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SUMÁRIO
Apresentação..................................................................................................................3
1. Introdução...................................................................................................................3
Questões............................................................................................................................47
Gabarito..............................................................................................................................79
Referências Bibliográficas...............................................................................................80
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
Professora Natale Souza
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Ao pensarmos em legislação do SUS, tema da nossa aula, pode surgir o seguinte ques-
tionamento: qual o sentido de iniciar os estudos pela história das políticas de Saúde?
Bem, para entendermos a legislação do SUS, é fundamental que tenhamos o conhe-
cimento sobre a formação histórica que transformou os anseios da sociedade em leis que
protegem o direito à saúde.
Primeiro, vamos retornar rapidamente aos anos de 1500, quando saúde ficava a cargo
dos boticários e dos xamãs, só pra resumir. Adiantando a “nossa fita”, vamos entender como
antes do SUS, a Saúde da população não despertava interesse, muito menos era respon-
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sabilidade do estado. Logo que a Família Real desembarcou no Brasil, por volta de 1808, a
atenção à saúde era muito precária e durante esse período, continuou, com apenas algumas
ações pontuais, como saneamento dos portos.
Esse breve resumo já nos diz que a atenção à saúde vigorava à margem da sociedade
e que a evolução ocorreu junto com toda a trajetória social, política e econômica vivenciada
pela sociedade brasileira. Se dermos um salto no tempo e chegarmos ao descobrimento da
bacteriologia, surgimento das vacinas etc. Começamos a perceber a interferência do Estado,
principalmente com as vacinas, ficando responsável por campanhas sanitárias como aquela
que gerou a chamada Revolta da Vacina.
Esse modelo de atenção campanhista perdurou por anos a fio, mas antes do SUS, ainda
tivemos muitos momentos marcantes na trajetória histórica, dentre os quais podemos desta-
car a atenção à saúde de cunho previdenciário (somente as pessoas com trabalho formal e
seus dependentes poderiam usufruir da saúde ofertada pelo Estado). Nesse cenário, surge
o movimento da Reforma Sanitária, contando com diversos atores (profissionais da saúde,
intelectuais etc.). Tal movimento buscava tornar a saúde includente e dever do estado. Em
1986, ocorreu, em Brasília, a VIII Conferência Nacional de Saúde, sendo a primeira que
contou com a participação da sociedade civil organizada. Esse grande evento é considerado
o ponto alto do movimento da reforma sanitária e originário dos ideais filosóficos do SUS.
Em 1988, a partir do desfecho da VIII Conferência Nacional de Saúde, o SUS “nasceu” de
forma definitiva, nos artigos constitucionais de 196 até o 200 que, pela primeira vez, dedicam
uma seção completa para tratar sobre a saúde da população.
Passados dois anos, em 1990, foram promulgadas duas leis, ambas são denominadas
Leis Orgânicas da Saúde. A mais famosa e mais cobrada em provas de concursos e residên-
cias é a Lei n. 8.080/1990 que regulamenta os artigos constitucionais da saúde e fornece um
escopo legislativo que organiza todo sistema de saúde no Brasil. A Lei n. 8.142/1990 também
guarda grande importância, pois ela operacionaliza uma das diretrizes constitucionais que
trata sobre a participação da comunidade na gestão das políticas de saúde e trata sobre os
repasses financeiros no âmbito do SUS.
Depois de 21 anos da promulgação das Leis Orgânicas da Saúde, eis que surge o
Decreto Presidencial n. 7.508/2011 que visa a regulamentação da Lei n. 8.080/1990. Tal
Decreto mostra-se fundamental para o fortalecimento do SUS e principalmente do processo
de regionalização.
O SUS é um dos maiores, quiçá o maior, sistema público de saúde do mundo. Natural-
mente foi necessário um escopo cada vez maior de normas que possam fazer esse grande
sistema funcionar. Atualmente, a legislação do SUS é formada por diversas normas infracons-
titucionais, além da nossa Carta Magna. Inegavelmente, tratando-se de concursos, entender
o contexto histórico, os artigos da saúde que constam na Constituição e as demais normas
citadas até aqui, é fundamental para todos que estão estudando a legislação do SUS.
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ATENÇÃO
Vale atentar para o movimento da Revolta da Vacina e o impacto que a vacinação obriga-
tória contra a VARÍOLA causa no contexto da saúde.
Nesse período Oswaldo Cruz organizou a diretoria geral de saúde pública. Na reforma
promovida por Oswaldo Cruz, foram incorporados como elementos das ações de saúde:
• O registro demográfico, possibilitando conhecer a composição e os fatos vitais de
importância da população;
• A introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico;
• A fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa.
