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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA

Professora Natale Souza

SUMÁRIO

Legislação do SUS comentada........................................................................................3

Apresentação..................................................................................................................3

1. Introdução...................................................................................................................3

2. Evolução Histórica das Políticas de Saúde no Brasil..................................................5

3. Constituição Federal de 1988 (Artigos 196 ao 200)....................................................10

4. Lei Orgânica da Saúde – Lei n. 8.080/1990................................................................13

5. Lei Orgânica n. 8.142/1990.........................................................................................34

6. Decreto n. 7.508, de 28 de Junho de 2011.................................................................37

Questões............................................................................................................................47

Gabarito..............................................................................................................................79

Referências Bibliográficas...............................................................................................80

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Professora Natale Souza

LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA


Prof.ª NATALE SOUZA

APRESENTAÇÃO

Sou a Professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Estadual de


Feira de Santana (UEFS – 1999), pós-graduada em Saúde Coletiva pela Universidade Esta-
dual de Santa Cruz (UESC – 2001) e em Direito Sanitário pela Fundação Osvaldo Cruz (FIO-
CRUZ – 2004) e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como
Educadora/Pesquisadora pela FIOCRUZ no Projeto Caminhos do Cuidado e há 16 anos na
docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, ministrando as discipli-
nas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e Específicas de
Enfermagem.
Sou autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela Editora Concursos Psi-
cologia; Legislação do SUS – comentada e esquematizada; Políticas de Saúde, Legislação
do SUS e Saúde Coletiva – 500 questões pela Editora Sanar. E de capítulos nos seguintes
livros: 1.000 Questões Comentadas de Enfermagem – Editora Sanar, 1.000 Questões Resi-
dências em Enfermagem – Editora Sanar e fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que sai da graduação, tanto como
“concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos e seleções públicas.
Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tempo ao estudo dos conhecimentos especí-
ficos de Enfermagem, da Legislação Específica do SUS e aos milhares de profissionais que
desejam ingressar em uma carreira pública.
Com o objetivo de melhorar continuamente, solicitamos sempre que, após a leitura dessa
aula, avalie a mesma.

1. INTRODUÇÃO

Ao pensarmos em legislação do SUS, tema da nossa aula, pode surgir o seguinte ques-
tionamento: qual o sentido de iniciar os estudos pela história das políticas de Saúde?
Bem, para entendermos a legislação do SUS, é fundamental que tenhamos o conhe-
cimento sobre a formação histórica que transformou os anseios da sociedade em leis que
protegem o direito à saúde.
Primeiro, vamos retornar rapidamente aos anos de 1500, quando saúde ficava a cargo
dos boticários e dos xamãs, só pra resumir. Adiantando a “nossa fita”, vamos entender como
antes do SUS, a Saúde da população não despertava interesse, muito menos era respon-

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sabilidade do estado. Logo que a Família Real desembarcou no Brasil, por volta de 1808, a
atenção à saúde era muito precária e durante esse período, continuou, com apenas algumas
ações pontuais, como saneamento dos portos.
Esse breve resumo já nos diz que a atenção à saúde vigorava à margem da sociedade
e que a evolução ocorreu junto com toda a trajetória social, política e econômica vivenciada
pela sociedade brasileira. Se dermos um salto no tempo e chegarmos ao descobrimento da
bacteriologia, surgimento das vacinas etc. Começamos a perceber a interferência do Estado,
principalmente com as vacinas, ficando responsável por campanhas sanitárias como aquela
que gerou a chamada Revolta da Vacina.
Esse modelo de atenção campanhista perdurou por anos a fio, mas antes do SUS, ainda
tivemos muitos momentos marcantes na trajetória histórica, dentre os quais podemos desta-
car a atenção à saúde de cunho previdenciário (somente as pessoas com trabalho formal e
seus dependentes poderiam usufruir da saúde ofertada pelo Estado). Nesse cenário, surge
o movimento da Reforma Sanitária, contando com diversos atores (profissionais da saúde,
intelectuais etc.). Tal movimento buscava tornar a saúde includente e dever do estado. Em
1986, ocorreu, em Brasília, a VIII Conferência Nacional de Saúde, sendo a primeira que
contou com a participação da sociedade civil organizada. Esse grande evento é considerado
o ponto alto do movimento da reforma sanitária e originário dos ideais filosóficos do SUS.
Em 1988, a partir do desfecho da VIII Conferência Nacional de Saúde, o SUS “nasceu” de
forma definitiva, nos artigos constitucionais de 196 até o 200 que, pela primeira vez, dedicam
uma seção completa para tratar sobre a saúde da população.
Passados dois anos, em 1990, foram promulgadas duas leis, ambas são denominadas
Leis Orgânicas da Saúde. A mais famosa e mais cobrada em provas de concursos e residên-
cias é a Lei n. 8.080/1990 que regulamenta os artigos constitucionais da saúde e fornece um
escopo legislativo que organiza todo sistema de saúde no Brasil. A Lei n. 8.142/1990 também
guarda grande importância, pois ela operacionaliza uma das diretrizes constitucionais que
trata sobre a participação da comunidade na gestão das políticas de saúde e trata sobre os
repasses financeiros no âmbito do SUS.
Depois de 21 anos da promulgação das Leis Orgânicas da Saúde, eis que surge o
Decreto Presidencial n. 7.508/2011 que visa a regulamentação da Lei n. 8.080/1990. Tal
Decreto mostra-se fundamental para o fortalecimento do SUS e principalmente do processo
de regionalização.
O SUS é um dos maiores, quiçá o maior, sistema público de saúde do mundo. Natural-
mente foi necessário um escopo cada vez maior de normas que possam fazer esse grande
sistema funcionar. Atualmente, a legislação do SUS é formada por diversas normas infracons-
titucionais, além da nossa Carta Magna. Inegavelmente, tratando-se de concursos, entender
o contexto histórico, os artigos da saúde que constam na Constituição e as demais normas
citadas até aqui, é fundamental para todos que estão estudando a legislação do SUS.

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2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL

A Saúde na Colônia e no Império

Em 1808, Dom João VI fundou na Bahia o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital


Militar da Cidade de Salvador. No mês de novembro do mesmo ano, foi criada a Escola de
Cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao real Hospital Militar.
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na adminis-
tração pública colonial, até mesmo na área da saúde. Como sede provisória do império por-
tuguês e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se centro das atenções,
não só na área econômica, mas no setor das ações sanitárias também.
Era necessário, então, criar rapidamente centros de formação de médicos, que até então
eram quase inexistentes em razão, em parte, da proibição de ensino superior nas colônias.
Assim, por ordem real, foram fundadas as academias médico-cirúrgicas, no Rio de Janeiro e
na Bahia, na primeira década do século XIX, logo transformadas nas duas primeiras escolas
de medicina do país (POLIGNANO, 2011).
Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas ao seguinte:

• Delegação das atribuições sanitárias às juntas municipais;


• Controle de navios e saúde dos portos.

Início da República 1889 até 1930 (República Velha)

A Proclamação da República, em 1889, foi embalada na ideia de modernizar o Brasil. A


necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade, escravistas até pouco antes,
com o mundo capitalista mais avançado favoreceu a redefinição dos trabalhadores brasilei-
ros como capital humano (RONCALLI, 2002).
Segundo Polignano (2001), o quadro sanitário era caótico, devido à inexistência de um
modelo sanitário que tivesse como objeto de ação a promoção e prevenção, deixando as
cidades à mercê das epidemias. Tinha-se o predomínio das doenças transmissíveis, grandes

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epidemias e doenças pestilenciais, fruto da imigração, migração, formação de aglomerados e


das precárias condições de saneamento básico, tendo como principais problemas de saúde:
1. Febre amarela;
2. Varíola;
3. Tuberculose;
4. Sífilis;
5. Endemias rurais.
Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo Cruz, como Diretor do
Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre-
-amarela na cidade do Rio de Janeiro. Foi criado um verdadeiro exército de 1.500 pessoas
que passaram a exercer atividades de desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre-
-amarela. A falta de esclarecimentos e as arbitrariedades cometidas pelos “guardas-sanitá-
rios” 5 causam revolta na população.
A onda de insatisfação se agrava com outra medida de Oswaldo Cruz, a Lei Federal n.
1261, de 31 de outubro de 1904, que instituiu a vacinação antivaríola obrigatória para todo o
território nacional. Surge, então, um grande movimento popular de revolta que ficou conhe-
cido na história como a revolta da vacina.
Apesar das arbitrariedades e dos abusos cometidos, o modelo campanhista obteve
importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, conseguindo inclusive erradicar a
febre amarela da cidade do Rio de Janeiro, o que fortaleceu o modelo proposto e o tornou
hegemônico como proposta de intervenção na área da saúde coletiva saúde durante déca-
das. (POLIGNANO, 2001, p.03)

ATENÇÃO
Vale atentar para o movimento da Revolta da Vacina e o impacto que a vacinação obriga-
tória contra a VARÍOLA causa no contexto da saúde.

Nesse período Oswaldo Cruz organizou a diretoria geral de saúde pública. Na reforma
promovida por Oswaldo Cruz, foram incorporados como elementos das ações de saúde:
• O registro demográfico, possibilitando conhecer a composição e os fatos vitais de
importância da população;
• A introdução do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico;
• A fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa.
Em 1920, Carlos Chagas, reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, então ligado
ao Ministério da Justiça e introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica roti-
neira de ação, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz que era puramente fiscal
e policial.

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O nascimento da Previdência Social

Podemos afirmar que a Lei Eloy chaves, em 1923, é o marco da previdência social no
brasil, ou seja, é o primeiro momento que o estado faz a assunção de ações específicas para
este grupo, através da instituição das caixas de aposentadorias e pensões – CAPS.
Características das CAPS:

Era Vargas – 1930 a 1964

A crise do café e a crise política da Velha República desencadearam um golpe de Estado


conhecido como Revolução de 1930. A indústria passa ser a maior responsável pelo acúmulo
de capital.
Em 1933, as CAPS são UNIFICADAS e são criados os Institutos de Aposentadorias e
Pensões – IAPS, garantindo benefícios assegurados aos associados:

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Autoritarismo – 1964 a 1984

O regime militar que se instala a partir de 1964, de caráter ditatorial e repressivo, procura
utilizar-se de forças policiais e do exército e dos atos de exceção para se impor.
O governo militar implantou reformas institucionais que afetaram profundamente a saúde
pública e a medicina previdenciária.

O regime autoritário, instaurado após o golpe militar de 1964, trouxe, como consequên-
cia imediata para as políticas de saúde no Brasil, um total esvaziamento da participação
da sociedade nos rumos da previdência. De outro lado, também provocou uma centra-
lização crescente da autoridade decisória, marcada pela criação do Instituto Nacional
de Previdência Social (INPS), resultado da fusão dos vários IAPs, em 1966 (Oliveira &
Teixeira, 1985, Mendes, 1993).

