espalhando-se por
todo o corpo. Sondas e cateteres infectados são
também possíveis causas de choque séptico.
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Tratamento
Requer o uso de antibióticos. Além disso,
pode ser que o paciente precise respirar por
aparelhos, receber sangue, medicamentos para
regularizar a pressão arterial e a função renal. O
paciente diagnosticado com choque séptico deve
ser internado na UTI (Unidade de terapia
intensiva) até a sua alta.
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Conduta geral no Choque
Independentemente da origem do choque, os
primeiros procedimentos são idênticos para todos.
Também idêntico é o fato de que o
tratamento definitivo só pode ser realizado no
hospital.
O passo inicial é reconhecer a sua presença. O
diagnóstico é baseado na avaliação clínica da
presença de perfusão inadequada.
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Após, feito o diagnóstico do choque, a

vítima deve ser mantida deitada, sempre
lembrando a possibilidade de outras lesões
associadas, principalmente trauma de coluna.
Em seguida, se possível, elevar as pernas,
afrouxar as roupas e cobri-la.
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Conclusão