Em 1920, Carlos Chagas, reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, então ligado
ao Ministério da Justiça e introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica roti-
neira de ação, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz que era puramente fiscal
e policial.
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Podemos afirmar que a Lei Eloy chaves, em 1923, é o marco da previdência social no
brasil, ou seja, é o primeiro momento que o estado faz a assunção de ações específicas para
este grupo, através da instituição das caixas de aposentadorias e pensões – CAPS.
Características das CAPS:
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O regime militar que se instala a partir de 1964, de caráter ditatorial e repressivo, procura
utilizar-se de forças policiais e do exército e dos atos de exceção para se impor.
O governo militar implantou reformas institucionais que afetaram profundamente a saúde
pública e a medicina previdenciária.
O regime autoritário, instaurado após o golpe militar de 1964, trouxe, como consequên-
cia imediata para as políticas de saúde no Brasil, um total esvaziamento da participação
da sociedade nos rumos da previdência. De outro lado, também provocou uma centra-
lização crescente da autoridade decisória, marcada pela criação do Instituto Nacional
de Previdência Social (INPS), resultado da fusão dos vários IAPs, em 1966 (Oliveira &
Teixeira, 1985, Mendes, 1993).
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A VIII CNS foi o marco da reforma sanitária, e esta foi mais do que uma reforma setorial.
O movimento sanitário emergia juntamente com outros, todos solicitando o resgate da dívida
social do período da ditadura militar.
A Constituinte de 1988 no capítulo VIII da Ordem social e na seção II referente à
Saúde define no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros
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agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação”.
O que precisamos saber da VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE?
• Grande marco da reforma sanitária brasileira;
• Participação pela primeira vez dos usuários;
• Discutiu e aprovou a unificação do sistema de saúde;
• Conceito ampliado de saúde;
• Saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
• Instituição de um Sistema Único de Saúde;
• A partir dela se modificaram as bases de organização, deliberação e representação
das Conferências Nacionais de Saúde.
Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi regulamen-
tado em 19 de setembro de 1990 através da Lei 8.080. Esta lei define o modelo operacional
do SUS, propondo a sua forma de organização e de funcionamento.
A saúde passa a ser definida de uma forma mais abrangente, de acordo com o art. 3º:
“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, atividade
física o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”.
Apesar de estar inserida no título da Seguridade Social, a Saúde contempla uma seção
especifica na Constituição Federal, somando os artigos 196 ao 200.
Iniciaremos o estudo direcionado dos artigos constitucionais que estão relacionados dire-
tamente com a saúde. Vale lembrar que estes são fruto do movimento sanitário, que teve
como marco a VIII Conferência Nacional de Saúde.
O PULO DO GATO
As bancas elaboradoras cobram, muitas vezes, os artigos na íntegra. Então, vamos fazer
grifos para facilitar a fixação e o entendimento.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica
de direito privado.
O primeiro artigo constitucional que trata sobre a Saúde, traz a obrigação do Estado e
deixa claro que a saúde é um direito de todos. Além disso, relaciona a existência de um sis-
tema de saúde a uma política social e econômica.
Esse artigo vem para fortalecer a obrigação do Estado frente às ações e serviços de
saúde. E, por esse motivo, deixa explicitado na própria Constituição a obrigação do Poder
Público na criação de uma lei (“leis orgânicas”) que regulamentem, fiscalizem e controlem as
ações de serviços de saúde! Lembrem-se: REFICO – REgula, FIscaliza e COntrola.
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Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquiza-
da e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
O artigo 198 da Constituição Federal de 1988 é um dos mais cobrados em provas, prin-
cipalmente, as diretrizes do SUS.
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É quase certeza que você irá se deparar com uma questão que afirme ser vedado ou per-
mitido a participação do capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil, nesse momento
você vai analisar a questão e lembrar que: de acordo com o artigo 199 da CF, continua sendo
vedado e o artigo 23 da Lei Orgânica da Saúde estabelece que é permitido, elencando os
casos que abarcam essa permissão.
Para finalizar os itens mais importantes sobre a Constituição Federal, vamos falar sobre
as competências do SUS, que estão elencadas no artigo 200 da Constituição Federal de
1988. Dentre as competências do SUS, aquelas que merecem um maior destaque dizem
respeito à execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador e incrementar em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e
tecnológico e a inovação. Esses são itens certeiros para provas.
A Lei n. 8.080/1990 é considerada a primeira lei orgânica da Saúde. Ela veio para regu-
lamentar os artigos constitucionais inerentes à saúde.
A Lei n. 8.080 foi votada em 19 de setembro de 1990. Essa lei aborda as condições
para promover, proteger e recuperar a saúde, além da organização e do funcionamento
dos serviços também relacionados à saúde.