Com a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) no Instituto Nacional


de Previdência Social (INPS), em 1966, concentraram-se todas as contribuições previdenciá-
rias, ao mesmo tempo em que o novo órgão passou a gerir as aposentadorias, as pensões e a
assistência médica de todos os trabalhadores formais, embora excluíssem dos benefícios os
trabalhadores rurais e uma gama de trabalhadores urbanos informais (POLIGNANO, 2002).
As políticas de saúde do primeiro período da ditadura, que compreendeu a fase do “mila-
gre brasileiro”, entre 1968 e 1974 foram caracterizadas por uma síntese, produto de reorga-
nizações setoriais do sanitarismo campanhista do início do século e do modelo de atenção
médica previdenciária do período populista (LUZ,1991).
Segundo Roncali (2002), a população com baixos salários, contidos pela política econô-
mica e pela repressão, passou a conviver com o desemprego e as suas graves consequên-
cias sociais, como aumento da marginalidade, das favelas, da mortalidade infantil. O modelo
de saúde previdenciário começa a mostrar as suas mazelas:
Por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os
principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias, e os indicadores
de saúde (mortalidade infantil, por exemplo), além das seguintes consequências:

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Na tentativa de conter custos e combater fraudes, o governo criou em 1981 o Conselho


Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) ligado ao INAMPS (POLIG-
NANO, 2001).
A metade dos anos 1980 é marcada por uma profunda crise de caráter político, social
e econômico. A previdência, ao fim de sua fase de capitalização e com problemas de caixa
oriundos de uma política que estimulava a corrupção e o desvio de verbas se apresentava
sem capacidade para dar conta das demandas criadas. Na outra ponta, o regime autoritário
teria que buscar formas de legitimação diante da insatisfação popular. (RONCALLI, 2001).

Fim da Ditadura e Nova República (1985 – 1988)

O movimento das Diretas Já (1985) e a eleição de Tancredo Neves marcaram o fim


do regime militar, gerando diversos movimentos sociais, inclusive na área de saúde, que
culminaram com a criação das associações dos secretários de saúde estaduais (CONASS)
ou municipais (CONASEMS), e com a grande mobilização nacional por ocasião da realiza-
ção da VIII Conferência Nacional de Saúde (Congresso Nacional,1986), a qual lançou as
bases da reforma sanitária e do SUDS -Sistema Único Descentralizado de Saúde (POLIG-
NANO, 2001).

A VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituição de 1988

A VIII CNS foi o marco da reforma sanitária, e esta foi mais do que uma reforma setorial.
O movimento sanitário emergia juntamente com outros, todos solicitando o resgate da dívida
social do período da ditadura militar.
A Constituinte de 1988 no capítulo VIII da Ordem social e na seção II referente à
Saúde define no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros

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agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação”.
O que precisamos saber da VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE?
• Grande marco da reforma sanitária brasileira;
• Participação pela primeira vez dos usuários;
• Discutiu e aprovou a unificação do sistema de saúde;
• Conceito ampliado de saúde;
• Saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
• Instituição de um Sistema Único de Saúde;
• A partir dela se modificaram as bases de organização, deliberação e representação
das Conferências Nacionais de Saúde.

O Nascimento do SUS (Período Pós-constituinte)

Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi regulamen-
tado em 19 de setembro de 1990 através da Lei 8.080. Esta lei define o modelo operacional
do SUS, propondo a sua forma de organização e de funcionamento.
A saúde passa a ser definida de uma forma mais abrangente, de acordo com o art. 3º:
“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, atividade
física o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”.

3. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (ARTIGOS 196 AO 200)

Apesar de estar inserida no título da Seguridade Social, a Saúde contempla uma seção
especifica na Constituição Federal, somando os artigos 196 ao 200.
Iniciaremos o estudo direcionado dos artigos constitucionais que estão relacionados dire-
tamente com a saúde. Vale lembrar que estes são fruto do movimento sanitário, que teve
como marco a VIII Conferência Nacional de Saúde.

O PULO DO GATO
As bancas elaboradoras cobram, muitas vezes, os artigos na íntegra. Então, vamos fazer
grifos para facilitar a fixação e o entendimento.

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

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Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica
de direito privado.

O primeiro artigo constitucional que trata sobre a Saúde, traz a obrigação do Estado e
deixa claro que a saúde é um direito de todos. Além disso, relaciona a existência de um sis-
tema de saúde a uma política social e econômica.

Esse artigo vem para fortalecer a obrigação do Estado frente às ações e serviços de
saúde. E, por esse motivo, deixa explicitado na própria Constituição a obrigação do Poder
Público na criação de uma lei (“leis orgânicas”) que regulamentem, fiscalizem e controlem as
ações de serviços de saúde! Lembrem-se: REFICO – REgula, FIscaliza e COntrola.

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Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquiza-
da e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

Descentralização não significa outra coisa senão a transferência de atribuições em maior


ou menor número dos órgãos centrais para os órgãos locais ou para pessoas físicas ou
jurídicas. Centralização é a convergência de atribuições, em maior ou menor número, para
órgãos centrais.

O artigo 198 da Constituição Federal de 1988 é um dos mais cobrados em provas, prin-
cipalmente, as diretrizes do SUS.

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. (...)

§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições pri-


vadas com fins lucrativos.

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§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência


à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

É quase certeza que você irá se deparar com uma questão que afirme ser vedado ou per-
mitido a participação do capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil, nesse momento
você vai analisar a questão e lembrar que: de acordo com o artigo 199 da CF, continua sendo
vedado e o artigo 23 da Lei Orgânica da Saúde estabelece que é permitido, elencando os
casos que abarcam essa permissão.

Para finalizar os itens mais importantes sobre a Constituição Federal, vamos falar sobre
as competências do SUS, que estão elencadas no artigo 200 da Constituição Federal de
1988. Dentre as competências do SUS, aquelas que merecem um maior destaque dizem
respeito à execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador e incrementar em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e
tecnológico e a inovação. Esses são itens certeiros para provas.

4. LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – LEI N. 8.080/1990

A Lei n. 8.080/1990 é considerada a primeira lei orgânica da Saúde. Ela veio para regu-
lamentar os artigos constitucionais inerentes à saúde.
A Lei n. 8.080 foi votada em 19 de setembro de 1990. Essa lei aborda as condições
para promover, proteger e recuperar a saúde, além da organização e do funcionamento
dos serviços também relacionados à saúde.

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A Lei regula em todo âmbito nacional, agregando todas as ações e serviços de saúde,
inclusive os que são prestados pela iniciativa privada.
Por meio da Lei n. 8.080/1990, as ações de saúde passaram a ser regulamentadas
em todo território nacional.
A participação da iniciativa privada no SUS é aceita em caráter complementar com
prioridade das entidades filantrópicas sobre as privadas lucrativas. A descentralização polí-
tico-administrativa é reforçada na forma da municipalização dos serviços e das ações de
saúde, com redistribuição de atribuições e recursos em direção aos municípios.
Um tema fundamental tratado na Lei Orgânica n. 8.080/1990 é a garantia da gratui-
dade das ações e dos serviços nos atendimentos públicos e privados contratados e
conveniados. Além disso, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recupera-
ção da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências.
O artigo 1º da Lei n. 8.080/1990 dispõe que essa lei regula, em todo o território nacional,
as ações e serviços de saúde, executados, isolada ou conjuntamente, em caráter per-
manente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
O dever do Estado de garantir a saúde consiste:

As bancas costumam afirmar que o dever do Estado de garantir acesso à saúde exclui
o das empresas e o da sociedade em geral, mas a partir de hoje, você vai sempre lembrar
que o dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Uma das reivindicações advindas da VIII Conferência Nacional de Saúde foi o conceito
ampliado de Saúde. A Lei n. 8.080/1990 adotou o novo conceito, que afirma:
Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde
como determinantes e condicionantes, entre outros,

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O conceito ampliado de saúde foi uma das solicitações da VIII CNS. Observem que a
saúde deixa de ser um conceito estanque – ausência de doenças – e passa a agregar fatores
determinantes e condicionantes. Observem que, em sua maioria, esses fatores estão liga-
dos a outros setores do poder público. Logo, para que haja condições adequadas de saúde,
existe a necessidade de fomentar ações intersetoriais.
Esse conceito também é conhecido como conceito social, conceito subjetivo e quali-
dade de vida.
Corroborando, ainda, com o conceito ampliado de saúde, a lei afirma que dizem respeito
também à saúde as ações que se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições
de bem-estar físico, mental e social.
Um conceito superquerido das bancas de provas é do próprio SUS, que é definido no 4º
artigo da Lei n. 8.080/1990, como:

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Estão incluídas, ainda, no conjunto de ações:

Podemos notar que a Lei n. 8.080/1990 vem sempre regulamentando os artigos constitu-
cionais, às vezes com o teor muito parecido. Não é diferente quando se trata da participação
da iniciativa privada no SUS, conforme vimos no artigo 199 da CF. Ela é livre, fato corrobo-
rado pelo parágrafo 2º do artigo 4º da LOS n. 8.080. A iniciativa privada pode participar do
SUS, em caráter complementar, tendo prioridade as instituições filantrópicas e sem fins
lucrativos. Mas existe um pré-requisito para a contratação ou convênio com a rede privada:

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• Haver insuficiência de recursos da rede pública.

Apesar de contar com 54 artigos, e a maioria deles já ter sido cobrado em provas em
algum momento, os artigos que são cobrados com maior frequência estão compreendidos
entre o 4º e o 7º.
A Lei n. 8.080/1990 dispõe que o SUS possui três objetivos:

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Estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):

Também fazem parte do campo de atuação do SUS:

Um item cobrado com uma frequência enorme são os conceitos relacionados às vigilân-
cias, conforme veremos a seguir:

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A Lei n. 8.080 trata também sobre a saúde do trabalhador. Algumas vezes, você poderá
encontrar na prova a definição de vigilância em saúde do trabalhador, então não hesite em
marcar a resposta certa.
De acordo com a Lei n. 8.080, a saúde do trabalhador consiste em um conjunto de
atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recupera-
ção e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho, abrangendo:
• assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença pro-
fissional e do trabalho;
• participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estu-
dos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existen-
tes no processo de trabalho;

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• participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da norma-


tização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento,
transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de
equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
• avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
• informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre
os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão,
periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
• participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do traba-
lhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
• revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho,
tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
• a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdi-
ção de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver
exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.

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O artigo 7º da Lei n. 8.080 elenca os princípios do SUS, sendo um dos mais cobrados em
provas de concursos e residências:

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Seguindo com nossa aula sobre a Lei Orgânica n. 8.080/1990, veremos que as ações e
os serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde – SUS, seja diretamente ou
mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regio-
nalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
A direção do Sistema Único de Saúde – SUS é única, sendo exercida em cada esfera de
governo pelos seguintes órgãos:

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Os Municípios poderão constituir consórcios para desenvolver, em conjunto, as ações


e os serviços de saúde que lhes correspondam.
• Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção
única e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.
• No nível municipal, o Sistema Único de Saúde – SUS poderá organizar-se em
distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a
cobertura total das ações de saúde.

A Lei n. 8.080/1990 prevê a criação de comissões intersetoriais, ou seja, um trabalho em


conjunto com outros setores.
Essas comissões serão de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional
de Saúde, integradas pelos ministérios e órgãos competentes e por entidades representati-
vas da sociedade civil.
As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de
interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do
Sistema Único de Saúde – SUS.
A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá,
em especial, as seguintes atividades:

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A Lei n. 8.080/1990 também trata sobre as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite.


As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros
de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema
Único de Saúde (SUS).
A atuação das Comissões Intergestores Bipartite – CIB e Tripartite – CIT terá
por objetivo:

A Lei n. 8.080/1990 dispõe também sobre o CONASS e CONASEMS.


Sobre o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional
de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), é importante considerar:
• Eles são reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais
e municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade
pública e de relevante função social, na forma do regulamento.
• O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por
meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institu-
cionais, podendo ainda celebrar convênios com a União.
• Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) são reconhecidos como
entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar
de matérias referentes à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao CONA-
SEMS, na forma que dispuserem seus estatutos.

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A Lei n. 8.080/1990 traz em seu texto as competências e as atribuições de cada esfera


de gestão (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) no tocante ao SUS. Tais atribuições
estão listadas nos artigos 15, 16, 17, 18 e 19.
Artigo 15
• Apresentas as competências e atribuições comuns.
Artigo 16
• Elenca as competências e atribuições da União.
Artigo 17
• Traz as competências e atribuições do estado.
Artigo 18
• Elenca as competências e atribuições dos municípios.
Artigo 19
• Por fim, prevê que ao Distrito Federal competem as atribuições definidas para estados
e municípios.

Fique atento à novidade que foi incluída no artigo 16, no ano de 2021:

Art. 16. (...)


§ 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias
especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle
da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação
nacional. (Renumerado do parágrafo único pela Lei n. 14.141, de 2021)
§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública, poderá ser
adotado procedimento simplificado para a remessa de patrimônio genético ao exterior, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei n. 14.141, de 2021)
§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto acabado ou material reprodu-
tivo oriundo de acesso ao patrimônio genético de que trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos
termos da Lei n. 13.123, de 20 de maio de 2015. (Incluído pela Lei n. 14.141, de 2021)

Alguns Subsistemas da Saúde ganharam espaço na Lei n. 8.080/1990, incluindo o da


Atenção à Saúde Indígena.
É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena – SASI, componente do Sis-
tema Único de Saúde – SUS, criado e definido por essa Lei e pela Lei n. 8.142, de 28 de
dezembro de 1990, com o qual funcionará em perfeita integração.
O financiamento do SASI é de responsabilidade da União (recursos próprios), podendo
os estados, municípios, instituições governamentais e não governamentais atuar comple-
mentarmente no custeio e na execução das ações.

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Veja esta novidade do ano de 2020:

A União instituirá mecanismo de financiamento específico para os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios, sempre que houver necessidade de atenção secundária e terciária
fora dos territórios indígenas. (Incluído pela Lei n. 14.021, de 2020)
Em situações emergenciais e de calamidade pública: (Incluído pela Lei n. 14.021, de 2020)
• a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não previstos nos planos de
saúde dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIS) ao Subsistema de Aten-
ção à Saúde Indígena; (Incluído pela Lei n. 14.021, de 2020)
• deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos emergenciais para
atendimento dos pacientes graves das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde,
explicitados os fluxos e as referências para o atendimento em tempo oportuno. (Inclu-
ído pela Lei n. 14.021, de 2020)
Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as especificida-
des da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde
indígena, que se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando
os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio ambiente,
demarcação de terras, educação sanitária e integração institucional.

O atendimento à população indígena deverá ocorrer através de abordagem diferenciada


e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde:

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O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser como o SUS.


O Subsistema terá como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas – DSEIS.
O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde Indí-
gena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas regi-
ões onde residem as populações indígenas, para propiciar essa integração e o atendi-
mento necessário em todos os níveis, sem discriminações.
Outro subsistema importante é o de Internação Domiciliar, que foi incluso na Lei n. 8.080
a partir de 2002.
Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares, incluem-se prin-
cipalmente os procedimentos:

O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidiscipli-


nares que atuarão nos níveis da medicina:
• O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação
médica, com expressa concordância do paciente e de sua família.
• O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidiscipli-
nares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora.

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Um importante subsistema incluso em 2005, sobretudo para a atenção integral à Saúde


da Mulher, é o de acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.
Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde – SUS, da rede própria ou conve-
niada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante
durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, sendo esse
acompanhante indicado pela parturiente.

A Lei n. 8.080 também reservou um capítulo para tratar sobre a assistência terapêutica
e incorporação de tecnologia em saúde. Um dos itens mais importantes e que costuma ser
cobrado em provas é a definição dos protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas.

São adotadas as seguintes definições:

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Ainda sobre a assistência terapêutica, houve uma alteração na Lei n. 8.080/1990 no ano
de 2022, através da Lei n. 14.312, de 2022. Dificilmente será cobrada em provas, haja visto a
incidência do capítulo em provas de concursos e residências, mas fica o alerta para realizar
a leitura da legislação completa.
Assunto recorrente em provas, estudaremos agora sobre os serviços privados de assis-
tência à saúde e da participação em caráter complementar.
O que são serviços privados de assistência à saúde?

Eles atuam na promoção, proteção e recuperação da saúde.


A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, que pode participar do SUS em caráter
complementar, quando for comprovada insuficiência de recursos na rede pública para
atendimento integral da população.
É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de
capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos:
• Doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas,
de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;
• Pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar:

A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato


ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.

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As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do


Sistema Único de Saúde (SUS).

Os critérios e os valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura


assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), ou
seja, pelo Ministério da Saúde, e aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração,
a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em
demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos
serviços contratados.
Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico
e financeiro do contrato.
Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contrata-
dos é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de
Saúde (SUS).
A política de recursos humanos no SUS e o financiamento também ganharam uma seção
especial no âmbito da Lei n. 8.080/1990.
A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada, articu-
ladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos:

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Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) constituem


campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjun-
tamente com o sistema educacional – sendo articulado pelas Comissões Permanentes.
No tocante ao financiamento do SUS, o orçamento da seguridade social destinará ao
Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a receita estimada, os recursos necessários
à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional,
com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista
as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:

As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas dire-
tamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder em que
forem arrecadadas.

ATENÇÃO
As contas são denominadas FUNDOS DE SAÚDE e são pré-requisitos para o repasse
fundo a fundo, regular e automático.

As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sis-


tema Único de Saúde (SUS) serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros
da União, estados, Distrito Federal, municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da
Habitação (SFH).

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• O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a confor-


midade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a estados e
municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá
ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei.

Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social, será observada a mesma


proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social.
Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a estados, Distrito Federal e
municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de
programas e projetos:

Por fim, a Lei n. 8.080 também tratou sobre o financiamento no âmbito do SUS.
O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será ascen-
dente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-
-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de
saúde dos municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União.
• Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na res-
pectiva proposta orçamentária.
• Os planos de saúde são a base para o planejamento no SUS. São compostos de
programações anuais e devem ser elaborados a cada 4 anos por todas as esferas
de governo.

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• Nesse instrumento deve constar a proposta orçamentária para o período, e sua imple-
mentação depende da aprovação dos respectivos conselhos.

É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previs-


tas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na
área de saúde.

ATENÇÃO
Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de
serviços de saúde com finalidade lucrativa.

Nas disposições finais e transitórias, temos os seguintes tópicos importantes para provas:
• Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao Sistema
Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia administra-
tiva, em relação ao patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa
e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que estejam vinculados.
• Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças
Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispu-
ser em convênio que, para esse fim, for firmado.
• O Sistema Único de Saúde (SUS) estabelecerá mecanismos de incentivos à participa-
ção do setor privado no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a transfe-
rência de tecnologia das universidades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde
nos estados, Distrito Federal e municípios, e às empresas nacionais.
• Os convênios entre a União, os estados e os municípios, celebrados para implantação
dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à propor-
ção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O SUDS foi uma estratégia ponte, ou seja, um sistema transitório entre o modelo antigo
e o SUS. Essa época foi conhecida como estadualização da saúde.

5. LEI ORGÂNICA N. 8.142/1990

A segunda Lei Orgânica da Saúde vem regulamentar, de forma mais precisa, a diretriz
constitucional da Participação da Comunidade no SUS.
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS
e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá
outras providências.

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O controle social é uma diretriz e um princípio do SUS. É o mecanismo de participação


da comunidade nas ações de saúde em todas as esferas de governo. De forma instituciona-
lizada, temos os conselhos e as conferências de saúde.
O Sistema Único de Saúde – SUS de que trata a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990,
contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as
seguintes instâncias colegiadas:
• I – A Conferência de Saúde, e
• II – O Conselho de Saúde.

Conferência de Saúde é um espaço de discussão das políticas de saúde em todas as


esferas de governo. As conferências acontecem, de forma ordinária, a cada 4 anos e, como
fórum de discussão, avaliam e propõem mudanças ou novas políticas e programas de saúde
para o país. Cada município deve realizar a conferência de saúde, na qual serão eleitos os
representantes para participar da conferência estadual. Na conferência estadual, por sua
vez, serão eleitos os representantes que participarão da Conferência Nacional de Saúde.
As conferências de saúde são espaços de discussão das políticas. A mais importante,
para a construção e consolidação de um sistema único com participação popular, foi a VIII
CNS, que aconteceu em 1986, momento de consolidação da reforma sanitária e da criação
dos ideais do SUS.
A participação popular somente aconteceu a partir da VIII CNS, e a periodicidade de 4
anos passa a ser institucionalizada na Lei n. 8.142/1990. Mas, na gestão do Governo Collor,
período conhecido como o “retrocesso do SUS”, o intervalo entre as conferências não seguiu
o que a lei definiu. A partir da IX CNS, as conferências aconteceram como previsto na lei
em questão.
O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado com-
posto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde
e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política
de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros,
cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada
esfera do governo.

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A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde será


paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
Tanto nas conferências quanto nos conselhos de saúde tem-se composição QUADRI-
PARTITE – usuários, governo, prestadores e trabalhadores da saúde. O segmento dos usu-
ários deve ser de 50% em relação ao conjunto dos demais segmentos. Essa determinação
legal garante maior participação popular.
As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas
de funcionamento definidas em regimento próprio aprovado pelo respectivo Conselho.
A quantidade de conselheiros não é explicitada na lei, mas o número, ou seja, o quan-
titativo de conselheiros é definido, nas três esferas de governo, pelo regimento próprio de
cada conselho.
A Lei n. 8.142/1990 também trata sobre a transferência dos recursos do SUS, e dispõe
que os recursos do Fundo Nacional de Saúde – FNS serão alocados como:

O Fundo Nacional de Saúde é a conta específica, no âmbito do Ministério da Saúde, para


o recebimento e a movimentação dos valores destinados às ações e serviços do SUS, fisca-
lizado pelo Conselho Nacional de Saúde – CNS.
Os recursos para as ações de Saúde serão repassados de forma regular e automática
para os municípios, estados e Distrito Federal de acordo com os critérios previstos no art. 35
da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990.
Os recursos serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos municípios, afetando-
-se o restante aos estados.

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Pré-requisitos para o recebimento de recursos

Para o recebimento de recursos do Fundo Nacional de Saúde, os estados e os municí-


pios DEVEM contar com o somatório dos pré-requisitos descritos no acima.
O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal dos
requisitos estabelecidos implicará em que os recursos concernentes sejam administrados,
respectivamente, pelos estados ou pela União.