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A Lei regula em todo âmbito nacional, agregando todas as ações e serviços de saúde,
inclusive os que são prestados pela iniciativa privada.
Por meio da Lei n. 8.080/1990, as ações de saúde passaram a ser regulamentadas
em todo território nacional.
A participação da iniciativa privada no SUS é aceita em caráter complementar com
prioridade das entidades filantrópicas sobre as privadas lucrativas. A descentralização polí-
tico-administrativa é reforçada na forma da municipalização dos serviços e das ações de
saúde, com redistribuição de atribuições e recursos em direção aos municípios.
Um tema fundamental tratado na Lei Orgânica n. 8.080/1990 é a garantia da gratui-
dade das ações e dos serviços nos atendimentos públicos e privados contratados e
conveniados. Além disso, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recupera-
ção da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências.
O artigo 1º da Lei n. 8.080/1990 dispõe que essa lei regula, em todo o território nacional,
as ações e serviços de saúde, executados, isolada ou conjuntamente, em caráter per-
manente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
O dever do Estado de garantir a saúde consiste:
As bancas costumam afirmar que o dever do Estado de garantir acesso à saúde exclui
o das empresas e o da sociedade em geral, mas a partir de hoje, você vai sempre lembrar
que o dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Uma das reivindicações advindas da VIII Conferência Nacional de Saúde foi o conceito
ampliado de Saúde. A Lei n. 8.080/1990 adotou o novo conceito, que afirma:
Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde
como determinantes e condicionantes, entre outros,
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O conceito ampliado de saúde foi uma das solicitações da VIII CNS. Observem que a
saúde deixa de ser um conceito estanque – ausência de doenças – e passa a agregar fatores
determinantes e condicionantes. Observem que, em sua maioria, esses fatores estão liga-
dos a outros setores do poder público. Logo, para que haja condições adequadas de saúde,
existe a necessidade de fomentar ações intersetoriais.
Esse conceito também é conhecido como conceito social, conceito subjetivo e quali-
dade de vida.
Corroborando, ainda, com o conceito ampliado de saúde, a lei afirma que dizem respeito
também à saúde as ações que se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições
de bem-estar físico, mental e social.
Um conceito superquerido das bancas de provas é do próprio SUS, que é definido no 4º
artigo da Lei n. 8.080/1990, como:
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Podemos notar que a Lei n. 8.080/1990 vem sempre regulamentando os artigos constitu-
cionais, às vezes com o teor muito parecido. Não é diferente quando se trata da participação
da iniciativa privada no SUS, conforme vimos no artigo 199 da CF. Ela é livre, fato corrobo-
rado pelo parágrafo 2º do artigo 4º da LOS n. 8.080. A iniciativa privada pode participar do
SUS, em caráter complementar, tendo prioridade as instituições filantrópicas e sem fins
lucrativos. Mas existe um pré-requisito para a contratação ou convênio com a rede privada:
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Apesar de contar com 54 artigos, e a maioria deles já ter sido cobrado em provas em
algum momento, os artigos que são cobrados com maior frequência estão compreendidos
entre o 4º e o 7º.
A Lei n. 8.080/1990 dispõe que o SUS possui três objetivos:
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Um item cobrado com uma frequência enorme são os conceitos relacionados às vigilân-
cias, conforme veremos a seguir:
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A Lei n. 8.080 trata também sobre a saúde do trabalhador. Algumas vezes, você poderá
encontrar na prova a definição de vigilância em saúde do trabalhador, então não hesite em
marcar a resposta certa.
De acordo com a Lei n. 8.080, a saúde do trabalhador consiste em um conjunto de
atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recupera-
ção e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho, abrangendo:
• assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença pro-
fissional e do trabalho;
• participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estu-
dos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existen-
tes no processo de trabalho;
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O artigo 7º da Lei n. 8.080 elenca os princípios do SUS, sendo um dos mais cobrados em
provas de concursos e residências:
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Seguindo com nossa aula sobre a Lei Orgânica n. 8.080/1990, veremos que as ações e
os serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde – SUS, seja diretamente ou
mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regio-
nalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
A direção do Sistema Único de Saúde – SUS é única, sendo exercida em cada esfera de
governo pelos seguintes órgãos:
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Fique atento à novidade que foi incluída no artigo 16, no ano de 2021:
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A Lei n. 8.080 também reservou um capítulo para tratar sobre a assistência terapêutica
e incorporação de tecnologia em saúde. Um dos itens mais importantes e que costuma ser
cobrado em provas é a definição dos protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas.
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Ainda sobre a assistência terapêutica, houve uma alteração na Lei n. 8.080/1990 no ano
de 2022, através da Lei n. 14.312, de 2022. Dificilmente será cobrada em provas, haja visto a
incidência do capítulo em provas de concursos e residências, mas fica o alerta para realizar
a leitura da legislação completa.