6. DECRETO N. 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011

A Lei Orgânica da Saúde n. 8.080/1990 regulamenta os artigos constitucionais da Saúde,


e, de certa forma, amplia e ratifica o SUS. Nesse mesmo sentido, em 2011 foi publicado o
Decreto 7.508, para regulamentar a Lei n. 8.080/1990. Veja que isso aconteceu 21 anos
depois. O SUS está em constante construção.
Conforme já estabelecido na Lei n. 8.080/1990, o SUS deve ser organizado de forma
regionalizada e hierarquizada. Por isso, o Decreto n. 7.508/2011 cria as Regiões de Saúde.
Cada região deve oferecer serviços de atenção primária, urgência e emergência, atenção
psicossocial, atenção ambulatorial especializada e hospitalar e, por fim, vigilância em saúde.
O segundo artigo do Decreto n. 7.508/2011 aborda alguns conceitos que estão entre os
mais cobrados nas provas de Residências e merecem nossa total atenção.

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No Capítulo II, o Decreto n. 7.508/2011 aborda de forma mais explícita a organização do


SUS, começando com o conceito de SUS.

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O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e recu-
peração da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante
a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma regionalizada
e hierarquizada.
No sentido de fortalecer a regionalização, o decreto prevê a constituição das Regiões de
Saúde. Esses espaços geográficos devem ser instituídos de forma articulada entre os esta-
dos e os municípios, podendo ser compostas por municípios limítrofes.
Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de:

Um tema muito recorrente nas provas é a composição mínima das ações para instituir
uma Região de Saúde. Primeiramente, o conjunto de municípios precisa ter no mínimo os
cinco requisitos. Não é necessário que todos os municípios possuam os cinco, mas também
não pode haver somente quatro na soma.
As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de
Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões
Intergestores.
Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde:

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Quando o assunto é a hierarquização dos serviços no âmbito do SUS, o decreto dedicou


uma seção exclusiva para o assunto.
O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas
Portas de Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo
com a complexidade do serviço.
As Portas de Entrada do SUS são cobradas com muita frequência, tanto a sua definição,
que consta no artigo 2º, quanto os serviços que são considerados como portas de entrada do
sistema, que constam no artigo 9º.
São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à
Saúde os serviços:

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Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especializados, entre outros de maior


complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada.
O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde será ordenado pela
atenção primária e deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo
e no critério cronológico, observadas as especificidades previstas para pessoas com prote-
ção especial, conforme legislação vigente.
A população indígena contará com regramentos diferenciados de acesso, compatí-
veis com suas especificidades e com a necessidade de assistência integral à sua saúde,
de acordo com disposições do Ministério da Saúde.
Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado em saúde, em todas as suas
modalidades, nos serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da rede de atenção
da respectiva região.
O Decreto também fortalece o princípio da integralidade da assistência, principalmente
ao tratar de forma inicial sobre as redes de atenção à Saúde, que são mais bem exploradas
na Portaria n. 4.279 de 2010.
Um capítulo muito cobrado em provas de concursos e de residências, tanto quando o
assunto é o Decreto n. 7.508/2011 quanto quando o assunto é o PlanejaSUS (Sistema de
Planejamento no SUS), é o que dispõe sobre o Planejamento da Saúde.
Segundo o Decreto n. 7.508/2011, o processo de planejamento da saúde será ascen-
dente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde,
compatibilizando-se as necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de recur-
sos financeiros.
Considerações importantes sobre o Planejamento na Saúde, de acordo com o Decreto
n. 7.508/2011:

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Ainda com intuito de fortalecer a integralidade da assistência, o Decreto n. 7.508/2011


dedica um capítulo para falar sobre a Assistência à Saúde. Nesse capítulo, os itens que mais
são cobrados em provas estão relacionados à RENAME e à RENASES.
A integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na Rede de Atenção à
Saúde, mediante referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, conforme pac-
tuado nas Comissões Intergestores.

Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RENASES

O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em âmbito nacional. A cada dois anos,
o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENASES. Os estados, o
Distrito Federal e os municípios poderão adotar relações específicas e complementares de
ações e serviços de saúde.

Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME

A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional – FTN que subsi-


diará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos.
O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a RENAME. A cada dois
anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENAME, do respec-
tivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.
O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar relações específicas e com-
plementares de medicamentos, em consonância com a RENAME, respeitadas as respon-
sabilidades dos entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o pactuado nas
Comissões Intergestores.
O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe, cumulativamente:

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O penúltimo capítulo do Decreto n. 7.508/2011 trata sobre as Comissões Intergestores.


As Comissões Intergestores pactuarão a organização e o funcionamento das ações e
serviços de saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo:

As Comissões Intergestores pactuarão:


• Aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS;
• Diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde;
• Diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadual, a respeito da organi-
zação das redes de atenção à saúde;
• Responsabilidades dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde;
• Referências das regiões intraestaduais e interestaduais de atenção à saúde para o
atendimento da integralidade da assistência.

Serão de competência exclusiva da CIT a pactuação:

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E, para deixar tudo muito bem amarrado, no tocante às responsabilidades e ações de


cada parte envolvida em uma região de Saúde, nada melhor do que um contrato. Então,
vamos saber um pouco sobre o COAP.
O acordo de colaboração entre os entes federativos para a organização da rede inter-
federativa de atenção à saúde será firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação
Pública da Saúde.
O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a organização e a integra-
ção das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma
Região de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência aos usuários.
O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde definirá as responsabilidades indivi-
duais e solidárias dos entes federativos com relação:
• às ações e serviços de saúde,
• aos indicadores e às metas de saúde,
• aos critérios de avaliação de desempenho,
• aos recursos financeiros que serão disponibilizados,
• à forma de controle e fiscalização da sua execução
• e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e servi-
ços de saúde.
Dentre as disposições essenciais que deverão constar no Contrato Organizativo da Ação
Pública de Saúde, estão a identificação das necessidades de saúde locais e regionais, a
oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, a promoção, proteção e recuperação da
saúde em âmbito regional e inter-regional e as responsabilidades assumidas pelos entes
federativos perante a população no processo de regionalização, as quais serão estabeleci-
das de forma individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a capacidade de pres-
tação das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde.

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O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes diretrizes


básicas para fins de garantia da gestão participativa:
• estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e
dos serviços, como ferramenta de sua melhoria;
• apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e
• publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde
do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar.
Ficamos por aqui com os principais itens do Decreto n. 7.508/2011. Sempre recomendo
a leitura “seca” dos marcos jurídicos, pois facilita o aprendizado, e, juntamente a aulas como
esta, que pretende fornecer um direcionamento para o que é mais cobrado nas provas, for-
nece subsídios suficientes para sua aprovação.

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QUESTÕES

DIRETO DO CONCURSO
1. (2015/VUNESP/HCFMUSP) O projeto de reforma sanitária influenciou a construção do
SUS (Sistema Único de Saúde), que apresenta princípios relacionados aos seus aspec-
tos legais, concepção de saúde e definição do papel do Estado. Os serviços de saúde
devem ser estruturados de maneira que haja uma ordenação da prestação de acordo
com as demandas apresentadas. Está-se falando do princípio da
a. categorização.
b. regionalização.
c. centralização.
d. universalização.
e. hierarquização.

COMENTÁRIO
a. Errado. Não é considerado um princípio do SUS.
b. Errado. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem,
visando o comando unificado destes.
c. Errado. Não é considerado um princípio do SUS. Cuidado para não cair em pegadinhas
e confundir com o princípio da descentralização.
d. Errado. A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado asse-
gurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou
pessoais. Ou seja, o acesso é literalmente universal.
e. Certo. No âmbito do Sistema Único de Saúde, a prestação de serviços será hierarquiza-
da de acordo com as necessidades apresentadas pelo usuário.

2. (COMPERVE/2018/PREFEITURA DE NATAL-RN) A Constituição Federal de 1988 in-


cluiu, no capítulo da seguridade social, a saúde como direito de todos e dever do Es-
tado, fundamentando a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS passa a
ser o principal norteador na condução das políticas de saúde do Brasil, incorporando o
conceito ampliado de saúde e entendendo a saúde como cidadania. A partir de então,
as políticas públicas de saúde no Brasil
a. priorizam a assistência nas unidades de atenção primária em saúde que, na rede de
atenção à saúde, estão concentradas em locais específicos do território.
b. preconizam a realização de ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação
da saúde, fundamentando-se na integralidade e priorizando as ações curativas.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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c. garantem o acesso universal aos serviços de saúde realizados nas Unidades Básicas
e o atendimento para serviços de alta complexidade através da saúde suplementar.
d. baseiam-se na justiça social para superar as desigualdades na assistência e garan-
tem o acesso gratuito aos serviços públicos de saúde.

COMENTÁRIO
a. Errado. Não há priorização de assistência na atenção primária, mas, por estar mais pró-
xima da população, esta é considerada a porta de entrada do sistema, estando presente
na maior parte do território brasileiro.
b. Errado. Note que a alternativa começa de forma correta, mas ao final afirma que há uma
priorização das ações curativas, quando, na verdade, temos a priorização de ações pre-
ventivas, sem detrimento das curativas.
c. Errado. O atendimento nos serviços de alta complexidade pode ser hierarquizado para
a rede complementar ao SUS, em caráter de convênio.
d. Certo. As políticas de saúde que vigoram no país trazem, em consonância com os ideais
do SUS, o princípio da equidade (justiça social), bem como a gratuidade dos serviços de
atenção à Saúde.

3. (COMPERVE/2018/PREFEITURA DE NATAL-RN) Em meio a uma profunda crise eco-


nômica e política do Estado brasileiro, surge, no final da década de 1970 e início dos
anos 1980, o Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira, que defendia um sistema
de saúde universal, em contraposição ao modelo médico assistencial privatista, então
vigente, que se apresentava cada vez mais ineficiente, caro e excludente. O Movimento
pela Reforma Sanitária Brasileira
a. propôs estratégias como as Ações Integradas em Saúde para o alcance de um sis-
tema de saúde mais integrado que foram implantadas após a Constituição de 1988.
b. teve a participação de profissionais de saúde, de intelectuais da saúde coletiva e de
lideranças políticas, mas sem a colaboração de parlamentares.
c. teve seu ponto alto na VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, a qual
produziu um relatório que pouco influenciou no Sistema Único de Saúde.
d. gerou mudanças no sistema de saúde, alcançando mudanças institucionais importan-
tes e apontando alternativas centradas na Atenção Primária em Saúde.

COMENTÁRIO
a. Errado. As ações integradas de Saúde foram implantadas a partir de 1982, após a cria-
ção do CONASP.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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b. Errado. Teve a participação de profissionais de saúde, de intelectuais da saúde coletiva


e de lideranças políticas, contando também com a colaboração de parlamentares.
c. Errado. O movimento da Reforma Sanitária teve seu ponto alto na VIII Conferência Na-
cional de Saúde, realizada em 1986, a qual produziu um relatório que serviu como base
ideológica e filosófica para a criação do Sistema Único de Saúde.
d. Certo. O movimento da Reforma Sanitária foi um marco importantíssimo para as diver-
sas mudanças que ocorreram nas políticas de saúde no Brasil, sobretudo após a promul-
gação da Constituição Federal de 1988, que institucionalizou as ideias surgidas na VIII
Conferência Nacional de Saúde, criando assim o SUS.

4. (COMPERVE/2018/PREFEITURA DE NATAL-RN) As políticas públicas, dentre elas as


políticas de saúde, traduzem a forma como o Estado interfere na vida da sua população.
No Brasil, considerando o período que vai desde o início do século XX até a implemen-
tação do Sistema Único de Saúde, as ações do Estado direcionadas à resolução dos
problemas de saúde da população caracterizaram-se como excludentes e com clara
dicotomia entre as ações de saúde pública e as de assistência à saúde. Em oposição a
esse modelo de atenção, no final da década de 1970 surge o Movimento pela Reforma
Sanitária Brasileira, que defendia
a. a reorganização do sistema de saúde para tornar-se descentralizado e integral.
b. ações de assistência à saúde vinculadas à previdência e com a participação popular.
c. ênfase na extensão da cobertura e nas ações realizadas nos serviços hospitalares.
d. ações de assistência à saúde ofertadas pelo Estado e financiadas pelo setor privado.

COMENTÁRIO
a. Certo. O movimento da reforma sanitária trazia como bandeira um Sistema de Saúde
Universal, gratuito, descentralizado e que contemplasse a integralidade da assistência.
b. Errado. Os ideais trazidos pelo movimento da Reforma Sanitária buscavam romper com
a assistência previdenciária que até então predominava no País.
c. Errado. Os novos ideais incorporados à Saúde, a partir do movimento da reforma sani-
tária, visavam o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde.
d. Errado. Uma das defesas do movimento da Reforma era o financiamento da Saúde pelo
Estado, que passou a ser compartilhado entre os entes Federativos, após a Constituição
de 1988 e suas respectivas legislações infraconstitucionais.

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5. (IADES/2018/SES-DF) O Movimento Sanitário Brasileiro, intensificado a partir das dé-


cadas de 1970 e 1980, em consonância com as lutas pelo processo de redemocratiza-
ção da sociedade brasileira, teve como ponto alto da própria articulação a(o)
a. VIII Conferência Nacional de Saúde.
b. Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata.
c. I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde.
d. Relatório Lalonde.
e. 9ª Conferência Global de Promoção da Saúde.

COMENTÁRIO
a. Certo. O principal marco da Reforma Sanitária foi a VIII Conferência Nacional de Saú-
de, realizada em 1986, e originou as bases ideológicas e filosóficas do Sistema Único de
Saúde (SUS).
b. Errado. A Conferência de Alma-Ata tem uma grande importância, principalmente para o
fortalecimento da Atenção Básica, mas a assertiva requer o marco em nível nacional.
c. Errado. Vide alternativa B. Alma-Ata foi a primeira Conferência Internacional sobre Cui-
dados Primários de Saúde.
d. Errado. Embora guarde sua importância na história, o relatório em pauta foi um marco
importante para ressignificação de práticas sanitárias, principalmente no Canadá.
e. Errado. Assim como as outras, essa Conferência teve sua importância. Contudo, esta-
mos buscando uma assertiva que trate sobre as modificações advindas de movimentos
realizados em âmbito nacional.

6. (COMPERVE/2018/SESAP-RN) A 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada


em março de 1986, foi um marco para as mudanças na área da saúde que se seguiram
ao fim do Regime Militar no Brasil. Essa conferência contou com a participação de mais
de 4.000 pessoas, reunindo instituições de saúde, representantes da sociedade civil,
dos grupos profissionais e dos partidos políticos. Dentre as principais resoluções da 8ª
Conferência Nacional de Saúde, encontram-se:
a. adoção de um conceito amplo de saúde, segundo o qual saúde é o resultado das con-
dições de alimentação, habitação, educação, entre outros, e da organização social da
produção; criação de um Sistema Único de Saúde, separando gradualmente saúde
de previdência, por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento
social, cabendo à saúde, inicialmente, maior parcela de recursos, de modo a suprir a
ausência dos recursos previdenciários.
b. adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado de con-
dições dignas de vida e acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde;
criação de um Sistema Único de Saúde, separando totalmente saúde de previdên-

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cia, por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social que
englobe os recursos destinados às políticas sociais.
c. adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado de con-
dições dignas de vida e acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde;
criação de um Sistema Único de Saúde, separando totalmente saúde de previdência,
por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento social, cabendo
à saúde, inicialmente, maior parcela de recursos, de modo a suprir a ausência dos
recursos previdenciários.
d. adoção de um conceito amplo de saúde segundo o qual saúde é o resultado das con-
dições de alimentação, habitação, educação, entre outros, e da organização social da
produção; criação de um Sistema Único de Saúde, separando gradualmente saúde
de previdência, por meio de ampla Reforma Sanitária; constituição de um orçamento
social que englobe os recursos destinados às políticas sociais.

COMENTÁRIO
a. Errado. A assertiva incorre em erro quando afirma que a separação entre saúde e previ-
dência ocorreu de forma gradual.
b. Certo. Trata-se de uma condensação dos principais objetivos alcançados após a VIII
Conferência Nacional de Saúde.
c. Errado. O erro da assertiva está em afirmar que, dentro do orçamento social, a saúde
tem a maior parte.
d. Errado. Também incorre em erro quando menciona a separação gradual entre saúde e
previdência.

7. (2015/FCC/TCM-RJ/AUDITOR/SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO) Ao Sistema Único


de Saúde compete
a. fiscalizar e inspecionar alimentos, não compreendido o controle de seu teor nutricio-
nal, bem como bebidas e águas para consumo humano.
b. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, excluídas as de saúde do
trabalhador.
c. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
d. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos e tóxicos, excluídos os radioativos.
e. controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde, vedada a sua participação na produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos.

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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 200 da CF/1988:
a. Errado. “Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutri-
cional, bem como bebidas e águas para consumo humano;”
b. Errado. “Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;”
c. Certo. “VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”
d. Errado. “Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;”
e. Errado. “Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para
a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, he-
moderivados e outros insumos;”

8. (2009/FCC/TJ-GO) Na forma da Constituição, NÃO compete ao Sistema Único de Saúde:


a. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
b. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador.
c. fornecer medicamentos experimentais, mormente quando não registrados no órgão
ou entidade de vigilância sanitária competente.
d. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico.
e. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 200 da CF/1988, compete ao SUS:

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9. (HUCAM-UFES/2014/AOCP) De acordo com a Constituição Federal, analise as asser-


tivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. Ao sistema único de saúde com-
pete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde
e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderi-
vados e outros insumos.
executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador.
ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde.
participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico.
a. Apenas I, II e III.
b. Apenas I, III e IV.
c. Apenas II e III.
d. Apenas I e IV.
e. I, II, III e IV.

COMENTÁRIO
Toda vez que solicitarem atribuições é necessário considerar a CF/1988, em seu art. 200.
Todas as assertivas trazem na íntegra o texto dos incisos.

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10. (UFSM/2014/AOCP) De acordo com a Constituição Federal de 1988, compete ao Sis-


tema Único de Saúde (SUS), EXCETO:
a. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde
do trabalhador.
b. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional,
bem como bebidas e águas para consumo humano.
c. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.
d. cobrir os eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada.
e. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

COMENTÁRIO
A DICA DA QUESTÃO ANTERIOR CABE A ESTA QUESTÃO: ARTIGO 200! Uma questão
simples de responder quando se agrega o que compete ao SUS. Observem a assertiva D
– cobrir eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada. É atribuição do SUS? Não.
É atribuição da PREVIDÊNCIA SOCIAL.

11. (UFPEL/EBSERH/2015/AOCP) A Constituição Federal de 1988 estabeleceu de for-


ma relevante uma seção sobre a saúde. Qual das alternativas a seguir faz parte
dessa seção?
a. A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e
a justiça sociais.
b. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de
colaboração seus sistemas de saúde.
c. A saúde, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
d. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa
física ou jurídica de direito privado.
e. Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde serão financiados
com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.

COMENTÁRIO
A saúde está inserida no Título VIII, Seção II, da CF/1988 – “Da Saúde”, compreendendo
os artigos 196 ao 200.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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A única assertiva que está correta é a letra D, trazendo a transcrição do artigo 197, que
dispõe: “São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Públi-
co dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física
ou jurídica de direito privado”.

12. (UFJF/EBSERH/2015) A Constituição Federal brasileira, de 5 de outubro de 1988, de-


clara que a saúde é direito de todos e dever
a. do particular.
b. da escola.
c. dos planos de saúde.
d. do Estado.
e. das empresas.

COMENTÁRIO
Essa questão não necessita ser comentada. Mas somente para relembrar: o artigo 196 da
CF/1988 dispõe que a saúde é direito de todos e dever do Estado.

13. (UFJF/EBSERH/AOCP/2015) Com base na Constituição Federal Brasileira de 05 de


outubro de 1998, sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), é correto afirmar que
a. é livre o tráfico de órgãos, tecidos e substâncias humanas no território brasileiro.
b. a assistência à saúde é expressamente proibida à iniciativa privada.
c. a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
d. não têm relevância pública as ações e serviços de saúde.
e. as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede municipal e sem hierarquia.

COMENTÁRIO
a. Errado. A lei irá dispor sobre a remoção de órgãos, mas o tráfico é crime no Brasil.
b. Errado. Segundo o artigo 199 da CF/1988: “A assistência à saúde é livre à iniciati-
va privada”.
c. Certo. Copie e cole do artigo 196 da CF/1988!
d. Errado. De acordo com o artigo 197 da CF/88: “São de relevância pública as ações e
serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regula-
mentação, fiscalização e controle (...)”.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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e. Errado. Segundo o artigo 198 da CF: “As ações e serviços públicos de saúde integram
uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único (...)”.

14. (UFG/EBSERH/AOCP/2015) Quanto às competências do Sistema Único de Saúde, as-


sinale a alternativa correta.
a. Não compete ao SUS fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de
seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano.
b. Não compete ao SUS participar do controle e fiscalização da produção, transporte,
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.
c. Não compete ao SUS colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
do trabalho.
d. Não compete ao SUS fiscalizar e inspecionar bebidas e águas para consumo animal.
e. Não compete ao SUS ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde.

COMENTÁRIO
Competências do SUS = Artigo 200 da CF/1988.
Vamos relembrar?

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e par-
ticipar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e ou-
tros insumos;
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como
bebidas e águas para consumo humano;
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substân-
cias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

A única a assertiva que realmente não compete ao SUS é fiscalizar e inspecionar bebidas
e águas para consumo animal.

15. (HDT-TO/EBSERH/AOCP/2015) De acordo com o que expressa a Constituição Fede-


ral, no que tange à participação da iniciativa privada na assistência à saúde, assinale a
alternativa correta.