Assunto recorrente em provas, estudaremos agora sobre os serviços privados de assis-
tência à saúde e da participação em caráter complementar.
O que são serviços privados de assistência à saúde?
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As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas dire-
tamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder em que
forem arrecadadas.
ATENÇÃO
As contas são denominadas FUNDOS DE SAÚDE e são pré-requisitos para o repasse
fundo a fundo, regular e automático.
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Por fim, a Lei n. 8.080 também tratou sobre o financiamento no âmbito do SUS.
O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será ascen-
dente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-
-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de
saúde dos municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União.
• Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na res-
pectiva proposta orçamentária.
• Os planos de saúde são a base para o planejamento no SUS. São compostos de
programações anuais e devem ser elaborados a cada 4 anos por todas as esferas
de governo.
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• Nesse instrumento deve constar a proposta orçamentária para o período, e sua imple-
mentação depende da aprovação dos respectivos conselhos.
ATENÇÃO
Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de
serviços de saúde com finalidade lucrativa.
Nas disposições finais e transitórias, temos os seguintes tópicos importantes para provas:
• Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao Sistema
Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia administra-
tiva, em relação ao patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa
e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que estejam vinculados.
• Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças
Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispu-
ser em convênio que, para esse fim, for firmado.
• O Sistema Único de Saúde (SUS) estabelecerá mecanismos de incentivos à participa-
ção do setor privado no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a transfe-
rência de tecnologia das universidades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde
nos estados, Distrito Federal e municípios, e às empresas nacionais.
• Os convênios entre a União, os estados e os municípios, celebrados para implantação
dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à propor-
ção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O SUDS foi uma estratégia ponte, ou seja, um sistema transitório entre o modelo antigo
e o SUS. Essa época foi conhecida como estadualização da saúde.
A segunda Lei Orgânica da Saúde vem regulamentar, de forma mais precisa, a diretriz
constitucional da Participação da Comunidade no SUS.
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS
e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá
outras providências.
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O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e recu-
peração da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante
a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma regionalizada
e hierarquizada.
No sentido de fortalecer a regionalização, o decreto prevê a constituição das Regiões de
Saúde. Esses espaços geográficos devem ser instituídos de forma articulada entre os esta-
dos e os municípios, podendo ser compostas por municípios limítrofes.
Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de:
Um tema muito recorrente nas provas é a composição mínima das ações para instituir
uma Região de Saúde. Primeiramente, o conjunto de municípios precisa ter no mínimo os
cinco requisitos. Não é necessário que todos os municípios possuam os cinco, mas também
não pode haver somente quatro na soma.
As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de
Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões
Intergestores.
Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde:
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O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em âmbito nacional. A cada dois anos,
o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENASES. Os estados, o
Distrito Federal e os municípios poderão adotar relações específicas e complementares de
ações e serviços de saúde.
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QUESTÕES
DIRETO DO CONCURSO
1. (2015/VUNESP/HCFMUSP) O projeto de reforma sanitária influenciou a construção do
SUS (Sistema Único de Saúde), que apresenta princípios relacionados aos seus aspec-
tos legais, concepção de saúde e definição do papel do Estado. Os serviços de saúde
devem ser estruturados de maneira que haja uma ordenação da prestação de acordo
com as demandas apresentadas. Está-se falando do princípio da
a. categorização.
b. regionalização.
c. centralização.
d. universalização.
e. hierarquização.
COMENTÁRIO
a. Errado. Não é considerado um princípio do SUS.
b. Errado. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem,
visando o comando unificado destes.
c. Errado. Não é considerado um princípio do SUS. Cuidado para não cair em pegadinhas
e confundir com o princípio da descentralização.
d. Errado. A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado asse-
gurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou
pessoais. Ou seja, o acesso é literalmente universal.
e. Certo. No âmbito do Sistema Único de Saúde, a prestação de serviços será hierarquiza-
da de acordo com as necessidades apresentadas pelo usuário.
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c. garantem o acesso universal aos serviços de saúde realizados nas Unidades Básicas
e o atendimento para serviços de alta complexidade através da saúde suplementar.
d. baseiam-se na justiça social para superar as desigualdades na assistência e garan-
tem o acesso gratuito aos serviços públicos de saúde.
COMENTÁRIO
a. Errado. Não há priorização de assistência na atenção primária, mas, por estar mais pró-
xima da população, esta é considerada a porta de entrada do sistema, estando presente
na maior parte do território brasileiro.
b. Errado. Note que a alternativa começa de forma correta, mas ao final afirma que há uma
priorização das ações curativas, quando, na verdade, temos a priorização de ações pre-
ventivas, sem detrimento das curativas.
c. Errado. O atendimento nos serviços de alta complexidade pode ser hierarquizado para
a rede complementar ao SUS, em caráter de convênio.
d. Certo. As políticas de saúde que vigoram no país trazem, em consonância com os ideais
do SUS, o princípio da equidade (justiça social), bem como a gratuidade dos serviços de
atenção à Saúde.