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a. As instituições privadas não poderão participar do Sistema Único de Saúde. Somente


será possível, segundo diretrizes deste e mediante convênio, participação de entida-
des filantrópicas e as sem fins lucrativos.
b. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único
de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio,
vedada a participação de entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
c. As instituições privadas poderão participar do Sistema Único de Saúde somente de
forma subsidiária, quando não houver serviço público disponível, mediante contrato
de direito público, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
d. As instituições privadas poderão participar do Sistema Único de Saúde somente de
forma subsidiária, quando não houver serviço público disponível, mediante convênio
com as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
e. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único
de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio,
tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

COMENTÁRIO
Participação da iniciativa privada no SUS = Artigo 199 da CF/1988.
O inciso parágrafo 1º do artigo 199 dispõe: “As instituições privadas poderão participar de
forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante con-
trato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem
fins lucrativos”.

16. (MULTIPROFISSIONAL/USP/2016) Sobre os princípios do SUS, é correto afirmar:


a. A universalidade diz respeito à capacidade do sistema resolver a totalidade dos pro-
blemas de saúde dos usuários.
b. A equidade representa a igualdade da assistência à saúde, sem descriminação ou
privilégios de qualquer espécie.
c. A regionalização refere-se à descentralização político-administrativa, com direção
única em cada esfera de governo.
d. A integralidade é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema.
e. O controle social diz respeito à divulgação de informações quanto ao potencial dos
serviços de saúde e à sua utilização pelo usuário.

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COMENTÁRIO
É preciso ter uma boa compreensão do conceito de integralidade, um dos princípios do
SUS. Observe o que diz o inciso II do art. 7º da referida lei:

Art. 7º (...)
II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e ser-
viços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis
de complexidade do sistema;

17. (MULTIPROFISSIONAL/USP/2016) Qual dos princípios do SUS abaixo é expresso


como princípio complementar, significando tratar a diferença em busca da igualdade?
a. Descentralização.
b. Participação.
c. Universalidade.
d. Equidade.
e. Integralidade.

COMENTÁRIO
O princípio da equidade não está expresso na legislação e deriva do princípio da igual-
dade. A equidade adapta a regra para um determinado caso específico, com o intuito de
torná-la mais justa. “É tratar os desiguais de forma desigual.”

18. (USP/MULTIPROFISSIONAL/2016) É correto afirmar que a direção do Sistema Único


de Saúde será exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
a. Presidência da República, Governo do Estado e Prefeitura Municipal.
b. Ministério da Saúde, Secretaria do Estado de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde.
c. Conselho Nacional de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e Conselho Munici-
pal de Saúde.
d. Ministério do Trabalho e Previdência Social, Secretaria do Estado da Saúde e Secre-
taria Municipal de Trabalho e Ação Social.

COMENTÁRIO
Para gabaritar a questão, o candidato precisa conhecer quais são os órgãos que exercem
a direção do SUS. Isso é descrito no art. 9º da LOS n. 880/1990. Observe:

Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198
da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I – no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;

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II – no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente; e
III – no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.

19. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2017) A Lei n. 8080/1990, também chamada de Lei Orgânica da


Saúde, define os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Pode-se
afirmar que o princípio doutrinário do SUS que corresponde a “um conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” é:
a. Universalidade de acesso.
b. Regionalização e hierarquização da rede de serviços.
c. Integralidade de assistência.
d. Igualdade da assistência à saúde.

COMENTÁRIO
Faz referência ao princípio da integralidade de assistência, descrito no art. 7º, inciso II.
Observe o texto:

Art. 7º (...)
II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e ser-
viços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis
de complexidade do sistema.

20. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2018) Segundo a Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080/1990), são


critérios para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Fe-
deral e Municípios:

I – a eficiência na arrecadação de impostos;


II – o perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III – a participação paritária dos usuários no Conselho de Saúde;
IV – a previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;

Estão CORRETOS os itens:


a. II e IV.
b. I e II.
c. II e III.
d. III e IV.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
Para gabaritar a questão, faz-se necessário o conhecimento sobre quais são critérios utili-
zados para o estabelecimento de valores a serem transferidos a estados, Distrito Federal e
municípios. Esses critérios estão descritos na LOS n. 8.080/1990, em seu art. 35. Observe:

Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Muni-
cípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas
e projetos:
I – perfil demográfico da região;
II – perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III – características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV – desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V – níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI – previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
VII – ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.

21. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2018) Conforme estabelecido pela Lei n. 8080/1990, Lei Orgânica


da Saúde, as ações e serviços que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS) são
aqueles prestados por:
a. Órgãos e instituições públicas da Administração direta e indireta e as fundações
mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá participar em caráter
complementar.
b. Órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais da Administração
direta e as fundações mantidas pelo Poder Público.
c. Órgãos e instituições públicas federais, estaduais, municipais da Administração direta
e indireta. A iniciativa privada não poderá participar do SUS em caráter complementar.
d. Apenas pelas fundações mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá
participar em caráter complementar.

COMENTÁRIO
É preciso leitura atenta da LOS n. 8.080/1990. Observe que o art. 4º dessa lei traz o se-
guinte texto:

Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas fe-
derais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). (...)
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter
complementar.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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22. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2013) De acordo com a Lei 8.080/1990 em seu artigo 16, compete
à Direção Nacional do Sistema Único de Saúde:
a. coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de vigilância epi-
demiológica.
b. executar serviços de saúde do trabalhador.
c. coordenar serviços de alimentação e nutrição.
d. definir e coordenar os sistemas de rede de laboratórios de saúde pública.

COMENTÁRIO
Atente-se ao fato de que o enunciado da questão exige do candidato conhecimento sobre
as competências da Direção Nacional do Sistema Único de Saúde. É importante estudar
fazendo grifos e anotações. Observe o texto da LOS n. 8.080/1990, art. 16, inciso III.

Art. 16. (...)


VI – definir e coordenar os sistemas:
a. de redes integradas de assistência de alta complexidade;
b. de rede de laboratórios de saúde pública;
c. de vigilância epidemiológica; e
d. vigilância sanitária;

23. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2013) De acordo com a Lei n. 8.080/1990, compreendem ações


de Vigilância Sanitária aquelas:
a. que proporcionam o conhecimento, detecção ou prevenção de qualquer natureza dos
fatores condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de adotar
medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.
b. que informam ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e a empresas sobre
os riscos de acidente de trabalho, doença profissional e do trabalho.
c. que visam a assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de
doença profissional e do trabalho.
d. capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde.

COMENTÁRIO
Segundo a LOS n. 8.080/1990, art. 6º, parágrafo 1º. Atente para o texto abaixo:

Art. 6º (...)
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou preve-
nir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produ-
ção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, com-
preendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
II – o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.

24. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2017) A modalidade de atenção domiciliar, no âmbito do SUS,


estabelecida pela Lei n. 10.424/2002, que alterou a Lei n. 8.080/1990 inclui os pro-
cedimentos:
a. Médicos, de enfermagem e fisioterapêuticos para atendimento e internação, e outros
necessários para o cuidado domiciliar preventivo e de reabilitação.
b. De equipes multidisciplinares para atendimento domiciliar e procedimentos médicos
e de enfermagem para internação e terapêutica domiciliares.
c. Médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, e
outros necessários ao cuidado domiciliar integral, incluindo atendimento e internação.
d. Médicos e de enfermagem para atendimento ambulatorial e internação hospita-
lar, e outros necessários para atendimento domiciliar terapêutico, de reabilitação e
preventivo.

COMENTÁRIO
Segundo a LOS n. 8.080/1990, art. 19, parágrafo 1º:

Art. 19. (...)


§ 1º Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, principal-
mente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistên-
cia social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. (Incluído
pela Lei n. 10.424, de 2002)

25. (UFRJ/RESIDÊNCIA/2017) A Lei 8.080 de 1990 afirma que a assistência à saúde é livre
à iniciativa privada, e que esta poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS) em
caráter complementar. Sobre os serviços privados de saúde e sua participação no SUS,
conforme a alteração da Lei 8.080/90, feita pela Lei 13.097 de 2015, é INCORRETO
afirmar que:
a. O SUS poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada quando as suas
disponibilidades forem insuficientes para garantir cobertura assistencial à população
de uma determinada área.
b. É vedada a participação direta ou indireta de empresas de capital estrangeiro na
assistência à saúde.
c. É atribuição da União, Estados e Municípios elaborar normas para regular as ativida-
des dos serviços privados de saúde.
d. Os critérios e valores para a remuneração de serviços privados e os parâmetros de
cobertura assistencial são estabelecidos pelo próprio SUS.

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COMENTÁRIO
ATENÇÃO! O enunciado pede a alternativa que esteja em desacordo com a alteração na
LOS n. 8.080/1990, feita pela Lei n. 13.097 de 2015. Observe o texto do art. 23 da lei em
questão, com a alteração dada pela Lei n. 13.097, de 2015.

Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital
estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos:
I – doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entida-
des de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
II – pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei n.
13.097, de 2015)
a. hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica
especializada; e (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
b. ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
III – serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei n.
13.097, de 2015)
IV – demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)

26. (2020/UFRJ/RMF/UFRJ) O princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) definido como


“o conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, indi-
viduais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do
sistema” é:
a. Integralidade de assistência.
b. Igualdade da assistência.
c. Regionalização e hierarquização.
d. Universalidade de acesso.

COMENTÁRIO
Uma questão muito simples, a respeito do princípio da integralidade da assistência.

27. (2020/CEPS/RMS/UFPA) M.A.P. desconhecia seus direitos relacionados ao uso do Sis-


tema Único de Saúde (SUS). Após conversar com um profissional da área da saúde, ele
foi esclarecido sobre as diretrizes e princípios do SUS, o que lhe possibilitou compreen-
der melhor os seus direitos, baseado na Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Em
relação ao assunto, é correto afirmar que M.A.P.
a. não tem o direito de conhecer todas as informações relacionadas à sua saúde.
b. tem igualdade nos seus direitos à assistência na saúde privada em serviços não con-
tratados ou conveniados ao SUS.

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c. tem direito integral à assistência preventiva na atenção básica, sendo que os serviços
curativos deverão ser realizados na saúde privada em serviços não contratados ou
conveniados ao SUS.
d. compreendeu que os serviços públicos são organizados visando a evitar duplicidade
quando possuem a mesma finalidade.
e. não tinha o conhecimento sobre as informações, pois não é obrigação do SUS divul-
gar aos usuários como poderão utilizar os potenciais serviços de saúde.

COMENTÁRIO
a. Errado. Um dos princípios do SUS, previsto na Lei n. 8.080/1990, prevê o direito do usu-
ário em conhecer todas as informações sobre a sua Saúde.
b. Errado. Na assistência privada, quando não conveniada ou contratada, o princípio da
igualdade não é aplicado.
c. Errado. O princípio da integralidade da assistência confere o direito ao atendimento inte-
gral, de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
d. Certo. Esse é um dos princípios do SUS, que visa evitar a duplicidade de ações para
fins idênticos.
e. Errado. É obrigação do SUS divulgar, de forma clara, todos os direitos dos seus usuários.