COMENTÁRIO
a. Errado. As ações integradas de Saúde foram implantadas a partir de 1982, após a cria-
ção do CONASP.
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COMENTÁRIO
a. Certo. O movimento da reforma sanitária trazia como bandeira um Sistema de Saúde
Universal, gratuito, descentralizado e que contemplasse a integralidade da assistência.
b. Errado. Os ideais trazidos pelo movimento da Reforma Sanitária buscavam romper com
a assistência previdenciária que até então predominava no País.
c. Errado. Os novos ideais incorporados à Saúde, a partir do movimento da reforma sani-
tária, visavam o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde.
d. Errado. Uma das defesas do movimento da Reforma era o financiamento da Saúde pelo
Estado, que passou a ser compartilhado entre os entes Federativos, após a Constituição
de 1988 e suas respectivas legislações infraconstitucionais.
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COMENTÁRIO
a. Certo. O principal marco da Reforma Sanitária foi a VIII Conferência Nacional de Saú-
de, realizada em 1986, e originou as bases ideológicas e filosóficas do Sistema Único de
Saúde (SUS).
b. Errado. A Conferência de Alma-Ata tem uma grande importância, principalmente para o
fortalecimento da Atenção Básica, mas a assertiva requer o marco em nível nacional.
c. Errado. Vide alternativa B. Alma-Ata foi a primeira Conferência Internacional sobre Cui-
dados Primários de Saúde.
d. Errado. Embora guarde sua importância na história, o relatório em pauta foi um marco
importante para ressignificação de práticas sanitárias, principalmente no Canadá.
e. Errado. Assim como as outras, essa Conferência teve sua importância. Contudo, esta-
mos buscando uma assertiva que trate sobre as modificações advindas de movimentos
realizados em âmbito nacional.
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cia, por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social que
englobe os recursos destinados às políticas sociais.
c. adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado de con-
dições dignas de vida e acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde;
criação de um Sistema Único de Saúde, separando totalmente saúde de previdência,
por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social, cabendo
à saúde, inicialmente, maior parcela de recursos, de modo a suprir a ausência dos
recursos previdenciários.
d. adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado das con-
dições de alimentação, habitação, educação, entre outros, e da organização social da
produção; criação de um Sistema Único de Saúde, separando gradualmente saúde
de previdência, por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento
social que englobe os recursos destinados às políticas sociais.
COMENTÁRIO
a. Errado. A assertiva incorre em erro quando afirma que a separação entre saúde e previ-
dência ocorreu de forma gradual.
b. Certo. Trata-se de uma condensação dos principais objetivos alcançados após a VIII
Conferência Nacional de Saúde.
c. Errado. O erro da assertiva está em afirmar que, dentro do orçamento social, a saúde
tem a maior parte.
d. Errado. Também incorre em erro quando menciona a separação gradual entre saúde e
previdência.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 200 da CF/1988:
a. Errado. “Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutri-
cional, bem como bebidas e águas para consumo humano;”
b. Errado. “Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;”
c. Certo. “VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”
d. Errado. “Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;”
e. Errado. “Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para
a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, he-
moderivados e outros insumos;”
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 200 da CF/1988, compete ao SUS:
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
Toda vez que solicitarem atribuições é necessário considerar a CF/1988, em seu art. 200.
Todas as assertivas trazem na íntegra o texto dos incisos.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
A DICA DA QUESTÃO ANTERIOR CABE A ESTA QUESTÃO: ARTIGO 200! Uma questão
simples de responder quando se agrega o que compete ao SUS. Observem a assertiva D
– cobrir eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada. É atribuição do SUS? Não.
É atribuição da PREVIDÊNCIA SOCIAL.
COMENTÁRIO
A saúde está inserida no Título VIII, Seção II, da CF/1988 – “Da Saúde”, compreendendo
os artigos 196 ao 200.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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A única assertiva que está correta é a letra D, trazendo a transcrição do artigo 197, que
dispõe: “São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Públi-
co dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física
ou jurídica de direito privado”.
COMENTÁRIO
Essa questão não necessita ser comentada. Mas somente para relembrar: o artigo 196 da
CF/1988 dispõe que a saúde é direito de todos e dever do Estado.