28. (2018/FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP) Segundo o Art. 4º, da Lei no 8.142 de 1990,


para receberem os recursos, transferidos do governo federal para Municípios, Estados
e o Distrito Federal, tais entes devem contar com Fundo de Saúde; Conselho de Saúde,
com composição
a. majoritária por usuários; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recur-
sos para a saúde no respectivo orçamento; Comissão de elaboração do Plano de
Carreira, Cargos e Salários.
b. paritária; plano de saúde; plano de ação em saúde definido em parceria público-pri-
vada; contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Comissão de
elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários.
c. paritária; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde
no respectivo orçamento; Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos
e Salários.
d. majoritária por gestores e profissionais de saúde; plano de saúde; relatórios de gestão;
contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Mesa de Negocia-
ção Permanente de Cargos e Salários.
e. paritária; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde
no respectivo orçamento; Mesa de Negociação Permanente de Cargos e Salários.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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COMENTÁRIO
De acordo com o artigo 4º da Lei n. 8.142/1990, para receberem os recursos do Fundo
Nacional da Saúde, os entes devem contar com:
• Fundo de Saúde;
• Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7
de agosto de 1990;
• plano de saúde;
• relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do art. 33 da Lei n. 8.080,
de 19 de setembro de 1990;
• contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
• Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o pra-
zo de dois anos para sua implantação.

29. (2018/IADES/SES-DF) Com base na Lei n. 8.142/1990, que dispõe acerca da partici-
pação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a respeito das
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, e dá ou-
tras providências, assinale a alternativa correta.
a. O Conselho de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde.
b. A Conferência de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, consiste em órgão
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço e profis-
sionais de saúde.
c. A representação dos trabalhadores da saúde nos Conselhos de Saúde e em Confe-
rências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
d. O SUS contará, em cada esfera de governo, com as seguintes instâncias colegiadas:
Conferência de Saúde e Conselho de Saúde.
e. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação em todos os Con-
selhos de Saúde.

COMENTÁRIO
Umas das questões mais básicas e que mais se repetem. As duas instâncias de controle
social são os conselhos e as conferências de Saúde.

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30. (2018/COPEVE/UFAL) O Sistema Único de Saúde – SUS vem, desde sua criação na
Constituição Federal de 1988, sendo objeto de diversos instrumentos normativos, que
objetivam sua regulamentação e o cumprimento de seus objetivos, diretrizes e princí-
pios. Por exemplo, a Lei n. 8.142/1990:

I – estabelece como instâncias colegiadas as Conferências de Saúde e os Conselhos


de Saúde, para colaborar com a gestão do SUS em cada esfera de governo;
II – define que a Conferência de Saúde deve acontecer a cada 3 (três) anos com a re-
presentação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes;
III – estabelece que as Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde, em todos
os níveis de poder, terão sua organização e normas de funcionamento definidas pelo
Ministério da Saúde.

Dos itens, verifica-se que está(ão) correto(s)


a. I, apenas.
b. II, apenas.
b. I e III, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III.

COMENTÁRIO
I – Certo. As duas instâncias colegiadas do SUS são os Conselhos e Conferências de Saúde.
II – Errado. A periodicidade de realização das Conferências de Saúde é de 04 anos.
III – Errado. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde, em todos os níveis de
poder, terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio.

31. (2018/COMPERVE/PREFEITURA DE NATAL/RN) A Lei n. 8.142/90, que dispõe sobre a


participação da comunidade na gestão do SUS, estabelece as Conferências e os Con-
selhos de Saúde como as instâncias colegiadas para esse fim. Analise as afirmativas
abaixo que discorrem sobre essas instâncias colegiadas

I – A participação dos usuários nas Conferências de Saúde será paritária em relação ao


conjunto dos demais segmentos e nos Conselhos será majoritária.
II – As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e nor-
mas de funcionamento definidas em regimento próprio.

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III – O Conselho de Saúde é o órgão colegiado composto por profissionais de saúde,


prestadores de serviço, usuários e representantes do governo que se reúne a cada
quatro anos.
IV – O Conselho Nacional de Saúde terá representação do Conselho Nacional de Se-
cretários de Saúde e do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde.

Em relação ao tema exposto, estão corretas as afirmativas


a. II e IV.
b. I e III.
c. II e III.
d. I e IV.

COMENTÁRIO
I – Errado. A participação dos representantes dos usuários será paritária em relação ao
conjunto dos demais segmentos, tanto nas conferências quanto nos Conselhos de Saúde.
II – Certo. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização
e normas de funcionamento definidas em regimento próprio e aprovadas pelo respecti-
vo Conselho.
III – Errado. O Conselho é um órgão permanente. O órgão que se reúne de 4 em 4 anos é
a Conferência de Saúde.
IV – Certo. Afirmação correta, segundo o parágrafo 3º, artigo 1º, da Lei n. 8.142/1990.

32. (2018/INAZ DO PARÁ/FUNGOTA DE ARARAQUARA-SP) De acordo com o caput do


art. 3º da Lei n. 8.142/90, os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), alocados
com destinação de cobertura de ações e serviços de saúde a serem implementados
pelos Municípios, Estados e Distrito Federal, são repassados a estes:
a. de forma regular e automática, de acordo com critérios do art. 35 da Lei n. 8.080/90.
b. de forma sistêmica e automática, de acordo com critérios do regimento interno do
Fundo Nacional de Saúde.
c. de forma sistêmica e mediante requerimento, de acordo com os critérios do regimento
interno do Fundo Nacional de Saúde.
d. de forma regular e mediante requerimento, de acordo com os critérios do art. 35 da
Lei n. 8.080/90.

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COMENTÁRIO
Segundo o mencionado artigo da Lei n. 8.142/1990, os recursos referidos no inciso IV do
art. 2º dessa lei serão repassados de forma regular e automática para os municípios, es-
tados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n. 8.080, de
19 de setembro de 1990.

33. (2018/INAZ DO PARÁ/FUNGOTA DE ARARAQUARA-SP) De acordo com o art. 3, §


2º, da Lei n. 8.142/1990, os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) destinados
à cobertura de ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios,
Estados e Distrito Federal, são rateados da seguinte forma:
a. pelo menos setenta e cinco por cento aos Municípios, afetando-se o restante
aos Estados.
b. pelo menos oitenta por cento aos Estados, afetando-se o restante aos Municípios.
c. pelo menos setenta por cento aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
d. cinquenta por cento aos Municípios e cinquenta por cento aos Estados.

COMENTÁRIO
De acordo com a redação dada pelo parágrafo citado no enunciado, os recursos serão
rateados com pelo menos setenta por cento sendo destinado aos municípios e o restante
aos estados.

34. (2018/INAZ DO PARÁ/FUNGOTA DE ARARAQUARA-SP) De acordo com o art. 1º da


Lei n. 8.142/90, o Conselho de Saúde, órgão de caráter permanente e deliberativo,
deve atuar:
a. no julgamento de incidentes de desvio ético de profissionais da saúde.
b. na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na ins-
tância correspondente.
c. no acompanhamento das ações desenvolvidas pelos órgãos de direção de cada
esfera de governo, com poder deliberativo.
d. na avaliação da gestão da saúde e na proposição de metas para a formulação de
políticas de saúde em cada nível correspondente.

COMENTÁRIO
Considere o que dispõe o parágrafo segundo do referido artigo: “O Conselho de Saúde,
em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente,

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inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo”.

35. (2017/FUNDATEC/FHGV) A Lei n. 8.142/1990 determina que a Conferência de Saúde


reunir-se-á a cada ____________ com a representação dos vários segmentos sociais,
para avaliar a situação de saúde.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.


a. dois meses.
b. quatro meses.
c. seis meses.
d. dois anos.
e. quatro anos.

COMENTÁRIO
O período de reunião das Conferências de Saúde é de quatro anos.

36. (2017/IDECAN/MS) A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a partici-


pação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. De acordo com o artigo
1º, o SUS, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder
Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: Conferência de Saúde e Conselho
de Saúde. Diante do exposto, assinale a afirmativa INCORRETA.
a. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária
em relação ao conjunto dos demais segmentos.
b. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e
normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respec-
tivo Conselho.
c. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho
Nacional de Saúde.
d. A Conferência de Saúde reunir-se-á cada dois anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a for-
mulação da política de saúde.
e. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado com-
posto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde
e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política
de saúde na instância correspondente.

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COMENTÁRIO
a. Certo. O princípio da paridade afirma que 50% da composição dos Conselhos e Confe-
rências deverá de ser representantes dos usuários.
b. Certo. Redação dada pelo 5º parágrafo do artigo 1º da Lei n. 8.142/1990.
c. Certo. Redação de acordo com o terceiro parágrafo do artigo 1º.
d. Errado. As Conferências se reúnem a cada 4 anos.
e. Certo. De acordo com a redação do parágrafo 2º, artigo 1º, Lei n. 8.142/1990.

37. (2015/IADES/EBSERH) O controle social no SUS dá-se pela participação da comunida-


de por meio de
a. eleições diretas para os gestores da área de saúde, em cada município.
b. “caminhadas pela saúde”, organizadas pelos comitês gestores de saúde pública
estaduais.
c. ações nacionais de vacinação e combate a epidemias.
d. conferências e conselhos de saúde.
e. grupos comunitários organizados que fiscalizam as ações sanitárias no bairro ou dis-
trito onde residem.

COMENTÁRIO
As instâncias colegiadas de controle social no SUS são, em cada esfera de governo: os
conselhos de saúde e as conferências de saúde.

38. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com Lei 8.142/90, qual das alternativas
a seguir NÃO corresponde aos requisitos estabelecidos em Lei para que os Municípios,
os Estados e o Distrito Federal recebam os recursos?
a. Plano de saúde.
b. Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do art. 33 da Lei n.
8.080/1990.
c. Diretoria da saúde com eleições feitas a cada dois anos, com composição superior de
profissionais de saúde.
d. Fundo de Saúde.
e. Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o
prazo de dois anos para sua implantação.

COMENTÁRIO
Os pré-requisitos para o recebimento de recursos pelos estados, DF e municípios são:

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Art. 4º Para receberem os recursos, de que trata o art. 3º desta lei, os Municípios, os Estados e o
Distrito Federal deverão contar com:
I – Fundo de Saúde;
II – Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7 de
agosto de 1990;
III – plano de saúde;
IV – relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4º do art. 33 da Lei n. 8.080, de
19 de setembro de 1990;
V – contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI – Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de
dois anos para sua implantação.

39. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Sobre o Controle social na gestão do Sistema Úni-


co de Saúde, com base na Lei n. 8.142 de 1990, assinale a alternativa correta.
a. A Conferência de Saúde tem o objetivo de formular estratégias e controlar a execução
da política de saúde na instância correspondente.
b. O Sistema Único de Saúde contará, em cada esfera de governo, com o Conselho
de Saúde, sendo a Conferência de Saúde uma instância optativa pelo gestor cor-
respondente.
c. Diferentemente das Conferências de Saúde que se reúnem a cada 4 anos ou
extraordinariamente, os Conselhos de Saúde são órgãos de caráter permanente e
deliberativo.
d. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde não têm representação no Conselho Nacional de Saúde.
e. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde é
superior em relação ao conjunto dos demais segmentos.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º da Lei em estudo:

Art. 2º (...)
§ 1º A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos
sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de
saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por
este ou pelo Conselho de Saúde.
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspon-
dente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

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40. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com o que estabelece a Lei n. 8.142/90,


o Conselho de Saúde
a. reunir-se-á a cada dois anos.
b. reunir-se-á a cada três anos ou, extraordinariamente, quando convocado pelo Poder
Executivo.
c. reunir-se-á a cada cinco anos ou, extraordinariamente, quando convocado pelo Con-
selho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
d. tem caráter consultivo e reunir-se-á, ocasionalmente, quando convocado pelo Conse-
lho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
e. tem caráter permanente e deliberativo.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º da Lei em estudo:

Art. 2º (...)
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspon-
dente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

41. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) A Lei que dispõe sobre a participação da comuni-


dade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é
a. a Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
b. a Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
c. a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
d. a Lei n. 8.080, de 19 de dezembro de 1990.
e. o Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940.

COMENTÁRIO
A Lei n. 8.142/1990 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Úni-
co de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros
na área da saúde e dá outras providências.

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42. (2015/AOCP/FUNDASUS) Referente à participação e ao controle social da saúde públi-


ca, conforme a Lei n. 8.142/1990, assinale a alternativa correta.
a. As instâncias colegiadas do SUS substituem o Poder Legislativo em seus campos
de atuação.
b. O Conselho de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a for-
mulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
c. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas
de funcionamento definidas em regimento criado pelo Ministério da Saúde.
d. O SUS contará, em cada esfera de governo, com o Conselho de Saúde.
e. Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e servi-
ços de saúde, vedado o remanejamento de parcelas de recursos do Fundo Nacio-
nal de Saúde.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 1º da lei em estudo:

Art. 1º O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990,
contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as se-
guintes instâncias colegiadas:
I – a Conferência de Saúde; e
II – o Conselho de Saúde.

43. (IADES/UFTM/2013) Considere que os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS)


estejam reunidos na capital do respectivo estado para discutir em aspectos operacio-
nais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS. Nessa situação
hipotética, com relação ao planejamento das ações de saúde desse estado conforme o
disposto no Decreto n. 7.508/2011, assinale a alternativa correta.
a. O planejamento de saúde a ser discutido é direcionado para os serviços públicos e
não repercute nos serviços privados.
b. O Mapa da Saúde é um instrumento importante e deverá ser utilizado na identificação
das necessidades de saúde para orientar o planejamento. Nele constam os serviços
da administração pública, sem a iniciativa privada.
c. As etapas do processo e os prazos do planejamento municipal devem ocorrer em
consonância com o planejamento estadual e o nacional, sendo também pactuados na
Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
d. O planejamento da saúde, em âmbito estadual, deve ser realizado, de maneira
regionalizada, com base nas necessidades dos municípios, mas sem considerar as
metas de saúde.

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e. O planejamento não é obrigatório para os serviços públicos.

COMENTÁRIO
a. Errado. De acordo com o artigo 15, em seu parágrafo 1º:

Art. 15. (...)


§ 1º o planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será indutor de políticas para
a iniciativa privada.

O PLANEJAMENTO DA SAÚDE SERÁ O INDUTOR DE POLÍTICAS PARA A INICIATI-


VA PRIVADA.
b. Errado. Traz o conteúdo do artigo 17, mas a exclusão da iniciativa privada torna a ques-
tão errada.

Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e orienta-
rá o planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de me-
tas de saúde.

c. Certo. De acordo com art. 19:

Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite – CIB de que trata o inciso II do art. 30 pactuar
as etapas do processo e os prazos do planejamento municipal em consonância com os planeja-
mentos estadual e nacional.

d. Errado.

Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado de maneira regionaliza-
da, a partir das necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento de metas de saúde.

e. Errado.

Art. 15. (...)


§ 1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será indutor de políticas para
a iniciativa privada.

44. (2017/FUNRIO/SESAU-RO) “Espaço geográfico contínuo constituído por agrupamen-


tos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e
sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com
a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e servi-
ços de saúde”. O texto define:
a. Mapa da Saúde.
b. Mapa Georeferenciado da Saúde.
c. Estado de Saúde.

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d. Região de Saúde.
e. Portas de Entrada da Saúde.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º do Decreto:

Art. 2º (...)
I – Região de Saúde – espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios
limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comu-
nicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organiza-
ção, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;

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45. (2017/FUNRIO/SESAU-RO) Rede de Atenção à Saúde é:


a. conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade cres-
cente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde.
b. conjunto de instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para defi-
nição das regras da gestão compartilhada do SUS.
c. conjunto de serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS.
d. descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de
saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade
instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores
de saúde do sistema.
e. acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar
e integrar as ações e serviços de saúde na rede.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º do Decreto:

Art. 2º (...)
VI – Rede de Atenção à Saúde – conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde;

46. (2017/FUNRIO/SESAU-RO) São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde


nas Redes de Atenção à Saúde os seguintes serviços, EXCETO:
a. de atenção primária.
b. de atenção de urgência e emergência.
c. de atenção psicossocial.
d. de assistência farmacêutica.
e. especiais de acesso aberto.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 9º do Decreto:

Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde
os serviços:
I – de atenção primária;
II – de atenção de urgência e emergência;
III – de atenção psicossocial; e
IV – especiais de acesso aberto.

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47. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Conforme o Decreto n. 7.508 de 2011, para se es-


tabelecer uma Região de Saúde, esta deve conter, no mínimo, ações e serviços de
a. atenção primária e urgência e emergência.
b. atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial e atenção ambulato-
rial especializada e hospitalar.
c. atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial e vigilância em saúde.
d. atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial; atenção ambulatorial
especializada e hospitalar e vigilância em saúde.
e. atenção primária e atenção ambulatorial especializada e hospitalar.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 5º do Decreto:

Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de:
I – atenção primária;
II – urgência e emergência;
III – atenção psicossocial;
IV – atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
V – vigilância em saúde.

48. (2017/IDECAN/INCA) “Compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao


usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde.” Segundo o Decreto
Presidencial n. 7.508 de 2011, essa descrição se refere à(ao):
a. RENAME.
b. RENASES.
c. Articulação interfederativa.
d. Sistema municipal de atenção integrada.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 21 do Decreto:

Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RENASES compreende todas as
ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistên-
cia à saúde.

49. (2017/CESPE/SEDF) À luz do Decreto n.º 7.508/2011, que regulamenta alguns disposi-
tivos da Lei Orgânica do SUS e trata da gestão e da organização desse sistema, julgue
o item que se segue, relativo a políticas públicas em saúde.

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O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde inicia-se pelas


portas de entrada do SUS, a saber: serviços de atenção primária, de urgência e emer-
gência, de atenção psicossocial; especiais de acesso aberto e de atenção hospitalar e
os ambulatoriais especializados.

COMENTÁRIO
De acordo com o Decreto em estudo, em seu art. 9º:

Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde
os serviços:
I – de atenção primária;
II – de atenção de urgência e emergência;
III – de atenção psicossocial; e
IV – especiais de acesso aberto.

 Obs.: A atenção hospitalar faz parte de várias ações e serviços, não sendo considerada
porta de entrada. Você pode estar me perguntando: e as urgências/emergências?
Fazem parte da Rede de Urgência/Emergência.

50. (2019/SELECON/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS) O Contrato Organizativo


de Ação Pública de Saúde (COAR) é o instrumento por meio do qual será firmado acor-
do de colaboração entre os entes federativos para a organização da rede interfederativa
de atenção à saúde (Decreto n. 7.508 de 28 de junho de 2011). Para fins de garantia da
gestão compartilhada, identifica-se, dentre as diretrizes básicas que devem ser obser-
vadas pelo COAP:
a. a apuração permanente das necessidades e interesses do usuário.
b. a publicidade dos direitos e deveres dos profissionais de saúde.
c. a avaliação da satisfação de gestores, profissionais e usuários.
d. o estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do gestor.

COMENTÁRIO
De acordo com o artigo 37 do Decreto n. 7.508/2011:

Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes diretrizes bá-
sicas para fins de garantia da gestão participativa:
I – estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos servi-
ços, como ferramenta de sua melhoria;
II – apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e
III – publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde do
SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar.

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GABARITO

1. E 18. B 35. E
2. D 19. C 36. D
3. D 20. A 37. D
4. A 21. A 38. C
5. A 22. D 39. C
6. B 23. D 40. E
7. C 24. C 41. A
8. C 25. B 42. D
9. E 26. A 43. C
10. D 27. D 44. D
11. D 28. C 45. A
12. D 29. D 46. D
13. C 30. A 47. D
14. D 31. A 48. B
15. E 32. A 49. E
16. D 33. C 50. A
17. D 34. B

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde / Con-


selho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011. 291 p. (Coleção Para
Entender a Gestão do SUS 2011, 1) Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-
coes/para_entender_gestao_sus_v.1.pdf>. Acesso em: 20/06/2022
______. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988.
________. Lei n. 8142/90. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras providências. Disponível em: www.saude.gov.br/
legislação. Acesso em: 20/06/2022
_________. Lei n.7508/2011. Regulamenta a Lei no8.080, de 19 de setembro de 1990,
para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da
saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. Dispo-
nível em: www.saude.gov.br/legislação Acesso em: 20/06/2022
BRASIL. Decreto 4.628, de 24 de janeiro de 1923 (Lei Eloy Chaves). Crea, em cada uma
das empresas de estradas de ferro existentes no país, uma Caixa de Aposentadoria e Pen-
sões para os respectivos empregados. [citado 2006 Dez 13]. Disponível em: http://www.ccs.
uel.br/espacoparasaude/v8n1/v8n1_artigo_3.pdf. Acesso em: 20/06/2022
BRASIL. Lei 8080/90. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recupe-
ração da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. Disponível em: www.saude.gov.br/legislação Acesso em: 20/06/2022
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema Único de Saúde (SUS):
princípios e conquistas/ Ministério da Saúde, Secretaria Executiva. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2000. 44p. Il. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_
entender_gestao_sus_v.1.pdf>. Acesso em: 20/06/2022
CAMPOS, Marco Antonio Lopes e FERREIRA, Cristiani Terezia Martins.EVOLUÇÃO
HISTÓRICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL. Disponível em: https://
www.google.com.br/search?q=CAMPOS%2C+Marco+Antonio+Lopes+e+FERREIRA%2C+-
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SAÚDE+NO&oq=CAMPOS%2C. Acesso em: 20/06/2022
FALLEIROS, Ialê e FRANÇA, Júlio Cesar. Saúde como direito de todos e dever do Estado
in: A Constituinte e o Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://observatoriohistoria.coc.
fiocruz.br/local/File/na-corda-bamba-cap_8.pdf. Acesso em: 20/06/2022
FLEURY, S. 1991. “Avaliação Comparativa das Ações Integradas de Saúde”. Saúde em
Debate, n. 3. fevereiro.

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LEGISLAÇÃO DO SUS COMENTADA
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PAIM, JS. Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e crítica


[online]. Salvador: EDUFBA; Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008. 356 p. ISBN 978-85-7541-359-
3. Available from SciELO Books. Disponível em: http://books.scielo.org/id/4ndgv/pdf/paim-
9788575413593.pdf.
POLIGNANO, M. V. (2001). Histórias das Políticas de Saúde no Brasil: Uma Pequena
Revisão. Cadernos do Internato Rural. Faculdade de Medicina/UFMG. Belo Horizonte, MG.
RONCALI, Angelo Giuseppe. O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no
Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://www.professores.uff.
br/jorge/desenv_pol_pub_saude_brasil.pdf. Acesso em: 20/06/2022

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