COMENTÁRIO
a. Errado. A lei irá dispor sobre a remoção de órgãos, mas o tráfico é crime no Brasil.
b. Errado. Segundo o artigo 199 da CF/1988: “A assistência à saúde é livre à iniciati-
va privada”.
c. Certo. Copie e cole do artigo 196 da CF/1988!
d. Errado. De acordo com o artigo 197 da CF/88: “São de relevância pública as ações e
serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regula-
mentação, fiscalização e controle (...)”.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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e. Errado. Segundo o artigo 198 da CF: “As ações e serviços públicos de saúde integram
uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único (...)”.
COMENTÁRIO
Competências do SUS = Artigo 200 da CF/1988.
Vamos relembrar?
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e par-
ticipar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e ou-
tros insumos;
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como
bebidas e águas para consumo humano;
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substân-
cias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
A única a assertiva que realmente não compete ao SUS é fiscalizar e inspecionar bebidas
e águas para consumo animal.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
Participação da iniciativa privada no SUS = Artigo 199 da CF/1988.
O inciso parágrafo 1º do artigo 199 dispõe: “As instituições privadas poderão participar de
forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante con-
trato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem
fins lucrativos”.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
É preciso ter uma boa compreensão do conceito de integralidade, um dos princípios do
SUS. Observe o que diz o inciso II do art. 7º da referida lei:
Art. 7º (...)
II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e ser-
viços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis
de complexidade do sistema;
COMENTÁRIO
O princípio da equidade não está expresso na legislação e deriva do princípio da igual-
dade. A equidade adapta a regra para um determinado caso específico, com o intuito de
torná-la mais justa. “É tratar os desiguais de forma desigual.”
COMENTÁRIO
Para gabaritar a questão, o candidato precisa conhecer quais são os órgãos que exercem
a direção do SUS. Isso é descrito no art. 9º da LOS n. 880/1990. Observe:
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198
da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I – no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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II – no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente; e
III – no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.
COMENTÁRIO
Faz referência ao princípio da integralidade de assistência, descrito no art. 7º, inciso II.
Observe o texto:
Art. 7º (...)
II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e ser-
viços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis
de complexidade do sistema.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
Para gabaritar a questão, faz-se necessário o conhecimento sobre quais são critérios utili-
zados para o estabelecimento de valores a serem transferidos a estados, Distrito Federal e
municípios. Esses critérios estão descritos na LOS n. 8.080/1990, em seu art. 35. Observe:
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Muni-
cípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas
e projetos:
I – perfil demográfico da região;
II – perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III – características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV – desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V – níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI – previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
VII – ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.
COMENTÁRIO
É preciso leitura atenta da LOS n. 8.080/1990. Observe que o art. 4º dessa lei traz o se-
guinte texto:
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas fe-
derais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). (...)
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter
complementar.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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22. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2013) De acordo com a Lei 8.080/1990 em seu artigo 16, compete
à Direção Nacional do Sistema Único de Saúde:
a. coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de vigilância epi-
demiológica.
b. executar serviços de saúde do trabalhador.
c. coordenar serviços de alimentação e nutrição.
d. definir e coordenar os sistemas de rede de laboratórios de saúde pública.
COMENTÁRIO
Atente-se ao fato de que o enunciado da questão exige do candidato conhecimento sobre
as competências da Direção Nacional do Sistema Único de Saúde. É importante estudar
fazendo grifos e anotações. Observe o texto da LOS n. 8.080/1990, art. 16, inciso III.
COMENTÁRIO
Segundo a LOS n. 8.080/1990, art. 6º, parágrafo 1º. Atente para o texto abaixo:
Art. 6º (...)
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou preve-
nir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produ-
ção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, com-
preendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
II – o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
COMENTÁRIO
Segundo a LOS n. 8.080/1990, art. 19, parágrafo 1º:
25. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2017) A Lei 8.080 de 1990 afirma que a assistência à saúde é livre
à iniciativa privada, e que esta poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS) em
caráter complementar. Sobre os serviços privados de saúde e sua participação no SUS,
conforme a alteração da Lei 8.080/90, feita pela Lei 13.097 de 2015, é INCORRETO
afirmar que:
a. O SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada quando as suas
disponibilidades forem insuficientes para garantir cobertura assistencial à população
de uma determinada área.
b. É vedada a participação direta ou indireta de empresas de capital estrangeiro na
assistência à saúde.
c. É atribuição da União, Estados e Municípios elaborar normas para regular as ativida-
des dos serviços privados de saúde.
d. Os critérios e valores para a remuneração de serviços privados e os parâmetros de
cobertura assistencial são estabelecidos pelo próprio SUS.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
ATENÇÃO! O enunciado pede a alternativa que esteja em desacordo com a alteração na
LOS n. 8.080/1990, feita pela Lei n. 13.097 de 2015. Observe o texto do art. 23 da lei em
questão, com a alteração dada pela Lei n. 13.097, de 2015.
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital
estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos:
I – doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entida-
des de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
II – pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei n.
13.097, de 2015)
a. hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica
especializada; e (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
b. ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
III – serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei n.
13.097, de 2015)
IV – demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
COMENTÁRIO
Uma questão muito simples, a respeito do princípio da integralidade da assistência.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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c. tem direito integral à assistência preventiva na atenção básica, sendo que os serviços
curativos deverão ser realizados na saúde privada em serviços não contratados ou
conveniados ao SUS.
d. compreendeu que os serviços públicos são organizados visando a evitar duplicidade
quando possuem a mesma finalidade.
e. não tinha o conhecimento sobre as informações, pois não é obrigação do SUS divul-
gar aos usuários como poderão utilizar os potenciais serviços de saúde.
COMENTÁRIO
a. Errado. Um dos princípios do SUS, previsto na Lei n. 8.080/1990, prevê o direito do usu-
ário em conhecer todas as informações sobre a sua Saúde.
b. Errado. Na assistência privada, quando não conveniada ou contratada, o princípio da
igualdade não é aplicado.
c. Errado. O princípio da integralidade da assistência confere o direito ao atendimento inte-
gral, de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
d. Certo. Esse é um dos princípios do SUS, que visa evitar a duplicidade de ações para
fins idênticos.
e. Errado. É obrigação do SUS divulgar, de forma clara, todos os direitos dos seus usuários.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
De acordo com o artigo 4º da Lei n. 8.142/1990, para receberem os recursos do Fundo
Nacional da Saúde, os entes devem contar com:
• Fundo de Saúde;
• Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7
de agosto de 1990;
• plano de saúde;
• relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do art. 33 da Lei n. 8.080,
de 19 de setembro de 1990;
• contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
• Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o pra-
zo de dois anos para sua implantação.
29. (2018/IADES/SES-DF) Com base na Lei n. 8.142/1990, que dispõe acerca da partici-
pação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a respeito das
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, e dá ou-
tras providências, assinale a alternativa correta.
a. O Conselho de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde.
b. A Conferência de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, consiste em órgão
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço e profis-
sionais de saúde.
c. A representação dos trabalhadores da saúde nos Conselhos de Saúde e em Confe-
rências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
d. O SUS contará, em cada esfera de governo, com as seguintes instâncias colegiadas:
Conferência de Saúde e Conselho de Saúde.
e. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação em todos os Con-
selhos de Saúde.
COMENTÁRIO
Umas das questões mais básicas e que mais se repetem. As duas instâncias de controle
social são os conselhos e as conferências de Saúde.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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30. (2018/COPEVE/UFAL) O Sistema Único de Saúde – SUS vem, desde sua criação na
Constituição Federal de 1988, sendo objeto de diversos instrumentos normativos, que
objetivam sua regulamentação e o cumprimento de seus objetivos, diretrizes e princí-
pios. Por exemplo, a Lei n. 8.142/1990:
COMENTÁRIO
I – Certo. As duas instâncias colegiadas do SUS são os Conselhos e Conferências de Saúde.
II – Errado. A periodicidade de realização das Conferências de Saúde é de 04 anos.
III – Errado. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde, em todos os níveis de
poder, terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
I – Errado. A participação dos representantes dos usuários será paritária em relação ao
conjunto dos demais segmentos, tanto nas conferências quanto nos Conselhos de Saúde.
II – Certo. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização
e normas de funcionamento definidas em regimento próprio e aprovadas pelo respecti-
vo Conselho.
III – Errado. O Conselho é um órgão permanente. O órgão que se reúne de 4 em 4 anos é
a Conferência de Saúde.
IV – Certo. Afirmação correta, segundo o parágrafo 3º, artigo 1º, da Lei n. 8.142/1990.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
Segundo o mencionado artigo da Lei n. 8.142/1990, os recursos referidos no inciso IV do
art. 2º dessa lei serão repassados de forma regular e automática para os municípios, es-
tados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n. 8.080, de
19 de setembro de 1990.
COMENTÁRIO
De acordo com a redação dada pelo parágrafo citado no enunciado, os recursos serão
rateados com pelo menos setenta por cento sendo destinado aos municípios e o restante
aos estados.
COMENTÁRIO
Considere o que dispõe o parágrafo segundo do referido artigo: “O Conselho de Saúde,
em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente,
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo”.
COMENTÁRIO
O período de reunião das Conferências de Saúde é de quatro anos.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
a. Certo. O princípio da paridade afirma que 50% da composição dos Conselhos e Confe-
rências deverá de ser representantes dos usuários.
b. Certo. Redação dada pelo 5º parágrafo do artigo 1º da Lei n. 8.142/1990.
c. Certo. Redação de acordo com o terceiro parágrafo do artigo 1º.
d. Errado. As Conferências se reúnem a cada 4 anos.
e. Certo. De acordo com a redação do parágrafo 2º, artigo 1º, Lei n. 8.142/1990.
COMENTÁRIO
As instâncias colegiadas de controle social no SUS são, em cada esfera de governo: os
conselhos de saúde e as conferências de saúde.
38. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com Lei 8.142/90, qual das alternativas
a seguir NÃO corresponde aos requisitos estabelecidos em Lei para que os Municípios,
os Estados e o Distrito Federal recebam os recursos?
a. Plano de saúde.
b. Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do art. 33 da Lei n.
8.080/1990.
c. Diretoria da saúde com eleições feitas a cada dois anos, com composição superior de
profissionais de saúde.
d. Fundo de Saúde.
e. Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o
prazo de dois anos para sua implantação.
COMENTÁRIO
Os pré-requisitos para o recebimento de recursos pelos estados, DF e municípios são:
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Art. 4º Para receberem os recursos, de que trata o art. 3º desta lei, os Municípios, os Estados e o
Distrito Federal deverão contar com:
I – Fundo de Saúde;
II – Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7 de
agosto de 1990;
III – plano de saúde;
IV – relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do art. 33 da Lei n. 8.080, de
19 de setembro de 1990;
V – contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI – Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de
dois anos para sua implantação.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º da Lei em estudo:
Art. 2º (...)
§ 1º A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos
sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de
saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por
este ou pelo Conselho de Saúde.
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspon-
dente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º da Lei em estudo:
Art. 2º (...)
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspon-
dente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
COMENTÁRIO
A Lei n. 8.142/1990 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Úni-
co de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros
na área da saúde e dá outras providências.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 1º da lei em estudo:
Art. 1º O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990,
contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as se-
guintes instâncias colegiadas:
I – a Conferência de Saúde; e
II – o Conselho de Saúde.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
a. Errado. De acordo com o artigo 15, em seu parágrafo 1º:
Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e orienta-
rá o planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de me-
tas de saúde.
Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite – CIB de que trata o inciso II do art. 30 pactuar
as etapas do processo e os prazos do planejamento municipal em consonância com os planeja-
mentos estadual e nacional.
d. Errado.
Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado de maneira regionaliza-
da, a partir das necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento de metas de saúde.
e. Errado.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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d. Região de Saúde.
e. Portas de Entrada da Saúde.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º do Decreto:
Art. 2º (...)
I – Região de Saúde – espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios
limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comu-
nicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organiza-
ção, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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Art. 2º (...)
VI – Rede de Atenção à Saúde – conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde;
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 9º do Decreto:
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde
os serviços:
I – de atenção primária;
II – de atenção de urgência e emergência;
III – de atenção psicossocial; e
IV – especiais de acesso aberto.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 5º do Decreto:
Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de:
I – atenção primária;
II – urgência e emergência;
III – atenção psicossocial;
IV – atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
V – vigilância em saúde.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 21 do Decreto:
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RENASES compreende todas as
ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistên-
cia à saúde.
49. (2017/CESPE/SEDF) À luz do Decreto n.º 7.508/2011, que regulamenta alguns disposi-
tivos da Lei Orgânica do SUS e trata da gestão e da organização desse sistema, julgue
o item que se segue, relativo a políticas públicas em saúde.
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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
De acordo com o Decreto em estudo, em seu art. 9º:
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde
os serviços:
I – de atenção primária;
II – de atenção de urgência e emergência;
III – de atenção psicossocial; e
IV – especiais de acesso aberto.
Obs.: A atenção hospitalar faz parte de várias ações e serviços, não sendo considerada
porta de entrada. Você pode estar me perguntando: e as urgências/emergências?
Fazem parte da Rede de Urgência/Emergência.
COMENTÁRIO
De acordo com o artigo 37 do Decreto n. 7.508/2011:
Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes diretrizes bá-
sicas para fins de garantia da gestão participativa:
I – estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos servi-
ços, como ferramenta de sua melhoria;
II – apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e
III – publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde do
SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar.
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GABARITO
1. E 18. B 35. E
2. D 19. C 36. D
3. D 20. A 37. D
4. A 21. A 38. C
5. A 22. D 39. C
6. B 23. D 40. E
7. C 24. C 41. A
8. C 25. B 42. D
9. E 26. A 43. C
10. D 27. D 44. D
11. D 28. C 45. A
12. D 29. D 46. D
13. C 30. A 47. D
14. D 31. A 48. B
15. E 32. A 49. E
16. D 33. C 50. A
17. D 34. B
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